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Algodão

Produtores se únem para retomar plantio de algodão

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Imagem: Faep

 

O produtor José Antonio Borghi, de Santa Cruz de Monte Castelo, no Paraná, espera colher 150 toneladas de algodão em sua segunda safra, apesar da falta de chuvas. Ele busca diversificar sua produção de soja com a cotonicultura, destacando a estabilidade do algodão frente a condições climáticas adversas. Borghi faz parte do movimento pela retomada da cotonicultura no Paraná, que já foi o maior produtor nacional na safra 1991/92. A decadência da cultura no Estado foi causada pela infestação do bicudo-do-algodoeiro, expansão da soja e desafios econômicos.

Desde 2001, a Associação dos Cotonicultores do Paraná (Acopar) lidera esforços para revitalizar a produção, oferecendo suporte técnico e promovendo a comercialização. A demanda interna de 60 mil toneladas de pluma no parque têxtil estadual, majoritariamente abastecido pelo Cerrado, reforça o potencial para ampliar a área cultivada. A meta da Acopar é atingir 60 mil hectares nos próximos cinco anos.

Vantagens competitivas

O Paraná apresenta vantagens competitivas como menor custo de produção e uso reduzido de insumos em comparação com outras regiões. Além disso, a colheita antecipada favorece a comercialização e torna o algodão paranaense mais competitivo. Em termos financeiros, o algodão oferece maior lucratividade por hectare em relação à soja, incentivando produtores a apostarem na cultura.

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“O algodão é mais uma opção interessante para os nossos produtores rurais, permitindo vantagens financeiras e também ganhos com a conservação do solo, pois contribui para a rotação de cultura. Dentro do Sistema FAEP, estamos dando todo o apoio necessário para que a cultura possa se desenvolver e crescer no Paraná”, destaca o presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette.

Há seis anos, o produtor Aristeu Sakamoto voltou a plantar algodão em 30 hectares de sua propriedade em Cambará, no Norte Pioneiro. A decisão foi motivada pela paixão pela cultura, que, plantada por seu pai, sustentou a família por décadas. O incentivo que faltava veio com o apoio da Acopar, que auxilia na comercialização, garantindo mais segurança ao produtor e melhores condições de negociação. Para a safra 2024/25, sua expectativa é superar 250 arrobas de algodão em caroço por hectare.

O produtor Aristeu Sakamoto/Foto: Faep
Desafios à vista

Apesar disso, desafios permanecem, como a ausência de uma algodoeira no Estado. A Acopar planeja a instalação de uma unidade em Ibiporã para beneficiar a produção local. O setor também busca incentivos governamentais e soluções para reduzir custos, como a compra de maquinário usado de outras regiões.

O Sindicato Rural de Londrina e outras entidades promovem um seminário sobre algodão durante a ExpoLondrina, com palestras sobre o desenvolvimento da cadeia produtiva. A cotonicultura tem potencial de crescimento, contribuindo para a rotação de culturas, controle de pragas e aumento na absorção de nutrientes pelo solo.

(Com FAEP)

Fernanda Toigo

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Algodão

Algodão: chuvas tardias contribuem para alta de 2,73% na produtividade

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Reprodução

As chuvas prolongadas em boa parte do estado até abril elevaram as expectativas de produtividade no algodão em Mato Grosso, que apontam um rendimento de 297,04 arrobas por hectare para o ciclo 2024/25. Se a média se concretizar, representará um incremento de 1,83% ante o ciclo 2023/24. Na variação mensal o aumento projetado é de 2,73%.

De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o cenário climático observado contribuiu, especialmente, para o bom desempenho da segunda safra de algodão, que no estado representa 81,78% da área total destinada para a cultura.

“Cabe destacar ainda que, em maio, houve registros de chuvas pontuais em algumas regiões produtoras, o que contribuiu para o potencial produtivo do algodão semeado mais tardiamente no estado”, salienta.

Ainda conforme o Instituto, apesar de positivo o prolongamento das chuvas para a segunda safra, “a elevada umidade do solo pode comprometer a produtividade das áreas de primeira safra, considerando que se encontram em fase fenológica mais avançada”.

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“A atenção neste momento se volta para o mês de junho, uma vez que se as chuvas persistirem, os impactos tendem a ser negativos para as lavouras do algodão, inclusive as de segunda safra”.

Em levantamento divulgado nesta segunda-feira (2), o Imea manteve a área estimada em 1,51 milhão de hectares, extensão que representa uma alta de 2,97% em relação ao ciclo 2023/24.

Diante da manutenção da área e da perspectiva de aumento da produtividade, a produção de algodão em caroço está estimada em 6,71 milhões de toneladas, aumento de 2,73% ante o projetado em maio. Em relação à pluma de algodão, espera-se uma produção de 2,76 milhões de toneladas.

canalrural

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Algodão

Mercado de algodão segue lento e impactado por tensões comerciais e baixa liquidez na entressafra

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Assessoria

O mercado físico de algodão em pluma continua operando em ritmo lento no Brasil, refletindo um cenário de incertezas no comércio internacional, especialmente devido às tensões comerciais entre Estados Unidos e China. Essa conjuntura tem gerado volatilidade nos preços futuros da commodity e contribuído para a retração nas negociações internas durante a entressafra.

Segundo análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a comercialização no país segue limitada, tanto pela disparidade de preços quanto pelas variações na qualidade dos lotes disponíveis. As médias de preços permanecem com oscilações em um intervalo estreito, o que revela uma instabilidade no ambiente de negócios.

Do lado da demanda, os compradores mantêm uma postura cautelosa, atuando apenas para reposição pontual de estoques. Já os vendedores continuam firmes em suas ofertas, priorizando o cumprimento dos contratos a termo já firmados, o que restringe ainda mais o volume de algodão disponível no mercado spot.

Nas exportações, dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), analisados pelo Cepea, mostram que o Brasil embarcou 239,06 mil toneladas de algodão em pluma em março. O volume representa queda de 13% em relação a fevereiro deste ano e é 5,4% menor se comparado ao mesmo período de 2024, evidenciando a desaceleração nas vendas externas, mesmo diante de uma safra robusta.

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O cenário atual aponta para um mercado ainda fragilizado pela conjuntura internacional e pela cautela dos agentes no mercado interno, com perspectivas de retomada do ritmo apenas com maior estabilidade nos preços e nas relações comerciais globais.

Fonte: CenarioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Algodão

Embrapa consulta cadeia produtiva sobre demandas de pesquisa para algodão, amendoim, gergelim, mamona e sisal

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Foto: Mayke Toscano/ Secom-MT (19/05/2014)

 

De 8 a 18 de abril, a Embrapa Algodão está realizando uma pesquisa de opinião com os diferentes elos das cadeias produtivas das culturas do algodão, amendoim, gergelim, mamona e sisal. O objetivo é mapear e definir quais serão as prioridades de pesquisa da Unidade para os próximos anos.

“Periodicamente a Embrapa avalia o direcionamento de suas ações por meio do Plano Diretor, e a partir deste plano, cada unidade descentralizada reavalia sua agenda estratégica com base no movimento das cadeias produtivas, infraestrutura para pesquisa e consultas públicas a diferentes elos da agricultura nacional”, explicou Daniel Ferreira, chefe-geral interino da Embrapa Algodão .

Para identificar desafios e oportunidades em relação as cadeias produtivas pesquisadas pela unidade, serão ouvidos produtores, consultores, técnicos de extensão rural e representantes de empresas parceiras, universidades e indústrias.

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Essas informações ajudarão a orientar novas pesquisas, bem como, ações de divulgação e transferência de tecnologia, que possam contribuir para melhorar a produção de algodão, amendoim, gergelim, mamona e sisal em todo o país.

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