Café
Preços do café encerram maio em alta, impulsionados por preocupações com a oferta global
Reprodução | Secom MT
Apesar das fortes oscilações ao longo de maio, os preços do café finalizaram o mês com uma tendência predominantemente de alta. De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), essa valorização foi sustentada pela possibilidade de uma menor oferta global do grão, especialmente devido a preocupações com o desenvolvimento da safra de robusta no Vietnã.
O Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, com entrega na capital paulista, fechou o mês de maio a R$ 1.286,07 por saca de 60 kg. Esse valor representa um aumento de 38,23 Reais por saca, ou 3,06%, no acumulado do mês. Esse cenário de alta se manteve mesmo com a colheita do café no Brasil avançando de forma satisfatória, destacando o impacto das expectativas de mercado sobre os preços.
Para o café robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, encerrou maio a R$ 1.149,20 por saca de 60 kg, registrando uma elevação de 1,3% no mês. A menor oferta global, em combinação com as preocupações com a safra vietnamita, contribuiu para a sustentação dos preços também nesse segmento.
O balanço positivo nos preços do café ao longo de maio reflete as expectativas de uma possível redução na oferta global, especialmente do robusta. Esse movimento de alta nos preços do café arábica e robusta ocorre mesmo com o progresso adequado da colheita no Brasil, ressaltando a influência das dinâmicas globais de oferta e demanda no mercado interno.
Fonte: CenárioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Café
Governo de SP Lança Programa de Incentivo ao Cultivo do Café Canephora
Arquivo
No dia 31 de outubro, às 14h, no Instituto Biológico, o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, dará início ao Programa Estadual de Incentivo ao Cultivo de Coffea Canephora. A ação tem como objetivo fortalecer o setor cafeeiro e impulsionar a economia rural, com foco na revitalização da cafeicultura nas regiões Centro-Oeste, Oeste e Noroeste do estado.
Este programa busca oferecer alternativas aos produtores rurais e aumentar a competitividade do setor, reafirmando o compromisso do governo estadual com o desenvolvimento agrícola sustentável, a geração de empregos e a criação de renda nas áreas produtoras.
Historicamente, São Paulo foi um dos principais estados produtores de café, especialmente do café arábica. A nova iniciativa pretende aumentar a produção no estado, promovendo o cultivo do café Canephora para atender à crescente demanda do mercado interno e internacional, além de fomentar a inovação e a sustentabilidade ambiental e econômica da cafeicultura. Para isso, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento atuará em parceria com a Câmara Setorial do Café, a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) e a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP), além de contar com o apoio do setor privado, especialmente dos integrantes da Câmara Setorial do Café.
“O programa envolve a colaboração entre o setor público e a iniciativa privada, seguindo a prioridade do governo paulista. Com o suporte de pesquisadores e técnicos da SAA, e a cooperação do setor produtivo, espera-se uma cafeicultura mais resiliente, com produtores sustentáveis em termos ambientais e financeiros, adaptados às mudanças climáticas”, destaca o Secretário Guilherme Piai.
Conforme José Carlos de Faria Junior, Coordenador das Câmaras Setoriais, o programa Coffea Canephora SP visa estabelecer um modelo de gestão participativa em parceria com o setor privado, tornando-se uma referência nacional em políticas públicas para a produção sustentável de café. A iniciativa assegura uma governança eficiente e fortalece a integração entre os diversos elos da cadeia produtiva e as entidades do setor.
Diretrizes do Programa Estadual de Incentivo ao Cultivo de Coffea Canephora:
*Validar e disseminar tecnologias adaptadas ao cultivo do Coffea Canephora, considerando as condições edafoclimáticas do Oeste Paulista.
*Estimular a produção de mudas de alta qualidade genética e fitossanitária, garantindo a sustentabilidade dos cultivos.
*Implementar vitrines tecnológicas e áreas piloto em localidades estratégicas, visando demonstrar práticas recomendadas e resultados obtidos.
*Capacitar técnicos e produtores rurais por meio de palestras, treinamentos, dias de campo e outros eventos de transferência de conhecimento.
*Promover parcerias público-privadas, incentivando a participação de empresas dos setores de torrefação, solubilização, máquinas, implementos, irrigação e comercialização.
Sobre o Café Canephora
O café Canephora, que inclui as variedades conilon e robusta, é uma das duas principais espécies de café cultivadas comercialmente, ao lado do café arábica, representando cerca de 40% da produção mundial. Os principais produtores de Canephora são o Vietnã, Brasil, Indonésia, Índia e Uganda, sendo que o Vietnã lidera o mercado global de exportação de robusta, com uma parcela significativa destinada à produção de café instantâneo.
Embora o Brasil seja mais conhecido pelo café arábica, a produção de Canephora tem crescido, especialmente nos estados do Espírito Santo, Bahia e Rondônia, onde cerca de 30% da produção nacional é desta espécie. O Espírito Santo responde por aproximadamente 65% da produção de Canephora no Brasil. Com o novo programa, São Paulo pode, a médio prazo, integrar-se a essas estatísticas.
A demanda por café Canephora tem aumentado globalmente, especialmente no mercado de café solúvel e como base para blends, devido à sua característica de proporcionar uma bebida mais encorpada e com menor acidez. Atualmente, o preço pago ao produtor está próximo do valor do café arábica, e sua produtividade superior torna o Canephora uma boa oportunidade para os agricultores paulistas.
Benefícios do Café Canephora
O café Canephora é mais adaptado a climas quentes e úmidos, mostrando bom desempenho em regiões como o Oeste Paulista. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), sua produtividade média em 2023 foi 60% superior à do café arábica, o que representa uma vantagem significativa para os agricultores.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Café
Cafés do Brasil Alcançam R$ 71,93 Bilhões em Faturamento Bruto em 2024
Reprodução
O faturamento bruto estimado para a produção de cafés no Brasil em 2024 atingiu a expressiva marca de R$ 71,93 bilhões, representando um crescimento de 41,32% em comparação com 2023. O levantamento inclui as duas principais espécies cultivadas no país: o Coffea arabica (café arábica) e o Coffea canephora (café robusta ou conilon).
Especificamente, o Coffea arabica gerou um faturamento de R$ 52,80 bilhões, equivalente a 73,40% do total nacional, o que representa um aumento de 36,11% em relação ao ano anterior, quando o valor foi de R$ 38,79 bilhões. Já o Coffea canephora teve um desempenho ainda mais expressivo, com uma receita de R$ 19,12 bilhões, o que corresponde a 26,60% do total, marcando um salto de 57,88% em relação aos R$ 12,11 bilhões registrados em 2023.
Desempenho Regional
A produção de café no Brasil ocorre em todas as regiões geográficas do país, mas a Região Sudeste mantém sua liderança no setor, responsável por 86,8% do faturamento bruto nacional, com uma receita estimada em R$ 62,42 bilhões. Em seguida, a Região Nordeste aparece com R$ 4,93 bilhões (6,86%), e a Região Norte ocupa a terceira posição, com R$ 3,10 bilhões (4,30%). Já a Região Sul obteve R$ 843,99 milhões (1,17%), enquanto a Região Centro-Oeste registrou R$ 584,83 milhões, representando menos de 1% do total nacional.
Metodologia e Análise
O cálculo do Valor Bruto da Produção (VBP) dos Cafés do Brasil foi realizado com base nos dados da safra anual estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e nos preços médios recebidos pelos produtores entre janeiro e setembro de 2024. Para a análise, considerou-se o café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, e o café robusta tipo 6, peneira 13 acima, com 86 defeitos.
Este estudo integra o VBP de setembro de 2024, divulgado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). As análises completas podem ser acessadas no Observatório do Café, uma plataforma de pesquisa coordenada pela Embrapa Café.
Com o robusto desempenho observado em 2024, o setor cafeeiro reafirma sua importância para a economia brasileira, destacando-se não apenas pelo volume de produção, mas também pela capacidade de enfrentar desafios climáticos e econômicos, mantendo-se competitivo no mercado global.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Café
Produção mundial de café em 2024/25 é estimada em 176,2 milhões de sacas
Créditos: Envato
A produção global de café para o ciclo 2024/2025 foi estimada em 176,2 milhões de sacas de 60 kg, abrangendo as duas principais espécies: Coffea arabica e Coffea canephora (robusta/conilon). A safra de arábica deverá alcançar 99,9 milhões de sacas, o que representa um aumento de 4,2% em relação ao período anterior. Já a produção de robusta está projetada em 76,4 milhões de sacas, um crescimento de 4% em comparação com o ciclo 2023/2024.
O Brasil, tradicional maior produtor de café, será responsável por 31% da produção mundial, com uma safra total de 54,78 milhões de sacas, sendo 39,58 milhões de arábica e 15,2 milhões de robusta. O Vietnã, segundo maior produtor, deverá responder por 16,5% da produção global, com 29,1 milhões de sacas, das quais 27,9 milhões são de robusta. Já a Colômbia, terceira no ranking, produzirá 12,4 milhões de sacas de arábica, representando 7% da oferta mundial.
Esses dados fazem parte do Sumário Executivo do Café – Outubro 2024, divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e disponível no Observatório do Café, uma iniciativa da Embrapa Café que visa coletar, analisar e disseminar informações sobre a produção, consumo e tendências do mercado cafeeiro. O estudo destaca, ainda, que a produção mundial de café é avaliada para o período de outubro a setembro, conforme os critérios da Organização Internacional do Café (OIC).
Os números reafirmam a liderança brasileira na produção global de café, com o país contribuindo com mais de um terço da oferta mundial.
Sumário Executivo do Café – outubro 2024
Fonte: Portal do Agronegócio
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