Economia
Novo modelo melhora a produção de caprinos no Semiárido com armazenamento de forragem

Divulgação/Embrapa
Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Embrapa e universidades do Brasil e dos Estados Unidos trouxe novas perspectivas para a produção animal no Semiárido brasileiro.
A pesquisa, baseada em modelagem de sistemas, revelou que o armazenamento de forragem é essencial para manter a alimentação dos rebanhos em regiões onde as condições climáticas são desafiadoras.
Com a capacidade de armazenar 1,5 tonelada de forragem por hectare, é possível garantir a sustentabilidade de rebanhos de 35 a 45 caprinos leiteiros em fazendas de até 29 hectares, tamanho médio das propriedades na região.
A proposta central da pesquisa é a criação de um modelo capaz de estimar com precisão a quantidade de forragem que deve ser armazenada anualmente, de acordo com a variabilidade das chuvas e as características do solo.
A modelagem contribui para o planejamento alimentar e para a gestão eficiente das propriedades rurais, o que pode evitar perdas em períodos de seca severa.
“O principal desafio no Semiárido é a escassez de forragem durante o período seco do ano.
As simulações indicam a quantidade necessária de forragem que deve ser estocada, garantindo que a seca não seja um obstáculo à produção”, explica Ana Clara Cavalcante, pesquisadora da Embrapa Caprinos e Ovinos.
Previsão e gestão da produção
O modelo desenvolvido simula as condições de produção de pastagens ao longo do tempo, levando em consideração o histórico de chuvas em diferentes locais do Semiárido.
A pesquisa focou em áreas como Sobral e Quixadá, no Ceará, e Ouricuri, em Pernambuco.
O objetivo é calcular a quantidade exata de alimento que deve ser estocada, evitando gastos desnecessários e promovendo uma gestão mais eficiente.
Segundo o professor Magno Cândido, da Universidade Federal do Ceará, essa abordagem gera economia para o produtor.
“A modelagem permite uma análise de longo prazo, com 95% de garantia, estimando a real necessidade de forragem estocada sem necessidade de comprar insumos de fora ou gastar com maquinário e mão de obra desnecessária”, afirma.
Se o produtor for capaz de aumentar a produção e o armazenamento de forragem, não será necessário ampliar a área de pasto todos os anos para alimentar os animais. Foto: Lucas Oliveira/Embrapa
Desafios e soluções para a pecuária no Semiárido
A pesquisa destaca que a imprevisibilidade climática e as longas secas são os principais obstáculos à produção pecuária no Semiárido. Além disso, problemas como a desertificação, o superpastejo e a falta de tecnologia adequada dificultam o manejo eficiente dos recursos disponíveis.
A modelagem pode, entretanto, ser uma ferramenta para superar esses desafios.
“Ela pode agilizar soluções, propondo sistemas de produção mais eficientes e sustentáveis”, aponta Rodrigo Gregório, professor do Instituto Federal do Ceará.
Para otimizar ainda mais a produção, os especialistas sugerem a diversificação de recursos forrageiros e o uso de tecnologias adaptadas à realidade da região.
Iniciativas como o “cardápio forrageiro” da Embrapa, que incentiva o cultivo de diferentes espécies de forragem, são exemplos práticos de como a inovação pode beneficiar os pequenos produtores.
A expectativa é que o modelo seja continuamente aperfeiçoado, incluindo parâmetros sobre a qualidade da forragem e a necessidade de suplementação para os animais.
O modelo tem o potencial de ser replicado em diversas regiões do Semiárido, adaptando-se às condições locais de solo e clima, e contribuindo para uma produção animal mais sustentável e resiliente.
Fonte: Embrapa
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Créditos de ICMS podem virar capital de giro para produtores rurais

Imagem: Freepik
Em São Paulo, a Portaria CAT 153/2011 regulamenta a utilização de créditos acumulados de ICMS por produtores rurais e agroindústrias. O mecanismo autoriza a conversão desses valores em recursos financeiros para uso imediato, sem necessidade de recorrer a financiamentos.
O crédito de ICMS é gerado em operações em que há diferença entre o imposto pago na compra de insumos e o devido na venda de produtos. No caso do setor agropecuário, isso ocorre com frequência em transações interestaduais ou isentas, quando o saldo credor se acumula no livro fiscal. Para transformar esse valor em capital de giro, o produtor deve solicitar autorização formal à Secretaria da Fazenda do Estado, por meio do sistema eletrônico e-CredRural.
O processo exige credenciamento prévio no sistema e apresentação de documentação comprobatória, incluindo notas fiscais, registros de produção e demonstrativos contábeis. A habilitação pode abranger créditos gerados mensalmente ou valores extemporâneos acumulados nos últimos cinco anos, desde que devidamente comprovados. Após análise e deferimento, o montante é liberado para transferência ou utilização autorizada, conforme as regras da portaria.
Além de produtores rurais, estabelecimentos agroindustriais enquadrados na legislação estadual também podem requerer o benefício. A utilização correta dos créditos depende do cumprimento rigoroso dos critérios fiscais e prazos estabelecidos, sob pena de indeferimento do pedido.
COMO TER ACESSO:
O procedimento para solicitação de créditos acumulados de ICMS podem ser obtidas no portal da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo: CLIQUE AQUI.
Também é possível o atendimento presencial nas Delegacias Regionais Tributárias, mediante agendamento eletrônico.
(Com Pensar Agro)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Rotas gastronômicas: preservando sabores e saberes tradicionais

Foto: Comunicação do Sistema Faesp/Senar-SP
As rotas gastronômicas de São Paulo são um convite à imersão nos saberes e sabores do interior paulista, valorizando a diversidade cultural e a riqueza produtiva das regiões rurais. Ao percorrer caminhos que unem pequenos produtores, cozinhas tradicionais, agroindústrias familiares e chefs locais, o visitante experimenta uma culinária autêntica, marcada por ingredientes frescos, receitas centenárias e técnicas passadas entre gerações ou aprendidas em cursos que valorizam a cozinha regional. Essas rotas reforçam o vínculo entre campo e mesa, promovem o turismo sustentável e fortalecem a identidade das comunidades, ao mesmo tempo em que estimulam a economia local e preservam o patrimônio alimentar paulista.Convidada a participar da 12ª Rota, Maria Dalma Silva Ramos, de Capão Bonito, reitera que os cerca de 20 cursos que fez no Senar-SP foram fundamentais para o sucesso do empreendimento, desde o projeto até a implementação e a definição do público a ser atingido. O Peabiru Portal Turístico oferece mais que um alimento de qualidade, mas o acolhimento das antigas casas de avós, com fogão a lenha e mesa farta aos finais de semana e feriados, assim como pratos a la carte e executivos diariamente, sempre tendo como foco a culinária tradicional paulista.
“Empreender na área gastronômica sempre foi um sonho. Entendemos que as pessoas precisam desse reencontro com o simples, como a comida afetiva das mães e avós. Essa é a nossa proposta e vemos a alegria dos nossos clientes ao perceber o resgate dessa tradição culinária que ele achava que estava perdida no tempo. Comida simples, saborosa e que traz boas recordações”, frisou Maria Dalma, que compra dos produtores da região os legumes, folhagens e grãos utilizados no dia a dia.
O diferencial do restaurante também passa pelo aprendizado nos cursos. Durante muitos anos, morando em uma região sem energia elétrica, ela via os pais colocarem carnes e embutidos na fumaça do fogão, o conhecido “fumeiro”, para a conservação. Com as novas técnicas, ela especializou-se em defumação e tem como carro-chefe o filé mignon suíno e o frango defumados, servidos como entrada e prato principal, respectivamente, em eventos gastronômicos que participa.
Para a instrutora do Senar-SP Fanny Paulina Kuhnle, o programa de turismo rural é muito importante para os municípios e a população em geral, porque ele vem crescendo, valorizando esses saberes e automaticamente os sabores das regiões. Pela colonização, o estado de São Paulo é fantástico, com a diversidade na formação de seu povo.
“O saber dos portugueses, o saber dos negros, o saber do povo que aqui estava, todos eles vêm com uma tradição lá atrás. O português, principalmente, a miscigenação desse povo. O que me segura no Senar é essa vontade de estimular, de fomentar essa preservação dos nossos antepassados. e que os jovens estão perdendo através da tecnologia de alimentos, através da industrialização”, explicou Fanny.
O presidente do Sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp)/Senar, Tirso Meirelles, é um entusiasta dos projetos que incentivam o turismo e fortalecem a economia dos municípios paulistas. Em parceria com o governo estadual, por meio da Secretaria de Turismo e Viagens, a Faesp ajudou a mapear propriedades rurais que pudessem oferecer experiências únicas, colaborando na construção das rotas turísticas, ferramenta importante para o fortalecimento da cadeia agropecuária.
“O turismo rural é muito importante não apenas para o desenvolvimento dos municípios paulistas, mas também para a preservação das tradições, incluindo a gastronomia regional. São Paulo é um estado muito rico de sabores e vem se tornando cada vez mais referência, pela variedades de produtos e o resgate de receitas que remontam a séculos passados”, concluiu Tirso Meirelles.
(Com Agricultura/SP)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Custo de produção do leite sobe 4,31% no Mato Grosso

Foto: Pixabay
Segundo análise semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada nesta segunda-feira (11), o Custo Operacional Efetivo (COE) para produzir leite em Mato Grosso subiu 4,31% no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, alcançando R$ 1,45 por litro. O aumento foi impulsionado pelos maiores gastos com suplementação mineral, outros custos e aquisição de animais, que tiveram alta de 6,79%, 14,99% e 18,81%, respectivamente.
No mesmo período, o preço médio pago ao produtor no estado foi de R$ 2,31 por litro, resultando em uma margem positiva de R$ 0,87 por litro quando considerado apenas o COE.
Por outro lado, ao incluir depreciações e mão de obra familiar, o Custo Operacional Total (COT) atingiu R$ 2,37 por litro. “Nesse cenário, a margem do produtor não se sustenta, ficando em -R$ 0,06 por litro”, destacou o Imea.
De acordo com a análise, a situação exige atenção, pois a viabilidade da atividade depende de margens que cubram não apenas os custos diretos, mas também investimentos de longo prazo. O instituto aponta que essa conjuntura já resulta em menor captação e produção, pressionando a rentabilidade.
Seane Lennon / Agrolink
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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