Pecuária
Mercado do boi gordo inicia 2025 com estabilidade de preços

Foto: Feagro
O mercado físico do boi gordo começou o ano estável. Em São Paulo, por exemplo, os preços do boi gordo permaneceram estáveis, com o arroba cotada a R$ 320, incluindo os animais destinados à exportação. A vaca gorda foi negociada a R$ 292 por arroba e a novilha a R$ 310 por arroba. A única exceção entre as regiões analisadas foi Redenção (PA), onde o boi gordo registrou avanço e alcançou R$ 277 por arroba.
Especialistas destacam que, com o término das festividades e a redução na oferta durante a última semana de 2024, há sinais de que algumas indústrias poderão buscar recomposição de escalas no curto prazo. A tendência é que isso favoreça reajustes pontuais nos preços.
Além disso, o mercado atacadista abriu o ano com preços firmes para cortes bovinos, refletindo a demanda do período de festas. Contudo, analistas alertam para uma possível mudança no perfil de consumo, com maior procura por cortes mais acessíveis diante do aumento das despesas familiares típicas do início do ano.
O fluxo de exportação e as oscilações cambiais seguem como fatores importantes para a formação dos preços. O dólar comercial encerrou o dia em queda, cotado a R$ 6,16 para venda, o que pode impactar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado externo.
A oferta de gado também será uma variável relevante nas próximas semanas. As condições climáticas favoráveis podem permitir ao produtor ajustar a saída dos animais terminados em pastagens, enquanto os bovinos confinados podem ser pressionados a sair mais rapidamente devido às chuvas.
A previsão é de que o primeiro trimestre registre maior equilíbrio entre oferta e demanda, com tendência de ajustes moderados nos preços. Já no médio e longo prazo, a menor disponibilidade de bovinos para reposição poderá influenciar os valores e estimular a retenção de matrizes.
O setor segue atento às movimentações do mercado interno e externo, buscando equilíbrio entre produtividade e competitividade, enquanto mantém o foco no atendimento à crescente demanda global por proteína bovina de qualidade.
(Com Feagro)
Redação Sou Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Aumenta cotação da vaca gorda e novilha em Mato Grosso

foto: assessoria/arquivo
O preço da vaca gorda à prazo, em Mato Grosso, teve queda de 0,57%, semana passada, em relação à semana anterior, sendo precificada no fechamento, na última sexta-feira, a R$ 296,49/@. O resultado é devido a maior oferta de fêmeas nas indústrias, informou, há pouco, o IMEA, no boletim semanal da pecuária. A novilha de 8,5@ teve alta de 0,41 e foi a R$ 295,50/@
O preço do bezerro de 7@ manteve o viés positivo e foi cotado a R$ 13,22/kg, alta de 2,49% no comparativo semanal. A cotação da novilha de 18 meses (8,5@) subiu 0,41% ante a semana passada, sendo cotada a R$ 295,50/@ no Estado.
Só Notícias
Colaborou: Astrogildo Nunes [email protected]
Pecuária
Pecuária paulista na expectativa pelo fundo indenizatório da aftosa

Divulgação
A criação do fundo indenizatório para proteger pecuaristas que venham a ser afetados pela febre aftosa em São Paulo representa um avanço importante na proteção do setor pecuário contra possíveis surtos da doença. Com o estado livre de febre aftosa sem vacinação, torna-se essencial garantir mecanismos de compensação para produtores que possam ser prejudicados em casos de emergência sanitária. O fundo oferece segurança sanitária, evitando prejuízos extremos e garantindo a compensação ao produtor diante de eventuais abates sanitário, bem como a continuidade da produção pecuária no acometimento de possíveis surtos.
No entanto, para que o fundo cumpra seu papel de maneira eficaz, é fundamental que sua regulamentação seja bem estruturada. Definir critérios claros para acesso aos recursos, regras de contribuição dos pecuaristas e formas de gestão transparente são medidas essenciais para assegurar que os recursos sejam aplicados de forma justa e eficiente. Além disso, a participação ativa das entidades do setor na construção dessas diretrizes pode contribuir para um modelo que atenda às reais necessidades dos produtores.
“Há uma grande expectativa dos pecuaristas com relação a essa regulamentação, que trará as regras do novo fundo. Temos certeza de que o governador Tarcísio de Freitas e áreas técnicas competentes vão concluir esse processo o mais breve possível, para que o fundo possa realmente tomar corpo”, frisou Tirso Meirelles , presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp).
A regulamentação adequada do fundo indenizatório também reforça a confiança do mercado e dos pecuaristas na política sanitária do estado. Garantir indenizações justas e rápidas em caso de surtos evita desestruturações produtivas e protege a competitividade da pecuária paulista. Portanto, a criação do fundo foi um passo importante, mas sua efetividade dependerá da construção de uma regulamentação que assegure transparência, previsibilidade e segurança ao setor.
Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Pecuária
Registro de rebanhos pela ANC cresce mais de 40% em 2024

Foto: Rubens Ferreira/Divulgação
ano de 2024 terminou com um crescimento notável no registro de rebanhos junto à Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares (ANC). Foram 60.543, contra 41.978 em 2023, crescimento de 44,22%. A ANC desempenha um papel fundamental no controle dos rebanhos registrados. O criador tem uma escrituração zootécnica completa e atualizada de seu rebanho, o que inclui detalhes precisos sobre cada animal, como identificação, datas de nascimento, pedigree e outras informações relevantes. Ele informa à ANC todas as coberturas realizadas, o que envolve o registro de dados sobre os indivíduos acasalados, a data do acasalamento e outros detalhes necessários.
De acordo com a superintendente suplente de Registro Genealógico da ANC, Juliana Salies Souza, esse processo garante um controle rigoroso e eficaz das linhagens genéticas e de reprodução. “Isso permite monitorar de perto as características de interesse do rebanho e tomar decisões mais precisas sobre futuros acasalamentos. Posteriormente, o criador informa à ANC os nascimentos resultantes das coberturas previamente comunicadas. Esses registros incluem dados detalhados sobre os animais nascidos, como data de nascimento, identificação dos pais, peso ao nascer e outras informações relevantes”, detalha.
Esta prática sistemática e rigorosa de registro garante que o criador tenha um controle total sobre a gestão do rebanho, contribuindo para a melhoria genética e a rastreabilidade dos animais. Com base nestas informações, Juliana ressalta a importância de registrar adequadamente os animais. “Registrar os animais traz várias vantagens importantes para criadores, associações e consumidores. Primeiro, permite a melhoria genética do rebanho através da seleção dos melhores indivíduos para reprodução, promovendo características desejáveis aumentando a produtividade e a saúde do rebanho ao longo do tempo. Também garante a rastreabilidade dos animais, permitindo acompanhar toda a trajetória desde o nascimento até a venda ou abate”, explica.
Juliana aponta ainda que animais registrados geralmente têm maior valor de mercado, pois os compradores confiam mais na procedência e qualidade dos indivíduos com histórico documentado. “Mantendo registros precisos, o criador aumenta a transparência de suas operações e fortalece sua credibilidade no mercado, sendo essencial para exportação e participação em feiras e exposições”, constata. Por fim, a escrituração zootécnica é crucial para participar de programas de melhoramento genético, oferecendo suporte e orientação para otimizar a gestão e genética do rebanho.
Com relação ao aumento significativo no número de registros, Juliana afirma que isso pode ser atribuído a vários fatores. Um dos principais é a conscientização crescente dos criadores sobre os benefícios do registro e do melhoramento genético. “Além disso, a ANC tem investido em campanhas de incentivo e na simplificação do processo de registro e melhoramento, tornando-o mais acessível e conveniente para os criadores. A implementação de novas ferramentas digitais e a inclusão de novas raças também podem ter contribuído para esse aumento significativo”, conclui.
Já a superintendente de Registro Genealógico da ANC, Silvia Freitas, lembra que o setor vem se recuperando e, neste sentido, Silvia vislumbra uma expectativa positiva a partir de agora, numa referência ao novo ciclo pecuário. “A gente já vê expectativas positivas aí pela frente, isso faz com que os criadores se mobilizem. Precisamos de genética, de bons animais para multiplicá-los. Então a tendência, até dos próximos remates, é positiva e entendo que o salto no número de registros também é um reflexo”, complementa.
Texto: Artur Chagas/AgroEffective
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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