Economia
Intercâmbio entre empresas do Brasil e Colômbia fortalece mercado de forrageiras

O vizinho sul-americano é um dos principais destinos das sementes tropicais brasileiras – Assessoria
Brasil e Colômbia seguem estreitando suas relações comerciais no agronegócio, especialmente no segmento de sementes forrageiras tropicais. Nesta semana, empresas dos dois países participaram de um intercâmbio técnico, em Bogotá, voltado à troca de experiências e ampliação das oportunidades de negócios. A representante brasileira no encontro foi a SGM Seeds, integrando do mato-grossense Grupo Raça Agro (GRA), que atua também no beneficiamento, comercialização e exportação de forrageiras.
Segundo a empresa de pesquisa Mordor Intelligence, o tamanho do mercado de sementes forrageiras do Brasil deve movimentar cerca de US$ 482 milhões até 2029. Nesse cenário, a Colômbia está entre os países que despontam como opção estratégica para expansão da exportação brasileira. É no vizinho sul-americano, por exemplo, que está localizada a Sáenz Fety, considerada a maior importadora mundial desse tipo de insumo agropecuário.
O encontro foi organizado pela própria importadora e é uma continuidade na troca de conhecimentos com SGM Seeds. Em março deste ano, os colombianos estiveram no primeiro “Gira Técnica Internacional”, em Rondonópolis. Agora, a convite da importadora de forrageiras, foi a vez dos brasileiros participarem de uma série de agendas. Para o CEO do GRA, João Antônio Fagundes, o compromisso ajuda a fortalecer e identificar novas oportunidades.
“Conhecemos o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento, onde a Sáenz realiza estudos voltados à melhoria na pastagem e nutrição do boi. Também conseguimos visitar centros de produção, lojas, propriedades rurais e a Agroexpo, a principal feira agropecuária da Colômbia, que acontece a cada dois anos. São experiências importantes que nos permitem observar a atuação dos produtores e as tendências que podem ser incorporadas”, explica.
Mundialmente conhecida pela produção e exportação de café e flores, a Colômbia busca expandir sua atuação também na pecuária. Atualmente, o país é detentor de um rebanho bovino estimado de 30 milhões de cabeças, distribuídas entre cerca de 500 mil pecuaristas. De acordo com João, os números colocam os colombianos como um mercado de grande potencial para tecnologias focadas em intensificar a produção de carne e leite.
Somado a isso, o CEO destaca ainda que por volta de 90% da produção bovina colombiana é destinada ao mercado interno local, com a arroba sendo comercializada em torno de US$ 35, frente aos US$ 50 praticados no Brasil. Para ele, essa diferença indica dois imperativos: a adoção de estratégias que aumentem a eficiência produtiva, especialmente por meio da intensificação das pastagens; bem como a busca por novos mercados exportadores e o reconhecimento premium que eles já alcançaram nas outras culturas – café e flores – onde já são mundialmente reconhecidos.
“Na pecuária, a Colômbia ainda está em um nível de tecnologia por se desenvolver. Isso representa uma importante oportunidade de negócios para o Brasil, que possui soluções vanguardistas de produção agropecuária em clima tropical. Com o uso de tecnologias, como as sementes de pastagem, os produtores melhoram o desempenho e se sentem mais dispostos a continuar investindo e fortalecendo essa relação comercial com nosso país”, pontua João Antônio Fagundes.
A SGM Seeds é líder em exportação de sementes forrageiras tropicais. Conta com um certificado e reconhecido laboratório que faz testes específicos atendendo às necessidades regulatórias de mais de 20 países de exportação. A partir da sua integração ao Grupo Raça Agro, o volume de sementes vendidas já foi dobrado e hoje ela também participa do mercado brasileiro através das lojas Raça Agro. O objetivo é continuar crescendo e levando tecnologia aos pecuaristas do mundo tropical.
Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Créditos de ICMS podem virar capital de giro para produtores rurais

Imagem: Freepik
Em São Paulo, a Portaria CAT 153/2011 regulamenta a utilização de créditos acumulados de ICMS por produtores rurais e agroindústrias. O mecanismo autoriza a conversão desses valores em recursos financeiros para uso imediato, sem necessidade de recorrer a financiamentos.
O crédito de ICMS é gerado em operações em que há diferença entre o imposto pago na compra de insumos e o devido na venda de produtos. No caso do setor agropecuário, isso ocorre com frequência em transações interestaduais ou isentas, quando o saldo credor se acumula no livro fiscal. Para transformar esse valor em capital de giro, o produtor deve solicitar autorização formal à Secretaria da Fazenda do Estado, por meio do sistema eletrônico e-CredRural.
O processo exige credenciamento prévio no sistema e apresentação de documentação comprobatória, incluindo notas fiscais, registros de produção e demonstrativos contábeis. A habilitação pode abranger créditos gerados mensalmente ou valores extemporâneos acumulados nos últimos cinco anos, desde que devidamente comprovados. Após análise e deferimento, o montante é liberado para transferência ou utilização autorizada, conforme as regras da portaria.
Além de produtores rurais, estabelecimentos agroindustriais enquadrados na legislação estadual também podem requerer o benefício. A utilização correta dos créditos depende do cumprimento rigoroso dos critérios fiscais e prazos estabelecidos, sob pena de indeferimento do pedido.
COMO TER ACESSO:
O procedimento para solicitação de créditos acumulados de ICMS podem ser obtidas no portal da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo: CLIQUE AQUI.
Também é possível o atendimento presencial nas Delegacias Regionais Tributárias, mediante agendamento eletrônico.
(Com Pensar Agro)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Rotas gastronômicas: preservando sabores e saberes tradicionais

Foto: Comunicação do Sistema Faesp/Senar-SP
As rotas gastronômicas de São Paulo são um convite à imersão nos saberes e sabores do interior paulista, valorizando a diversidade cultural e a riqueza produtiva das regiões rurais. Ao percorrer caminhos que unem pequenos produtores, cozinhas tradicionais, agroindústrias familiares e chefs locais, o visitante experimenta uma culinária autêntica, marcada por ingredientes frescos, receitas centenárias e técnicas passadas entre gerações ou aprendidas em cursos que valorizam a cozinha regional. Essas rotas reforçam o vínculo entre campo e mesa, promovem o turismo sustentável e fortalecem a identidade das comunidades, ao mesmo tempo em que estimulam a economia local e preservam o patrimônio alimentar paulista.Convidada a participar da 12ª Rota, Maria Dalma Silva Ramos, de Capão Bonito, reitera que os cerca de 20 cursos que fez no Senar-SP foram fundamentais para o sucesso do empreendimento, desde o projeto até a implementação e a definição do público a ser atingido. O Peabiru Portal Turístico oferece mais que um alimento de qualidade, mas o acolhimento das antigas casas de avós, com fogão a lenha e mesa farta aos finais de semana e feriados, assim como pratos a la carte e executivos diariamente, sempre tendo como foco a culinária tradicional paulista.
“Empreender na área gastronômica sempre foi um sonho. Entendemos que as pessoas precisam desse reencontro com o simples, como a comida afetiva das mães e avós. Essa é a nossa proposta e vemos a alegria dos nossos clientes ao perceber o resgate dessa tradição culinária que ele achava que estava perdida no tempo. Comida simples, saborosa e que traz boas recordações”, frisou Maria Dalma, que compra dos produtores da região os legumes, folhagens e grãos utilizados no dia a dia.
O diferencial do restaurante também passa pelo aprendizado nos cursos. Durante muitos anos, morando em uma região sem energia elétrica, ela via os pais colocarem carnes e embutidos na fumaça do fogão, o conhecido “fumeiro”, para a conservação. Com as novas técnicas, ela especializou-se em defumação e tem como carro-chefe o filé mignon suíno e o frango defumados, servidos como entrada e prato principal, respectivamente, em eventos gastronômicos que participa.
Para a instrutora do Senar-SP Fanny Paulina Kuhnle, o programa de turismo rural é muito importante para os municípios e a população em geral, porque ele vem crescendo, valorizando esses saberes e automaticamente os sabores das regiões. Pela colonização, o estado de São Paulo é fantástico, com a diversidade na formação de seu povo.
“O saber dos portugueses, o saber dos negros, o saber do povo que aqui estava, todos eles vêm com uma tradição lá atrás. O português, principalmente, a miscigenação desse povo. O que me segura no Senar é essa vontade de estimular, de fomentar essa preservação dos nossos antepassados. e que os jovens estão perdendo através da tecnologia de alimentos, através da industrialização”, explicou Fanny.
O presidente do Sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp)/Senar, Tirso Meirelles, é um entusiasta dos projetos que incentivam o turismo e fortalecem a economia dos municípios paulistas. Em parceria com o governo estadual, por meio da Secretaria de Turismo e Viagens, a Faesp ajudou a mapear propriedades rurais que pudessem oferecer experiências únicas, colaborando na construção das rotas turísticas, ferramenta importante para o fortalecimento da cadeia agropecuária.
“O turismo rural é muito importante não apenas para o desenvolvimento dos municípios paulistas, mas também para a preservação das tradições, incluindo a gastronomia regional. São Paulo é um estado muito rico de sabores e vem se tornando cada vez mais referência, pela variedades de produtos e o resgate de receitas que remontam a séculos passados”, concluiu Tirso Meirelles.
(Com Agricultura/SP)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Economia
Custo de produção do leite sobe 4,31% no Mato Grosso

Foto: Pixabay
Segundo análise semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada nesta segunda-feira (11), o Custo Operacional Efetivo (COE) para produzir leite em Mato Grosso subiu 4,31% no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, alcançando R$ 1,45 por litro. O aumento foi impulsionado pelos maiores gastos com suplementação mineral, outros custos e aquisição de animais, que tiveram alta de 6,79%, 14,99% e 18,81%, respectivamente.
No mesmo período, o preço médio pago ao produtor no estado foi de R$ 2,31 por litro, resultando em uma margem positiva de R$ 0,87 por litro quando considerado apenas o COE.
Por outro lado, ao incluir depreciações e mão de obra familiar, o Custo Operacional Total (COT) atingiu R$ 2,37 por litro. “Nesse cenário, a margem do produtor não se sustenta, ficando em -R$ 0,06 por litro”, destacou o Imea.
De acordo com a análise, a situação exige atenção, pois a viabilidade da atividade depende de margens que cubram não apenas os custos diretos, mas também investimentos de longo prazo. O instituto aponta que essa conjuntura já resulta em menor captação e produção, pressionando a rentabilidade.
Seane Lennon / Agrolink
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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