Pecuária
Pecuária catarinense corresponde a 60% do Valor Bruto Agropecuário

Foto: Divulgação /Epagri
A pecuária é o principal segmento do agronegócio catarinense, representando 60% do Valor de Produção Agropecuária (VPA). Esses dados fazem parte da publicação Desempenho da Agropecuária e do Agronegócio de Santa Catarina
De acordo com o coordenador da publicação e analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa, Luiz Toresan, em 2024 a produção animal teve um crescimento de 6,6% no valor produzido, impulsionada pelo aumento na produção de bovinos, leite, suínos e ovos.
Agronegócio catarinense exporta US$ 7,51 bilhões em 2024
No comércio internacional, as exportações do agronegócio catarinense somaram US$7,51 bilhões e representaram 64,3% do valor total das exportações de Santa Catarina. O Estado tem destaque no comércio internacional nas exportações brasileiras de carnes suína e de frango, madeira e soja. Esses produtos são destinados principalmente para China, Estados Unidos, Japão e México.
“Embora permaneçam os desafios ligados aos custos tarifários e logísticos, esses mercados já estão consolidados para nossos produtos devido às cadeias produtivas bem estruturadas, qualidade sanitária e estrutura portuária”, explica Toresan.
Desempenho dos grãos e frutas
O analista explica que houve um desempenho negativo dos grãos, com quedas fortes no milho, soja e feijão, pela combinação de preços mais baixos e queda na produção. “A cebola teve boa produção, mas os preços foram muito baixos. Enquanto o tabaco teve bons preços, mas forte queda na produção”, diz ele.
Já a banana e a uva tiveram bons resultados, enquanto a maçã e o maracujá foram prejudicados pela queda na produção. Segundo Toresan, os resultados foram afetados pelas chuvas de outubro e novembro de 2023 que prejudicaram as culturas agrícolas que estavam em campo naquele período, e consequentemente, reduziu em cerca de 6% a produção das lavouras.
“A área cultivada com lavouras teve retração de -1,13%, também afetada pelos eventos climáticos de outubro/novembro de 2023. Devido à queda de preços de alguns insumos, os produtores tiveram lucratividade na maioria das produções, com exceção na cebola”, relata Toresan.
Conforme o analista, nos últimos 10 anos Santa Catarina teve aumento da área cultivada e ganhos de produtividade, apesar das constantes frustrações de safras. Ele explica que 2024 apresentou resultados menores que o ano anterior devido à queda de preços de culturas como milho, soja, cebola e feijão.
A publicação
A publicação da Epagri/Cepa analisa os resultados do desempenho da agropecuária e agronegócio catarinense no último ano (2024) e aponta os principais acontecimentos do setor. Santa Catarina contribui de forma significativa no setor agropecuário brasileiro: está em oitavo lugar no ranking da produção agropecuária e exportações do agronegócio, conforme informações Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
Além dos resultados da agropecuária e do agronegócio, o documento mostra também a produção, preços e o valor dos produtos produzidos pelo agronegócio no Estado. O estudo traz outras informações relevantes como a produtividade por área cultivada; os custos e estratégias lucrativas; as relações dos preços do que é produzido e do que é comprado para produzir e o desempenho no comércio internacional via exportações.
De acordo com o presidente Dirceu Leite, a Epagri tem o compromisso de fornecer informações transparentes e criteriosas sobre a produção agropecuária, garantindo que gestores, pesquisadores e toda a sociedade possam basear suas decisões em dados sólidos e verificáveis. “São essas informações que embasam as ações do governo, promovendo um desenvolvimento sustentável e eficiente para o país. Portanto, reforçamos a importância de que todos os agentes do setor utilizem fontes confiáveis e oficiais para orientar suas estratégias. Apenas com dados de qualidade podemos construir um futuro mais seguro, produtivo e competitivo para o agronegócio brasileiro”, diz ele.
“Necessitamos dessas informações do agro para criar as políticas públicas de Estado. As análises demonstram que estamos no caminho certo ao incentivar a diversificação das propriedades. Através de programas e capacitações, buscamos proporcionar aos produtores as ferramentas necessárias para investirem em suas propriedades, garantindo assim maior segurança e geração de renda”, afirma o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto.
(Por Cristiele Deckert, jornalista bolsista da Epagri/Cepa)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Preços do boi gordo e da carne seguem firmes em abril, impulsionados por exportações e demanda interna

FOTO CANVA
O mercado da pecuária bovina vem registrando valores sustentados ao longo de abril, tanto para o boi gordo quanto para a carne bovina. Segundo análises diárias do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a firmeza nas cotações é resultado da combinação entre exportações robustas e demanda interna ligeiramente acima da oferta nas principais regiões produtoras do país.
O Indicador do boi gordo CEPEA/ESALQ acumula alta de cerca de 2,5% no mês, passando de aproximadamente R$ 320 por arroba no final de março para R$ 327 nesta semana. A valorização também é sentida no mercado atacadista da Grande São Paulo, onde a carcaça casada bovina tem operado com preços ao redor de R$ 23/kg à vista, o que representa um aumento de 5,5% na parcial de abril.
A movimentação positiva se estende ao segmento de reposição, com destaque para a demanda por bezerros, que também apresenta aquecimento. Esse cenário sinaliza uma retomada de otimismo entre os pecuaristas, com estímulo à recria e engorda diante da melhoria nas margens.
O desempenho do setor no mercado externo e a estabilidade nos estoques devem seguir influenciando o comportamento dos preços nas próximas semanas, mantendo o setor pecuário em atenção ao equilíbrio entre oferta, demanda e ritmo das exportações.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Mercado do boi deve reabrir com boas expectativas

Foto: Feagro
Com o fim do feriado prolongado de Páscoa e Tiradentes, o mercado do boi gordo reabre nesta terça-feira (22.04) sob expectativa de definição da estratégia que será adotada pelos frigoríficos nos próximos dias. Segundo especialistas, o ritmo das compras e os preços da arroba devem depender do desempenho do consumo de carne nos últimos dias e da proximidade do período de maior oferta de animais, que costuma começar em maio.
Na semana anterior ao feriado, o mercado foi marcado por forte oscilação. Houve um pico de preços na terça-feira (15), quando os frigoríficos intensificaram as compras para garantir as escalas de abate. No entanto, já na quarta-feira (16), as indústrias reduziram o ritmo das aquisições e os preços voltaram a ceder em algumas praças. O comportamento do mercado nesta semana será crucial para definir se o movimento de valorização observado será retomado ou revertido.
Última referência antes do feriado
Na última terça-feira útil antes do feriado, dia 16 de abril, os valores médios da arroba do boi gordo a prazo nas principais praças eram os seguintes:
- São Paulo (capital): R$ 335, alta de 1,52% em relação aos R$ 330 da semana anterior
- Minas Gerais (Uberaba): R$ 325, aumento de 1,56% frente aos R$ 320 anteriores
- Mato Grosso (Cuiabá): R$ 330, avanço de 3,13% sobre os R$ 320 da semana passada
- Goiás (Goiânia): R$ 320, queda de 1,54% em relação aos R$ 325 anteriores
- Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 320, também com recuo de 1,54% frente aos R$ 325
- Rondônia (Vilhena): R$ 290, valor estável frente à semana anterior
Especialistas destacam que o comportamento dos preços nesta semana dependerá não apenas do retorno das compras, mas também da necessidade das indústrias em recompor escalas e do desempenho da carne no varejo.
No atacado, os preços seguem firmes, puxados pelas expectativas de bom escoamento no feriado. O quarto traseiro foi cotado a R$ 26,00 o quilo, e o dianteiro a R$ 19,00, ambos sem alteração em relação à semana anterior. A estabilidade dos preços, mesmo com o feriado, reforça a confiança no consumo interno neste período.
Mesmo com algumas incertezas no cenário internacional, o Brasil segue exportando carne bovina em alto volume. Nos primeiros nove dias úteis de abril, o país embarcou 98,2 mil toneladas de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada, gerando uma receita de R$ 2,83 bilhões, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
A média diária foi de 10,9 mil toneladas, com valor médio diário de R$ 313 milhões. O preço médio da tonelada exportada foi de R$ 28.869. Em relação a abril do ano passado, houve crescimento de 26,6% na receita diária, 15,6% no volume médio e 9,6% no preço médio por tonelada.
Apesar dos bons números, especialistas relatam que os embarques para Estados Unidos e China desaceleraram um pouco por causa de dúvidas sobre tarifas comerciais. Essa lentidão acabou influenciando os preços da arroba em alguns estados, como São Paulo e Mato Grosso do Sul, onde as cotações registraram alta antes do feriado, diante da busca dos frigoríficos por boiadas prontas.
(Com Feagro)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Oferta limitada e demanda firme sustentam preços no mercado pecuário

Programa impulsiona recuperação de areas degradadas em Mato Grosso
O mercado pecuário tem se caracterizado pela oferta “limitada” de animais para abate e pela demanda externa aquecida, que enxuga a disponibilidade doméstica. Segundo pesquisadores do Cepea, essa combinação justifica a valorização dos animais no campo e da carne tanto no atacado doméstico quanto no mercado internacional – influenciado também por outros fatores.
Como resultado, conforme o Centro de Pesquisas, o volume posto à disposição do consumidor brasileiro se mostra abaixo da demanda, cenário que vem resultando, desde a última semana de março, em sucessivas altas nos preços da carne com osso e de cortes negociados no atacado da Grande São Paulo.
Esse comportamento tem reduzido a competitividade da carne bovina frente às principais concorrentes, a carne suína e de frango, e também diante da tilápia, ainda conforme levantamentos do Cepea.
No front externo, o Brasil embarcou até a segunda semana de abril, 10,9 mil toneladas/dia de carne bovina in natura, média 15,6% superior à de abril/24, de acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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