Agricultura
Agricultor colhe mandioca de 3 metros e 44 kg e diz não usar adubo

Foto: Arquivo pessoal
Mandioca, aipim ou macaxeira. Independente do nome, a planta faz parte da refeição de brasileiros de norte a sul. Geralmente vendida em supermercados ou diretamente pelos próprios produtores, costuma medir de 15 cm a 30 cm e pesar cerca de 600 gramas.
No entanto, vez ou outra, a natureza apronta surpresas. E foi isso o que aconteceu em Caraúbas, no oeste do Rio Grande do Norte, com o agricultor Geovane Sales. Ele colheu nesta segunda-feira (29), um exemplar de impressionantes 3 metros de comprimento e 44 kg de peso.
Ele plantou a raiz há cerca de um ano e meio no assentamento Petrolina, na zona rural do município. O tubérculo é tão grande que foram precisos dois homens para retirá-lo da terra.
Após ser a mandioca ser retirada, ele mediu a raiz que tinha 3 metros e 10 centímetros. De acordo com reportagem publicada pelo G1, a área plantada é dos pais de Geovane, Wilma Oliveira e Reginaldo Sales, que também são agricultores.
O produtor conta que não costuma utilizar irrigação nos cultivos. “É só terra natural, não tem adubo. E não foi irrigado também. Foi só a água do inverno que ela pegou”.
Mandioca poderia crescer ainda mais

Segundo a reportagem do G1, ele diz que o tamanho da mandioca é resultado da qualidade da terra. Ele já havia retirado outras com cerca de 1 metro e meio.
“A gente não sabia que chamava tanta atenção. Quando arrancamos essa com mais de 3 metros, nós resolvemos mostrar para o pessoal. Já veio gente aqui e disse que nunca tinha visto na vida uma macaxeira desse tamanho”, cont.
Geovane e os pais contaram que vão distribuir a macaxeira entre os familiares.
Victor Faverin
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Biocombustíveis avançam, mas cenário regulatório trava investimentos, diz consultoria

O setor de biocombustíveis registrou um crescimento modesto de 3,4% em 2024, segundo levantamento da Equus Capital. Atualmente, existem 823 empresas ativas no segmento, mas apenas 28 novas aberturas líquidas foram contabilizadas no último ano. Entre elas, estão 2 microempresas, 8 pequenas empresas e 18 médias e grandes.
De acordo com a Equus Capital, a expansão limitada é devida à incerteza regulatória, que ainda afeta decisões de investimento. Segundo Felipe Vasconcellos, sócio da consultoria, o ambiente macroeconômico e regulatório gera cautela entre investidores. “O setor segue com muitas negociações em andamento, mas ainda sem volume expressivo de transações concluídas”, afirma.
- Veja em primeira mão tudo sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no Google News!
O subsetor de fabricação de álcool não registrou novas aberturas líquidas entre microempresas em 2024, mantendo 85 estabelecimentos ativos. Especialistas da Equus apontam que as altas exigências regulatórias, os custos elevados e a concentração de mercado nas grandes usinas dificultam a entrada de novos empreendedores. Já a fabricação de biocombustíveis, como biodiesel e biogás, apresentou crescimento de 7,1%, com o surgimento de duas novas microempresas, impulsionado pela crescente demanda por fontes renováveis.
Entre as pequenas empresas, o estudo destaca que o subsetor de fabricação de álcool teve um avanço de 25%, com oito novas empresas e um total de 40 estabelecimentos ativos. Em contrapartida, a fabricação de biocombustíveis permaneceu estável, com sete empresas.
O desempenho nas médias e grandes empresas também foi moderado. O subsetor de fabricação de álcool cresceu 1,6%, com oito novas empresas, somando 518 estabelecimentos. A fabricação de biocombustíveis registrou um crescimento de 7,5%, com dez novas companhias e um total de 143 empresas ativas.
Parte desse movimento é atribuído à aprovação da Lei do Combustível do Futuro, que prevê o aumento gradual da mistura de biodiesel no diesel, estimulando investimentos na diversificação da matriz energética brasileira. No entanto, a implementação da lei ainda depende de regulamentações que podem afetar o ritmo de expansão, diz a Equus.
Vasconcellos ressalta que, embora o setor esteja em expansão, os desafios estruturais persistem. “Precisamos de um ambiente mais favorável para novos empreendedores e incentivos que estimulem a inovação e a produção em larga escala”.
O post Biocombustíveis avançam, mas cenário regulatório trava investimentos, diz consultoria apareceu primeiro em Canal Rural.
Agricultura
Nova técnica permite colher pinhão em metade do tempo sem perder qualidade

A produção precoce de pinhão por meio da enxertia em araucárias (Araucaria angustifolia) foi validada como alternativa viável pela Embrapa Florestas. Um estudo inédito da instituição, em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), concluiu que o pinhão produzido a partir da técnica tem sabor e valor nutricional semelhantes ao obtido por meio do extrativismo em florestas nativas.
A clonagem via enxertia permite a colheita do pinhão entre seis e dez anos após o plantio, um avanço expressivo frente aos 12 a 20 anos exigidos por árvores “tradicionais”. A técnica, que completou dez anos de aplicação na araucária, representa uma oportunidade de diversificação produtiva com retorno econômico mais rápido para os agricultores, além de colaborar com a conservação da espécie.
Segundo o pesquisador Ivar Wendling, da Embrapa Florestas, o sistema ajuda a consolidar uma cadeia produtiva sustentável para o pinhão.
“A produção ainda é baseada em extrativismo, mas com o cultivo precoce podemos reduzir a pressão sobre as florestas e estimular o plantio planejado com retorno financeiro viável”.
Para apoiar produtores interessados, os pesquisadores elaboraram um manual técnico com orientações sobre implantação de pomares, escolha de mudas e práticas de manejo. Um dos principais desafios identificados foi a adaptação das mudas enxertadas, o que exige cuidados específicos desde o planejamento da área até a condução das árvores.
- Veja em primeira mão tudo sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no Google News!
A escolha correta das árvores-mãe e o processo técnico da enxertia são determinantes para o sucesso da produção, além de manter a diversidade genética da espécie, alerta Wendling.
Pinhão precoce mantém qualidades nutricionais
A Embrapa também analisou o valor nutricional dos pinhões precoces. Os testes compararam amostras in natura e cozidas com as de árvores tradicionais. O resultado confirmou a equivalência nutricional: baixo teor de gordura, boas fontes de carboidratos, proteínas, fibras alimentares e alto valor calórico.
“O estudo mostra que a técnica permite aumentar a oferta do alimento mantendo sua qualidade. Isso pode ampliar o consumo e valorizar o plantio da araucária”, destaca Cristiane Helm, pesquisadora da Embrapa.
Expansão da técnica e geração de renda
O Viveiro Porto Amazonas (PR) foi o primeiro a produzir mudas enxertadas de araucária de forma comercial, utilizando inicialmente matrizes selecionadas pela UFPR e, a partir de 2020, também cultivares registradas pela Embrapa.
“A técnica de enxertia ainda é recente, mas a possibilidade de colher pinhão em menos da metade do tempo empolga os produtores”, afirma Leonel Anderman, gerente do viveiro. Hoje, o viveiro produz cerca de 3 mil mudas por ano.
Além de reduzir a pressão sobre as plantas nativas e permitir colheita em árvores de menor porte — o que ajuda a evitar acidentes —, a prática abre novas possibilidades para o uso do pinhão como matéria-prima na indústria de alimentos sem glúten e produtos regionais de valor agregado.
O post Nova técnica permite colher pinhão em metade do tempo sem perder qualidade apareceu primeiro em Canal Rural.
Agricultura
CNA debate o impacto das mudanças geopolíticas no agro

O impacto das transformações geopolíticas no agro será o foco do evento “Cenário Geopolítico e a Agricultura Tropical”, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). O encontro será realizado no dia 6 de maio, no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo. A imprensa que deseja realizar a cobertura deve se cadastrar neste link.
- Veja em primeira mão tudo sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo: siga o Canal Rural no Google News!
Programação do evento
Entre os destaques está a participação do economista Daron Acemoglu, vencedor do Prêmio Nobel de Economia em 2024 e professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Ele apresentará a palestra magna “Transformações Geopolíticas: Impactos no Futuro das Relações Internacionais”.
A programação conta ainda com autoridades do setor agropecuário, economistas e especialistas em relações internacionais. Também estarão presentes: o presidente da CNA, João Martins; o presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Pedro Lupion; e a senadora Tereza Cristina.
Ao longo do dia, os painéis abordarão os efeitos das mudanças nas relações comerciais globais no agro, os novos blocos econômicos e os caminhos para o Brasil manter e ampliar sua posição como potência agroexportadora.
Os debates terão nomes como Marcos Troyjo (ex-Banco dos Brics), Oliver Stuenkel (FGV), Welber Barral (ex-secretário de Comércio Exterior), Alexandre Schwartsman, Elena Landau, Mansueto Almeida e representantes de instituições como Rabobank, Agroconsult e Ministério das Relações Exteriores.
Além disso, também será lançado o Programa Saúde no Campo, do Senar, voltado à promoção da saúde e bem-estar dos produtores e trabalhadores rurais.
O post CNA debate o impacto das mudanças geopolíticas no agro apareceu primeiro em Canal Rural.
-
Notícias6 dias atrás
Feriado de Tiradentes pode começar com geada; saiba onde
-
Agronegócio7 dias atrás
Crise na Produção de Castanha-da-Amazônia Exige Adaptação ao Clima Extremo
-
Agronegócio7 dias atrás
Carne bovina responde por 90% do faturamento das exportações de Mato Grosso no 1º trimestre
-
Pecuária5 dias atrás
Mercado do boi deve reabrir com boas expectativas
-
Economia5 dias atrás
Agrishow 2025 deve movimentar R$ 65 bilhões
-
Agricultura7 dias atrás
Cigarrinha das Raízes: Desafio Crescente para a Cana-de-Açúcar e seus Impactos Econômicos
-
Agronegócio5 dias atrás
Umidade favorece feijão, mas exige manejo de pragas
-
Agronegócio5 dias atrás
FAEP promove a 2ª edição do Prêmio Queijos do PR e concurso voltado para pizza.