Economia
Flutuação do câmbio foi determinante para o mercado em fevereiro

Imagem: Canva
A flutuação do câmbio foi determinante para o mercado da soja durante o mês de fevereiro. O dólar comercial iniciou fevereiro cotado em torno de R$ 5,84 e encerrou o período próximo de R$ 5,83, com oscilações que levaram a moeda a patamares inferiores a R$ 5,70 em alguns momentos, resultando em uma comercialização de ritmo lento.
Os agentes do setor aproveitaram os momentos de valorização para negociar volumes pontuais, mas, no geral, o fluxo de vendas permaneceu restrito. Diante desse cenário, os produtores concentraram esforços nas atividades de campo. Após um período de condições climáticas adversas, a situação apresentou melhora na segunda quinzena do mês. No Centro-Oeste, a redução das chuvas possibilitou o avanço da colheita, que atingiu patamares próximos da média histórica, após um início marcado por atrasos.
No mercado internacional, os contratos futuros da soja com vencimento em maio na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) registraram uma desvalorização de 1,58% ao longo do período, sendo cotados em US$ 10,40 3/4 por bushel na manhã do dia 28. O avanço da colheita no Brasil e preocupações relacionadas à política tarifária do novo governo dos Estados Unidos impactaram negativamente as cotações.
A área projetada para o plantio de soja nos Estados Unidos em 2025 foi estimada em 84 milhões de acres pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), número ligeiramente abaixo da expectativa do mercado, que previa 84,4 milhões de acres. Em 2024, a área totalizou 87,1 milhões de acres. Com preços mais atrativos, o milho tende a ocupar parte do espaço da soja na próxima safra. O relatório oficial de intenção de plantio será divulgado pelo USDA no dia 31 de março.
Na Argentina, as lavouras de soja receberam chuvas recentes, especialmente na região central, contribuindo para a melhoria da umidade do solo. No entanto, áreas do norte do país seguiram com escassez de precipitações e temperaturas elevadas. De forma geral, as condições de cultivo apresentaram recuperação.
A soja de primeira safra tem mais de 40% da área em fase de enchimento de grãos sob umidade considerada ideal, enquanto nas regiões NEA e Norte de Santa Fé, mais de 30% das lavouras enfrentam déficit hídrico nesse estágio crítico. Para a soja de plantio tardio, embora algumas áreas apresentem baixa densidade de plantas devido à seca anterior, a retomada das chuvas trouxe benefícios ao desenvolvimento da cultura. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires mantém sua projeção de produção em 49,6 milhões de toneladas.
No cenário comercial global, a política tarifária dos Estados Unidos segue como fator de impacto nos mercados. O governo norte-americano anunciou que as tarifas de 25% sobre importações do México e do Canadá entrarão em vigor em 4 de março, conforme o cronograma previsto. Além disso, a China enfrentará uma tarifa adicional de 10% sobre seus produtos a partir da mesma data. O anúncio reforça a postura do governo em relação às relações comerciais internacionais, gerando incertezas quanto aos efeitos econômicos dessas medidas.
No Brasil, as condições climáticas impactaram a produtividade das lavouras. No Sul, a retomada das chuvas ajudou a minimizar os impactos das altas temperaturas sobre a cultura, mas as perdas no potencial produtivo no Rio Grande do Sul já não podem ser revertidas.
A situação foi semelhante na Argentina, onde a irregularidade do clima comprometeu parte da safra. Ainda assim, a oferta de soja sul-americana deve se manter robusta, pressionando as cotações no mercado futuro de Chicago.
Em relação aos preços da soja no mercado interno, as cotações apresentaram variações regionais ao longo do mês. Segundo informações do Canal Rural, Passo Fundo (RS) teve redução de R$ 133,00 para R$ 131,00 por saca; Cascavel (PR) registrou aumento de R$ 122,00 para R$ 129,00 por saca; em Rondonópolis (MT) também houve queda de R$ 133,00 para R$ 117,00 por saca; e no Porto de Paranaguá (PR), uma valorização de R$ 131,00 para R$ 134,00 por saca.
O mercado segue atento aos desdobramentos da safra sul-americana, das políticas comerciais globais e das oscilações cambiais, fatores que continuarão influenciando o comportamento dos preços nas próximas semanas.
(Com Feagro)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Produtores rurais já podem emitir CCIR 2025

Assessoria
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), informa que o Certificado de Cadastro de Imóveis Rurais (CCIR), referente ao exercício de 2025, já está disponível para emissão.
Poderão emitir o CCIR os proprietários, titulares do domínio útil ou ocupantes a qualquer título de imóveis rurais com prazo para pagamento da taxa de serviço cadastral, que valida o certificado, até o dia 17 de julho.
O assessor técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Érico Goulart, explica que o CCIR 2025 é essencial para comprovar a regularidade cadastral do imóvel rural perante os órgãos públicos. Para ele, é um requisito obrigatório.
“É imprescindível para operações como compra, venda, financiamento e atualização cadastral junto ao Incra e demais instituições”.
O procedimento pode ser realizado pelo site do Incra; aplicativo SNCR-Mobile (Android e iOS); endereço eletrônico da Declaração de Cadastro Rural (DCR); salas da Cidadania nas Superintendências Regionais do Incra e Unidades Avançadas e Municipais de Cadastramento (UMCs).
O pagamento da taxa pode ser feito via PIX ou cartão de crédito. O boleto bancário somente é aceito na rede do Banco do Brasil e, após a confirmação do pagamento, fica disponível a geração do certificado com o status de “Quitado”.
Sua apresentação é obrigatória em casos de transferência, arrendamento, hipoteca, desmembramento ou partilha do imóvel, além de ser um dos requisitos exigidos para concessão de crédito rural por instituições financeiras.
A CNA destaca que o CCIR é fundamental para garantir a conformidade cadastral da propriedade rural, além de assegurar ao produtor o acesso a políticas públicas e financiamentos, como o crédito agrícola.
A entidade reforça que todos os proprietários e ocupantes de imóveis rurais devem manter seu cadastro atualizado e o CCIR regularizado anualmente para evitar restrições em operações financeiras e negociações de terras.
O certificado tem validade de um ano, contado a partir da data do pagamento da taxa, e o sistema do Incra indica automaticamente quando deve ser feita a nova emissão.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Você sabe para que serve cada tipo de silo?

Pela forma e estrutura, destacam-se os silos verticais – Foto: Canva
Segundo Marcelo Cascalho, Coordenador Técnico da Options Engenharia, os silos de armazenamento desempenham um papel fundamental na logística e conservação de materiais em diversos setores, especialmente na agricultura e na indústria. Existem diferentes classificações para silos, baseadas em sua forma, material de construção, sistema de descarga, condições de armazenamento e aplicações específicas, cada uma voltada para atender melhor às necessidades de operação e segurança.
Pela forma e estrutura, destacam-se os silos verticais (cilíndricos), que são os mais comuns por ocuparem menos área e permitirem descarga por gravidade, sendo ideais para grãos e cimento. Já os silos horizontais são mais usados para grandes volumes. Os silos de fundo plano exigem sistemas mecânicos para escoamento, enquanto os de fundo cônico favorecem a descarga natural por sua inclinação, ideais para grãos secos e pellets.
Quanto ao material de construção, os silos metálicos (aço carbono ou inox) oferecem resistência e vedação eficaz para grãos e produtos químicos. Os de concreto são duráveis e indicados para volumes grandes, como cimento e cal. Silos de lona ou PVC, mais econômicos e móveis, atendem à estocagem temporária, enquanto os plásticos são comuns na indústria alimentícia e química leve por sua resistência à corrosão.
Em relação ao sistema de descarga, os silos podem operar por gravidade, extração mecânica (roscas ou esteiras) ou serem fluidizados, com ar insuflado, facilitando o manuseio de materiais finos como farinha. Já as condições de armazenamento variam entre silos ventilados, que controlam temperatura e umidade — essenciais para sementes —, e silos herméticos, com vedação completa e atmosfera controlada para evitar fungos e pragas. Por fim, as aplicações específicas vão desde o uso agrícola (soja, milho, trigo), até setores como construção civil (cimento, cal), pecuária (ração), indústria química (plásticos e fertilizantes) e alimentícia (açúcar, farinha). A escolha adequada do silo impacta diretamente na eficiência operacional, na qualidade do produto armazenado e na segurança da armazenagem.
AGROLINK – Leonardo Gottems
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Globoaves marca presença na PECNORDESTE

Foto: Assessoria Comunicação Globoaves
A Globoaves, uma das maiores produtoras e exportadoras de ovos férteis e pintos de um dia da América Latina, participou mais um ano da PECNORDESTE, um dos mais importantes eventos do agronegócio do Nordeste, realizado entre os dias 5 e 7 de junho, em Fortaleza (CE), e que atraiu mais de 100 mil visitantes.
A PECNORDESTE tem se consolidado como uma plataforma essencial para troca de conhecimento e fortalecimento de parcerias no setor. Com foco em diversas cadeias produtivas, entre elas a avicultura, a feira oferece um ambiente ideal para atualização técnica e comercial.
Globoaves 40 Anos
Na edição de 2025, a Globoaves expos para o público seus produtos já fidelizados no mercado, e as novas posturas comerciais de ovos azuis e verde.
Para o superintendente Wilson Bockhorny, a presença no evento é estratégica. “Estar na PECNORDESTE é uma forma de reforçar nosso compromisso com o desenvolvimento da avicultura. A região tem um enorme potencial e estamos aqui para oferecer suporte técnico, inovação e genética de ponta aos produtores”, destacou.
A participação na PECNORDESTE também foi marcada peloegundo encontro de distribuidores Globoaves – Norte/Nordeste, onde foi debatido estratégica e ações para desenvolver soluções cada vez mais adequadas à realidade da região; e pela palestra do veterinário da Globoaves, Arthur Santos, que trouxe ao público de mais de 500 produtores os principais pontos para manejo, nutrição e bem-estar animal.
Com a experiência positiva deste ano, a Globoaves já confirma sua participação na próxima edição da PECNORDESTE, em 2026. A empresa antecipa que trará novidades em novos produtos para a avicultura. O objetivo é seguir contribuindo para o crescimento da cadeia produtiva regional com genética de ponta e acessíveis.
(Com Globoaves)
Foto: Assessoria Comunicação Globoaves
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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