Café
Café: Brasil exporta recorde de sacas em maio, quase 80% acima de igual mês de 2023
Foto: Pixabay
O Brasil exportou 4,4 milhões de sacas de café em maio, volume recorde para o mês e 79,9% acima de igual mês de 2023. O faturamento com os embarques externos somou US$ 1,017 bilhão, 85,9% acima de maio do ano passado. As informações foram divulgadas hoje pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
Em 11 meses do ano-safra 2023/24, as exportações de café somaram 43,707 milhões de sacas. Já no acumulado do ano civil, os embarques externos de café pelo Brasil totalizaram 20,69 milhões de sacas, montante também recorde para o período e que representa crescimento de 52,1% em relação ao aferido nos cinco primeiros meses do ano passado, disse o Cecafé.
Em receita, o desempenho também é o maior da história de janeiro a maio deste ano, com US$ 4,473 bilhões, avanço de 50,8% ante os US$ 2,965 bilhões de igual intervalo de 2023.
“Com tal performance, o Brasil caminha para a quebra do recorde das exportações neste ciclo, uma vez que os embarques atuais se encontram 2 milhões de sacas abaixo do maior volume histórico até então, obtido na temporada 2020/21, quando o país comercializou 45,7 milhões de sacas. Esse novo volume máximo é bem plausível de ser alcançado, já que, desde outubro do ano passado, temos embarcado uma média superior a 4 milhões de sacas ao mês”, projeta o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, em nota.
Tanto em maio, quanto nos acumulados deste ano e da safra 2023/24, o comportamento dos embarques reflete a excelente performance dos cafés canéforas (conilon + robusta), conforme o presidente do Cecafé. No mês passado, foram exportadas 868.270 sacas dessa espécie, o que elevou o volume para 7,412 milhões nos 11 meses do ciclo cafeeiro atual e para 3,442 milhões no agregado deste ano, gerando crescimentos de 559,3%, 499% e 553,8%, respectivamente, informou o Cecafé. “Falamos de recordes em todos esses cenários”, destacou Ferreira.
Em relação aos tipos de café, o Cecafé informa que o arábica segue como o mais exportado de janeiro a maio do ano, com 15,654 milhões de sacas, 75,7% do total e alta de 36,3% na comparação com janeiro a maio de 2023.
A variedade canéfora vem na sequência e representa 16,6% do geral. O segmento do café solúvel, com 1,580 milhão de sacas – avanço de 0,7% e 7,6% do total -, e a seção do produto torrado e torrado e moído, com 13.738 sacas (-28,9% e 0,1% de representatividade), completam a lista.
Ferreira reiterou que o cenário internacional favorece o mercado de café brasileiro, devido às incertezas quanto à oferta de colheitas de importantes produtores mundiais e a consequente restrição de oferta, como Vietnã e Indonésia.
“Isso abre portas para que nossos cafés, em especial os canéforas, ampliem seu market share e consolidem o país como o principal player global, com oferta de qualidade em quantidade”, completa.
Estadão Conteúdo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Café
Governo de SP Lança Programa de Incentivo ao Cultivo do Café Canephora
Arquivo
No dia 31 de outubro, às 14h, no Instituto Biológico, o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, dará início ao Programa Estadual de Incentivo ao Cultivo de Coffea Canephora. A ação tem como objetivo fortalecer o setor cafeeiro e impulsionar a economia rural, com foco na revitalização da cafeicultura nas regiões Centro-Oeste, Oeste e Noroeste do estado.
Este programa busca oferecer alternativas aos produtores rurais e aumentar a competitividade do setor, reafirmando o compromisso do governo estadual com o desenvolvimento agrícola sustentável, a geração de empregos e a criação de renda nas áreas produtoras.
Historicamente, São Paulo foi um dos principais estados produtores de café, especialmente do café arábica. A nova iniciativa pretende aumentar a produção no estado, promovendo o cultivo do café Canephora para atender à crescente demanda do mercado interno e internacional, além de fomentar a inovação e a sustentabilidade ambiental e econômica da cafeicultura. Para isso, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento atuará em parceria com a Câmara Setorial do Café, a Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) e a Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo (ITESP), além de contar com o apoio do setor privado, especialmente dos integrantes da Câmara Setorial do Café.
“O programa envolve a colaboração entre o setor público e a iniciativa privada, seguindo a prioridade do governo paulista. Com o suporte de pesquisadores e técnicos da SAA, e a cooperação do setor produtivo, espera-se uma cafeicultura mais resiliente, com produtores sustentáveis em termos ambientais e financeiros, adaptados às mudanças climáticas”, destaca o Secretário Guilherme Piai.
Conforme José Carlos de Faria Junior, Coordenador das Câmaras Setoriais, o programa Coffea Canephora SP visa estabelecer um modelo de gestão participativa em parceria com o setor privado, tornando-se uma referência nacional em políticas públicas para a produção sustentável de café. A iniciativa assegura uma governança eficiente e fortalece a integração entre os diversos elos da cadeia produtiva e as entidades do setor.
Diretrizes do Programa Estadual de Incentivo ao Cultivo de Coffea Canephora:
*Validar e disseminar tecnologias adaptadas ao cultivo do Coffea Canephora, considerando as condições edafoclimáticas do Oeste Paulista.
*Estimular a produção de mudas de alta qualidade genética e fitossanitária, garantindo a sustentabilidade dos cultivos.
*Implementar vitrines tecnológicas e áreas piloto em localidades estratégicas, visando demonstrar práticas recomendadas e resultados obtidos.
*Capacitar técnicos e produtores rurais por meio de palestras, treinamentos, dias de campo e outros eventos de transferência de conhecimento.
*Promover parcerias público-privadas, incentivando a participação de empresas dos setores de torrefação, solubilização, máquinas, implementos, irrigação e comercialização.
Sobre o Café Canephora
O café Canephora, que inclui as variedades conilon e robusta, é uma das duas principais espécies de café cultivadas comercialmente, ao lado do café arábica, representando cerca de 40% da produção mundial. Os principais produtores de Canephora são o Vietnã, Brasil, Indonésia, Índia e Uganda, sendo que o Vietnã lidera o mercado global de exportação de robusta, com uma parcela significativa destinada à produção de café instantâneo.
Embora o Brasil seja mais conhecido pelo café arábica, a produção de Canephora tem crescido, especialmente nos estados do Espírito Santo, Bahia e Rondônia, onde cerca de 30% da produção nacional é desta espécie. O Espírito Santo responde por aproximadamente 65% da produção de Canephora no Brasil. Com o novo programa, São Paulo pode, a médio prazo, integrar-se a essas estatísticas.
A demanda por café Canephora tem aumentado globalmente, especialmente no mercado de café solúvel e como base para blends, devido à sua característica de proporcionar uma bebida mais encorpada e com menor acidez. Atualmente, o preço pago ao produtor está próximo do valor do café arábica, e sua produtividade superior torna o Canephora uma boa oportunidade para os agricultores paulistas.
Benefícios do Café Canephora
O café Canephora é mais adaptado a climas quentes e úmidos, mostrando bom desempenho em regiões como o Oeste Paulista. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), sua produtividade média em 2023 foi 60% superior à do café arábica, o que representa uma vantagem significativa para os agricultores.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Café
Cafés do Brasil Alcançam R$ 71,93 Bilhões em Faturamento Bruto em 2024
Reprodução
O faturamento bruto estimado para a produção de cafés no Brasil em 2024 atingiu a expressiva marca de R$ 71,93 bilhões, representando um crescimento de 41,32% em comparação com 2023. O levantamento inclui as duas principais espécies cultivadas no país: o Coffea arabica (café arábica) e o Coffea canephora (café robusta ou conilon).
Especificamente, o Coffea arabica gerou um faturamento de R$ 52,80 bilhões, equivalente a 73,40% do total nacional, o que representa um aumento de 36,11% em relação ao ano anterior, quando o valor foi de R$ 38,79 bilhões. Já o Coffea canephora teve um desempenho ainda mais expressivo, com uma receita de R$ 19,12 bilhões, o que corresponde a 26,60% do total, marcando um salto de 57,88% em relação aos R$ 12,11 bilhões registrados em 2023.
Desempenho Regional
A produção de café no Brasil ocorre em todas as regiões geográficas do país, mas a Região Sudeste mantém sua liderança no setor, responsável por 86,8% do faturamento bruto nacional, com uma receita estimada em R$ 62,42 bilhões. Em seguida, a Região Nordeste aparece com R$ 4,93 bilhões (6,86%), e a Região Norte ocupa a terceira posição, com R$ 3,10 bilhões (4,30%). Já a Região Sul obteve R$ 843,99 milhões (1,17%), enquanto a Região Centro-Oeste registrou R$ 584,83 milhões, representando menos de 1% do total nacional.
Metodologia e Análise
O cálculo do Valor Bruto da Produção (VBP) dos Cafés do Brasil foi realizado com base nos dados da safra anual estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e nos preços médios recebidos pelos produtores entre janeiro e setembro de 2024. Para a análise, considerou-se o café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, e o café robusta tipo 6, peneira 13 acima, com 86 defeitos.
Este estudo integra o VBP de setembro de 2024, divulgado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). As análises completas podem ser acessadas no Observatório do Café, uma plataforma de pesquisa coordenada pela Embrapa Café.
Com o robusto desempenho observado em 2024, o setor cafeeiro reafirma sua importância para a economia brasileira, destacando-se não apenas pelo volume de produção, mas também pela capacidade de enfrentar desafios climáticos e econômicos, mantendo-se competitivo no mercado global.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Café
Produção mundial de café em 2024/25 é estimada em 176,2 milhões de sacas
Créditos: Envato
A produção global de café para o ciclo 2024/2025 foi estimada em 176,2 milhões de sacas de 60 kg, abrangendo as duas principais espécies: Coffea arabica e Coffea canephora (robusta/conilon). A safra de arábica deverá alcançar 99,9 milhões de sacas, o que representa um aumento de 4,2% em relação ao período anterior. Já a produção de robusta está projetada em 76,4 milhões de sacas, um crescimento de 4% em comparação com o ciclo 2023/2024.
O Brasil, tradicional maior produtor de café, será responsável por 31% da produção mundial, com uma safra total de 54,78 milhões de sacas, sendo 39,58 milhões de arábica e 15,2 milhões de robusta. O Vietnã, segundo maior produtor, deverá responder por 16,5% da produção global, com 29,1 milhões de sacas, das quais 27,9 milhões são de robusta. Já a Colômbia, terceira no ranking, produzirá 12,4 milhões de sacas de arábica, representando 7% da oferta mundial.
Esses dados fazem parte do Sumário Executivo do Café – Outubro 2024, divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e disponível no Observatório do Café, uma iniciativa da Embrapa Café que visa coletar, analisar e disseminar informações sobre a produção, consumo e tendências do mercado cafeeiro. O estudo destaca, ainda, que a produção mundial de café é avaliada para o período de outubro a setembro, conforme os critérios da Organização Internacional do Café (OIC).
Os números reafirmam a liderança brasileira na produção global de café, com o país contribuindo com mais de um terço da oferta mundial.
Sumário Executivo do Café – outubro 2024
Fonte: Portal do Agronegócio
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