Destaque
Novo programa de tratamento para o ‘psilídeo-dos-citros’ movimenta agenda técnica do principal evento da citricultura
Desenvolvida pela Sipcam Nichino Brasil, estratégia para controle do inseto vetor do ‘greening’ está ancorada nos ativos buprofezina e fenpiroximato; doença deverá chegar a mais de 50% do cinturão citrícola na safra 2024-25 – Fotos: Divulgação
Ao final de mais uma Expocitros, a principal feita citrícola do país, realizada na paulista Cordeirópolis, a equipe técnica da Sipcam Nichino celebrou a aceitação de sua nova estratégia para controle do psilídeo-dos-citros (Diaphorina citri), o vetor da doença ‘greening’. Segundo a companhia, o manejo do ‘psilídeo’ ancorado nos ingredientes ativos buprofezina e fenpiroximato mostra-se economicamente viável e agronomicamente eficaz, com indicadores de controle de 80% a 100% de populações do inseto.
A ação combinada desses compostos, ressalta a companhia, foi alvo de apresentações técnicas de órgãos oficiais citrícolas durante a Expocitros. Buprofezina, acrescenta a Sipcam Nichino, é a base do inseticida de marca Fiera®, em lançamento. Já fenpiroximato constitui o principal ativo do acaricida Fujimite®, também do portfólio de tecnologias da companhia para a laranja.
“Fiera® atua por contato e vapor sobre todas as etapas de desenvolvimento do psilídeo. A recomendação é fazer duas aplicações com intervalos de sete dias, nos períodos de maior ocorrência de brotações do pomar, quando há pressão intensa da praga”, orienta Marcelo Palazim, engenheiro agrônomo. Segundo ele, Fiera® e Fujimite® passaram por estudos conduzidos pelo IAC – Instituto Agronômico, na Estação Experimental Sylvio Moreira, em Cordeirópolis-SP.
Previsão de avanço no ciclo 2024-25
Conforme declarou recentemente o especialista Gilberto Tozatti, da Citrus Consulting, a prevalência de preços baixos nos últimos anos, para a caixa de laranja de 40,8 kg, está entre as causas do avanço do greening nos pomares. Baixas cotações da fruta, ele destacou, desmotivaram produtores a investir no controle da doença e muitos deles abandonaram áreas. Esse cenário resultou numa ‘explosão’ do inseto-vetor. Tozatti calcula que na safra em andamento o greening deverá avançar de 38% para, possivelmente, mais de 50% dos pomares do cinturão citrícola de São Paulo e Minas Gerais.
Dados do Fundecitrus – Fundo de Defesa da Citricultura, dão conta de prejuízos de até R$ 3,5 milhões, em 2023, registrados em virtude da intensidade da doença em determinadas fazendas.
“O greening representa hoje a principal preocupação do citricultor e causa perdas robustas na produtividade, além de empurrar para cima o preço da laranja. A estratégia de manejo da Sipcam Nichino, corretamente empregada, associada a outras medidas de contenção da doença, tende a reduzir danos e entregar rentabilidade”, finaliza Marcelo Palazim, da Sipcam Nichino.
Criada em 1979, a Sipcam Nichino resulta da união entre a italiana Sipcam, fundada em 1946, especialista em agroquímicos pós-patentes e a japonesa Nihon Nohyaku (Nichino). A Nichino tornou-se a primeira companhia de agroquímicos do Japão, em 1928, e desde sua chegada ao mercado atua centrada na inovação e no desenvolvimento de novas moléculas para proteção de cultivos.
Fernanda Campos
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Destaque
Clima colabora para a proliferação de capim pé-de-galinha em MT
Fotos: Divulgação
Os produtores mato-grossenses estão apreensivos com a proliferação do capim pé-de-galinha em meio às lavouras de soja, nesta temporada 2024/25. O clima tem favorecido o aumento da presença da planta daninha no campo, ameaçando a produtividade do grão em algumas regiões do estado.
Em Água Boa, região nordeste do estado, o agricultor Vinícius Baldo conta ao Patrulheiro Agro desta semana que a praga no campo criou resistência e que, atualmente, é difícil realizar o controle.
“Estamos tendo que gastar um pouco mais para controlar. O manejo a gente está tentando inventar para ver, já fizemos alguns testes e chegamos a um resultado razoável. O pé-de-galinha é a praga do momento, é o novo desafio do agronegócio. A gente já tem procurado ferramentas que tem no mercado, não tem nada novo específico e estamos testando ferramentas que já existem no mercado para ver se ameniza o problema”, conta Vinícius.
O agricultor cultivou 8 mil hectares de soja na safra 2024/25 na região. Ele diz que em termos de custo para controlar a erva daninha, chega a um saco e meio de soja por hectare.
Em Jaciara, a Agropecuária Schinoca cultivou 2,2 mil hectares de soja no município. Conforme o produtor Everton Jorge Schinoca, nesta temporada eles não irão fazer integração lavoura-pecuária em algumas áreas devido a forte presença da praga no campo.
“Vamos plantar o milho e tentar fazer um controle de folha estreita, mais eficiente no milho para poder no ano posterior, ficarmos mais tranquilos. Ano passado perdemos de 10% a 15% e tem áreas que nem colhemos. A nossa dificuldade tem sido as bordaduras. Você vai colhendo e vai levando para dentro da lavoura a semente”, explica.
Na fazenda em que o Cleiber Antonio de Souza trabalha como gerente de produção, foram cultivadas nesta temporada 2,3 mil hectares de soja. Ele diz que o pé-de-galinha tem ficado resistente até aos herbicidas e que em um ano de chuvas constantes, tem sido mais difícil de fazer o controle.
Encontrar a solução definitiva contra o capim pé-de-galinha também é o grande desafio da pesquisa. Diversos produtos e estratégias de controle estão sendo testados em campos experimentais com resultados considerados satisfatórios.
O pesquisador Anderson Luis Cavenaghi explica que o glifosato e os graminicidas já não funcionam no controle.
“Tem uns produtos que são bastante promissores e a gente está testando produtos registrados e produtos em pesquisa para registro. Muitas vezes o produtor fala que não consegue controlar o pé-de-galinha e o problema pode ser de estádio. Às vezes nem é resistência, é lógico que ela existe no campo, mas momentos certos com a planta, o tamanho certo da planta e o produto correto a gente consegue controlar ou manejar essa planta”, pontua.
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), tem realizado pesquisas no Ctecno Araguaia e no Parecis sobre herbicidas no pé-de-galinha.
O vice-presidente da Aprosoja-MT, Diego Dall Asta, salienta que já existem alguns resultados que passaram por uma série de manejos, desde produtos aplicados no pré-plantio da soja e também produtos aplicados no plantio do milho ou da segunda safra.
“O produtor tem que ficar muito atento na tecnologia de aplicação, horário de aplicação e sempre estar fazendo uma rotação de produtos com doses que sejam equivalentes para matar o pé-de-galinha”, finaliza Diego.
canalrural
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Destaque
Pulverização aérea: tecnologia na agricultura brasileira
Assessoia
A aviação agrícola é uma das técnicas mais avançadas e eficientes para a aplicação de defensivos, fertilizantes e outros insumos em áreas de cultivo. Amplamente utilizada em plantações de grande extensão, como cana-de-açúcar, soja e milho, essa tecnologia se destaca pela rapidez e pela precisão, garantindo cobertura uniforme e acesso a locais de difícil alcance por métodos terrestres. Além disso, a pulverização aérea permite operações em tempo reduzido, otimizando o manejo agrícola e minimizando os impactos no solo e na vegetação adjacente.
Entre as principais vantagens da aviação agrícola está a economia de recursos, como água e insumos. Segundo especialistas, a técnica utiliza menor volume de calda por hectare em comparação aos pulverizadores terrestres, reduzindo o desperdício e o impacto ambiental. A aplicação precisa, controlada por sistemas modernos de georreferenciamento, assegura a correta dosagem em cada área de cultivo, diminuindo a deriva e aumentando a eficácia do tratamento. Isso é especialmente importante no combate a pragas e doenças em culturas de alto valor.
No entanto, o uso da aviação agrícola exige planejamento criterioso e cumprimento de normas de segurança. É fundamental que a aplicação seja realizada por profissionais qualificados e em conformidade com a legislação, para evitar contaminações ambientais ou riscos à saúde humana. Apesar dos custos iniciais elevados, muitos produtores apontam o custo-benefício como vantajoso, especialmente em lavouras extensivas, onde o ganho de produtividade supera os investimentos realizados.
agrolink
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Destaque
Produção de leite em 2025 deve manter o ritmo de crescimento, indica Cepea
Divulgação
Pesquisas do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, apontam que os custos com nutrição animal seguem avançando e o poder de compra do pecuarista leiteiro continua caindo. E esse é o maior ponto de atenção para 2025 para o setor leiteiro nacional.
Segundo pesquisadores do Cepea, a escalada nos custos operacionais tende a ser gradual ao longo deste ano, sendo impactada em um primeiro momento pelos maiores gastos para produção de volumoso (diante da alta nos preços de fertilizantes) e contrabalanceada por uma possível redução nos valores do concentrado no primeiro semestre de 2025.
Por outro lado, no segundo semestre, o escoamento da safra nacional pode limitar os estoques, afetando, consequentemente, a precificação de insumos para a formulação de rações.
Nesse sentido, a projeção do Cepea é de que a produção de leite em 2025 possa manter o ritmo de crescimento entre 2% e 2,5%. Um crescimento acima disso exigiria uma recuperação muito forte da oferta no primeiro trimestre de 2025, mas isso vai depender majoritariamente do clima.
Fonte: Cepea
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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