Agricultura
Setor agropecuário tem saldo positivo de quase 34 mil postos de trabalho em junho
Vagas de emprego no cultivo de soja liderou na região Centro-Oeste – Foto: Arquivo/AguaBoaNews
O mercado de trabalho do setor agropecuário fechou o mês de junho com um saldo positivo de 33.894 postos de trabalho. Segundo o levantamento mais recente feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram registradas 233.678 admissões e 199.784 desligamentos. O desempenho do sexto mês de 2024 ficou abaixo do saldo observado no mesmo mês de 2023 (36.145) e 2022 (51.961).
Na comparação regional com junho do ano passado, o emprego cresceu na Região Norte (5,7%), Centro-Oeste (4,3%) e Nordeste (1,0%); mas teve queda no Sudeste (-2,4%) e no Sul (-0,4%).
A Região Sul acumulou um saldo negativo de -6,1 mil empregos, provocado, em parte, pelas enchentes do Rio Grande do Sul. Segundo a análise da CNM, o prejuízo da tragédia climática no estado gaúcho ultrapassa os R$ 12 bilhões. Destes, R$ 4,2 bilhões são da agricultura.
Das 4.675 cidades com movimentação no mercado de trabalho no setor agropecuário, 2.377 apresentaram expansão e 1.961 tiveram redução. A maior parte do saldo positivo (64%) ficou por conta das pequenas cidades, com 21,7 mil vagas. Já as grandes cidades foram responsáveis por 7% do saldo de junho.
Cultivo
Em relação aos cultivos, o destaque em junho vai para a produção de laranja, com 4,8 mil vagas, e alho, com 2 mil vagas, na Região Sudeste. Atividades de apoio à agricultura e serviços de preparação de terreno, cultivo e colheita também impactaram positivamente nessa região, com 3,2 mil vagas.
Já no Nordeste, a fabricação de álcool e de açúcar em bruto contribuíram com o saldo positivo de postos de trabalho, com 2,1 mil e 1,6 mil vagas, respectivamente. Além disso, o cultivo de soja, com 3,2 mil vagas, puxou a geração de empregos no agro na Região Centro-Oeste.
O levantamento completo está disponível no site da CNM.
Fonte: Brasil 61
Paloma Custódio/Brasil 61]
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Termine a semana sabendo as principais notícias econômicas do Brasil e do mundo
No morning call desta sexta (8), o economista do PicPay Igor Cadilhac, destaca o corte de juros pelo Fed e a postura cautelosa de Powell.
No Brasil, as incertezas fiscais elevam a volatilidade, enquanto o mercado aguarda o IPCA de outubro e possíveis impactos na Selic em dezembro.
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Agricultura
Lançada pelo Brasil, Aliança Global contra Fome tem adesão da Noruega
A Noruega aderiu nesta quinta-feira (7) à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa da presidência brasileira do G20 para canalizar recursos a programas e projetos para o enfrentamento a esses dois problemas persistentes no planeta.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), o país europeu já havia anunciado um aporte inicial de US$ 1 milhão para o programa.
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“Estamos comprometidos em colaborar com a Aliança Global, apoiando financeiramente a mobilização de recursos nacionais e internacionais para promover a segurança alimentar”, destacou a ministra do Desenvolvimento Internacional da Noruega, Anne Beathe Tvinnereim, ao apresentar a Declaração de Compromisso que reforça o apoio à iniciativa.
Até o momento, 18 países, além da União Africana e da União Europeia, já aderiram formalmente à Aliança Global, por meio da apresentação, revisão e posterior ratificação de suas Declarações de Compromisso, segundo o MDS.
A expectativa é que todos os países do G20 e os convidados para a Cúpula de Líderes, que ocorrerá nos próximos dias 18 e 19, no Rio de Janeiro, confirmem a participação na Aliança. Bangladesh e Alemanha já oficializaram a adesão publicamente. Os demais países ainda não foram revelados.
Países com interesse em aderir
Organismos multilaterais como a Organização dos Estados Americanos (OEA), o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), a Câmara de Comércio Internacional e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) também firmaram compromisso com a Aliança, bem como a Fundação Rockefeller, dos Estados Unidos.
Outros 29 países já submeteram e estão com suas Declarações de Compromisso em processo de revisão. Além disso, cerca de 66 países já manifestaram a intenção de aderir à Aliança Global.
O G20 é composto por 19 países (África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia) e dois órgãos regionais: a União Africana e a União Europeia.
Os membros do G20 representam cerca de 85% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, mais de 75% do comércio mundial e cerca de dois terços da população mundial. Trata-se do principal fórum de cooperação econômica mundial.
Como funciona o programa de combate à fome
Apesar de ter sido lançada no G20, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza vai operar de forma independente ao longo dos próximos anos, com equipe própria, pelo menos até 2030.
O projeto atuará como uma espécie de intermediário neutro para a construção de parcerias de implementação de políticas, aproveitando um banco de dados unificado para países e doadores, agilizando a identificação de necessidades e oportunidades de conhecimento e financiamento.
A ideia é reduzir o tempo e os recursos necessários para identificar e engajar parceiros adequados, entre doadores e recebedores, bem como orientação para formulação de políticas públicas, como transferência de renda e outras estratégias de enfrentamento à fome e à pobreza. Segundo o governo brasileiro, a Aliança está aberta à adesão de países, instituições e organismos internacionais, entre outros, que compartilhem seus princípios.
Taxação dos super-ricos
Segundo a edição mais recente do relatório Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo (Sofi), das Nações Unidas, cerca 733 milhões de pessoas estão em situação de subnutrição, o que equivale a uma em cada 11 pessoas no mundo.
Além da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, o governo brasileiro quer aprovar no G20 um imposto sobre detentores de grandes fortunas, que alcançaria cerca de 3 mil bilionários e super-ricos, que detêm uma fortuna estimada de US$ 15 trilhões. Estipulado em uma alíquota de 2%, o tributo poderia gerar uma arrecadação de US$ 250 bilhões a US$ 300 bilhões, algo como R$ 1,5 trilhão, nas estimativas do governo.
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Agricultura
Frutas: balança comercial está negativa, mas cenário tende a virar
As importações de frutas pelo Brasil registraram elevado crescimento entre janeiro e agosto deste ano, chegando a até 88%, no caso da laranja, de acordo com o Sistema Comex/Stat e análise do Cepea.
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Apesar das exportações seguirem em bons patamares, nos primeiros oito meses do ano foram registrados avanços nas aquisições internacionais do produto, deixando a balança comercial do setor negativa. Esse mesmo cenário só se repetiu três vezes desde 1997, quando a série histórica foi iniciada.
“Por conta da situação climática, de chuvas no Rio Grande do Sul, chuvas no Vale de São Francisco também, estiagem em São Paulo, sentimos que algumas frutas tiveram impacto na produção e também na qualidade e, por isso, passamos a importar mais frutas, como maçã, uva e até laranja. Nós, grandes produtores de laranja, estamos importando”, comenta a pesquisadora do Cepea Marcela Barbieri.
O Brasil costuma se destacar pela produção de frutas frescas, mas também aumentou as aquisições desse produto nos primeiros oito meses de 2024 ante ao mesmo período do ano passado:
- Laranja: 88%;
- Maçã: 76%;
- Uva: 21%
Contudo, a pera, fruta que o Brasil tradicionalmente importa em grandes quantidades avançou apenas 3%.
A estimativa, com exceção da uva, é que as compras externas dessas frutas sigam crescendo nos próximos meses. Contudo, o Cepea aponta que, até o fim do ano, a balança comercial do segmento deve se recuperar.
“Isso por conta das exportações já positivas de manga, que é a principal fruta exportada pelo Brasil, fruta in natura, a gente está com boas exportações. Também estamos com boas exportações de melão e melancia. Esse segundo semestre está sendo muito bom em termos de exportação para frutas e a gente acredita que ele deve cobrir essas importações que estamos tendo até o momento. No entanto, ainda vai ser uma balança com um superávit menor do que em anos anteriores”.
Importações de frutas devem recuar
O alto volume de aquisições é um complemento à produção nacional, prejudicada pelos fenômenos naturais adversos dos últimos anos. Entretanto, a pesquisadora do Cepea avalia que, em 2025, as compras externas devem recuar, mas alerta que os produtores rurais precisam se adaptar às mudanças do clima.
“Pelo que temos visto das culturas que a gente acompanha, vai ter uma leve melhora pelo menos no ano que vem, mas esse impacto do clima tem sido cada vez mais recorrente e o produtor tem que ficar ligado em uma maneira de corrigir, contornar esses problemas”.
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