Agronegócio
Mercado de Algodão no Brasil: Preços Firmes e Demanda em Alta
Reprodução
O mercado interno de algodão no Brasil apresentou uma semana de preços firmes, descolado das referências de Nova York. A demanda se mostrou robusta, mas, devido à oferta reduzida, os preços acabaram subindo, conforme relatado pela Safras Consultoria.
Preços em Alta
Na quinta-feira (4), o preço da pluma em Rondonópolis (MT) atingiu R$ 3,87 por libra-peso (equivalente a R$ 128,10 por arroba), marcando uma alta de 2,49% em relação ao dia anterior. Em comparação com a semana passada, quando o valor era de R$ 3,76 por libra-peso (ou R$ 124,41 por arroba), houve um aumento de 2,97%.
A indústria local também demonstrou maior interesse nos últimos dias, operando de forma pontual. O algodão no polo industrial de São Paulo registrou alta de 1,98%, sendo cotado a R$ 4,13 por libra-peso. Em relação à quinta-feira anterior (27 de junho), o preço subiu 3,51%, de R$ 4,13 por libra-peso.
No porto FOB de Santos, o algodão fechou a quinta-feira (4) com alta, cotado a 72,12 centavos de dólar por libra-peso, em comparação com 69,38 centavos de dólar por libra-peso na véspera. Este valor também foi superior ao registrado na semana anterior, quando estava em 69,80 centavos de dólar por libra-peso. Com base no referencial de Nova York de quarta-feira (3), que estava em 72,36 centavos por libra-peso contra o contrato de dezembro/24, o prêmio do algodão brasileiro no FOB exportação quase atingiu a paridade com a ICE US, fechando o dia 4 em -0,24 centavos por libra-peso. No dia 3, estava em -3 centavos por libra-peso e, há uma semana, era -4,78 centavos por libra-peso.
Produção em Mato Grosso
A estimativa da área cultivada de algodão em Mato Grosso permaneceu em 1,44 milhão de hectares, um incremento de 19,77% em relação à safra 2022/23. Desse total, 264,96 mil hectares são oriundos da primeira safra e 1,18 milhão de hectares da segunda safra, representando aumentos de 43,02% e 15,54%, respectivamente. A menor rentabilidade do milho, aliada à redução no custo de produção do algodão, incentivou os cotonicultores a investir mais na cultura do algodão.
Em relação à produtividade, projeta-se um rendimento médio de 291,15 arrobas por hectare para o ciclo 2023/24, uma redução de 6,42% em comparação com a safra anterior. Apesar da diminuição, a expectativa de produtividade ainda é a terceira maior da série histórica do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), dado que as condições climáticas favoráveis ao longo da temporada contribuíram para o bom desenvolvimento do algodão.
A colheita do algodão já começou no estado, e, com o avanço dos trabalhos a campo, será possível mensurar com maior precisão a produtividade final da safra. Com a manutenção dos indicadores de área e produtividade, a produção de algodão em caroço está estimada em 6,29 milhões de toneladas, um incremento de 12,08% em relação ao ciclo 2022/23. Quanto à pluma, espera-se uma produção de 2,61 milhões de toneladas, 12,32% a mais do que o registrado na safra passada.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Brasil e Singapura assinam acordo de regionalização para comércio de carne suína em caso de surto de Peste Suína Africana
Divulgação
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) firmou acordo de regionalização com Singapura para garantir o comércio de carne e produtos suínos em caso de surto de Peste Suína Africana (PSA) no Brasil.
A medida, que já está em vigor, permitirá o comércio desde que a doença seja contida em uma zona específica e que as medidas de controle sanitário sejam implementadas de acordo com as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O acordo trará maior segurança e previsibilidade para o comércio de carne suína entre os dois países, favorecendo os representantes das indústrias de ambos.
Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, Marcelo Mota, o protocolo é fruto do reconhecimento das autoridades de Singapura, da eficiência do serviço veterinário oficial do Brasil e da eficiência do setor produtivo, em cooperar na segurança alimentar com aquele país.
O Brasil é livre de Peste Suína Africana desde 1988 e mantém reconhecimento internacional, como livre da doença, emitido ela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O acesso ao mercado de Singapura, um dos mais exigentes da Ásia, é uma oportunidade de mais comércios na região.
A PSA é uma doença viral altamente contagiosa que afeta suínos domésticos e selvagens. A doença não representa risco à saúde humana, mas pode causar graves perdas econômicas para a indústria suína. O Brasil é um dos principais exportadores de carne suína do mundo, e Singapura é um importante mercado para a carne suína brasileira.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Preço de importação da borracha natural registrou aumento em dezembro
Divulgação
O preço referência para importação da borracha natural fechou dezembro em R$ 17,60/quilo, um aumento de 10,07% em relação a novembro.
Foi o que mostrou o índice da borracha natural da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Instituto de Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura de São Paulo (IEA-SP).
Desde 2020, CNA e IEA-SP analisam mensalmente o preço de referência nas importações de borracha natural.
A alta, segundo a análise, está diretamente ligada ao encarecimento de diversos componentes da cadeia de importação.
As cotações dos contratos futuros da borracha subiram 4,24%, na Bolsa de Cingapura, enquanto o valor médio do dólar apresentou alta de 4,99%, sendo cotado a R$ 6,10.
O transporte internacional também impactou significativamente o custo final. O frete registrou um aumento de 18,19%, e o seguro internacional subiu 9,44%.
Fonte: Assessoria CNA
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agronegócio
Piscicultura brasileira apresenta aumento recorde nas exportações
A tilápia se manteve na liderança da espécie mais exportada (Foto: Jefferson Christofoletti)
As exportações da piscicultura brasileira tiveram um crescimento recorde de valor em 2024: aumento de 138%, em relação a 2023, chegando a 59 milhões de dólares. Em volume, o crescimento foi de 102%, passando de 6.815 toneladas para 13.792 toneladas. É o maior aumento no volume exportado desde 2021. O aumento dos embarques de arquivos frescos foi o principal fator responsável pelo incremento das exportações em 2024, atingindo US$ 36 milhões. Os peixes inteiros congelados foram a segunda categoria mais exportados com US$ 17 milhões. Essas e outras informações constam na mais nova edição do Informativo Comércio Exterior da Piscicultura , produzido pela Embrapa Pesca e Aquicultura, em parceria com a Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR).
De acordo com Manoel Pedroza, pesquisador da Embrapa Pesca e Aquicultura, o motivo do aumento de 138% no valor exportado deve-se à redução no preço da tilápia no mercado interno. “Houve uma importante queda no preço da tilápia paga ao produtor ao longo de 2024. Se, no final de 2023, o preço da tilápia paga ao produtor chega a uma média de R$ 9,73 o quilo, ao término de 2024 esse o valor caiu para R$ 7,85, segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea . Isso estimulou que algumas empresas passassem a mirar o mercado externo”, explicou.
O aumento da cotação do dólar frente ao real também é outro fator que justifica o aumento das exportações, além do aumento da produção da tilápia. “Houve um aumento de produção da espécie, e o mercado interno não absorveu a maior oferta. Com isso, as empresas procuraram outros países para vender o pescado”, explica Pedroza.
Tilápia responde por 94% das exportações
A tilápia representa 94% das exportações na piscicultura nacional, totalizando US$ 55,6 milhões – crescimento de 138% em relação ao ano anterior. Em volume, houve um crescimento de 92%, atingindo 12.463 toneladas de tilápia vendidas a outros países. Os curimatás ocuparam a segunda posição, com US$ 1,2 milhão e crescimento de 437% em valor.
Os Estados Unidos foram o país que mais importou o peixe brasileiro, sendo responsáveis por 89% das exportações nacionais da piscicultura em 2024, totalizando US$ 52,3 milhões. A principal espécie vendida aos norte-americanos foi a tilápia. Já os peixes nativos foram a preferência do Peru, que importou US$ 1,1 milhão de curimatá, US$ 746 mil de pacu e US$ 571 mil do nosso tambaqui.
Apesar do crescimento recorde nas exportações em 2024, a balança comercial de produtos da piscicultura fechou com déficit de US$ 992 milhões, devido ao aumento das despesas que atingiram US$ 1 bilhão. O salmão é a principal espécie importada na piscicultura pelo Brasil, seguida pelo pangasius. “Houve um aumento de 9% em valor da importação do salmão e de 5% em volume, atingindo a marca de 909 milhões de dólares. Isso corresponde a 87% do volume total importado pelo país”, afirma Pedroza.
Fonte: Assessoria Embrapa
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
-
Meio Ambiente5 dias atrás
Chuvas em SC: agricultura mobiliza equipes para atender produtores
-
Pecuária5 dias atrás
Saiba quais as doenças mais comuns entre animais da fazenda e como tratá-las
-
Notícias4 dias atrás
Volta de Donald Trump ao governo americano traz incertezas ao agronegócio brasileiro
-
Agronegócio5 dias atrás
Maior oferta pressiona preço do leite dentro da porteira em MT
-
Transporte5 dias atrás
Assaltante de bancos mais perigoso do país é morto em confronto com a Polícia Militar em Confresa
-
Mato Grosso5 dias atrás
Cássio Moura assume Secretaria de Esporte de Porto Velho e fala do compromisso com o esporte da Capital
-
Destaque5 dias atrás
Substâncias da folha da fruta-do-conde têm potencial analgésico, revela estudo
-
Mato Grosso5 dias atrás
Iniciativa de sustentabilidade da Aprosoja MT é reconhecida pelo MAPA e beneficia produtores rurais