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Agricultura

Novonesis lança inoculante concentrado para soja

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LeguMax Plus reduz volume de calda e facilita as operações de transporte e aplicação dentro da propriedade – foto: Eduardo Luiz Facin Representante Técnico de Vendas da Novonesis

Com o intuito de agilizar a logística e a aplicação dos inoculantes biológicos dentro da propriedade, a Novonesis, líder mundial em biossoluções, acaba de lançar o LeguMax Plus, um inoculante biológico à base de Bradyrhizobium japonicum, que possui alta concentração de microrganismos. Isso proporciona um menor volume de calda, o que facilita o transporte e a aplicação do produto, além de uma alta performance no processo de Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN), explica Fernando Bonafé Sei, gerente da área técnica da companhia.

A biossolução tem uma carga bacteriana, chegando a 5 bilhões de unidades formadoras de colônias por ml (UFC/ml), estabilidade de 12 meses e uma dose recomendada de 60ml/ha para cada 50kg de sementes. Só para se ter uma ideia, um produto similar tradicional pode chegar de 1 a 3 bilhões de UFC/ml. “O LeguMax Plus otimiza a logística de aplicação dos insumos biológicos para o produtor na lavoura porque reduz o volume de calda aplicado no tratamento de sementes”, observa o gerente.

Bonafé Sei explica que a aplicação dos inoculantes biológicos proporciona muitas vantagens, mas precisa seguir determinadas regras para que os microrganismos se desenvolvam e forneçam nitrogênio para as plantas. “O LeguMax Plus também pode ser utilizado para inoculação no sulco de plantio, que apresenta bons resultados de germinação, isso porque o método permite que o inoculante também atue como uma camada protetora para a semente. Porém, o método de aplicação no sulco requer alguns cuidados para manter a sobrevivência das bactérias benéficas”, afirma.

Manejo

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O principal desafio do manejo dos inoculantes está no operacional. Bonafé afirma que é importante que não sejam feitas misturas de produtos químicos diretamente com os inoculantes, tanto para o tratamento de sementes como no tanque para aplicação via sulco. “Parece óbvio, mas se queremos evitar a mortalidade do rizóbio por problemas de incompatibilidade, então devemos separar os produtos químicos dos biológicos”. Por isso, acrescenta, é recomendada a aplicação apenas do inoculante via sulco, e o restante dos insumos via tratamento da semente ou pulverização foliar.

Outro ponto fundamental para uma boa inoculação via sulco está relacionado ao processo de aplicação propriamente dito. “A homogeneidade de cobertura do sulco de plantio e sementes, além das quantidades de bactérias aplicadas no sistema precisam ser observadas. Portanto devemos manter um volume de calda adequado, assim como a carga bacteriana, no mínimo de 3 a 6 doses de inoculante por hectare para garantir uma boa cobertura do inoculante ao longo de todo o sulco de plantio”, observa.

O gerente da área técnica da Novonesis também recomenda a utilização de tanques próprios para misturas e aplicação dos biológicos. Reservatórios construídos para aplicação de inoculante no sulco são equipados com isolante térmico, proteção da exposição de raios solares e agitadores, fatores importantes para manutenção da qualidade do inoculante e da calda durante todo o processo. Ainda que o equipamento seja adequado, Bonafé Sei completa que a calda preparada não deve ser utilizada de um dia para o outro, e sim aplicada na sua totalidade no mesmo dia do preparo, para garantir a sobrevivência e eficiência dos produtos biológicos..

Sobre a Novonesis

A Novonesis é uma empresa global que lidera a era das biossoluções. Ao alavancar o poder da microbiologia com a ciência, transformamos a maneira como o mundo produz, consome e vive. Em mais de 30 setores, nossas biossoluções já estão criando valor para milhares de clientes e beneficiando o planeta. Nossos 10.000 funcionários em todo o mundo trabalham em estreita colaboração com nossos parceiros e clientes para transformar os negócios com a biologia.

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Ricardo Mai

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

De Sul a Leste de Mato Grosso: os desafios dos produtores da soja

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Foto: Aprosoja MT/Clima e Mercado

A terceira temporada da série Mato Grosso Clima e Mercado continua sua jornada pelas áreas produtivas de soja do estado. Na segunda semana, a equipe da Aprosoja-MT percorreu mais de 2 mil km nas regiões sul e leste, com o compromisso de ouvir produtores do grão de cidades e propriedades rurais.

Dificuldades na lavoura de soja

Em diversas regiões do estado, o atraso das chuvas foi um fator que adiou o plantio. Em algumas áreas, produtores optaram por deixar talhões sem semear ou adiaram a semeadura para a próxima safra. O plantio acelerado para recuperar o tempo perdido também gerou dificuldades, especialmente no que se refere à cultura do milho safrinha, que será plantado mais tarde e corre o risco de ter sua produtividade reduzida.

A seca severa, que atingiu algumas regiões por vários meses, causou danos às lavouras, com prejuízos também nas pastagens. O período de estiagem comprometeu o desenvolvimento das plantas e gerou preocupações sobre a capacidade de recuperação das culturas, principalmente nas áreas de milho.

Além disso, os atrasos no plantio aumentaram os custos operacionais, já que muitas atividades precisaram ser realizadas em um período mais curto de tempo, o que gerou uma pressão sobre os recursos financeiros dos produtores. Em várias propriedades, o custo elevado da soja e o replantio de áreas afetadas pela seca agravaram a situação.

Logística

Outro fator relevante é a logística, que já é um problema constante em Mato Grosso, mas que deve se agravar ainda mais em 2025. O plantio tardio e a proximidade das colheitas podem causar congestionamentos nos armazéns, o que afeta a comercialização e o transporte da produção. A competição por espaço nos armazéns e o tempo reduzido para a colheita serão pontos críticos.

Atenção aos produtores

A série Mato Grosso Clima e Mercado continuará a percorrer o estado a partir do dia 9 de dezembro, com foco nas regiões leste e oeste, para entender melhor as realidades enfrentadas pelos produtores mato-grossenses e como se adaptam aos desafios impostos pela natureza e pelos custos elevados.

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Agricultura

Vem aí o carro voador brasileiro: Embraer já recebeu R$ 700 mi para projeto

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Foto: Eve Air Mobility/divulgação

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou um financiamento de R$ 200 milhões para a Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer, dar continuidade ao desenvolvimento de protótipos do veículo eVTOL, conhecido como “carro voador”. O recurso, proveniente do Fundo Clima, será destinado à fabricação do modelo comercial e à transição da fase de protótipos para a certificação e produção.

A Eve já havia recebido, em outubro, R$ 500 milhões do BNDES para a construção de sua unidade de produção em Taubaté (SP), com recursos do programa BNDES Mais Inovação. O investimento incluiu também a campanha de testes para a certificação da aeronave pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

O que é o carro voador

A sigla eVTol significa, em inglês, veículo elétrico de pouso e decolagem vertical, combinando vantagens de aviões elétricos e de helicópteros. O carro voador deve ser utilizado prioritarimente em voos urbanos e turísticos, daí ser chamado de “carro”, oferecendo mais conforto e menor nível de ruído que aeronaves usadas com essa finalidade atualmente.

Conforme a Eve, o carro voador utiliza uma configuração de decolagem e cruzeiro com rotores dedicados para o voo vertical e asas fixas para voar em cruzeiro. O conceito mais recente da empresa inclui um propulsor elétrico duplo, o que garantiria alto desempenho e segurança. A empresa ainda afirma que o veículo tem baixo custo operacional, menos peças, estruturas e sistemas otimizados, tudo isso com baixo ruído operacional.

Para Johann Bordais, CEO da Eve, o financiamento é estratégico para o avanço do projeto. “Esse apoio fortalece nossa posição financeira e permite atingir marcos fundamentais, como a certificação e a comercialização do eVTOL”, afirmou.

Eduardo Couto, CFO da empresa, destacou que o investimento representa um voto de confiança no projeto e fortalece a liderança da Eve no mercado global de mobilidade aérea urbana.

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Carro voador tem indústria ‘verde’

A fábrica em Taubaté se tornou um símbolo de inovação e desenvolvimento regional. Segundo Aloizio Mercadante, presidente do BNDES, o projeto contribui para a geração de empregos qualificados e posiciona o Brasil no mercado de tecnologia disruptiva e sustentável. “Estamos investindo em uma indústria verde e fortalecendo a posição do país na transição energética”, destacou. No total, o BNDES já destinou R$ 700 milhões para o projeto em 2024.

O eVTOL da Eve também é considerado um marco para a descarbonização. A Anac recentemente publicou os critérios finais de aeronavegabilidade, permitindo que a empresa avance na certificação do veículo. Esse é considerado um passo essencial para a comercialização do carro voador e segue alinhado às diretrizes da Política Nacional sobre Mudança do Clima.

Fundo Clima e política industrial brasileira

O financiamento faz parte do Fundo Clima, gerido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. A iniciativa apoia projetos que promovem a redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e a adaptação às mudanças climáticas.

José Luís Gordon, diretor do BNDES, afirma que o projeto da Eve se enquadra na modalidade indústria verde, com foco em eficiência e qualidade de vida. “É um projeto inovador que reflete a nova política industrial do governo federal, fomentando o desenvolvimento tecnológico e sustentável”, afirmou.

O eVTOL promete transformar o transporte urbano e consolidar o Brasil como um dos principais players no mercado de mobilidade aérea, aliando inovação, sustentabilidade e geração de valor econômico.

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Agricultura

Como está o plantio da soja no Tocantins? Expedição Soja Brasil visita o estado

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Foto: Programa Soja Brasil/Ep 26

A Expedição Soja Brasil segue pelo país e, desta vez, a equipe conheceu de perto o cenário da produção de soja no estado do Tocantins. Segundo previsões do governo estadual, a produção de soja no estado deve crescer 10% na safra 2024/25, o que reflete o grande potencial agrícola da região que, em pouco mais de três décadas, se consolidou como um dos principais polos produtores de grãos do Brasil.

Porto Nacional e a produção da soja

Porto Nacional, no sudeste do Tocantins, destaca-se como o maior polo produtor de soja do estado, com a extensão de 170 mil hectares do grão. O aumento no cultivo de soja é impulsionado pela recuperação de áreas de pastagens degradadas, que se transformam em terrenos adequados para o cultivo de grãos.

Na visita à região, há a crescente adoção do modelo de integração lavoura-pecuária. Esse modelo permite conciliar a produção de soja com a criação de gado, melhorando a sustentabilidade do solo e aumentando a produtividade.

O impulso à produção do grão no Tocantins

A infraestrutura logística foi outro fator importante para o crescimento da soja no Tocantins. Com a conclusão da Ferrovia Norte-Sul em 2018, o escoamento da produção deixou de ser um desafio. A ferrovia tornou o transporte de grãos mais rápido e eficiente, permitindo que os produtores obtenham melhores preços no mercado.

A proximidade de Porto Nacional com o terminal de grãos VLI, a apenas 50 km de distância, facilita ainda mais o escoamento da soja. O transporte para o Porto de Itaqui, em São Luís (MA), proporciona aos produtores de Porto Nacional um dos melhores preços do estado.

O clima no Tocantins

O clima do Tocantins tem favorecido a produção de soja. A janela de plantio é uma das mais vantajosas do Brasil, com possibilidade de semeadura até 25 de fevereiro e chuvas regulares até março. Esse clima favorável contribui para o bom desenvolvimento da cultura, permitindo ao estado se destacar na produção de soja.

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A soja tem se expandido principalmente em áreas de pastagens degradadas, que estão sendo recuperadas e convertidas para a agricultura, impulsionando tanto a produção quanto a sustentabilidade do setor. Os produtores têm investido em técnicas como o uso de capim para integrar com a pecuária, mantendo o solo úmido e saudável para o cultivo de soja e gerando uma segunda safra.

Expectativas

Com o aumento da área plantada e a continuidade das boas práticas agrícolas, a expectativa é que o Tocantins colha 5 milhões de toneladas de soja na safra 2024/25. O uso de técnicas inovadoras de manejo, como a produção de palha para manter a umidade do solo e a recuperação de pastagens, têm sido decisivas para alcançar esse aumento de produção.

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