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Investimento em máquinas autônomas gera ganho de até 30% na produtividade

Foto: Jacto
A Jacto, uma das maiores fabricantes de pulverizadores agrícolas do país, está impulsionando a produtividade nos pomares brasileiros com o investimento em autonomia. Os pulverizadores da empresa, da linha JAV, contam com a tecnologia de posicionamento da divisão Autonomy & Positioning da Hexagon e já proporcionaram um aumento de 30% na produtividade das operações de pulverização na produção de laranja.
Os pulverizadores têm um grau avançado de autonomia, ou seja, não necessitam de um operador em cada máquina. “Eles são controlados à distância por meio de um tablet. O operador faz o planejamento da operação, demarca a área onde ele vai trabalhar e só supervisiona o funcionamento”, afirma Sérgio Sartori Júnior, Diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Jacto.
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A implementação de tecnologia e os resultados colhidos são um marco importante para o cenário agrícola brasileiro, já que o desenvolvimento de máquinas autônomas ainda está dando seus primeiros passos, devido à sua complexidade e questões de segurança atreladas ao processo. “Equipamentos autônomos precisam ser capazes de transitar com o maior nível de precisão possível, para que eles possam ser controlados à distância e desempenhar suas funções com segurança. Por isso, a tecnologia de posicionamento é tão relevante para o desenvolvimento da autonomia no campo”, afirma Bernardo de Castro, VP de Estratégia Agrícola da divisão de Autonomy & Positioning da Hexagon.
Bernardo também pontua que o aumento da produtividade de pomares no Brasil tem o potencial de alavancar ainda mais a produção e a importância do país como exportador do produto no mundo. O Brasil cultiva anualmente mais de 16 milhões de toneladas de laranjas em uma área estimada de 500 mil hectares de pomares, de acordo com o relatório de 2023 do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos sobre o mercado mundial e comércio.
Segundo Sérgio, da Jacto, trabalhar com autonomia é uma decisão estratégica para o produtor rural que procura suprir a carência de mão de obra e aumentar a eficiência. “A máquina trabalha ininterruptamente. A partir daí, é só ajustar turnos de trabalho para os operadores a distância, que ficam no campo para lidar com eventualidades, mas têm um trabalho mais saudável e complexo.”
Carência de mão de obra e oportunidade profissional
A introdução crescente de tecnologia no campo visa, além do aumento da produtividade, suprir uma carência intrínseca de mão de obra qualificada para a produção rural. Entre os censos agropecuários do IBGE de 1996 e 2017, houve queda de 1,4 milhão de pessoas ocupadas na agricultura brasileira, consolidando, dessa forma, uma permanente redução na demanda de força de trabalho agrícola desde 1985, quando 23,4 milhões de pessoas estavam ocupadas nos estabelecimentos agropecuários.
Sérgio comenta que as novas gerações estão mais interessadas em priorizar a formação acadêmica, e buscar novas oportunidades de carreira. Por isso, identifica a introdução de tecnologias avançadas no agronegócio como um ponto positivo para atrair a atenção de jovens para o setor.
“Ocupar uma posição de supervisor de máquinas autônomas é uma carreira menos penosa, e mais complexa, além de melhor remunerada. Aliando a tecnologia, estamos transformando a fazenda em um negócio comercial com demanda de gestão profissional que pode ser interessante para as novas gerações”, aponta Sérgio.
Parceria no desenvolvimento de autonomia
A parceria das duas empresas começou há oito anos, quando a Jacto buscava aumentar seu portfólio de tecnologias de posicionamento com qualidade de precisão dos fabricantes internacionais. “A usabilidade era um fator muito importante para os nossos critérios de escolha, além da possibilidade de customização do produto, que sai de fábrica com a nossa marca”, diz Sérgio. “Hoje, todas as nossas máquinas saem equipadas com a solução de posicionamento da NovAtel (marca da Hexagon), seja a antena SMART7, nas máquinas Uniport e JAV, seja a antena SMART2 nas demais. Desde o início da parceria, a Hexagon nos apoiou nos desafios de desenvolvimento de novos produtos.”
Recentemente, dada a necessidade de aumentar ainda mais a precisão dos equipamentos autônomos na lavoura, além de identificar seu direcionamento em velocidades reduzidas – ou mesmo com eles parados –, a Jacto tem observado bons resultados com a solução proposta pela Hexagon de combinar duas antenas, que fornecem redundância de sinal GNSS para aumentar a precisão de posicionamento na lavoura. São as antenas SMART7, que funciona como um receptor primário de sinais multi-constelação e multifrequência GNSS; e a SMART2, solução de entrada da Hexagon que oferece benefícios como rastreamento em dupla frequência e compensação de terreno. “Estávamos usando uma solução composta que utilizava dados de uma unidade inercial combinados com dados do receptor GNSS para desempenhar essa função, mas a performance da máquina com as duas antenas tem se mostrado superior”, comenta Sérgio.
Correção de sinal
A tecnologia de recepção GNSS (Sistema Global de Navegação por Satélite) é essencial para fornecer a orientação correta para os equipamentos agrícolas, mas funciona melhor quando não atua sozinha. Quando combinada com uma solução de correção de sinal, minimiza os erros de posicionamento durante os processos na lavoura, e assegura a precisão e a consistência das operações.
Pensando nisso, a Jacto também oferece para o produtor o TerraStar. A tecnologia de correção de sinal também fornecida pela Hexagon, combinada ao sinal GNSS, reduz a margem de erro de até 50 para 2 centímetros. “Oferecemos o serviço como opção, porque não são todos os clientes que entendem essa necessidade de início. Mas, em geral, uma vez que experimentam, não voltam atrás, porque percebem claramente os benefícios”, Sérgio conclui.
Sirlei Benetti/Sou Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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O que o produtor rural precisa saber sobre a conferência que vai mexer com o campo

Pensar Agro/AguaBoaNews
Para o homem do campo, a COP30 não é um evento distante nem restrito aos ambientalistas. É um marco que pode mudar a forma de produzir, vender e comprovar a origem do que sai da terra brasileira. A partir de agora, sustentabilidade e documentação caminham juntas. Quem entender isso primeiro, e se preparar, estará melhor posicionado para aproveitar as oportunidades que virão.
Isan Rezende (foto), presidente do Instituto do Agronegócio (IA) e da Federação dos Engenheiros Agronomos de Mato Grosso (Feagro-MT), a COP30 oferece ao agro brasileiro uma grande janela de oportunidade. “Se mostrarmos que nossa produção é cada vez mais eficiente, de baixa emissão e alinhada à conservação, ganhamos acesso a novos mercados e valorização de preço. Mas para isso precisamos de clareza regulatória, crédito adequado e reconhecimento internacional”, defendeu.
“Não podemos tratar a agenda climática como algo que pesa sobre o produtor , ela pode e deve traduzir-se em ganhos concretos para quem planta, cria e exporta. Para o setor rural, o desafio é provar a sustentabilidade com a mesma naturalidade com que entra o sol no campo, sem travar o maquinário da produção”, disse o presidente do IA.
“Enquanto a COP30 define padrões globais, defendemos que o Brasil assuma a liderança negociando condições que preservem nossa competitividade. O homem do campo precisa estar pronto: rastreabilidade, certificação, contrato e logística devem caminhar juntos para que nossa safra não fique fora do jogo”, completou Rezende.
A principal transformação esperada é o aumento da cobrança por rastreabilidade e comprovação documental da origem dos produtos. Em outras palavras, não vai bastar dizer que a produção é sustentável, será preciso provar, com papel passado e assinatura reconhecida. Certificados de origem, laudos técnicos, registros de boas práticas agrícolas e documentos de conformidade ambiental tendem a se tornar obrigatórios para exportação, principalmente para países da União Europeia e da América do Norte.
Essas exigências vêm se fortalecendo desde a aprovação do Regulamento Europeu Antidesmatamento (EUDR), que entra em vigor no final do mês que vem. Ele determina que produtos como soja, carne, madeira, cacau e café só podem entrar no mercado europeu se a empresa comprovar que não houve desmatamento na área de origem — nem legal, nem ilegal. A tendência é que, após a COP30, esse tipo de exigência se amplie para outros setores, incluindo o da bioeconomia amazônica, pescados, óleos vegetais e produtos florestais não madeireiros.
Para o produtor rural, isso significa que a documentação passa a ser o novo passaporte comercial. Cada lote, cada carga e até cada hectare poderão precisar de comprovações detalhadas sobre procedência, sustentabilidade e boas práticas de produção. Quem estiver com o cadastro ambiental rural (CAR) atualizado, licenciamento em dia e certificações reconhecidas por órgãos oficiais sai na frente.
- Certificados de origem e rastreabilidade;
- Laudos de pureza e qualidade;
- Declarações de conformidade ambiental;
- Fichas de segurança de produtos (SDS), traduzidas para o idioma do país de destino;
- Relatórios de sustentabilidade e impacto socioambiental.
Apesar de parecer mais um obstáculo, esse novo padrão também pode abrir portas. A demanda global por produtos sustentáveis cresce ano a ano, e o Brasil tem potencial para liderar esse mercado — especialmente com o peso da Amazônia e do agronegócio no debate climático. Quem se antecipar às exigências, garantindo rastreabilidade e conformidade, poderá vender com valor agregado e acessar compradores mais exigentes e rentáveis.
Além disso, a COP30 deve impulsionar o financiamento verde, com linhas de crédito e investimentos destinados a quem comprovar práticas sustentáveis, preservação de floresta e redução de emissões.
Foto: Ricardo Stuckert/PR
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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Prédio do antigo Cridac passará por restauração e reforma para abrigar delegacias da Polícia Civil

Crédito – Brunna Almeida/Seplag-MT
O Governo de Mato Grosso assinou, nesta sexta-feira (17.10), a ordem de serviço para a reforma e restauração do imóvel da antiga Fundação Centro de Reabilitação Dom Aquino Corrêa (Cridac). O imóvel abrigará a Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos (DRCI), da Polícia Judiciária Civil (PJC). O início das obras está previsto para a próxima quarta-feira (22.10).
O investimento total é de R$ 9,4 milhões. Para o vice-governador Otaviano Pivetta, a restauração do prédio histórico representa o resgate da origem da Segurança Pública em Mato Grosso. O espaço foi uma das primeiras delegacias do Estado.
“Este é um patrimônio do Estado que estava abandonado, mas revitalizá-lo é resgatar um pedaço da nossa história. É simbólico estarmos aqui com toda a equipe, que trabalha com a mesma energia e compromisso de sempre. Esse espaço voltará a servir à população com dignidade e marca o início da revitalização desta região histórica da capital”, afirmou.
A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) é a responsável pelo planejamento, projeto, acompanhamento e execução da reforma e restauração do prédio, por meio de Termo de Cooperação com a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), nos termos do Decreto nº 1.510/2022.
O secretário de Planejamento e Gestão, Basílio Bezerra, ressaltou que o objetivo da revitalização é deixar o prédio em pleno funcionamento e capaz de atender a todas as demandas da Polícia Civil após a reforma. “Nossa prioridade é garantir a destinação correta e a funcionalidade do patrimônio público, promovendo sua recuperação e preservando o valor histórico deste bem estadual. É nosso dever cuidar e dar vida a essa parte importante da memória de Mato Grosso”, acrescentou.
O secretário de Segurança Pública, César Roveri, afirmou que o projeto representa melhorias tanto para os servidores quanto para a população. “Reconhecemos o empenho de todo o Governo do Estado em atender as instituições, mas, acima de tudo, em atender bem a população. Esse será um espaço centralizado, acessível e, principalmente, digno. Ao final do dia, o que realmente importa é isso: o cidadão ser bem atendido e a Segurança Pública prestar um serviço de qualidade que melhore a vida das pessoas”, pontuou.
Para a delegada-geral da Polícia Judiciária Civil, Daniela Maidel, a obra representa um avanço para a Segurança Pública e vai garantir melhores condições de trabalho e atendimento à população. “Este prédio histórico passará por uma completa modernização e abrigará unidades como a Derf, a DHPP e, futuramente, a Delegacia de Crimes Informáticos. Nosso foco é oferecer estruturas mais dignas e eficientes, aproximando ainda mais a Segurança Pública da população”, afirmou.
Edificação histórica
O imóvel, localizado na Rua Joaquim Murtinho, em frente ao Estádio Eurico Gaspar Dutra, o Dutrinha, em Cuiabá, é do século XIX. Lá funcionou a antiga Cadeia Pública e, posteriormente, o Cridac. A edificação possui características neoclássicas, com pórtico de entrada, frontão triangular e beiral colonial tipo beira-seveira, e foi toda construída em pedra canga.
Essa parte da edificação, de 638,89 m² de área construída, é tombada como patrimônio histórico de Mato Grosso desde 1984, pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel). O imóvel será totalmente restaurado.
Já a outra parte da edificação, com uma área construída de 2.208,28 m², que será reformada e ampliada, é um prédio de alvenaria convencional, que fica em uma área nos fundos do complexo.
Confira mais imagens do projeto:
Dayanne Santana e Vithória Sampaio | Seplag-MT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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Mapa e MDR articulam ações emergenciais no Amapá para produtores afetados pela vassoura-de-bruxa da mandioca

Foto: Divulgação
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, recebeu nesta quarta-feira (15) o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, para tratar das ações conjuntas do Governo do Brasil no enfrentamento da vassoura-de-bruxa da mandioca no estado do Amapá. A doença, causada pelo fungo Ceratobasidium theobromae (Rhizoctonia theobromae), já atinge dez municípios amapaenses, impactando a produção agrícola e a segurança alimentar de comunidades indígenas e não indígenas.
Segundo Fávaro, o enfrentamento da praga é prioridade no Mapa, que tem atuado de forma integrada para garantir o controle da doença, o apoio aos produtores e o abastecimento local. “O Brasil é uma referência mundial em defesa agropecuária, e essa emergência sanitária está recebendo total atenção. Já estão sendo implementados convênios e investimentos para o custeio da defesa agropecuária no Amapá, no valor de R$ 2,2 milhões. Caso sejam necessários mais recursos, estaremos prontos para disponibilizá-los, sem precarizar o trabalho”, assegurou o ministro.
Entre as medidas já adotadas, o Mapa autorizou a comercialização segura da mandioca braba e da macaxeira, medida que garante renda aos produtores e o fornecimento contínuo de alimentos à população. A macaxeira, também conhecida como mandioca de mesa, é consumida cozida e passou a ter autorização para processamento, corte e embalagem nas próprias regiões produtoras, permitindo sua chegada direta ao consumidor, seja nas feiras, nos supermercados ou por venda direta. Já a mandioca braba utilizada para produção de farinha teve flexibilização na comercialização, com autorização para que o processamento seja feito na própria comunidade rural, em casas de farinha móveis, e a farinha possa ser transportada e comercializada de forma segura. “Essas medidas atendem à demanda dos produtores, que podem manter sua renda, e dos consumidores, que continuam tendo acesso a um alimento essencial para os amapaenses”, explicou Fávaro.
O ministro destacou também os investimentos do Mapa em pesquisa e inovação, conduzidos pela Embrapa, com o objetivo de desenvolver variedades de mandioca tolerantes ou resistentes à doença. “O governo do presidente Lula garantiu reforço orçamentário à Embrapa, e já solicitamos à presidente Silvia que esse tema seja prioridade número um da pesquisa. É uma doença nova no mundo, mas temos confiança de que a Embrapa vai conseguir avançar. Enquanto isso, estamos distribuindo mudas sadias, que completam o ciclo produtivo e garantem alimento à população do Amapá até que a variedade resistente esteja disponível”, completou.
O ministro Waldez Góes ressaltou que o trabalho conjunto entre o governo federal, o estado e os municípios tem sido essencial para mitigar os impactos sociais e econômicos causados pela doença. “Estamos há alguns meses enfrentando a vassoura-de-bruxa da mandioca no Amapá. Essa cultura faz parte do nosso hábito alimentar, tanto do índio quanto do não índio. A doença já está presente em dez municípios, dos quais oito com situação sanitária reconhecida oficialmente pelo governo federal. O ministro Fávaro tem liderado esse processo, garantindo recursos para o combate, o controle e o investimento em pesquisa e ciência, para que possamos retomar a produção de mandioca no estado”, afirmou Góes.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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