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Colheita de arroz se aproxima do fim no Rio Grande do Sul
Foto: Pixabay
A colheita de arroz no Rio Grande do Sul foi retomada e está se aproximando do final, beneficiada pelo clima com poucas chuvas nas regiões Sul, Centro e Oeste do estado. Cerca de 95% das lavouras já foram colhidas, conforme informações do Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (23/05) pela Emater/RS-Ascar. No entanto, as perdas provocadas pela submersão de cultivos maduros e pelo acamamento de plantas estão consolidadas, levando muitos produtores a abandonarem as áreas remanescentes devido à inviabilidade técnica e econômica para realizar a operação.
Em alguns municípios, os produtores estão concluindo a colheita e aproveitando o tempo mais seco para realizar a incorporação das restevas e adiantar o preparo dos talhões para a próxima safra. A área cultivada no Estado está estimada em 900.203 hectares, conforme o Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA). A produtividade, inicialmente estimada em 8.325 kg/ha, deverá sofrer redução após o levantamento das perdas que está sendo realizado.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, menos de 5% da área ainda está por colher. Em Dom Pedrito, a colheita foi finalizada, registrando uma quebra na produtividade de 4,4%, influenciada pelo atraso no plantio, redução na disponibilidade de radiação solar e fortes chuvas sobre as últimas lavouras colhidas. Em Manoel Viana, alguns produtores concluíram a colheita de áreas alagadas pela cheia do Rio Ibicuí, relatando produtividades muito baixas e grãos de péssima qualidade.
Em Quaraí, a colheita atingiu 97%, mas em algumas áreas só foi possível o uso de colhedoras com esteiras devido ao atolamento. Em São Borja, a colheita foi realizada em partes das lavouras localizadas em áreas onde as águas baixaram, com alguns cultivos totalmente perdidos, levando à ativação do Proagro para cobrir os prejuízos nas áreas financiadas.
Em São Gabriel, a colheita avançou satisfatoriamente após várias semanas de poucas horas de trabalho efetivo, restando cerca de 2.600 hectares para colher, representando 10% da área cultivada. As perdas em cultivos não colhidos após as chuvas atingem 30%, com significativa deterioração na qualidade dos grãos, resultando em forte perda de valor comercial. Como aspecto positivo, os rios Uruguai e Ibicuí apresentaram redução de nível ao longo do período. Observou-se novamente um aumento no preço do grão nos municípios da Campanha e da Fronteira Oeste, chegando a R$ 125,00 em Uruguaiana e Barra do Quaraí.
Na região de Pelotas, os rizicultores reiniciaram a colheita de forma intensa e prioritária, aproveitando o período de volumes acumulados baixos. Esse cenário possibilitou realizar a operação assim que as condições de umidade dos grãos e da palha do arroz atingiram níveis adequados para a trilha. Estima-se que 96% da colheita tenha sido concluída, restando apenas 4% por colher em Arroio Grande, Canguçu, Rio Grande e Santa Vitória do Palmar.
Na região de Santa Maria, a colheita foi retomada nos locais menos afetados pelas enxurradas, alcançando 88% da área cultivada. Antes das chuvas excessivas, 80% da cultura havia sido colhida. A expectativa inicial de produtividade era de 7.800 kg/ha, mas a apuração atual indica 7.314 kg/ha, representando uma perda de aproximadamente 6% em relação à expectativa inicial. Ainda restam 12% a ser colhidos, mas parte dessas áreas não serão colhidas.
Na região de Santa Rosa, a colheita foi concluída e os rizicultores estão concentrados na comercialização. Após as intempéries das últimas semanas, observou-se uma variação positiva nas cotações do cereal na região. Os produtores relatam uma maior lucratividade nesta safra, apesar das dificuldades enfrentadas durante a colheita.
Na região de Soledade, deverão ser registradas as maiores perdas proporcionalmente em relação à área cultivada, uma vez que se estima que 35% das lavouras ainda não foram colhidas. Muitas dessas áreas estão inacessíveis para máquinas, com laudos municipais preliminares indicando que as perdas tendem a ser quase totais, pois grande parte do arroz está acamada e a germinação dos grãos é elevada. Em Pantano Grande e Venâncio Aires, onde mais de 85% das lavouras foram colhidas, as perdas são menores. Nos demais municípios, a área não colhida é mais significativa. Em Candelária, foram colhidos aproximadamente 60% antes das cheias, com perdas tanto nas lavouras quanto nos grãos armazenados nos silos, muitos dos quais sofreram inundação na parte inferior. A falta de energia elétrica para acionar o sistema de ventilação dos silos após o recuo das águas deve resultar em perdas mais elevadas, ainda em avaliação.
Conforme o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar, a saca de arroz no Estado apresentou elevação de 3,30%, passando de R$ 107,90 para R$ 111,46.AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Receita Federal faz alerta sobre golpes envolvendo Pix
Reprodução
Uma fake news divulgada nas redes sociais nos primeiros dias de 2025 levou criminosos a criarem um novo golpe, utilizando o nome da Receita Federal para aplicar fraudes. A fake news com objetivos políticos dava conta que o governo inicia taxar o pix a partir de janeiro.
Os criminosos se aproveitaram da mentira e criaram o golpe da taxa do pix. Nesta sexta-feira (10.01), a Receita emitiu um alerta para conscientizar os contribuintes sobre essas práticas criminosas, que aproveitam a desinformação para prejudicar pessoas.
O agronegócio, setor que vem adotando de forma crescente ferramentas digitais como o Pix para facilitar transações, também pode ser afetado por esse tipo de golpe. Muitos produtores rurais utilizam o Pix para realizar pagamentos de insumos, transporte de mercadorias e até negociações internacionais. A disseminação de fake news sobre supostas taxas ou bloqueios pode gerar insegurança e até prejudicar a dinâmica de negócios no campo.
Além disso, criminosos podem usar a desinformação para enganar produtores menos familiarizados com tecnologia, intensificando os riscos de fraudes. Por isso, é essencial que o setor agropecuário esteja atento às orientações da Receita Federal e busque sempre verificar a autenticidade das informações em fontes confiáveis.
No agronegócio, o uso responsável de ferramentas digitais é crucial para garantir a eficiência nas operações financeiras. Proteger-se contra fraudes e desinformação ajuda a manter o setor forte, seguro e competitivo, especialmente em um momento em que o Brasil consolida sua posição de liderança no mercado internacional de produtos agrícolas e pecuários.
As mensagens falsas têm sido divulgadas por meio de aplicativos como WhatsApp e Telegram, utilizando indevidamente o nome e o logotipo da Receita Federal. As mensagens informam a cobrança de supostas taxas sobre transações via Pix acima de R$ 5 mil, alegando que o Cadastro de Pessoa Física (CPF) dos contribuintes pode ser bloqueado caso a suposta taxa não seja paga.
Os golpistas utilizam falsos documentos que imitam o padrão visual da Receita Federal, incluindo boletos fraudulentos. O objetivo é enganar os contribuintes e obter informações pessoais e financeiras para aplicações indevidas.
A Receita Federal deixou claro que não existe qualquer tributação sobre o Pix e que tal prática é inconstitucional. Segundo o órgão, “não existe tributação sobre o Pix, e nunca vai existir, até porque a Constituição não autoriza imposto sobre movimentação financeira”.
A Receita também ressaltou que as novas regras em vigor desde 1º de janeiro apenas atualizam o sistema de acompanhamento de movimentações financeiras para incluir meios de pagamento como Pix e carteiras digitais, mas isso não implica na criação de novos impostos.
Orientações para evitar golpes
Para auxiliar os contribuintes a se protegerem, a Receita Federal forneceu uma lista de recomendações:
- Desconfie de mensagens suspeitas: Não forneça informações pessoais ou financeiras em resposta a e-mails ou mensagens de origem desconhecida.
- Evite clicar em links desconhecidos: Links suspeitos podem direcionar para sites fraudulentos ou instalar programas prejudiciais nos dispositivos.
- Não abra arquivos anexos: Anexos em mensagens fraudulentas geralmente contêm programas que podem roubar informações ou causar danos ao computador.
- Verifique a autenticidade: A Receita Federal utiliza exclusivamente o Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (Portal e-CAC) e o site oficial como canais seguros de comunicação.
A Receita Federal reforçou a necessidade de combater a disseminação de fake news. O compartilhamento de informações falsas facilita a ação de criminosos e prejudica toda a sociedade. Por isso, é fundamental verificar a fonte das informações antes de repassá-las, consultar os canais oficiais do Fisco e questionar textos sensacionalistas ou com promessas milagrosas.
Ao dialogar sobre o tema com parentes e amigos, é possível evitar que outras pessoas sejam vítimas de golpes. A Receita Federal segue comprometida em informar a população e garantir a segurança dos contribuintes frente às práticas fraudulentas.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Notícias
Caraguatatuba Planeja Estruturar Polo de Cerveja Artesanal com Apoio do Ministério da Agricultura
Assessoria
Caraguatatuba, uma cidade turística no litoral de São Paulo, está tomando medidas para consolidar a produção de cerveja artesanal e se estabelecer como um polo no segmento. Recentemente, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) participou de uma reunião no município para orientar produtores e envasilhadores locais sobre a regulamentação necessária para a atividade, com o objetivo de garantir que a produção esteja em conformidade com a legislação vigente.
A reunião, que contou com a participação de representantes da prefeitura, cervejeiros artesanais da cidade e do auditor fiscal Fernando Guido Penariol, do Mapa, discutiu principalmente o processo de registro dos estabelecimentos produtores de cerveja, conforme a Lei Federal nº 8.918/1994, o Decreto Federal nº 6.871/2009 e a Instrução Normativa Mapa nº 72/2018.
Desafios e Oportunidades para os Produtores Locais
O secretário de Turismo, Rodrigo Tavano, destacou que os cervejeiros que comercializam seus produtos em eventos municipais precisam estar cientes das normas que regem suas atividades. “É fundamental que os produtores apresentem um termo de responsabilidade e regularidade junto ao Mapa para garantir a conformidade com as leis”, explicou Tavano.
Os cervejeiros da cidade, por sua vez, já demonstraram que atuam com produtos provenientes de cervejarias registradas, conforme as normas específicas para o setor. Eles também apresentaram documentos fiscais e imagens de seus produtos como forma de comprovar que estão seguindo a regulamentação.
Caraguatatuba está percebendo o crescente potencial da cerveja artesanal como um setor estratégico para a economia local, beneficiando áreas como o comércio, a gastronomia, o turismo e a cultura. De acordo com Tavano, há entre seis e oito cervejeiros artesanais planejando expandir e profissionalizar suas operações.
Desafios do Processo “Cigana” e o Programa de Incentivo
Atualmente, as microcervejarias de Caraguatatuba enfrentam desafios, como a necessidade de utilizar a infraestrutura de cervejarias localizadas em outras cidades, como São Paulo e São José dos Campos. Essas cervejarias possuem registro no Mapa e operam sob o modelo “Cigana” ou “White Label”, o que implica na terceirização da produção. Este processo eleva os custos e compromete a qualidade do produto, já que os impostos são recolhidos em outras localidades e o transporte de longo percurso afeta o frescor da cerveja.
Para superar essas dificuldades, a prefeitura desenvolveu um programa de incentivo ao setor, com destaque para o Caraguá Beer Festival, realizado pela primeira vez em 2017 e que, em sua 7ª edição, alcançou recordes de público e vendas. A promulgação da Lei Complementar nº 104, em 2023, também reconheceu a atividade das microcervejarias como uma parte importante da economia local.
Regulação e Futuro Promissor
A prefeitura está atualmente trabalhando na elaboração de um decreto municipal para regulamentar a instalação e operação das microcervejarias, o que inclui uma previsão para atender aos requisitos do Mapa. Além disso, Caraguatatuba foi recentemente habilitada a licenciar atividades de alto impacto local, como a fabricação de cervejas e chopes, com base na Deliberação Normativa Consema nº 01/2024.
A inclusão da fabricação de cervejas na Classificação Nacional das Atividades Econômicas (CNAE) permitirá que o licenciamento ambiental seja realizado diretamente pelo município, simplificando o processo para as microcervejarias locais. Com isso, Caraguatatuba espera firmar uma parceria técnica com o Mapa, consolidando a cidade como um importante polo de cerveja artesanal no litoral norte do Estado de São Paulo.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Notícias
Premix anuncia novas lideranças para impulsionar crescimento
Legenda: André D’Aurea e Flávio Castro – Imagem: Divulgação Premix
A Premix, referência em nutrição animal bovina no Brasil há 46 anos, anuncia importantes mudanças em sua equipe de liderança. Flávio Castro, médico veterinário e doutor em Ciência Animal e Pastagens, assume a coordenação técnica nacional, enquanto André Pastori D’Aurea, zootecnista e doutor em Produção Animal, ocupa a supervisão de vendas em regiões estratégicas do país.
Com mais de 20 anos de experiência no mercado de nutrição, Flávio Castro traz para a nova função um profundo conhecimento técnico e uma visão estratégica para o desenvolvimento da equipe. “Os consultores são a ponte entre a empresa e o produtor, levando inovação e tecnologia para dentro das fazendas. Nosso objetivo é garantir que a equipe esteja sempre atualizada e capacitada para atender às demandas do mercado e oferecer soluções personalizadas para cada cliente”, afirma Flávio.
Já André D’Aurea, com mais de 10 anos de empresa, assume a responsabilidade de liderar as equipes de vendas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e sul da Bahia. “A venda técnica está no DNA da Premix e eu estou muito animado para fortalecer ainda mais essa área. Meu foco será em capacitar as equipes comerciais que lidero, para oferecer um atendimento personalizado e técnico, ajudando os produtores a escolherem as melhores soluções para suas necessidades”, destaca André.
Foco em inovação e atendimento personalizado
Ambas as mudanças visam fortalecer a atuação da Premix no mercado, com foco em inovação, tecnologia e atendimento personalizado. Flávio Castro enfatiza a importância de manter a equipe técnica atualizada para levar as últimas novidades do setor para os produtores. “Nosso objetivo é oferecer soluções completas que vão além da nutrição, abrangendo também a gestão da propriedade e a sustentabilidade”, explica.
André D’Aurea, por sua vez, destaca o valor da venda técnica para o sucesso da empresa. “Ela é fundamental para construir relacionamentos duradouros com os clientes e oferecer soluções personalizadas. Queremos que os produtores continuem a enxergar a Premix como um parceiro estratégico para o desenvolvimento de seus negócios”, afirma.
A Premix acredita que a nutrição animal é fundamental para garantir a produção de alimentos de qualidade e em quantidade suficiente para alimentar a população mundial. Com essas mudanças, a empresa reafirma seu compromisso de ser referência em nutrição animal, oferecendo soluções inovadoras e personalizadas para seus clientes.
Daniel – DS Vox
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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