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SOJA

Plantio da soja atrasa em MT e já preocupa produtores rurais com semeadura do milho na segunda safra

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O clima que toma conta na produção de soja em Mato Grosso na safra 24/25 é de incertezas. Aliás, falando em clima, a falta de chuva é o principal fator para que o maior produtor de soja do país esteja com apenas 25% da área plantada até aqui.

Com isso, os produtores de todo estado já ficam preocupados com a semeadura do milho na segunda safra. Em comparação com o mesmo período do ano passado, o atraso chega a 35%. Segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), em outubro de 2024, mais de 60% da soja já havia sido semeada no estado. E se for levar em consideração, a média dos últimos cinco anos, o atraso é de quase 20%.

Na região de Carlinda, muitos produtores começaram a plantar agora como contam o produtor e delegado coordenador do Vale Teles Pires da Aprosoja MT Mateus Berlanda e o produtor Willian Piloni.

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“Alguns produtores iniciaram o plantio em setembro, mas muito poucos, porque a maioria está soltando o plantio essa semana e outros ainda vão soltar”, disse Mateus.

“O meu plantio iniciei dia 8 de outubro e até o momento tem apenas duas chuvas acumuladas, e estou com 40% da área plantada. A minha expectativa é que dê um clima bom e que a gente consiga ter uma produtividade alta. A agricultura é uma atividade de incertezas, todo ano a gente enterra todo o capital e fica esperando com o joelho no chão o resultado com a colheita”, comentou Willian.

Em Nova Canaã do Norte, a situação não é diferente. Segundo o produtor Roberto Calzolari o atraso no plantio também foi afetado pela estiagem, mas o início das chuvas já faz ele ter mais expectativas.

“Começou um pouco preocupante, porque iniciou a chuva no comecinho de outubro, fugiu um pouco, mas agora retomou. Acredito que já tem uns 40% do plantio realizado e que daqui para frente as coisas se normalizem”, afirmou Roberto.

Pedro Calzolari, que trabalha junto com o seu pai Roberto, destaca que em sua propriedade eles só trabalham com a previsão do tempo.

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“Temos que ficar de olho sempre de 10 a 15 dias, porque só assim montamos uma grade de serviço”, disse Pedro.

Na safra 23/24, os agricultores mato-grossenses produziram cerca de 39 milhões de toneladas da oleaginosa. E para safra 24/25, a estimativa do Imea é de um aumento de aproximadamente 12,8%. Mas tudo vai depender se o clima vai continuar ajudando e para o diretor administrativo da Aprosoja MT, Diego Betuol o atraso no plantio afeta não só a safra de soja, mas a próxima safra de milho também.

“Tem municípios que ainda nem conseguiram começar o seu plantio, devido ao índice pluviométrico de 10, 15, 20mm. Isso traz insegurança para o produtor porque ele não consegue ter sua planta em condições ideais. O que preocupa ainda mais é a segunda safra de milho, hoje nós estamos falando em quase um mês de atraso de chuvas contínuas. Nós sabemos que 90% da safra de milho do estado de Mato Grosso advém da sua segunda safra, então isso compromete totalmente sua produtividade, tem produtores que não vão investir tanto e alguns decidiram que nem vão plantar mais”, finalizou Bertuol.

Israel Prates – Assessoria de Comunicação

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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SOJA

Comercialização da soja avança em Mato Grosso e preços têm variações distintas entre safras

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Safra em MT terá recorde histórico; soja com produtividade média – Foto CenárioMT

O mês de abril de 2025 registrou avanço significativo na comercialização da soja em Mato Grosso. De acordo com dados atualizados, 70,55% da produção estimada da safra 2024/25 já foi comercializada, o que representa um incremento de 11,57 pontos percentuais em relação ao mês de março. O preço médio da soja nesta safra também apresentou alta, fechando abril em R$ 112,05 por saca, o que corresponde a um acréscimo de 2,66% no comparativo mensal.

Para a safra 2025/26, ainda em fase inicial de negociações, a comercialização atingiu 10,71% da produção estimada, avanço de 2,61 pontos percentuais frente ao mês anterior. No entanto, os preços desta safra futura apresentaram leve retração, com o valor médio da saca sendo cotado a R$ 109,95 em abril, queda de 0,28% em relação a março.

Os números indicam confiança dos produtores nas condições de mercado da safra atual, ao mesmo tempo em que apontam cautela em relação aos contratos da próxima temporada, diante das incertezas nos preços futuros.

Fonte: CenarioMT

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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SOJA

APROSOJA TOCANTINS lança campanha na Agrotins para valorizar a soja e aproximar o campo da cidade

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Durante a Agrotins 2025, a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado do Tocantins (APROSOJA TOCANTINS) lança uma ampla campanha de comunicação voltada à valorização da cultura da soja, ao reconhecimento do trabalho dos sojicultores e à aproximação entre o campo e a população urbana. Intitulada “Soja do Agro, do Tocantins, do Brasil.”, a iniciativa busca ampliar o conhecimento da sociedade sobre a relevância estratégica da soja para o desenvolvimento econômico, social e ambiental do estado.

A campanha evidencia o protagonismo dos agricultores tocantinenses e o potencial do Tocantins como um dos estados mais promissores na produção de grãos no país. Por meio de ações nas redes sociais, mídia tradicional e ativações em eventos, a proposta mostra que a soja está presente muito além das lavouras — integrando a cadeia de produtos como óleo de cozinha, ração animal, biocombustíveis e diversos itens essenciais ao dia a dia da população.

“A soja é muito mais do que uma commodity. Ela é um vetor de desenvolvimento que gera empregos, movimenta a economia e está presente em milhares de produtos que chegam diariamente à casa dos brasileiros. Com esta campanha, queremos mostrar o valor dessa cadeia produtiva e, principalmente, o trabalho sério e responsável dos produtores do nosso estado”, afirma Caroline Schneider Barcellos, presidente da APROSOJA TOCANTINS.

O lançamento será um dos destaques da participação da associação na Agrotins — a maior feira agropecuária do estado — e contará com uma comunicação moderna e acessível, voltada tanto ao público do campo quanto ao urbano. A proposta é fortalecer a imagem do produtor rural e evidenciar como o trabalho no campo impacta diretamente a qualidade de vida nas cidades.

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Mais do que uma ação de comunicação, a campanha reforça o posicionamento do Tocantins como um polo agrícola competitivo, que alia produtividade com responsabilidade socioambiental. Ao destacar os benefícios da cadeia da soja e a atuação comprometida dos produtores, a APROSOJA TOCANTINS reafirma seu papel como articuladora do setor e parceira do desenvolvimento sustentável no estado.

Ascom Aprosoja Tocantins

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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SOJA

Entidade apresenta proposta de padronização para classificação da soja

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A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) participou da 65ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Soja, onde apresentou uma demanda recorrente dos produtores rurais mato-grossenses: uma proposta técnica para sistematizar o processo de classificação, conferência e arbitragem da soja.

A reunião foi realizada no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em Brasília. Representando o Sistema Famato, estiveram presentes o 2º vice-presidente, Amarildo Merotti, e o superintendente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT), Marcelo Lupatini. O analista de Agricultura da Famato, Alex Rosa, participou de forma online.

O objetivo é assegurar maior segurança jurídica, transparência e isonomia entre produtores e compradores — como indústrias e armazéns. A proposta teve como base experiências práticas da safra 2023/24, que evidenciaram a necessidade de um fluxo mais padronizado e confiável para a comercialização do grão.

“A proposta que apresentamos busca garantir mais transparência e segurança jurídica na comercialização da soja. Nosso objetivo é dar voz ao produtor rural e fortalecer a confiança entre todas as partes envolvidas no processo. A padronização da classificação é um passo essencial para evitar conflitos e valorizar o trabalho técnico”, disse Alex Rosa.

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A proposta defendida pela Famato foi estruturada em três etapas. A primeira prevê que, no momento da entrega da soja ao armazém ou à indústria, o produtor receba o romaneio com o laudo de classificação, obrigatoriamente emitido por um classificador habilitado e registrado no Mapa. A segunda etapa permite ao produtor contestar o laudo inicial, requisitando uma contraprova por outro profissional habilitado. Em caso de divergência entre os laudos, esse novo resultado será apresentado à indústria como tentativa de resolução amigável. Destaca-se que laudos emitidos por classificadores não registrados perdem validade legal, prevalecendo o documento emitido por profissional habilitado.

Na terceira e última etapa, se persistir o desacordo entre as partes, o produtor poderá acionar o Sindicato Rural, que encaminhará a demanda à Famato. A federação, por sua vez, solicitará ao Mapa a designação de um classificador árbitro, cujo laudo será definitivo e terá caráter vinculante. A parte responsável pela divergência arcará com os custos do processo de arbitragem, reforçando o compromisso com a responsabilidade técnica.

Além da apresentação da proposta da Famato, a reunião da Câmara Setorial abordou temas estratégicos para o setor, como a atualização da conjuntura da safra 2024/2025, com análise da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os impactos da seca sobre a produção agrícola, os encaminhamentos sugeridos pelos estados, informes da Secretaria Executiva da Câmara (CGAC/MAPA) e deliberações institucionais sobre assuntos gerais da cadeia da soja.

Como encaminhamento, o presidente da Câmara Setorial comprometeu-se a oficializar a solicitação à Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA/MAPA) para avaliar a viabilidade da criação de uma Câmara Nacional de Arbitragem para Classificação de Grãos, com a participação de entidades públicas e privadas.

NORMATIVA – Também foi discutida a revisão da Instrução Normativa nº 11/2007, que já está em andamento, além do estudo de inovações no escopo da Lei nº 9.972/2000, que regulamenta a classificação de produtos vegetais.

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A iniciativa da Famato foi reconhecida como um passo importante para fortalecer a transparência, a previsibilidade e a segurança jurídica no processo de comercialização da soja.

“Ao valorizar o trabalho de classificadores habilitados e promover a confiança entre produtores e compradores, a proposta contribui para evitar conflitos e judicializações desnecessárias”, disse o superintendente, Marcelo Lupatini.

A federação reafirmou seu compromisso de colaborar tecnicamente com o Mapa e demais entidades do setor na construção de um novo modelo normativo para a classificação e arbitragem, com representatividade e equilíbrio institucional.

matogrossoeconômico

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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