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Agricultura

Rumo impulsiona agronegócio mato-grossense com transporte eficiente de fertilizantes por ferrovia

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Reprodução

 

A cada ano, milhões de toneladas de fertilizantes agrícolas chegam às fazendas para adubação de lavouras e pastagens. Somente em 2023, mais de 45 milhões de toneladas de fertilizantes foram direcionadas ao mercado brasileiro, de acordo com dados divulgados pela Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). Mato Grosso é o maior produtor de grãos do país e, naturalmente, o maior consumidor de adubos, utilizando mais de 24% do volume nacional do insumo.

Cerca de 80% dos fertilizantes usados na produção brasileira de grãos são importados e chegam ao Brasil por via marítima. O porto de Santos é um dos mais importantes locais de chegada deste insumo. De lá, boa parte dos fertilizantes segue para Mato Grosso com o auxílio da malha ferroviária da Rumo e seus terminais parceiros, que há muitas safras contribuem significativamente com eficiência e sustentabilidade na entrega de produtos para o campo.

De setembro de 2023 a setembro de 2024, a Rumo transportou 3,7 milhões de toneladas de fertilizantes pelo país, o que representa um crescimento de 9% em comparação aos 12 meses anteriores. Aproximadamente 65% do volume total transportado pela empresa tem como destino as lavouras localizadas em Mato Grosso.

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Com esse crescimento, a ferrovia se consolida como parceira estratégica dos produtores rurais e de toda a indústria, garantindo a entrega segura e competitiva deste insumo fundamental para a produção agrícola.

Atualmente, pela ferrovia, os fertilizantes chegam em terminais localizados nos municípios de Rondonópolis, em Mato Grosso, e Rio Verde, em Goiás, além dos destinados aos estados do sul do país, pela malha ferroviária sul.

Expansão

A expansão da ferrovia para a região médio norte de Mato Grosso, que concentra a maior parte da produção de grãos do estado, representará um avanço significativo para o agronegócio brasileiro.

Sorriso, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Tapurah, Nova Ubiratã e Santa Rita do Trivelato são exemplos de municípios localizados no médio norte de Mato Grosso, que serão diretamente impactados pelas operações da Ferrovia Estadual. A região médio norte tem cultivo de aproximadamente 6 milhões de hectares de soja e milho, em duas safras anuais, com 29,11 milhões de toneladas de grãos produzidas na safra 2023/24, de acordo com dados recentes divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia e Agropecuária (Imea).

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De acordo com Fábio Henkes, diretor comercial da Rumo, a ferrovia está comprometida em continuar investindo em infraestrutura e tecnologia para oferecer soluções logísticas cada vez mais eficientes e sustentáveis para o agronegócio brasileiro.

“A nova via férrea, que está sendo construída para chegar ao coração de Mato Grosso, trará ainda mais benefícios para o setor agropecuário. Com a expansão da malha ferroviária e os investimentos em curso no Porto de Santos, a Rumo espera transportar ainda mais insumos. Assim, iremos atender à demanda crescente dos produtores e contribuir ainda mais para o desenvolvimento da região que se destaca na produção agrícola. Estaremos cada vez mais próximos das propriedades rurais”, destacou.

De acordo com Henkes, mesmo o plantio da soja sendo realizado somente a partir do mês de setembro, a entrega dos fertilizantes ocorre em vários meses, desde abril, com pico nos meses de agosto e setembro. Para a cultura do milho, a janela de entrega começa em outubro e vai até fevereiro do ano seguinte.

Expansão a todo vapor

Com a safra de soja 2024/25 em desenvolvimento, a maioria dos produtores rurais já está com os insumos garantidos e o plantio da soja já iniciou, embora ainda esteja lento, no comparativo com safras anteriores.

Com a ferrovia em operação no médio norte, os produtores rurais da região terão mais facilidade para escoar sua produção, reduzindo custos e aumentando a competitividade no mercado nacional e internacional. Além disso, os trilhos atraem novos investimentos, impulsionando o desenvolvimento de cidades e regiões.

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A escolha do transporte ferroviário se justifica pela sua alta confiabilidade, segurança e menor impacto ambiental. A ferrovia também oferece uma capacidade de carga muito maior do que o transporte rodoviário, reduzindo os custos logísticos e agilizando a entrega dos fertilizantes.

A construção da ferrovia Senador Vicente Emílio Vuolo tem investimentos 100% privados, aportados pela Rumo. São cerca de 740 km de trilhos que irão conectar Rondonópolis e Lucas do Rio Verde, por meio de um modal logístico seguro, eficiente e competitivo.

Fonte: Assessoria

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Brasil e Colômbia trocam experiências científicas sobre a vassoura de bruxa da mandioca

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Foto: Adilson Lima/Embrapa

A Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA) recebeu, entre 15 e 19 de dezembro, a pesquisadora Alejandra Gil-Ordoñez, da Alliance Bioversity & Ciat, da Colômbia. Ela realizou atividades de pesquisa sobre a morte descendente da mandioca (popularmente chamada de vassoura de bruxa da mandioca), doença causada pelo fungo Ceratobasidium theobromae , recentemente identificada na região Norte.

Alejandra foi convidada pelo fitopatologista Saulo Oliveira , pesquisador da Embrapa Mandioca e Fruticultura que liderou as pesquisas sobre a doença em todo o Brasil. Em Cruz das Almas (BA), uma programação de estudos e intercâmbios aconteceu no Laboratório de Biologia Molecular, supervisionada pela analista Andresa Ramos , e conta com a participação de pesquisadores e bolsistas envolvidos nos trabalhos.

“O convênio se realizou para atender à emergência fitossanitária no Brasil. A ideia era transferir conhecimento para tratar de entender a doença, como ocorrer aqui suas particularidades e como conter o mais rápido possível a dispersão”, explica Alejandra. “Toda emergência fitossanitária é um tema urgente. Precisamos socializar o problema — porque muita gente não conhece — e, enquanto isso, ela pode chegar a outras localidades que as pessoas não estão familiarizadas com os sintomas.”

Entre as atividades realizadas no laboratório durante uma semana, houve a preparação de amostras de fungos encontrados no Amapá em 2023, 2024 e 2025 para comparar geneticamente com amostras da Guiana Francesa e da Ásia. “O foco foi o sequenciamento com marcadores microssatélites [SSR] para compreensão da estrutura populacional do fungo, sua diversidade e diferenças e semelhanças com populações asiáticas do patógeno”, informa Saulo.

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Atividades no Amapá

Na semana anterior, acompanhado por Saulo, pelo pesquisador Éder Oliveira , recentemente transferido da Embrapa Mandioca e Fruticultura para a Embrapa Café (DF), e equipe da Embrapa Amapá , Alejandra conheceu os experimentos e visitou áreas afetadas pela vassoura de bruxa da mandioca na região do Oiapoque (AP), incluindo as aldeias indígenas Kariá, Galibí e Tukay. Ela trouxe e instalou uma armadilha de esporos que visa ao monitoramento em campo. “A armadilha de esporos foi montada para ser testada e, em breve, será destinada ao campo onde será realmente realizado o monitoramento”, diz Saulo.

No mesmo período, equipes da Embrapa instalaram experimentos com 210 genótipos de mandioca, sendo 160 da Embrapa Mandioca e Fruticultura. Os demais são de origem local e outros enviados pelo produtor Benedito Dutra, parceiro da Rede Reniva no Pará. “Esse trabalho de identificação dos genótipos e de preparação de área é feito pela pesquisadora Jurema Dias, o analista Jackson dos Santos, os técnicos Aderaldo Gazel e Izaque Pinheiro e outros colegas da Embrapa Amapá. São experimentos conjuntos, o que mostra que as Unidades estão trabalhando em parceria para solucionar o problema”, explica Saulo. “Vão ser verificadas características morfológicas que diferenciam as cultivares, como a cor e espessura das folhas e dos pecíolos, que poderiam ser, talvez,barreiras para o fungo, e genótipos que parecem ter algum tipo de resistência. Nesse caso, não é apenas uma observação de campo, mas uma experimentação científica, com delineamento, em que será possível extrair os dados, com a garantia de que o resultado não é por aleatoriedade”, afirma. Essas atividades estão sendo financiadas com recursos emergenciais destinadas a dois centros de pesquisa.

No Amapá, Alejandra relatou que existem diferenças no comportamento da doença na região amazônica e na Ásia. “Na Ásia, temos apenas um período intenso de chuvas enquanto na região amazônica há chuva praticamente todo o ano. Podemos dizer que, no Brasil, existem possíveis efeitos mais graves a curto prazo porque a doença está se disseminando mais rapidamente. Além disso, nas Américas a mandioca é um cultivo que tem importância cultural e de segurança alimentar maior que na Ásia. Unido a isso, nas comunidades indígenas, o vínculo é muito profundo com a mandioca, com sua conservação e com a conservação da diversidade porque a mandioca tem como centro de origem o Amazonas. São fatores socioeconômicos e socioculturais que devem chamar a atenção dos esforços governamentais para conter a doença”, alerta a pesquisadora.

Fonte: Assessoria/Léa Cunha

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Demanda sazonal pressiona mercado global de fertilizantes

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As vendas de ureia ao consumidor final na Índia avançam – Foto: Canva

O mercado global de fertilizantes atravessa um período de forte movimentação, marcado por picos sazonais de consumo e por estratégias governamentais voltadas à segurança de suprimento. Segundo a AMR Business Intelligence, a demanda elevada em um dos principais mercados consumidores tem alterado o ritmo de vendas, estoques e decisões de importação, ao mesmo tempo em que acordos internacionais ganham peso no planejamento de médio prazo.

As vendas de ureia ao consumidor final na Índia avançam para alcançar quase 6 milhões de toneladas em dezembro, volume que pode configurar um novo recorde mensal, impulsionado pela demanda típica da safra de inverno, conhecida como rabi. O ritmo acelerado de escoamento reduziu os estoques domésticos de 7,1 milhões para 6,3 milhões de toneladas em apenas duas semanas. Esse movimento levou a estatal NFL a antecipar uma licitação de importação para a compra de 1,5 milhão de toneladas, com encerramento previsto para 2 de janeiro. No acumulado do ano, o país, que figura como o maior importador global do insumo, já adquiriu 9,23 milhões de toneladas por meio de leilões internacionais.

Paralelamente, a política externa indiana reforça o papel estratégico dos fertilizantes. O primeiro-ministro Narendra Modi propôs dobrar o fluxo comercial bilateral com a Jordânia para US$ 5 bilhões em cinco anos, colocando o setor como um dos eixos centrais da cooperação, ao lado de energia e defesa. Em encontros de alto nível que contaram com a participação do rei Abdullah II, foram discutidos investimentos na indústria jordaniana para garantir o fornecimento estável de fosfatados à Índia. A iniciativa busca reduzir riscos de oferta em períodos de pico das safras e consolidar um corredor econômico entre o Sul da Ásia e o Oriente Médio.

AGROLINK – Leonardo Gottems

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agricultura

Mercado de trigo entra em fase de ajuste no Sul

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No Paraná, o cenário também é de paralisação – Foto: Canva

O mercado de trigo no Sul do país atravessa um período de baixa liquidez, pressão sobre preços e cautela generalizada dos agentes, após dois anos marcados por fortes oscilações. De acordo com a TF Agroeconômica, o comportamento observado em 2024 e 2025 reflete um esgotamento do ciclo de alta e a entrada em uma fase de ajuste estrutural, com efeitos distintos entre os estados produtores.

No Rio Grande do Sul, as negociações seguem praticamente suspensas, com expectativa de paralisações temporárias em moinhos para limpeza e férias coletivas. Estima-se que cerca de 1,55 milhão de toneladas da safra nova já tenham sido comercializadas, o equivalente a pouco mais de 40% da produção. Os preços do trigo para moagem giram entre R$ 1.100 e R$ 1.150 por tonelada no mercado local, enquanto no porto os valores ficam próximos de R$ 1.180 para dezembro e R$ 1.190 para janeiro. O trigo destinado à ração apresenta cotações ligeiramente superiores, e o mercado é descrito como confortável do lado da indústria, com pouca urgência de compra.

A análise dos últimos dois anos mostra que os preços no estado atingiram picos relevantes em meados de 2024 e no primeiro quadrimestre de 2025, superando R$ 1.450 por tonelada, antes de entrarem em uma trajetória de queda acentuada. No encerramento de 2025, as cotações recuaram para níveis próximos de R$ 1.030 a R$ 1.050, os menores do período. A combinação de boa oferta interna, qualidade inferior do grão, entrada concentrada da safra, concorrência do trigo importado e demanda cautelosa dos moinhos contribuiu para a perda de sustentação dos preços.

Em Santa Catarina, o mercado permanece travado, com moinhos apenas recebendo lotes já adquiridos e expectativa de parada quase total até o início do próximo ano. O estado ainda não concluiu a colheita, e há um descompasso entre vendedores, que mantêm ideias ao redor de R$ 1.200 FOB, e compradores, que se mantêm ausentes.

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No Paraná, o cenário também é de paralisação, com preços nominais ao redor de R$ 1.250 por tonelada CIF no norte do estado. Após picos acima de R$ 1.550 em 2024 e no início de 2025, o mercado entrou em tendência baixista, encerrando o último ano na faixa de R$ 1.180 a R$ 1.200, pressionado pela oferta interna, importações competitivas e resistência dos moinhos a preços mais elevados.

AGROLINK – Leonardo Gottems

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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