Agronegócio
Haddad diz que Plano Safra foi adiado para criar “linha específica” de recursos via BNDES

Assessoria
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou ontem que o lançamento do Plano Safra 24/25 foi adiado para a próxima semana para permitir que a equipe possa desenvolver uma “linha específica” dentro do Plano. A “linha específica” seria uma opção para aumentar o montante de recursos oferecidos aos produtores na próxima temporada, sem necessitar de reforço no orçamento para equalização.
“A proposta é que esse programa seja implementado com “recursos com juros controlados” no Plano Safra 24/25, ou seja, com parâmetros de taxas e custos pré-definidos, sem gerar gastos com subsídios à União, como ocorre com financiamentos rurais alimentados por valores captados por depósitos à vista”, explicou Haddad.
A avaliação interna é que os spreads cobrados nas operações da linha em dólar estão elevados. Os agentes financeiros que repassam os recursos do BNDES podem cobrar até 4,3% ao ano nos financiamentos, além da taxa do próprio banco de fomento, que varia de 0,95% a 1,45% ao ano.
Esses custos limitam o alcance da medida e devem ser reduzidos. Na terça-feira, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que “o BNDES terá uma participação importante nisso [linhas inovadoras e ampliação de recursos disponíveis]. O Banco do Brasil também está fazendo suas contas”.
No setor produtivo e no mercado financeiro, a expectativa é que o Plano Safra 24/25 atinja cerca de R$ 500 bilhões, com um crescimento de aproximadamente 15% no montante ofertado.
“O Plano deverá ter recursos acima de R$ 500 bilhões, mas com recursos livres. O governo deverá focar no BNDES e na captação de recursos em dólar, principalmente para commodities globais”, avalia Márcio Lopes de Freitas, presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Ele acredita que a aposta na variação cambial é válida, mas alerta que a exposição ao risco deve ser feita com cautela.
Segundo Freitas, as cooperativas de crédito deverão atender 40% dos contratos de custeio no país na próxima safra. Com um perfil mais pulverizado do que os bancos, essas instituições operam com tickets médios menores, mas alcançam uma parcela significativa dos tomadores de recursos. Na safra atual, já são mais de 343 mil contratos de custeio.
“Temos a chance de um crescimento imenso”, observa. As mudanças nas exigibilidades, no entanto, forçam ajustes na rota, já que as cooperativas não dispõem dos mesmos fundos dos bancos.
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A avaliação é que houve um crescimento significativo na oferta de recursos no ciclo 23/24 e que a próxima safra terá redução nos custos de produção, o que freia a demanda por maiores valores de crédito.
Um executivo do setor financeiro disse que o direcionamento das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) deverá aumentar de 50% para 70%, o que elevará consideravelmente o montante disponível para empréstimos ao campo. A expectativa é que o governo mantenha os índices das subexigibilidades e permita que metade desses valores seja aplicada em títulos, como as Cédulas de Produto Rural (CPR).
A elevação do direcionamento das LCAs no ano passado, de 35% para 50%, impulsionou a expansão do desempenho de bancos privados na safra 2023/24. Liderados por Bradesco, Itaú e Santander, o segmento desembolsou R$ 97,3 bilhões em financiamentos de crédito rural até maio. Esse valor supera o emprestado em todo o ciclo anterior, quando foram liberados R$ 65,6 bilhões.
Os três bancos privados desembolsaram juntos quase R$ 36 bilhões em operações alimentadas com recursos das LCAs emprestados a juros livres. Em 22/23, o resultado foi de R$ 9,2 bilhões.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Produção de morango é afetada pelo frio, mas segue em andamento

Foto: Seane Lennon
As condições climáticas adversas têm impactado o desenvolvimento e a colheita do morango em diferentes regiões do Rio Grande do Sul, conforme apontado pelo Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar nesta quinta-feira (10). As baixas temperaturas e as geadas prejudicaram principalmente a maturação dos frutos e causaram danos às plantas em algumas localidades.
Na região de Caxias do Sul, embora as plantas jovens apresentem boa sanidade, o frio intenso e as geadas causaram queimaduras em parte das lavouras adultas. A maturação dos frutos está lenta, e a produção permanece limitada. A comercialização continua pressionada pela entrada de morangos de Minas Gerais. Segundo relatos de produtores, o produto mineiro tem sido oferecido a R$ 28,00/kg, com revenda por aproximadamente R$ 35,00/kg. Já os preços recebidos diretamente do consumidor variaram entre R$ 35,00 e R$ 45,00/kg, enquanto os praticados em Ceasas, por intermediários ou mercados, ficaram entre R$ 30,00 e R$ 40,00/kg.
Em Pelotas, as lavouras de segundo ano produzem em pequenas quantidades. As mudas precoces estão em desenvolvimento vegetativo e com floração reduzida. Mudas transplantadas recentemente, em razão de atrasos na entrega, estão em fase de pegamento. As baixas temperaturas e o tempo nublado favoreceram a incidência de oídio.
Na região de Lajeado, em Feliz, a cultura está em entressafra. Os sistemas de plantio em bancadas ainda não iniciaram a produção. As mudas importadas da Espanha foram implantadas no solo e em slabs, mas a elevada umidade causada pelas chuvas tem favorecido o surgimento de fungos. O morango foi comercializado entre R$ 30,00 e R$ 40,00/kg.
Em Santa Rosa, a colheita ocorre em ritmo lento. A produção está abaixo da média para o período, em decorrência de geadas que provocaram abortamento floral. Os produtores seguem com o plantio de novas mudas, adubação e controle fitossanitário. O preço médio recebido foi de R$ 30,00/kg.
Na região de Soledade, o tempo seco e ensolarado, apesar das geadas, contribuiu para a emissão floral e para a qualidade da produção. A cultura está em estágio de desenvolvimento e colheita.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Feijão tem queda na produtividade no Paraná

Foto: Canva
A colheita do feijão-comum no Paraná alcançou cerca de 90% da área total até o final de junho, apesar da queda nas temperaturas e das frentes frias que trouxeram chuvas a algumas regiões, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no Boletim da Safra de Grãos.
As lavouras mais tardias já estão em fase de maturação, mas preocupações persistem em relação à qualidade e ao rendimento devido a geadas registradas no último mês. Essas condições climáticas adversas motivaram uma revisão para baixo da estimativa média de produtividade no estado.
A área plantada com feijão também sofreu redução em comparação à safra anterior e em relação ao levantamento anterior. Essa queda está relacionada, principalmente, à substituição por culturas como o milho, que apresenta maior estabilidade comercial e demanda.
Embora a comercialização do feijão tenha apresentado bons resultados recentemente, a volatilidade do mercado da leguminosa ainda persiste, diferentemente do milho, que mantém uma procura mais constante em diversos setores
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Milho sobe interrompendo sequência de semanas em queda em Mato Grosso

Reprodução/Só Notícias
O preço do milho disponível em Mato Grosso teve aumento de 0,48% na última semana, sendo cotado na média de R$ 39,64/saca no fechamento dos negócios na última sexta-feira, após várias semanas seguidas de queda na cotação do milho disponível no Estado ( em 16 de junho o indicador do IMEA estava em R$ 41,89). A informação foi divulgada, há pouco, pelo IMEA (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária).
Em São Paulo, houve forte queda, de 6,2%, no milho disponível e a cotação do indicador do CEPEA caiu para R$ 63,29.
A cotação na bolsa de Chicago (EUA) teve retração de 2,15% em relação a última semana, fechando na média de US$ 4,08/bu.
O IMEA também informou que a colheita do milho em Mato Grosso atingiu 57,56% da área esperada para esta temporada, até a última sexta-feria, alta de 17,36 pontos percentuais ante a última semana.
Só Notícias
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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