Meio Ambiente
Carvoarias pelo Brasil: Trabalho, Renda, Destruição, Saúde e Dignidade

A produção de carvão, embora prejudicial ao meio ambiente, desempenha um papel vital para várias famílias do Ceará, especialmente para ex-agricultores. Em Limoeiro do Norte, no vale do Jaguaribe, a falta de água significa falta de produção. Portanto, o carvão, proveniente da natureza morta da madeira, é uma fonte de renda crucial. As fornalhas se misturam com a vegetação de caatinga nesta época. A lenha é obtida principalmente do desmatamento de outros produtores destinada ao plantio. No entanto, a lenha “Branca”, de extração proibida, ainda é amplamente utilizada pelos carvoeiros e ceramistas locais.
Eudes, um ex-agricultor, obtém cerca de um salário e meio por mês com sua fornalha em Limoeiro do Norte. Ele e dezenas de outros carvoeiros obtêm lenha de localidades afastadas da cidade e municípios vizinhos. O metro cúbico de madeira custa em média R$ 10,00 e é transformado em carvão vendido a R$ 6,00 a saca. “Somente os pedaços menores ficam para cozinhar o feijão em casa”, diz seu Raimundo, preocupado com o desmatamento.
Raimundo Limoeiro, outro carvoeiro da região, planta feijão e milho no inverno, mas tira a maior parte do sustento queimando lenha e revendendo para as churrascarias da cidade durante todo o ano. Ele compra madeira em sítios vizinhos e até em municípios próximos. A lenha é transportada de várias formas, muitas vezes de maneira improvisada.
Denúncias indicam que a maior demanda por lenha na região Jaguaribana vem das centenas de olarias, especialmente em Russas. Irregularidades, como o uso de “lenha Branca”, madeira proibida, são comuns nessas indústrias, acelerando a desertificação na região.
Em Quixadá e municípios vizinhos, o carvão produzido é essencial na culinária, principalmente nas churrascarias e residências. No assentamento Olivença, a lenha é indispensável para as famílias, apesar das preocupações ambientais. O ecologista Osvaldo Andrade critica a produção clandestina e a comercialização ilegal do carvão na região, destacando a necessidade de políticas públicas e controle do consumo da flora regional.
Aloizio Hernandes Rodrigues, um assentado, produz apenas o suficiente para sua família, reconhecendo a importância do manejo adequado da madeira. A comunidade espera a assistência do INCRA para continuar extraindo madeira de forma sustentável. Líderes comunitários como Glicério Souza Do Nascimento esperam maior fiscalização de órgãos como o IBAMA e SIMACE, especialmente em fazendas particulares, para proteger a flora regional e mitigar os impactos ambientais.
Conforme matéria divulgada pelo jornal Diário do Nordeste, pelo jornalista e repórter Antônio Vicelmo, com a colaboração de Melquiades Júnior e Alex Pimentel.
Por Ademir Galitzki, jornalista e repórter Antônio Vicelmo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Meio Ambiente
Prefeitura Lança Edital para Recuperação de Nascentes em Canaã dos Carajás

Foto: Diego Barbosa
Neste sábado (22), Dia Mundial da Água, a Prefeitura de Canaã dos Carajás, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA), lançou o edital para a recuperação de nascentes localizadas em imóveis rurais do município, visando a recuperação e preservação dos recursos hídricos. O lançamento aconteceu no Parque Veredas, com uma programação especial da Semana Água que incluiu uma visita as áreas de preservação e o plantio de mudas de árvores.
A preservação das nascentes é para assegurar o abastecimento hídrico das comunidades e para manter a saúde dos ecossistemas. Elas desempenham um papel fundamental na regulação do ciclo da água e na prevenção da erosão do solo. Além disso, as áreas ao redor das nascentes são habitats importantes para diversas espécies de flora e fauna, ajudando a proteger a biodiversidade local.

“Preservar essas fontes naturais é um passo essencial para garantir um meio ambiente equilibrado e sustentável para as futuras gerações. A nossa equipe já deu início à recuperação de 6 nascentes desde novembro. Agora, vamos estender essa iniciativa para que outros produtores rurais possam aderir e ajudar nosso meio ambiente”, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Marcus Vinicius.
O programa oferecerá gratuitamente insumos para o cercamento das nascentes, como estacas, arame e materiais de fixação; espécies nativas para o plantio; insumos para manutenção, como adubo e herbicida; além da mão de obra necessária para a execução do cercamento e do plantio.
A Prefeita Josemira Gadelha reforçou o compromisso da gestão municipal com a preservação ambiental: “Água é vida. Para continuarmos proporcionando qualidade de vida em Canaã, precisamos cuidar do meio ambiente realizando campanhas e ações que impactem positivamente na vida de cada um, e todos tem que cumprir o seu papel.”
Além das iniciativas voltadas à recuperação das nascentes, a SEMMA também recomenda à população algumas práticas para o uso consciente da água. Entre as principais orientações estão: consertar vazamentos em torneiras e encanamentos; utilizar baldes em vez de mangueiras na hora de lavar carros ou calçadas; tomar banhos mais rápidos; e optar por escovar os dentes com a torneira fechada.
As inscrições para participar do programa começam nesta segunda-feira (24) e vão até o dia 24 de abril, sendo realizadas presencialmente na sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, localizada na Rua Getúlio Vargas, nº 19, Bairro Novo Horizonte, Anexo da SEMMA. O atendimento será feito das 8:00h às 14:00h. Em caso de dúvidas, disque Semma Licenciamento (94) 99231-7117.
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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Meio Ambiente
Outono começou e a previsão é de dias quentes e secos

Divulgação
O outono no hemisfério Sul começou na manhã desta quinta-feira (20.03), às 6h01 pelo horário de Brasília, e se estenderá até 20 de junho às 23h42, segundo informações do canal Climatempo. Esta estação de transição marca a passagem do calor e umidade do verão para o clima mais seco e ameno do inverno. Embora o outono traga uma expectativa de temperaturas mais amenas, é importante ressaltar que, segundo a MetSul, as temperaturas devem permanecer acima da média em diversos estados do país.
Já de acordo com o Climatempo, o outono de 2025 será influenciado por uma neutralidade térmica no Oceano Pacífico Equatorial, ou seja, não haverá a presença dos fenômenos El Niño ou La Niña. Essa condição sugere que as temperaturas devem ficar acima da média em diversas regiões do país.
Sul: Espera-se uma redução gradual das chuvas e a chegada de massas de ar frio, especialmente a partir de maio, podendo ocasionar geadas nas áreas serranas.
Sudeste: A transição para o clima seco ocorre de forma mais lenta, com possibilidade de chuvas ocasionais e temperaturas amenas.
Centro-Oeste: A estação seca se estabelece, com redução significativa das chuvas e aumento da amplitude térmica diária.
Nordeste: O litoral deve registrar chuvas dentro da média para a estação, enquanto o interior tende a ter precipitações abaixo do normal.
Norte: A previsão indica chuvas dentro ou um pouco abaixo da média, com exceção do Amapá e nordeste do Pará, onde as precipitações podem ser superiores ao esperado.
Para o agronegócio, essas condições climáticas exigem atenção especial. A redução das chuvas no Centro-Oeste e Sudeste pode afetar o desenvolvimento de culturas que dependem de umidade adequada, como milho safrinha e café. Por outro lado, a possibilidade de geadas no Sul requer monitoramento constante, especialmente para culturas sensíveis como hortaliças e frutas. Produtores rurais devem estar atentos às previsões meteorológicas e adotar práticas de manejo que minimizem os impactos climáticos nas lavouras e pastagens.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Meio Ambiente
Outono mais ameno, mas com pouca chuva

Outono em Curitiba. Posque do Papa. Foto: José Fernando Ogura
A nova estação começou às 6h01 desta quinta-feira, 20 de março, e trará transições climáticas graduais. Meteorologistas do Simepar apontam que abril, maio e junho devem registrar menor volume de chuvas, devido à influência de sistemas de alta pressão, marcados pelo ar frio e seco.
Os primeiros dias do outono serão de estabilidade no tempo, com manhãs frescas, nevoeiros e tardes quentes, além de baixa umidade em regiões como Oeste, Norte e Noroeste. A população espera temperaturas mais amenas após um verão intenso, embora mais chuvoso e com temperaturas médias inferiores às de 2024.
Como fica o clima na entrada do outono?
Para o outono, espera-se temperatura média ligeiramente acima da média histórica, mas mais baixa que em 2024, com precipitações próximas ou abaixo do normal em quase todo o estado. O período também será marcado por noites e manhãs frias, maior amplitude térmica e possibilidade de geadas no Centro-Sul a partir de abril.
Os fenômenos El Niño/La Niña e o aquecimento das águas do Atlântico Sul podem influenciar o clima. O Oceano Pacífico equatorial deve continuar resfriando de forma fraca, enquanto o Atlântico Sul permanecerá mais quente.
(Com AEN/PR)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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