Meio Ambiente
O papel crucial das bombas de escoamento de água em enchentes urbanas

Mecanismos inovadores, como as bombas de escoamento de água, têm sido fundamentais em cidades alagadas – Divulgação
Alguns países que também sofrem com esses fenômenos naturais já possuem a infraestrutura e a tecnologia necessárias para lidar com esses problemas. Em Tóquio, por exemplo, foram construídas “cidades-esponjas”, um mecanismo que ajuda a proteger contra enchentes utilizando túneis, reservatórios subterrâneos e diques para conter a água de rios e lagos. Na Holanda, utilizam-se diques com um total de 22 mil quilômetros para proteger o país, já que cerca de 26% do seu território está abaixo do nível do mar.
No Brasil, para mitigar os impactos dessas enchentes, prefeituras e órgãos de saneamento recorrem ao uso de bombas de escoamento de água, capazes de drenar grandes volumes de água em curtos períodos. Drauzio Menezes, diretor da Hercules Motores Elétricos, explica que as bombas mais utilizadas são as centrífugas e submersas. No entanto, não é apenas o tipo de bomba que deve ser considerado para esse tipo de trabalho, mas também suas especificações técnicas. “É fundamental analisar a capacidade de escoamento por hora de cada bomba, assim como a resistência do motor acoplado ao equipamento. Na Hercules, fabricamos motores usados nessas bombas. O motor blindado IP 55, com carcaça de alumínio, possui maior resistência a líquidos que podem entrar em contato com a bomba”, afirma Menezes.
Graças à sua construção robusta e materiais de alta qualidade, esses motores são capazes de operar em condições adversas, garantindo que as bombas continuem funcionando eficientemente durante as enchentes. A escolha correta e a manutenção desses equipamentos são cruciais para minimizar os danos causados pelas inundações e proteger as comunidades afetadas.
No entanto, a eficácia desses equipamentos depende diretamente da manutenção preventiva, que garante seu funcionamento pleno quando mais necessário. No caso dos motores acoplados a esses equipamentos, é preciso atenção especial à realização de manutenção preventiva. É importante estar atento a alertas como ruídos, rolamentos e corrente do motor diferentes do especificado. Além disso, é preciso optar por equipamentos cujos fornecedores de motores sejam rigorosos na sua fabricação. “Utilizamos técnicas avançadas de fabricação e um controle de qualidade rigoroso. Cada motor passa por uma série de testes antes de ser aprovado para uso. Isso nos permite garantir que os motores Hercules sejam extremamente confiáveis e duráveis”, afirma o diretor. Menezes destaca, ainda, que a tecnologia aplicada na fabricação dos motores é de ponta, o que assegura uma performance superior.
Vitória Ribeiro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Meio Ambiente
Gases do efeito estufa estão sob monitoramento

Fotos: Divulgação / Epagri
O aquecimento global, as mudanças climáticas e as consequências extremas cada vez mais frequentes em diversas regiões do planeta colocam o assunto como pauta recorrente no mundo todo. Em Santa Catarina, não é diferente.
Dentro do projeto Pecuária ConSCiente Carbono Zero, iniciado em 2022, a equipe da Epagri avalia a emissão de gases do efeito estufa nos sistemas forrageiros mais utilizados no Estado.
Conduzido pelo engenheiro-agrônomo Cassiano Eduardo Pinto, pesquisador da Estação Experimental de Lages, o estudo ocorre também nos municípios de Campos Novos, Canoinhas, Chapecó e Curitibanos. O projeto é um esforço de 18 pesquisadores da Epagri, Embrapa Pecuária Sul, Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
O experimento consiste em câmaras estáticas que simulam ambientes fechados. Nestas atmosferas são depositadas amostras com urina, ureia e esterco sobre o solo, simulando o ambiente de pastejo com os bovinos. O que o experimento busca medir é o processo natural onde são gerados três gases principais: dióxido de carbono, metano e óxido nitroso, maiores responsáveis pelo efeito estufa.
Durante 90 dias, amostras do ar são coletadas com seringa pelos pesquisadores e enviadas para análise em laboratório na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. Já as amostras do solo são remetidas para a Universidade Federal de Santa Maria.
“O efeito estufa é um fenômeno natural responsável pelo surgimento da vida na terra. Com a evolução da humanidade a partir da era industrial, há uma concentração destes gases na atmosfera, o que retém mais calor e tem elevado as temperaturas. O propósito do experimento é avaliar como isso acontece nos sistemas pecuários em nível local, medir as emissões da relação solo-planta e quantificar a pegada de carbono na pecuária catarinense, principalmente para sabermos onde estamos e como podemos melhorar ou mitigar a emissão de gases do efeito estufa, colaborando com a redução das mudanças climáticas”, explica o engenheiro-agrônomo Cassiano Eduardo Pinto.
Pecuária emite menos gases e figura como protagonista
Os dados preliminares mostram que a pecuária catarinense emite muito menos gases do que afirma o Intergovernmental Panel on Climate Change (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas), o IPCC, órgão das Nações Unidas (ONU) criado em 1988 para avaliar as mudanças climáticas. O pesquisador Cassiano Eduardo Pinto explica que, enquanto o IPCC indica 2% de emissão no caso de fezes e urina de gado, os estudos da Epagri apontam que o índice é de apenas 0,3% a 0,4%.

“É uma redução muito grande, de 20% a 30% do que o IPCC aponta. E esta já é uma grande notícia. Obviamente, os produtores que fazem bom manejo do pasto e usam boas práticas de produção agropecuária, pegarão o carbono que está no ar e o deixarão retido no solo pela fotossíntese das plantas que são alimentos para os animais. Então, este é o nosso propósito: além de demonstrar o quanto estamos emitindo no sistema, provar que, sim, é possível produzir e conservar”, conclui o pesquisador da Epagri Lages.
O objetivo final do estudo, nos próximos anos, é a emissão de um selo que caracterize o bom pecuarista e ateste que ele segue as recomendações técnicas e se preocupa com a natureza, associando qualidade e responsabilidade e agregando ainda mais valor aos produtos que há décadas conquistam e já são consagrados entre os consumidores mais exigentes.
Por: Pablo Gomes, jornalista bolsista Epagri/Fapesc
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Meio Ambiente
Neblina que baixa, sol que racha? Entenda como se formam os nevoeiros

Foto: Geraldo Bubiniak
Já no primeiro dia de outono um dos fenômenos mais característicos do período deu as caras: o nevoeiro, conhecido como neblina. Nessa época do ano, é comum que os dias amanheçam com pouca visibilidade. Há um ditado popular que diz “neblina que baixa, sol que racha”. Mas será que toda vez que tem neblina vai ter sol?
De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental (Simepar), o nevoeiro é um fenômeno meteorológico caracterizado pela presença de minúsculas gotículas de água suspensas no ar, reduzindo a visibilidade a menos de um quilômetro.
“Ele ocorre devido à condensação do vapor d’água próximo à superfície terrestre, geralmente quando a temperatura do ar diminui e atinge a temperatura do ponto de orvalho – temperatura na qual o ar precisa ser resfriado, a pressão constante, para que o vapor d’água nele presente comece a se condensar, formando as gotículas”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.
Se a visibilidade for maior do que um quilômetro, mas a nitidez da visão ainda estiver prejudicada por partículas de umidade, ao invés de nevoeiro, o fenômeno é chamado de névoa. Ambos são mais frequentes no outono pois o período tem características muito marcantes. “As massas de ar seco são mais estáveis. As noites são mais longas, permitindo maior resfriamento do ar, e com isso a umidade relativa do ar fica mais elevada e esse ar úmido pode atingir o ponto de orvalho”, ressalta Kneib.
Mas neblina que baixa, sol que racha? Nem sempre a neblina anuncia a chegada de um dia de sol. “Na maioria das vezes o nevoeiro se dissipa e o sol predomina. Porém, nas regiões serranas o nevoeiro, ao invés de dissipar, pode evoluir, subir e deixar o céu encoberto, mas sem a restrição de visibilidade na superfície”, explica Kneib.
TIPOS – Existem cinco tipos de nevoeiro. O primeiro é o nevoeiro de radiação, que ocorre em noites claras e sem vento, quando o solo perde calor por irradiação, como já exemplificado. É comum em áreas rurais e vales, como a Região Metropolitana de Curitiba.
O segundo é o nevoeiro de advecção, que se forma quando o ar quente e úmido passa sobre uma superfície mais fria. É comum em regiões costeiras e sobre oceanos e também é observado na região Leste do Paraná. O terceiro é o nevoeiro de evaporação (ou mistura), que ocorre quando o vapor d’água é adicionado ao ar frio, como em lagos e rios no inverno, ou sobre águas quentes em contato com o ar frio. Também pode ocorrer sobre mares e oceanos após tempestades.
O quarto é o nevoeiro de encosta (ou orográfico), quando o ar úmido é forçado a subir uma montanha ou colina. É mais comum, portanto, em regiões montanhosas. Já o quinto tipo é o frontal, que ocorre quando uma frente quente encontra uma massa de ar frio, causando condensação devido à mistura de temperaturas. Este pode se estender por áreas maiores do que os outros.
IMPACTOS – Cada tipo de nevoeiro tem suas particularidades e pode impactar diferentes setores. No Aeroporto Afonso Pena, por exemplo, vários investimentos foram feitos para que os aviões operem por aparelhos e o aeroporto não precise fechar nos frequentes dias de nevoeiro. A aeronave é conduzida por GPS até que o piloto esteja a 300 metros da pista. Caso o piloto tenha visibilidade a partir deste momento, consegue pousar.
Dirigir nas rodovias sob neblina também exige atenção redobrada e cautela pois, com visibilidade comprometida, aumentam os riscos de acidentes. O Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) recomenda algumas medidas essenciais para garantir a segurança dos motoristas nessas condições.
Em primeiro lugar, é fundamental reduzir a velocidade e manter uma distância segura do veículo à frente. O uso do farol baixo é obrigatório, já que o farol alto pode prejudicar ainda mais a visão devido ao reflexo nas partículas da névoa. Evitar o uso de luzes de neblina (a menos que seja extremamente necessário) é outra orientação importante, pois elas podem ofuscar os outros motoristas.
Também é recomendado que o condutor use o ar-condicionado ou mantenha as janelas ligeiramente abertas, para evitar o embaçamento dos vidros, e tenha cuidado com as sinalizações, já que poderá ser mais difícil de visualizá-las. Se a neblina estiver muito intensa, o BPRv sugere estacionar o veículo em um local seguro até que a visibilidade melhore. A segurança depende do comportamento responsável e da adaptação do motorista às condições da via.
(COM AEN)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Meio Ambiente
Prefeitura Lança Edital para Recuperação de Nascentes em Canaã dos Carajás

Foto: Diego Barbosa
Neste sábado (22), Dia Mundial da Água, a Prefeitura de Canaã dos Carajás, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMMA), lançou o edital para a recuperação de nascentes localizadas em imóveis rurais do município, visando a recuperação e preservação dos recursos hídricos. O lançamento aconteceu no Parque Veredas, com uma programação especial da Semana Água que incluiu uma visita as áreas de preservação e o plantio de mudas de árvores.
A preservação das nascentes é para assegurar o abastecimento hídrico das comunidades e para manter a saúde dos ecossistemas. Elas desempenham um papel fundamental na regulação do ciclo da água e na prevenção da erosão do solo. Além disso, as áreas ao redor das nascentes são habitats importantes para diversas espécies de flora e fauna, ajudando a proteger a biodiversidade local.

“Preservar essas fontes naturais é um passo essencial para garantir um meio ambiente equilibrado e sustentável para as futuras gerações. A nossa equipe já deu início à recuperação de 6 nascentes desde novembro. Agora, vamos estender essa iniciativa para que outros produtores rurais possam aderir e ajudar nosso meio ambiente”, afirmou o secretário de Meio Ambiente, Marcus Vinicius.
O programa oferecerá gratuitamente insumos para o cercamento das nascentes, como estacas, arame e materiais de fixação; espécies nativas para o plantio; insumos para manutenção, como adubo e herbicida; além da mão de obra necessária para a execução do cercamento e do plantio.
A Prefeita Josemira Gadelha reforçou o compromisso da gestão municipal com a preservação ambiental: “Água é vida. Para continuarmos proporcionando qualidade de vida em Canaã, precisamos cuidar do meio ambiente realizando campanhas e ações que impactem positivamente na vida de cada um, e todos tem que cumprir o seu papel.”
Além das iniciativas voltadas à recuperação das nascentes, a SEMMA também recomenda à população algumas práticas para o uso consciente da água. Entre as principais orientações estão: consertar vazamentos em torneiras e encanamentos; utilizar baldes em vez de mangueiras na hora de lavar carros ou calçadas; tomar banhos mais rápidos; e optar por escovar os dentes com a torneira fechada.
As inscrições para participar do programa começam nesta segunda-feira (24) e vão até o dia 24 de abril, sendo realizadas presencialmente na sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, localizada na Rua Getúlio Vargas, nº 19, Bairro Novo Horizonte, Anexo da SEMMA. O atendimento será feito das 8:00h às 14:00h. Em caso de dúvidas, disque Semma Licenciamento (94) 99231-7117.
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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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