Agricultura
Nova tecnologia da Embrapa fortalece produção de banana-da-terra no Amazonas

A Embrapa Amazônia Ocidental desenvolveu um protocolo de micropropagação para produção em larga escala de mudas de plátano pacovan, que é uma banana-da-terra amplamente cultivada no Amazonas. A nova tecnologia viabiliza o fornecimento local de mudas com alta qualidade genética e sanitária, atendendo à demanda de produtores da região, sobretudo da agricultura familiar.
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Até então, os produtores amazonenses dependiam de mudas convencionais, muitas vezes provenientes de áreas comerciais ou de laboratórios localizados em outros estados. Essa logística apresentava diversos problemas, como atrasos no transporte, mistura de cultivares, falta de uniformidade nos lotes e até mesmo contaminação por patógenos e pragas, segundo o pesquisador Ricardo Lopes, da Embrapa.
“O protocolo representa uma alternativa segura e eficiente para multiplicação das plantas. A Embrapa poderá inclusive ceder material para reprodução em laboratório”, destaca o pesquisador.
Tecnologia para multiplicação segura
A micropropagação é uma técnica que permite a reprodução rápida de plantas a partir do cultivo in vitro de fragmentos vegetais, sob condições ambientais controladas. O método possibilita a produção de mudas geneticamente idênticas, com características superiores e livre de contaminantes, atendendo aos padrões sanitários exigidos.
A iniciativa faz parte de um conjunto de ações da Embrapa voltadas à transferência de tecnologia, à avaliação agronômica e à viabilidade econômica do cultivo do plátano no estado. O material de referência foi coletado em Iranduba (AM) e constitui um clone registrado no Registro Nacional de Cultivares (RNC/Mapa). As mudas produzidas foram cultivadas na Fazenda Amazônia, também em Iranduba.
Os tratos culturais e demais práticas seguiram as recomendações técnicas da Embrapa para o cultivo da bananeira no Amazonas, detalhadas no Comunicado Técnico 169 – BRS Amazonas: cultivar de plátano para o Amazonas.
Projeto de seleção genética
Apesar de sua ampla disseminação e uso na alimentação local, não há caracterização formal da variabilidade genética do plátano pacovan no Amazonas. Para preencher essa lacuna, Ricardo Lopes coordena um projeto que visa caracterizar e selecionar cultivares dessa banana de alto desempenho, com base na coleta de mudas em dez municípios do estado, com pelo menos cinco amostras por localidade.
O objetivo é selecionar plantas com alta produtividade e qualidade de frutos, contribuindo com o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva da banana no estado e o fortalecimento da agricultura familiar.
Importância nutricional e cultural
O plátano, conhecido por diferentes nomes em outras regiões do país, como banana-da-terra e banana comprida, é chamado no Amazonas de pacovan, sendo um dos alimentos tradicionais mais consumidos pela população. Seu alto teor de amido exige cocção antes do consumo e é usado em pratos típicos da culinária amazônica.
Cada 100 g de polpa dessa banana contêm 499 mg de potássio, 174 mg de fósforo e 2,33 mg de ferro, entre outros nutrientes. Os frutos são consumidos fritos, assados, cozidos, em farofas e mingaus, entre outras preparações.
As ações da Embrapa relacionadas ao plátano Pacovan estão alinhadas a diversos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, incluindo os de combate à fome, produção sustentável e valorização da vida terrestre.
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Agricultura
Frente fria impacta o Centro-Sul do país com chuva e queda de temperatura

Dia de mudanças no sul e de frente fria impactando três Regiões do país. Confira a previsão do tempo para este sábado e já comece o dia preparado:
Sul
A frente fria se desloca do Rio Grande do Sul para Santa Catarina e Paraná. Assim, a chuva cessa em território gaúcho, e a alta pressão volta a predominar, levando ar frio para o estado, propiciando o risco de geada nas regiões mais altas. Em solo catarinense, a chuva se concentrará na região centro-leste durante a madrugada e início da manhã, depois o tempo fica estável. No Paraná, as precipitações também se concentram no centro-leste devido ao deslocamento da frente fria para o leste, porém, os maiores acumulados serão sentidos no final da manhã e durante a tarde nas regiões próximas à costa.
Sudeste
A frente fria alcança São Paulo, com mais intensidade na faixa leste, porém, o efeito será sentido em todo o território paulista, com rajadas fortes de ventos. Nas cidades situadas no sul do estado, temporais são esperados já no meio da tarde, se estendendo até a noite. Nas áreas mais para o interior, a chuva será mais fraca e pontualmente forte em algumas regiões, chegando à capital paulista no período da tarde, quando o vento mudará de direção e a temperatura começará a cair rapidamente. No Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais, o tempo continua estável e quente devido à situação de pré-frontal, com ventos de noroeste.
Centro-Oeste
Devido à passagem da frente fria no Sudeste, os jatos de baixos níveis se deslocarão para leste, acompanhando o deslocamento da frente. Isso propiciará chuva fraca, podendo ser moderada em alguns momentos do dia (período da tarde), nas cidades que ficam no oeste de Mato Grosso (região de Cáceres) e mais para a região central de Mato Grosso do Sul, nas cidades de Corumbá e Aquidauana. Em Goiás, o tempo continua estável, com umidade relativa do ar podendo chegar abaixo dos 30%.
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Nordeste
A Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) se aproxima ainda mais do continente, e toda a região do litoral do Ceará terá chuva volumosa durante todo o dia, incluindo Fortaleza, influenciando também o litoral do Rio Grande do Norte, porém, com chuva de menor volume e alternada com períodos de sol entre nuvens. Teresina e região serão influenciadas por este sistema, podendo ter chuva moderada no período da noite, com fortes rajadas de vento. A precipitação diminuiu no recôncavo baiano, mas ainda chove fraco, assim como no litoral de Sergipe até Pernambuco. Nas demais áreas do Nordeste, o tempo segue estável, principalmente no interior, onde a umidade relativa do ar cairá abaixo dos 30%.
Norte
A aproximação da ZCIT no continente aumentará a chuva no extremo norte do Maranhão e Pará, com acumulados mais significativos em cidades mais próximas ao litoral. Amazonas, Rondônia, Acre e Roraima terão pancadas de chuva no período da tarde, devido à umidade disponível e o aquecimento diurno.
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Agricultura
Inteligência artificial entrega gestão da fazenda por whatsapp

Das enxadas e foices à inteligência artificial, a agricultura tem evoluído no mesmo ritmo da demanda por alimentos. Sensores que mapeiam o solo e identificam pragas na lavoura já não são mais novidades, mas agentes virtuais que conversam diretamente com o produtor rural, especialmente os pequenos, tentam, agora, inaugurar um novo capítulo na relação entre tecnologia e homens e mulheres do campo.
A Sol, empresa de conectividade rural do Grupo RZK, propõe exatamente isso com o Sol ÁguIA, nova plataforma que foi lançada durante a Agrishow 2025 e coloca um time de especialistas com milhões de informações integradas em um único algorítimo no celular de agricultores para remetê-las da forma mais simples possível: por mensagens de Whatsapp (veja exemplo no vídeo abaixo).
O CEO da empresa, Rodrigo Oliveira, dá um exemplo prático: a ferramenta pode ler o manual completo de diversas máquinas agrícolas – muitos deles com mais de mil páginas – em apenas alguns segundos e, assim, dar instruções certeiras ao produtor sobre a velocidade indicada para a semeadura, o momento de limpar os bicos de pulverização e a manutenção das peças, entre outras recomendações.
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À primeira vista, é difícil não chamar a ferramenta de ChatGPT do Agro, visto que a tecnologia da norte-americana OpenAI foi a primeira a gerar contato real da maioria das pessoas com uma inteligência artificial interativa. No entanto, o uso da Sol ÁguIA no campo pode ser ainda mais abrangente, visto que os dados fornecidos e constantemente aperfeiçoados serão dispostos em dashboards para que o produtor possa acompanhar tudo de perto.
Oliveira conta que a função da ferramenta é tornar o dia do produtor mais simples para que ele possa focar no que realmente importa, ou seja, no aumento de produtividade e, assim, deixar questões mais burocráticas, como o acesso a apólices de seguro, com a inteligência artificial.
Segundo ele, o cliente que compra o serviço tem acesso à plataforma com login e senha e consegue definir suas necessidades de gerenciamento, classificar seus principais desafios e atribuir tarefas que precisam ser executadas ou analisadas pela IA.
“A partir daí, a inteligência acontece, atuando em tempo integral na observação de telemetria, análise climática, orientações sobre melhores práticas de cultivo, estudo do solo, controle operacional da produção, verificação de resultados e cumprimento de tarefas diárias, até as melhores oportunidades de fluxo de caixa e negociação de vendas para o negócio. Todas essas conclusões e muitas outras são entregues diretamente pelo whatsapp no celular do cliente”, contextualiza.
Inteligência artificial e créditos de carbono
O CEO da Sol conta, também, que a ferramenta pode ser uma aliada a uma questão ainda nebulosa ao produtor: a geração de crédito de carbono rastreável e verificável.
“Para ter receita neste mercado, o produtor precisa mostrar que ele operava de um jeito e agora aplicou determinadas práticas para melhorar o sequestro de carbono no solo. Só que para conseguir certificar o crédito, é preciso ter plataformas auditáveis. Quando se recolhe todos esses dados e os coloca em uma inteligência artificial, é possível garantir o processo de rastreabilidade, mostrando que, por exemplo, a informação foi gerada em determinada máquina, ou que a medição de solo foi feita com a seguinte metodologia e está armazenada, ou seja, garantir a confiabilidade dessas fontes possibilita que, no final, se consiga gerar créditos de carbono verificados.”
Oliveira ressalta que o produtor que utilizar o Sol ÁguIA terá controle sobre os dados e, caso tenha parceria com uma empresa que esteja operando neste mercado, tal como a Bayer na iniciativa Pro Carbono ou outra companhia do setor, pode transmitir o acesso ao compilado de informações. “Estamos fornecendo a matéria-prima e a deixando pronta para uso. Se o produtor quiser utilizá-la no mercado de crédito de carbono ou não, cabe a ele decidir”, conclui.
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Agricultura
Preço da arroba do boi gordo: veja como as cotações encerraram a semana

O mercado físico do boi gordo encerrou a semana com preços em queda, seguindo a tendência dos últimos dias.
De acordo com o analista da Consultoria Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade deste movimento no curto prazo, considerando o posicionamento atual das escalas de abate, entre seis e oito dias úteis na média nacional.
“Muitas indústrias estão ausentes da compra de gado, ainda avaliando as melhores estratégias para aquisição de boiadas no curto prazo”, disse.
Segundo ele, na região Norte, a oferta de fêmeas volta a crescer, o que acentua o cenário de pressão no curto prazo. “Como ponto de suporte precisa ser mencionado o forte ritmo dos embarques”, pontuou.
Preços médios do boi gordo
- São Paulo: R$ 312,58 R$ — ontem: 314,83
- Goiás: R$ 294,64 — anteriormente: R$ 294,82
- Minas Gerais: R$ 299,12 — na quinta: R$ 299,71
- Mato Grosso do Sul: R$ 306,48 — ontem: R$ 306,93
- Mato Grosso: R$ 312,81 — anteriomente: R$ 314,43
Mercado atacadista
O mercado atacadista ainda se depara com preços acomodados para a carne bovina. A demanda durante o final de semana será importante para determinar o andamento dos preços no curto prazo.
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“Para a segunda quinzena do mês o perfil mais comedido de consumo deve resultar em pressão baixista, com a população priorizando o consumo de proteínas mais acessíveis, a exemplo da carne de frango, dos embutidos e dos ovos”, disse Iglesias.
O quarto traseiro ainda foi precificado a R$ 24,00 por quilo, o dianteiro segue no patamar de R$ 19,50 e a ponta de agulha continua cotada a R$ 18,00, por quilo.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em baixa de 0,12%, sendo negociado a R$ 5,6541 para venda e a R$ 5,6521 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,6370 e a máxima de R$ 5,6705. Na semana, a desvalorização ficou em 0,01%.
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