Agronegócio
Reunião do G20 em Mato Grosso registra maior adesão de ministros da história

Reunião do G20 em Mato Grosso registra maior adesão de ministros da história – Mapa
Criado em 2011, o Grupo de Trabalho da Agricultura do G20 tem como principal objetivo promover a cooperação internacional para tratar de questões essenciais para a agricultura mundial como a segurança alimentar, a agricultura sustentável, inovação tecnológica e adaptação às mudanças climáticas.
Sob a presidência pro tempore do Brasil, as reuniões do GT Agricultura acontecem de 10 a 14 de setembro no município de Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso. O estado é o maior produtor de grãos e também tem o maior rebanho bovino do país abrigados em três biomas diferentes: Amazônia, Pantanal e Cerrado.
Coordenador do GT Agricultura, o secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Roberto Perosa, informou que as reuniões deste ano registram a maior adesão da história do grupo. São 23 delegações com ministros e autoridades de nível ministerial das principais economias do mundo.
A declaração foi dada no Fórum Internacional de Agricultura e Pecuária (FIAP), evento paralelo ao G20, realizado nesta segunda-feira (9) em Cuiabá. Conforme o secretário, esta também é a maior participação de ministros nas reuniões dos Grupos de Trabalho do G20 neste ano.
Ao todo, o G20 Brasil conta com mais de 100 reuniões realizadas em todas as regiões do Brasil para discutir os diferentes temas.
Assessoria/Mapa
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Consumo de alimentos naturais cresce no Brasil

Assessoria
O Dia da Saúde e Nutrição é celebrado no dia 31 de março, uma data instituída pelo Ministério da Saúde e que destaca a necessidade de hábitos alimentares equilibrados, incentivando a adoção de uma dieta rica em alimentos naturais e minimamente processados.
Nos últimos anos, a busca por uma alimentação equilibrada tem ganhado força entre os brasileiros, resultando em melhorias significativas na saúde da população.
Segundo dados do Ministério da Saúde de 2024, houve um aumento de 40% no consumo de alimentos naturais e minimamente processados nos últimos cinco anos, refletindo uma maior conscientização sobre os impactos da alimentação na qualidade de vida. Além disso, pesquisas recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o consumo de frutas e hortaliças cresceu 25% em comparação com 2019, enquanto a ingestão de ultraprocessados apresentou queda de 15%.
O nutricionista Hugo Xavier, professor e coordenador dos cursos de Nutrição e Gastronomia da Universidade Tiradentes (Unit), explica que esse movimento de conscientização está associado à iniciativas de educação alimentar e à disseminação de informações confiáveis sobre nutrição.
Ele ressalta que programas como o Guia Alimentar para a População Brasileira, atualizado em 2024 pelo Ministério da Saúde, têm incentivado escolhas alimentares mais saudáveis, com foco na comida de verdade.
“Além disso, o crescimento do interesse por agricultura familiar e feiras orgânicas também refletem uma mudança de comportamento, com mais brasileiros optando por alimentos frescos e produzidos localmente”, afirma.
Houve um aumento de 40% no consumo de alimentos naturais e minimamente processados nos últimos cinco anos Foto Pixabay/Divulgação
“Terrorismo nutricional”
No entanto, de acordo com a professora Cristiani Brandão, nutricionista e especialista em Nutrição Clínica da Unit, essa transformação enfrenta desafios, como o crescimento do chamado “terrorismo nutricional” nas redes sociais. “A propagação de informações alarmistas sobre alimentação pode levar as pessoas a adotarem dietas restritivas e prejudiciais, gerando medo e desconfiança, distorcendo o conhecimento científico e impactando negativamente a relação das pessoas com a comida”, alerta.
Ela conta que, para combater esse fenômeno, o Conselho Federal de Nutrição (CFN) lançou a campanha “Nutrição é com nutricionista!”, incentivando a população a buscar orientação profissional baseada em evidências científicas.
O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem reforçado a inclusão de frutas, legumes e hortaliças nas merendas escolares Foto Prefeitura de Itaquaquecetuba SP/Divulgação
“Um estudo publicado em 2024 pelo IBGE revela que brasileiros que seguem dietas equilibradas têm 30% menos risco de desenvolver doenças crônicas, como diabetes, obesidade e hipertensão”, revela a especialista.
Cristiani complementa que a educação alimentar também tem sido uma aliada nesse processo. “Desde 2019, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) tem reforçado a inclusão de frutas, legumes e hortaliças nas merendas, beneficiando milhões de crianças. Em 2024, uma atualização do programa estabeleceu que pelo menos 50% dos alimentos adquiridos devem ser de origem agroecológica ou orgânica”, informa.
A professora salienta ainda que, por outro lado, o impacto do terrorismo nutricional também é sentido na economia.
“Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em 2024 aponta que o consumo de alimentos rotulados como ‘milagrosos’ ou ‘vilões’ tem impulsionado a venda de produtos sem comprovação científica, movimentando um mercado de suplementos e dietas restritivas que cresce cerca de 18% ao ano no Brasil”, reforça.
Iniciativas comunitárias, como hortas urbanas e sociais aproximam as pessoas de hábitos mais saudáveis e sustentáveis Foto Thiago Gaspar Prefeitura de Fortaleza-CE/Divulgação
Educação alimentar
Diante desse cenário, especialistas reforçam a importância do acesso a informações confiáveis e da consulta com profissionais qualificados. Segundo Xavier, a educação alimentar é um dos pilares para uma população mais saudável e para a redução de doenças crônicas evitáveis.
“Investir em programas educacionais sobre nutrição, tanto em escolas quanto em ambientes de trabalho, pode ser essencial para consolidar hábitos alimentares saudáveis. Políticas públicas que promovem cursos, palestras e campanhas educativas têm mostrado resultados positivos na adoção de dietas equilibradas e na redução do consumo de alimentos ultraprocessados”, enfatiza.
O coordenador dos cursos de Nutrição e Gastronomia da Unit acredita que a consolidação de hábitos saudáveis no Brasil depende de uma combinação de fatores: educação, políticas públicas e combate à desinformação.
“A população, ao buscar fontes confiáveis e adotar uma alimentação equilibrada, tem o poder de transformar a própria saúde e a da sociedade como um todo. Iniciativas comunitárias, como hortas urbanas e feiras de alimentos orgânicos, também desempenham um papel importante na promoção da educação alimentar, aproximando as pessoas de hábitos mais saudáveis e sustentáveis”, conclui Xavier.
Feiras orgânicas refletem uma mudança de comportamento da sociedade Foto Ricardo Cassiano/Prefeitura RJ/Divulgação
Fonte: Universidade Tiradentes (Unit)
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Os benefícios da proteína animal para a saúde humana

Assessoria
Presente na dieta dos seres pré-humanos há cerca de 2,6 milhões de anos, a carne vermelha teve um papel fundamental no desenvolvimento das pessoas, em especial do cérebro. A proteína foi essencial para fornecer mais calorias (com menos esforço) aos humanos, favorecendo o crescimento desse órgão, que exige muitos nutrientes.
Porém, ainda há muita desinformação sobre o consumo dessa proteína. De acordo com a nutricionista especializada em dietas low carb, cetogênica e carnívora, Letícia Moreira, essa questão está relacionada há alguns mitos criados para diminuir o consumo desse alimento.
Em primeiro lugar, segundo Letícia, é crucial entender que não se deve eliminar a ingestão de proteína animal da dieta. “É preciso adotar uma alimentação baseada em comida de verdade, optando por ingredientes frescos, naturais e com mínimo de processamento para manter uma boa saúde, e a proteína animal é protagonista nesse contexto, pois é fonte de uma variedade de nutrientes essenciais para o bom funcionamento do corpo”, destaca.
A carne vermelha teve um papel fundamental no desenvolvimento da espécie humana. Foto: Leko Machado-Embrapa
Mitos sobre a carne vermelha
Para dar luz a algumas informações que não retratam os reais benefícios relacionados à ingestão de carne vermelha, a especialista lista alguns mitos e esclarece mais sobre o assunto. O primeiro deles é sobre o aumento do colesterol.
A carne vermelha não está associada ao aumento do colesterol. O seu consumo não impacta negativamente os níveis de colesterol em indivíduos saudáveis. “O mito de que a carne vermelha eleva o colesterol é desmistificado quando analisamos a dieta como um todo. A qualidade das gorduras e a presença de carboidratos processados têm um impacto muito maior na saúde cardiovascular”, informa Letícia.
Outro mito é sobre a questão de que a carne não apodrece no intestino. Na verdade, a carne é digerida de forma eficiente no sistema digestivo humano, e o tempo de digestão é semelhante ao de outros alimentos proteicos, como ovos e laticínios. Estudos demonstram que a carne não provoca fermentação prejudicial no intestino.
“O processo digestivo humano é bastante eficiente. O que realmente importa é a saúde intestinal e a composição da dieta. A carne não apodrece no intestino, mas sim contribui para a saúde do organismo”, relata.
A nutricionista especializada em dietas low carb, cetogênica e carnívora, Letícia Moreira. Foto: Divulgação
Letícia observa também que carne não aumenta o ácido úrico, pois, apesar do alimento conter purinas, que podem aumentar os níveis de ácido úrico em algumas pessoas, o consumo moderado de carne não é um fator determinante no desenvolvimento de gota.
Além disso, ela acrescenta que a carne vermelha é uma fonte rica de ferro heme, que é mais bem absorvido pelo organismo. No entanto, para a maioria das pessoas saudáveis, o consumo regular de carne não causa aumento excessivo nos níveis de ferritina, que é a proteína que armazena ferro no corpo. A excreção de ferro é regulada pelo organismo, e excessos são raros.
“A ferritina é uma proteína de armazenamento de ferro, e sua elevação não está ligada ao consumo de carne, mas sim a processos inflamatórios e se deve investigar o estado de saúde geral do indivíduo” afirma a especialista.
Outros mitos
Conforme esclarece a nutricionista, não há evidências conclusivas que demonstrem que o consumo moderado de carne vermelha cause doenças renais em indivíduos saudáveis. Um estudo da National Kidney Foundation sugere que o risco de doença renal é mais associado a fatores como hipertensão e diabetes do que ao consumo de carne.
“A carne é uma fonte de proteína de alta qualidade, e em pessoas saudáveis não causa doenças renais. A questão é individual, ou seja, cada pessoa deve observar, junto de um profissional, suas necessidades e condições de saúde”, informa Letícia.
Segundo a especialista, o consumo de carne, quando integrado a uma dieta saudável, não é um fator de risco para diabetes. Foto: Arquivo-Animal Business Brasil
Segundo ela, a carne pode fazer parte de uma alimentação saudável, uma vez que o alimento fornece proteínas de alta qualidade e nutrientes essenciais, como ferro, zinco e vitaminas do complexo B. Ou seja, na opinião da especialista, é recomendado incluir cortes de carne bovina em uma dieta.
Outro mito destacado por ela é a relação direta entre o consumo de carne vermelha e o desenvolvimento de diabetes tipo 2. Estudos mostram que a dieta como um todo, incluindo a quantidade de carboidratos e a qualidade da alimentação, é mais influente no risco de diabetes do que a carne em si. O importante é focar na qualidade da carne e na variedade da dieta.
“O consumo de carne, quando integrado a uma dieta saudável, não é um fator de risco para diabetes. O foco deve estar em reduzir açúcares e carboidratos processados”, orienta.
Essencial para saúde do corpo e da mente
O ganho de peso é resultado de um balanço calórico positivo, não apenas do consumo de carne. Quando integrada a uma dieta saudável e a um estilo de vida ativo, a carne vermelha não é um fator isolado que leva ao ganho de peso. Além disso, a proteína encontrada na carne pode ajudar na saciedade, reduzindo a ingestão total de calorias.
Sendo assim, conforme esclarece a nutricionista, a carne em si não é a vilã da balança. O que realmente importa é a quantidade total de calorias consumidas e a qualidade da dieta como um todo.
Considerada uma excelente fonte de proteína, a carne vermelha é crucial para a recuperação e construção muscular. Foto: Arquivo- Arquivo-A Lavoura
Outro ponto destacado por ela é que a carne vermelha é uma excelente fonte de proteína, crucial para a recuperação e construção muscular. A ingestão adequada de proteína após o exercício é vital para o crescimento muscular e a recuperação. Pesquisas indicam que a proteína da carne é eficaz na promoção da síntese proteica muscular.
“Para atletas e praticantes de atividades físicas, a carne é uma aliada indispensável. Ela fornece os nutrientes necessários para a recuperação e o desenvolvimento muscular”, complementa.
Por fim ela reforça que a carne vermelha é uma fonte concentrada de nutrientes que são essenciais para a saúde. De acordo com a United States Department of Agriculture (USDA) – Departamento de Agricultura dos Estados Unidos –, 100 gramas de carne bovina contêm uma quantidade significativa desses nutrientes, contribuindo para a saúde geral.
“A carne é uma verdadeira fonte de nutrientes, incluindo proteínas, gordura, ferro, zinco e vitaminas B12 e B6, oferecendo uma variedade de vitaminas e minerais que são fundamentais para a saúde e o bem-estar geral”, conclui Letícia.
Fonte: Assessoria de comunicação Connan
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Banana: Senar impulsiona produção com melhoria na renda de pequenos produtores

Fruticultor de Tangará da Serra (MT) Foto: Senar
O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), por meio da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), tem desempenhado um papel fundamental no fortalecimento da produção de banana no Brasil.
A banana, reconhecida por seu alto valor nutritivo e popularidade, é a fruta fresca mais consumida no país, com um consumo médio de 25 kg por pessoa ao ano. Para atender essa demanda, o Senar atua diretamente com os pequenos produtores, que representam 98% das unidades atendidas pelo programa.
Entre 2018 e 2024, a ATeG resultou na produção de 217,5 mil toneladas de banana com qualidade diferenciada. Além disso, o programa contribuiu para a melhoria da renda de 2.551 famílias produtoras, garantindo maior estabilidade econômica no setor.
Os produtores assistidos pelo Senar alcançaram uma produtividade média de 15,85 toneladas por hectare, superando em cerca de uma tonelada/hectare a média nacional.
Essa evolução tem gerado impactos diretos na renda familiar, que apresentou um aumento de 13,53%, proporcionando melhor qualidade de vida para os agricultores e suas famílias.
Outro fator relevante é a eficiência na gestão da produção. Enquanto outras regiões enfrentam um aumento de 11,45% nos custos, os produtores acompanhados pela assistência técnica conseguiram reduzir as despesas de custeio em 0,89%, garantindo mais competitividade e sustentabilidade para seus negócios.
O bananicultor Gleder Luiz Teixeira, da Estância São Francisco, em Tangará da Serra (MT), é um exemplo do impacto positivo na produção e no lucro com a ATeG. Desde 2020, com o apoio do engenheiro agrônomo Leandro Raphael Fachi, ele viu sua produção crescer significativamente.
“Fico muito satisfeito por ter recebido essas orientações do Senar aqui na minha propriedade. Quando a assistência começou, eu tinha cerca de três a quatro mil covas de banana. Com o suporte técnico, expandimos para oito mil, dobrando a área plantada e quadruplicando a produção. As recomendações sobre manejo, administração, adubação e controle de pragas foram fundamentais. Foi excelente, uma verdadeira mão na roda”, destaca o produtor.
Antes dedicada ao arrendamento para soja, a propriedade agora se destaca pelo cultivo de banana-da-terra-anã.
“Uma parte da terra era arrendada para soja e eu ainda não tinha noção do que ia cultivar. Eu comecei a pesquisar na região sobre a produção de banana e pensei: na minha propriedade a terra é boa, tenho água com fartura, a energia é próxima da captação, vou tentar ver se eu consigo produzir banana fora de época. Em 2017, eu plantei um pequeno pomar de banana e irriguei para ver como que ia ser, como que ela ia se comportar e foi espetacular a produção. A partir de 2018, eu já comecei a plantar ela em escala mais comercial, uma área um pouco maior”.
De acordo com o coordenador técnico da ATeG, Adriano Araújo Pontes, a assistência técnica tem sido um pilar fundamental do desenvolvimento do agronegócio brasileiro.
“A ATeG promove ações e atendimentos com metodologia própria. O modelo de Assistência Técnica e Gerencial do Senar prevê o acompanhamento mensal das propriedades rurais durante 24 meses com foco na melhoria dos processos produtivos, no ótimo econômico e no desenvolvimento social da família rural, alcançando assim a sustentabilidade na produção rural”, explica.
(Com Assessoria de Comunicação CNA)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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