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Agronegócio

Necessidade de liberar espaço nos armazéns, movimenta mercado de frete em MT

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Foto: Wenderson Araujo_Trilux

 

O avanço da colheita das culturas que já se encontram em estágio de maturação, em especial aquelas cultivadas na 2ª safra, como o milho, e o aquecimento nos embarques de soja, seja pela melhoria verificada nos preços da oleaginosa, destravando a comercialização, ou ainda pelo aumento da demanda do grão ou ainda pela necessidade de liberar espaços nos armazéns, influenciaram na procura pelo serviço de transporte refletindo no aumento de preços em importantes estados produtores, como Mato Grosso. Os dados estão na edição de junho do Boletim Logístico, publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Como detalha o Boletim, em Mato Grosso, o mercado de fretes rodoviários seguiu a tendência observada nos últimos meses de intensificação nos embarques de soja, após o esfriamento inicial e aumento gradativo e moderado nos preços. Em maio houve aquecimento nos embarques de soja no intuito de liberar espaço para o milho e em resposta à melhoria relativa nos preços da commodity, destravando a comercialização.

“Dessa forma, o aumento dos fretes foi registrado na maior parte das rotas. Porém, com a colheita do milho uma transição tem ocorrido neste mercado, e o foco tem migrado para o processo de recebimento do cereal. O milho por sua vez tem alcançado preços baixos com a comercialização travada neste momento como foi registrado no começo do ano em relação ao mercado da soja. Em maio, esse fenômeno ainda não se fez sentir sobre os preços, e o mercado ainda precificou a reta final dos embarques de soja, em que a demanda por
caminhões estava bastante elevada, dado esse ritmo mais intenso de carregamento para liberação de espaço em armazéns em uma conjuntura de uma melhora nos preços da soja”, avaliam os analistas.

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Para junho, a tendência seria de aquecimento no mercado e elevação nos preços, tendo em vista a sazonalidade do mercado de fretes rodoviários, uma vez que a colheita acarreta relação mais apertada entre oferta e demanda por transporte. No entanto é possível que essas particularidades relacionadas ao milho possam influenciar este mercado, inibindo eventuais
altas. Há fortes indícios de que o comportamento dos fretes seja bastante próximo ao observado no ano anterior, em que os preços baixos e sua negociação lenta represaram o escoamento para os últimos meses do ano, após lentidão inicial, rompendo com as características sazonais do longo prazo registradas através da série histórica. A participação estadual nas exportações brasileiras de milho, no período em análise, atingiu 78,6%,
enquanto a de soja 28,6%.

“Nas rotas do maior estado produtor de grãos, a Conab verificou o aumento dos fretes na maior parte delas. A demanda por caminhões se encontrou bastante elevada, dado o ritmo mais intenso de carregamento para liberação de espaço em armazéns em uma conjuntura de uma melhora nos preços da soja. No entanto, é possível que as condições de preços para
o milho possam influenciar este mercado, diminuindo a pressão na demanda pelo transporte dos produtos”, analisa o superintendente de Logística Operacional da Conab, Thomé Guth.

EXPORTAÇÕES – Os embarques de milho em maio atingiram 0,42 milhão de toneladas contra 0,07 milhão, observado no mês passado e 0,47 milhão ocorridas no mesmo período de 2023. De janeiro a maio deste ano, já foram enviadas ao mercado internacional 7,5 milhões de toneladas. Deste total, 45,3% foram embarcados pelos portos do Arco Norte.

Já as exportações de soja atingiram em maio 13,47 milhões de toneladas, contra 14,7 milhões ocorridas no mês anterior, decréscimo de 8,3%, revertendo um movimento recorde observado naquele mês. O mercado da soja tem apresentado variações influenciadas por diversos fatores globais e regionais. No acumulado dos cinco primeiros meses deste ano foram exportadas 50,2 milhões de toneladas, sendo 36,4% escoadas pelos portos do Arco Norte.

Redação MT Econômico

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Receita dos Cafés do Brasil deve alcançar R$ 123,28 bilhões em 2025

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A receita bruta da produção de café no Brasil para o ano-cafeeiro de 2025 está estimada em R$ 123,28 bilhões, segundo cálculos baseados nos preços médios recebidos pelos produtores nos meses de janeiro e fevereiro deste ano. Caso a projeção se confirme, o montante representará um crescimento expressivo de 53,2% em relação ao faturamento registrado em 2024, que foi de R$ 80,47 bilhões.

O café arábica deve responder por aproximadamente 70,6% da receita total, com arrecadação estimada em R$ 87,03 bilhões. Já a receita da produção de café robusta e conilon deve atingir R$ 36,25 bilhões, correspondendo a 29,4% do total estimado para o setor.

Distribuição regional da receita cafeeira

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Os Cafés do Brasil são cultivados em todas as regiões do país, abrangendo cerca de 20 estados e o Distrito Federal. Entre as regiões produtoras, o Sudeste lidera amplamente o faturamento, com um valor estimado de R$ 104,60 bilhões, o que representa 84,84% do total nacional.

Na segunda posição, o Nordeste deve alcançar um faturamento de R$ 9,86 bilhões, equivalente a 8% da receita nacional. Em seguida, a Região Norte aparece com R$ 6,01 bilhões, representando 4,88% do total. O Sul ocupa a quarta posição, com um faturamento estimado em R$ 1,77 bilhão (1,45%), enquanto o Centro-Oeste completa o ranking, com R$ 1,02 bilhão, equivalente a 0,83% da receita nacional.

Crescimento expressivo do arábica e do robusta

Se as estimativas para 2025 se concretizarem, o faturamento do café arábica apresentará um crescimento de aproximadamente 50% em relação a 2024, quando a receita foi de R$ 58,27 bilhões. Já o café robusta e conilon pode registrar um aumento ainda mais expressivo, de cerca de 64%, em comparação com os R$ 22,19 bilhões faturados no ano anterior.

Os dados apresentados fazem parte do levantamento do Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. As estimativas são elaboradas mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola (SPA), do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com base nas cotações do café arábica tipo 6 (bebida dura para melhor) e do café robusta tipo 6 (peneira 13 acima, com 86 defeitos).

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Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Com 40,9% do rebanho de búfalos do Brasil, estado se consolida como potência do agronegócio

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O estado do Pará tem se destacado como uma das grandes potências do agronegócio brasileiro, impulsionado por uma produção crescente de soja, milho, cacau e pecuária bovina. Segundo o “Boletim Agropecuário do Pará”, elaborado pela Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa), o estado tem expandido suas áreas cultivadas, investido em tecnologia e fortalecido sua infraestrutura logística para escoar a produção com mais eficiência.

A publicação informa que o Pará vem se consolidando como uma potência agropecuária e seu potencial de crescimento ainda é enorme. Com investimentos contínuos em infraestrutura, tecnologia e sustentabilidade, o estado se posiciona como um dos principais protagonistas do agronegócio brasileiro, contribuindo significativamente para a economia nacional e o mercado global.

O Estado é líder na região Norte na criação de gado bovino, com um rebanho que saltou de 1,6 milhão de cabeças em 1977 para impressionantes 25 milhões em 2023. Atualmente, o estado ocupa o segundo lugar no ranking nacional, com 10,5% do rebanho brasileiro. Destaque para os municípios de São Félix do Xingu, que lidera o país com 2,5 milhões de cabeças, seguido por Marabá, Novo Repartimento e Altamira, que também figuram entre os dez maiores produtores do Brasil.

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A produção de carne também acompanhou esse crescimento, saltando de 128,5 milhões de toneladas em 1997 para 866,6 milhões em 2023, um aumento de mais de seis vezes no período.

Outro setor que coloca o Pará em posição de destaque é a bubalinocultura. O estado detém 40,9% do rebanho de búfalos do Brasil, com 683,6 mil cabeças registradas em 2023, um crescimento de 6% em relação ao ano anterior. Os municípios de Chaves, Soure e Cachoeira do Arari lideram a criação, consolidando o Pará como referência nacional no setor.

Na agricultura, o estado também exibe força, sendo o maior produtor de mandioca (3,8 milhões de toneladas), dendê (2,8 milhões) e açaí (1,6 milhão). Outros cultivos importantes incluem banana, abacaxi, cacau e pimenta-do-reino. Entre 2000 e 2023, o valor da produção cresceu em média 7,6% ao ano, atingindo um recorde de R$ 28,6 bilhões no último ano.

A soja e o milho são os grandes destaques entre os grãos, impulsionando as exportações. Em 2023, o Pará exportou 5,5 milhões de toneladas de produtos agropecuários, um aumento de 33,5% em relação ao ano anterior. A soja representou 61,3% desse volume, movimentando US$ 1,6 bilhão, enquanto o milho teve um crescimento de 44,7%, somando US$ 401,6 milhões. Paragominas e Santarém lideram as exportações no estado, consolidando o Pará como um player importante no comércio global.

O agronegócio paraense tem desempenhado um papel fundamental na geração de empregos. Em 2023, o setor empregava cerca de 509 mil pessoas, um crescimento de 274,2% desde 2002. A criação de gado para corte lidera a oferta de empregos, seguida pelo cultivo de dendê e a produção de frangos. O açaí teve um crescimento expressivo de 36,5% na oferta de empregos em um ano.

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Diante da expansão acelerada do setor, o desafio é equilibrar crescimento e sustentabilidade. O presidente da Fapespa, Marcel Botelho, destaca que o estado tem investido em tecnologia e parcerias com universidades para intensificar a produção sem ampliar o desmatamento. O uso de drones, inteligência artificial e técnicas de manejo sustentável são algumas das estratégias adotadas para garantir produtividade aliada à preservação ambiental.

Fonte: Pensar Agro

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Crescimento de 5,4% nas Exportações de Genética Avícola em Fevereiro

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As exportações brasileiras de genética avícola, que incluem ovos férteis e pintos de um dia, apresentaram um crescimento de 5,4% na receita em fevereiro deste ano, totalizando US$ 20,4 milhões, contra US$ 19,4 milhões registrados no mesmo mês do ano anterior. A informação foi divulgada pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Entretanto, o volume de embarques no segundo mês de 2025 foi de 1.753 toneladas, o que representa uma queda de 33,8% em comparação com as 2.646 toneladas exportadas no mesmo período de 2024. No acumulado do bimestre, a receita totalizou US$ 39,9 milhões, superando em 2,3% os US$ 38,7 milhões obtidos no primeiro bimestre de 2024. Já o volume embarcado entre janeiro e fevereiro deste ano foi de 3.891 toneladas, o que representa uma diminuição de 23,9% em relação às 5.116 toneladas exportadas no mesmo período do ano anterior.

O México foi o principal destino das exportações de genética avícola em fevereiro, com a importação de 863 toneladas, um recuo de 0,2% em relação ao ano passado. Outros destinos significativos foram a Venezuela, que aumentou suas importações em 356,7%, totalizando 243 toneladas; o Paraguai, com uma queda de 23,9%, com 218 toneladas; Senegal, que registrou uma queda de 70%, com 187 toneladas; e a Costa do Marfim, com um expressivo crescimento de 611,4%, somando 64 toneladas.

Ricardo Santin, presidente da ABPA, destacou que o crescimento nas exportações é reflexo de investimentos em avicultura local, especialmente em países como a Venezuela, que tem demonstrado um aumento nas importações nos últimos meses. “As exportações deste mês foram marcadas por países que estão investindo na recomposição ou no aumento da produção avícola local, como é o caso da Venezuela”, afirmou Santin.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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