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Agricultura

Cuidados com a lavoura começam antes do plantio

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Reprodução/Portal do Agronegócio

Com o encerramento da safra 24/25, que deve bater recordes com previsão de colheita de 339,6 milhões de grãos, segundo a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o produtor brasileiro já começa a planejar a próxima safra. Para que o sucesso se repita, o agricultor precisa, antes mesmo do plantio, considerar, fatores essenciais para o bom desenvolvimento da cultura que escolheu plantar.

O primeiro passo é a dessecação da área, etapa fundamental eliminar plantas daninhas, plantas voluntárias (tigueras) e outras plantas que podem competir com a cultura escolhida para o plantio. Esse manejo é essencial para quebrar a ponte verde, interrompendo o ciclo de pragas, doenças que usam as plantas hospedeiras presentes no campo para sobreviver entre uma safra e outra.

Como Boa Prática Agrícola, a dessecação também contribui para a redução da pressão inicial de infestação sobre a nova cultura. Realizar a dessecação no momento adequado é fundamental para garantir o controle eficiente das plantas invasoras, facilitando o controle químico e reduzindo o risco de seleção de resistência das invasoras.

Neste mesmo instante, é necessário que o produtor conheça a área onde será realizado o plantio.

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O mapeamento do histórico da área permite identificar quais plantas invasoras, insetos ou patógenos estiveram presentes em safras anteriores. Com essas informações, o produtor pode planejar melhor a escolha de cultivares ou híbridos e definir a estratégia de proteção de cultivo, focando nos principais alvos daquela propriedade ou região.

O cuidado com o maquinário é outro ponto crucial. Máquinas limpas e bem reguladas são determinantes para evitar a introdução e dispersão de sementes de plantas daninhas e restos culturais de outras áreas. Além disso, a manutenção adequada reduz o risco de transmissão de pragas ou doenças, favorece à uniformidade no plantio, na aplicação de insumos e garante uma emergência rápida e homogênea da cultura, fatores essenciais para a competitividade da lavoura.

Outra Boa Prática Agrícola essencial para o sucesso da lavoura é o cuidado com as sementes, que começa com a escolha de variedades certificadas. Essas sementes garantem pureza genética e física e maior germinação e vigor, pois, constantemente submetidas à testes, realizados pela indústria e validados pelos órgãos reguladores, reduzindo o risco da introdução de doenças, plantas daninhas ou pragas. Além disso, optar por materiais com biotecnologia é altamente recomendado. Elas contribuem no Manejo Integrado de Pragas (MIP) por conterem proteínas inseticidas específicas, como as Bt, que controlam pragas-chave, principalmente lagartas, reduzindo sua população logo no início do ciclo, reduzindo o número de aplicação de inseticidas químicos durante o ciclo da cultura. Isso proporciona um manejo mais seletivo, preserva organismos benéficos e favorece a sustentabilidade, prolongando a vida útil dos defensivos e das biotecnologias. E o Tratamento de Semente Industrial (TSI) potencializa a proteção contra fungos e bactérias do solo, minimizando perdas na germinação e assegurando um estande inicial mais uniforme.

O uso de defensivos também faz parte do planejamento agrícola no pré-plantio. O manejo com herbicidas contribui para evitar que plantas daninhas apareçam nos estádios iniciais da cultura, além de aumenta a rentabilidade do produtor ao reduzir a necessidade da reaplicação nos estádios fenológicos avançados da cultura.

Adotar as Boas Práticas Agrícolas desde o planejamento no pré-plantio não apenas reduz riscos e garante eficiência no cultivo, como também estabelece as bases para uma safra mais produtiva, rentável e sustentável. Cada decisão tomada antes do plantio reflete diretamente no desempenho da lavoura. Planejar antecipadamente é o que transforma desafios em oportunidades e assegura resultados consistentes, safra após safra.

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Vlader Henrique Cordioli é biólogo com MBA em Gestão de Projetos e especialista em Boas Práticas Agrícolas na Corteva Agriscience

Fonte: In Press

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Preço do boi gordo se mantém nesta quinta-feira, segundo Índice Datagro

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Foto gerada por IA

O Indicador do Boi Gordo Datagro sinaliza para uma estabilidade dos preços nesta quinta-feira com pequenas oscilações nas cotações das praças. A demanda aquecida no mercado interno e o afastamento do risco de medida sanitária contra a carne brasileira pela China têm segurado os preços.

Em São Paulo, a cotação fechou no maior valor do dia, a R$ 322,63 por arroba, representando queda de -0,11%. No Pará, o preço atingiu R$ 307,64, com variação de 1,28%, a maior elevação desta quinta-feira.

Veja abaixo a cotação do boi gordo nas principais praças:

São Paulo: R$ 322,63

Goiás: R$ 316,78

Minas Gerais: R$ 311,57

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Mato Grosso: R$ 306,40

Mato Grosso do Sul: R$ 319,48

Pará: R$ 307,64

Rondônia: R$ 281,22

Tocantins: R$ 303,01

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Bahia: de 312,20

O Indicador do Boi Gordo Datagro é a referência utilizada pela B3 para a liquidação dos contratos futuros de pecuária no mercado brasileiro.

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Agricultura

Receita da JBS sobe 13% no 3º trimestre e atinge US$ 22,6 bilhões

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Foto: Divulgação

A JBS registrou receita líquida de US$ 22,6 bilhões no terceiro trimestre de 2025, alta de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. O avanço foi disseminado entre todas as unidades da companhia e confirma, segundo a empresa, a capacidade de operar sua plataforma global multiproteína com disciplina e agilidade em diferentes cenários de mercado.

O lucro líquido somou US$ 581 milhões, enquanto o retorno sobre o patrimônio (ROE) alcançou 23,7% nos últimos 12 meses. A alavancagem encerrou o trimestre em 2,39 vezes, alinhada à meta de longo prazo. O EBITDA ajustado IFRS ficou em US$ 1,8 bilhão, com margem consolidada de 8,1%.

“O trimestre comprova a força da nossa plataforma global multiproteína e como a operamos com disciplina, agilidade e resiliência”, afirmou o CEO Global da JBS, Gilberto Tomazoni.

EUA registram receita recorde na operação de carne bovina

Nos Estados Unidos, a JBS Beef North America alcançou receita recorde de US$ 7,2 bilhões, impulsionada pela demanda doméstica resiliente, mesmo em um cenário de oferta restrita e preços historicamente elevados do gado.

Segundo Tomazoni, a equipe manteve “consistência e execução disciplinada”, garantindo crescimento mesmo em um ambiente de custos elevados.

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A Pilgrim’s Pride, operação de aves da companhia, atingiu margem de 16,2%, apoiada em portfólio diversificado e ganhos contínuos de eficiência. O segmento de Prepared Foods avançou mais de 25% em vendas na América do Norte, com performances acima da média também na Europa e no México.

A JBS USA Pork também registrou receita recorde, com margem EBITDA de 9,8%, sustentada por forte demanda interna e expansão de produtos de marca e preparados. Durante o trimestre, a empresa anunciou a compra de uma planta em Iowa e o avanço na construção de outra unidade no estado.

Friboi e Seara impulsionam resultado no Brasil

No Brasil, a JBS registrou margem EBITDA de 7,4%. A Friboi teve mais um trimestre de crescimento, com bom desempenho nas exportações e no mercado doméstico. A marca foi novamente eleita a mais lembrada do país na categoria de carnes pelo prêmio Top of Mind.

A Seara alcançou o maior volume de exportações de sua história, mesmo diante de restrições temporárias às vendas para China e Europa, que já foram encerradas. A margem EBITDA da unidade foi de 13,7%.

Segundo Tomazoni, o desempenho foi sustentado por inovação, redirecionamento de volumes e foco em rentabilidade. Ele destacou lançamentos como a linha Seara Protein, produtos para AirFryer e parcerias com a Netflix.

JBS Austrália mantém rentabilidade apesar do custo mais alto do gado

A JBS Austrália encerrou o trimestre com margem EBITDA de 11,4%, impulsionada pela maior disponibilidade de gado e demanda aquecida. O segmento de carne bovina foi o principal motor dos resultados, compensando o aumento de 26% no custo do gado, segundo dados da Meat & Livestock Australia (MLA).

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Tomazoni afirmou que a Austrália “continua sendo pilar estratégico para a diversificação geográfica da JBS” e um exemplo de eficiência operacional.

Empresa reforça foco em crescimento sustentável

O CEO destacou que a companhia mantém disciplina financeira e segue investindo com responsabilidade. “A demanda global por proteína continua em expansão, e a JBS está pronta para capturar esse crescimento com um portfólio equilibrado, execução sólida e visão de longo prazo.”

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Agricultura

Boi gordo: consumo aquecido faz preços do atacado dispararem

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Foto: Semagro/MS

O mercado físico do boi gordo opera com preços acomodados nesta quinta-feira (13), em meio a escalas de abate curtas em boa parte do país. O Ministério da Agricultura afastou os rumores envolvendo a presença de fluazuron em amostras de carne brasileira, informação que pressionou a B3 na primeira metade de novembro.

A preocupação agora recai sobre a investigação conduzida pela China sobre os impactos das importações na produção local. A decisão está prevista para 26 de novembro, e até lá o mercado deve seguir volátil, segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

Preços médio da arroba do boi gordo

  • São Paulo: R$ 327,33
  • Goiás: R$ 320,89
  • Minas Gerais; R$ 315,88
  • Mato Grosso do Sul: R$ 323,98.
  • Mato Grosso: R$ 309,12

Mercado atacadista

O mercado atacadista de carne bovina registra alta consistente dos preços. Segundo Iglesias, o cenário aponta para continuidade da valorização no curtíssimo prazo, favorecido pelo pico do consumo doméstico com o pagamento do 13º salário, aumento de vagas temporárias e confraternizações de fim de ano.

  • Quarto traseiro : R$ 26,00/kg,
  • Quarto dianteiro: R$ 19,50/kg
  • Ponta de agulha: R$ 19,00/kg

Câmbio

O dólar comercial encerrou o dia com alta de 0,09%, cotado a R$ 5,2971 para venda e R$ 5,2951 para compra. A divisa oscilou entre R$ 5,2735 na mínima e R$ 5,3025 na máxima durante a sessão.

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