Agricultura
Praga Devastadora: Bicudo Ameaça Produção de Algodão no Brasil
Divulgação
O bicudo, conhecido cientificamente como Anthonomus grandis, tornou-se um sério problema para os agricultores de algodão no Brasil desde sua introdução, destacada na década de 1990, segundo dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Sua presença tem sido associada diretamente ao apodrecimento das maçãs do algodoeiro, afirma Hudson Heinz, gerente da ORÍGEO, empresa dedicada ao fornecimento de soluções sustentáveis para o agronegócio.
Com base em um levantamento recente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), todas as áreas cultivadas de algodão já estão na fase de formação das maçãs, momento crítico em que o manejo adequado do bicudo se torna fundamental para garantir a qualidade das fibras, a produtividade e a rentabilidade do cultivo, destaca o especialista.
O ataque do bicudo resulta na queda dos botões florais e na destruição das maçãs do algodão. Caso não seja controlado de forma eficaz, pode acarretar perdas de até 75% na produção de fibras, conforme alerta a Embrapa. Considerando o Valor Bruto da Produção do algodão em março de 2024, os prejuízos potenciais da praga poderiam ultrapassar R$ 23,5 bilhões.
Heinz ressalta que o correto manejo do bicudo deve ser uma prioridade, dada a magnitude do impacto que essa praga pode causar não apenas aos agricultores, mas também a toda a indústria de derivados do algodão, potencialmente elevando os preços de forma significativa.
Apesar dos desafios enfrentados nas últimas décadas, avanços no manejo fitossanitário têm possibilitado uma recuperação no setor. O Brasil, que antes era um grande importador de algodão, viu suas exportações praticamente triplicarem de 2013 para 2023, alcançando mais de 1,6 milhão de toneladas, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
Em termos de soluções, produtos como Sperto, desenvolvido pela UPL, têm se mostrado eficazes no controle do bicudo-do-algodoeiro, oferecendo uma combinação de ingredientes ativos que proporcionam choque no inseto e amplo espectro de ação contra outras pragas comuns, como a mosca-branca e o pulgão-do-algodoeiro. Testes e relatos de agricultores corroboram a eficácia dessas soluções na gestão integrada de pragas, conclui Heinz.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Mercado da soja tem quinta-feira com poucos negócios no Brasil
Nesta quinta-feira (3), o mercado brasileiro da soja registrou poucos negócios, com preços variando de estáveis a mais altos. A Bolsa de Chicago apresentou volatilidade, enquanto o dólar teve uma alta significativa. Embora as ofertas no mercado fossem atrativas, muitos vendedores optaram por reter seus produtos, na expectativa de preços ainda mais vantajosos.
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Preços do grão no país
- Passo Fundo (RS): o preço da saca de 60 quilos subiu de R$ 133,00 para R$ 135,00
- Missões (RS): a cotação avançou de R$ 132,00 para R$ 133,00
- Porto de Rio Grande (RS): o valor aumentou de R$ 140,00 para R$ 141,00
- Cascavel (PR): a saca valorizou de R$ 137,00 para R$ 139,00.
- Porto de Paranaguá (PR): o preço subiu de R$ 142,00 para R$ 143,00
- Rondonópolis (MT): o preço da saca subiu de R$ 133,00 para R$ 134,00
- Dourados (MS): o preço estabilizou em R$ 134,00
- Rio Verde (GO): a cotação permaneceu em R$ 133,00.
Bolsa de Chicago
Os contratos futuros da soja na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam em baixa. A previsão de chuvas nas regiões produtoras do Brasil, facilitando o plantio da nova safra, e o avanço da colheita da maior safra dos EUA pressionaram os preços.
Adicionalmente, o mercado ainda assimila a decisão da União Europeia de adiar em pelo menos um ano a implementação da Lei Antidesmatamento, que, na teoria, poderia favorecer a demanda por soja americana em detrimento da soja e do farelo brasileiros e argentinos.
As exportações líquidas dos EUA de soja, para a temporada 2024/25, iniciada em 1º de setembro, totalizaram 1.443.500 toneladas na semana encerrada em 26 de setembro, com a China liderando as importações, totalizando 725.700 toneladas. Para a temporada 2025/2026, foram registradas apenas 1.000 toneladas, abaixo das expectativas que variavam entre 1 milhão e 1,6 milhão de toneladas.
Contratos futuros da soja
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam a US$ 10,46 por bushel, uma baixa de 10,00 centavos de dólar (0,94%). A posição de janeiro foi cotada a US$ 10,64 1/2 por bushel, com perda de 9,75 centavos (0,90%).
Nos subprodutos, a posição de dezembro do farelo encerrou com uma baixa de US$ 7,90 (2,32%), a US$ 332,50 por tonelada. Por outro lado, os contratos do óleo com vencimento em dezembro fecharam a 44,53 centavos de dólar, com alta de 0,89 centavo (2,03%).
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,53%, negociado a R$ 5,4745 para venda e R$ 5,4726 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre uma mínima de R$ 5,4503 e uma máxima de R$ 5,5107.
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Agricultura
Polícia apreende mais de 400 garrafas de azeite adulterado; veja as marcas
Em operação conjunta com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Polícia Civil do Espírito Santo, por meio da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), realizou, nessa quarta-feira (2), uma operação de combate ao comércio de azeites adulterados.
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A ação suspendeu a venda de três marcas (Pérola Negra, Carcavelos e Serrano) e culminou na apreensão de 428 garrafas de azeite que eram vendidas em supermercados dos municípios capixabas de Cariacica e Vila Velha.
De acordo com a investigação, a venda dos três rótulos estava proibida por conta de fraudes e infrações sanitárias.
“A venda de uma dessas marcas já havia sido suspensa pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na semana passada. As outras duas são marcas possivelmente têm ligação, pois são distribuídas pela mesma fabricante da marca que estava proibida”, diz o delegado Eduardo Passamani, titular da Decon
Segundo ele, a proibição dos rótulos ocorreu porque o fabricante não se identifica e, portanto, não é possível saber a procedência dos produtos.
Preços muito abaixo do mercado
O delegado alerta para que o consumidor se atente ao preço dos produtos vendidos. “Esse produto estava abaixo do preço médio que o azeite está sendo vendido atualmente nos mercados. É um indicativo de que o produto é fraudado. É importante se atentar a essa discrepância no valor se comparado a produtos de qualidade reconhecida”, destacou.
De acordo com ele, os itens apreendidos estavam sendo vendidos a uma média de R$ 26 a R$ 28, enquanto o preço dos demais gira em torno de R$ 40.
“O criminoso pega um produto falsificado, coloca um preço muito baixo para vender rápido e joga em pequenas redes para que a gente não consiga identificar”, relata Passamani.
Azeite passará por análise
As garrafas apreendidas serão encaminhadas ao laboratório do Ministério da Agricultura, em Brasília, e passarão por análises para identificar a composição do produto.
“Vamos identificar o que tem dentro dessas garrafas. Em um primeiro momento, em uma análise sensorial, foi possível perceber uma possível presença de óleo”, disse o delegado.
De acordo com ele, em ações anteriores, já foi identificada a presença de óleo de lamparina dentro de garrafas de azeite no estado.
Supermercados serão investigados
Além das marcas, os supermercados que estavam expondo a marca que já estava proibida pela Anvisa também serão investigados.
“Será aberta a investigação para identificar a responsabilidade. A marca deveria ter sido recolhida pois foi dada ampla divulgação pela Anvisa. O comerciante tem o dever com o consumidor e precisa saber o que está vendendo”, afirmou Passamani.
Já os fabricantes responderão por crime contra relação de consumo, com pena que pode variar de dois a cinco anos de reclusão.
A Decon orienta que o consumidor que adquiriu azeite das marcas apreendidas leve o produto até o estabelecimento comercial onde foi realizada a compra para que seja feita a troca. Caso o estabelecimento se recuse, o consumidor deve procurar a delegacia para registrar o fato.
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Agricultura
Semana que vem inicia com tempo severo: ventos de 100 km/h e queda de granizo
A próxima segunda-feira (7) começa com chuva na Região Sul graças à atuação de um cavado meteorológico (região alongada de relativa pressão atmosférica baixa).
Assim, de acordo com o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller, o estado do Paraná, Santa Catarina e toda a porção oeste do Rio Grande do Sul ficam, novamente, sob alerta de rajadas de vento que podem ultrapassar os 100 km/h. Há, também, probabilidade de queda de granizo nestas áreas.
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Já de 9 a 13 de outubro, a boa notícia é que a chuva se espalha pelo Brasil Central. As precipitações chegam de forma mais significativa, em volumes entre 60 mm e 100 mm, no oeste do Paraná, em toda a faixa leste de Mato Grosso do Sul e na faixa central e Zona da Mata de Minas Gerais.
De acordo com Müller, a condição de chuva mais intensa se deve à atuação de uma nova frente fria mais delineada. “Também levará chuva para Goiás, Brasília, sul do Tocantins e também Mato Grosso. Essa umidade mais distribuída é suficiente para acabar com a onda de calor e, também, eliminar o risco para focos de incêndio”.
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