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Pecuária

Empresário Pecuarista: “O bonitinho não vende”, diz professor da USP

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Foto: Wenderson Araújo

 

 

No cenário da pecuária brasileira, a figura do empresário pecuarista é não deve ser confundida com a de um simples produtor rural. É uma questão de não só de visão, mas de atuação. Para esclarecer essa distinção, o professor José Bento Ferraz, do campus de Pirassununga da Universidade de São Paulo (USP), oferece uma perspectiva valiosa sobre o que realmente significa ser um empresário no setor. Acesse aqui o vídeo da entrevista:

Ferraz destaca que, assim como um padeiro que, mesmo sem formação acadêmica, compreende a importância de produzir pão na temperatura e qualidade certas, o pecuarista também deve adotar uma abordagem mais objetiva e estratégica em seu negócio. “O pecuarista muitas vezes é impulsivo e tradicionalista, mas precisa definir claramente seus objetivos. O que ele quer? Produzir o melhor bezerro possível”, afirma.

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A falta de um planejamento claro pode levar a resultados insatisfatórios. O professor enfatiza que, para garantir a continuidade do negócio, é fundamental que o pecuarista produza animais que atendam às expectativas do mercado. “O bonitinho não paga a conta”, alerta Ferraz, ressaltando a importância de focar na qualidade e na viabilidade econômica da produção.

Foto: Gustavo Meca/Texto Comunicação

Além disso, a sustentabilidade é um tema central na conversa. Ferraz defende que a produção pecuária deve ser realizada de forma responsável, respeitando os recursos ambientais. “Não podemos descuidar do meio ambiente, mas podemos manejar nossas fazendas de maneira sustentável”, explica. Ele menciona que, após 30 anos de práticas adequadas, é possível ter uma fazenda com bom nível tecnológico, que respeita a natureza e ainda produz de forma eficiente.

Sustentabilidade

Para alcançar esses objetivos, o professor sugere a adoção de tecnologias adequadas, como a escolha de vacas produtivas e precoces, que garantam um intervalo de partos eficiente. “Uma vaca que não emprenha é como uma máquina quebrada. Se não está funcionando, é melhor descartá-la e investir em uma nova”, compara Ferraz, reforçando a ideia de que a pecuária deve ser encarada como um negócio.

Em suma, a mensagem de José Bento Ferraz é clara: para se destacar no setor pecuário, é preciso mais do que tradição; é necessário ter objetivos bem definidos, adotar metodologias eficazes e, acima de tudo, respeitar o meio ambiente. A transformação do pecuarista em um verdadeiro empresário pode ser a chave para o sucesso e a sustentabilidade da pecuária no Brasil.

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Pecuária

Preços do boi gordo e da carne seguem firmes em abril, impulsionados por exportações e demanda interna

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FOTO CANVA

O mercado da pecuária bovina vem registrando valores sustentados ao longo de abril, tanto para o boi gordo quanto para a carne bovina. Segundo análises diárias do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), a firmeza nas cotações é resultado da combinação entre exportações robustas e demanda interna ligeiramente acima da oferta nas principais regiões produtoras do país.

O Indicador do boi gordo CEPEA/ESALQ acumula alta de cerca de 2,5% no mês, passando de aproximadamente R$ 320 por arroba no final de março para R$ 327 nesta semana. A valorização também é sentida no mercado atacadista da Grande São Paulo, onde a carcaça casada bovina tem operado com preços ao redor de R$ 23/kg à vista, o que representa um aumento de 5,5% na parcial de abril.

A movimentação positiva se estende ao segmento de reposição, com destaque para a demanda por bezerros, que também apresenta aquecimento. Esse cenário sinaliza uma retomada de otimismo entre os pecuaristas, com estímulo à recria e engorda diante da melhoria nas margens.

O desempenho do setor no mercado externo e a estabilidade nos estoques devem seguir influenciando o comportamento dos preços nas próximas semanas, mantendo o setor pecuário em atenção ao equilíbrio entre oferta, demanda e ritmo das exportações.

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Fonte: CenarioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Pecuária

Mercado do boi deve reabrir com boas expectativas

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Foto: Feagro

 

Com o fim do feriado prolongado de Páscoa e Tiradentes, o mercado do boi gordo reabre nesta terça-feira (22.04) sob expectativa de definição da estratégia que será adotada pelos frigoríficos nos próximos dias. Segundo especialistas, o ritmo das compras e os preços da arroba devem depender do desempenho do consumo de carne nos últimos dias e da proximidade do período de maior oferta de animais, que costuma começar em maio.

Na semana anterior ao feriado, o mercado foi marcado por forte oscilação. Houve um pico de preços na terça-feira (15), quando os frigoríficos intensificaram as compras para garantir as escalas de abate. No entanto, já na quarta-feira (16), as indústrias reduziram o ritmo das aquisições e os preços voltaram a ceder em algumas praças. O comportamento do mercado nesta semana será crucial para definir se o movimento de valorização observado será retomado ou revertido.

Última referência antes do feriado

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Na última terça-feira útil antes do feriado, dia 16 de abril, os valores médios da arroba do boi gordo a prazo nas principais praças eram os seguintes:

  • São Paulo (capital): R$ 335, alta de 1,52% em relação aos R$ 330 da semana anterior
  • Minas Gerais (Uberaba): R$ 325, aumento de 1,56% frente aos R$ 320 anteriores
  • Mato Grosso (Cuiabá): R$ 330, avanço de 3,13% sobre os R$ 320 da semana passada
  • Goiás (Goiânia): R$ 320, queda de 1,54% em relação aos R$ 325 anteriores
  • Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 320, também com recuo de 1,54% frente aos R$ 325
  • Rondônia (Vilhena): R$ 290, valor estável frente à semana anterior

Especialistas destacam que o comportamento dos preços nesta semana dependerá não apenas do retorno das compras, mas também da necessidade das indústrias em recompor escalas e do desempenho da carne no varejo.

No atacado, os preços seguem firmes, puxados pelas expectativas de bom escoamento no feriado. O quarto traseiro foi cotado a R$ 26,00 o quilo, e o dianteiro a R$ 19,00, ambos sem alteração em relação à semana anterior. A estabilidade dos preços, mesmo com o feriado, reforça a confiança no consumo interno neste período.

Mesmo com algumas incertezas no cenário internacional, o Brasil segue exportando carne bovina em alto volume. Nos primeiros nove dias úteis de abril, o país embarcou 98,2 mil toneladas de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada, gerando uma receita de R$ 2,83 bilhões, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

A média diária foi de 10,9 mil toneladas, com valor médio diário de R$ 313 milhões. O preço médio da tonelada exportada foi de R$ 28.869. Em relação a abril do ano passado, houve crescimento de 26,6% na receita diária, 15,6% no volume médio e 9,6% no preço médio por tonelada.

Apesar dos bons números, especialistas relatam que os embarques para Estados Unidos e China desaceleraram um pouco por causa de dúvidas sobre tarifas comerciais. Essa lentidão acabou influenciando os preços da arroba em alguns estados, como São Paulo e Mato Grosso do Sul, onde as cotações registraram alta antes do feriado, diante da busca dos frigoríficos por boiadas prontas.

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(Com Feagro)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Pecuária

Oferta limitada e demanda firme sustentam preços no mercado pecuário

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preco-do-boi-gordo-cai-em-fevereiro:-tendencia-ou-oscilacao-normal?-entenda

Programa impulsiona recuperação de areas degradadas em Mato Grosso

 

O mercado pecuário tem se caracterizado pela oferta “limitada” de animais para abate e pela demanda externa aquecida, que enxuga a disponibilidade doméstica. Segundo pesquisadores do Cepea, essa combinação justifica a valorização dos animais no campo e da carne tanto no atacado doméstico quanto no mercado internacional – influenciado também por outros fatores.

Como resultado, conforme o Centro de Pesquisas, o volume posto à disposição do consumidor brasileiro se mostra abaixo da demanda, cenário que vem resultando, desde a última semana de março, em sucessivas altas nos preços da carne com osso e de cortes negociados no atacado da Grande São Paulo.

Esse comportamento tem reduzido a competitividade da carne bovina frente às principais concorrentes, a carne suína e de frango, e também diante da tilápia, ainda conforme levantamentos do Cepea.

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No front externo, o Brasil embarcou até a segunda semana de abril, 10,9 mil toneladas/dia de carne bovina in natura, média 15,6% superior à de abril/24, de acordo com dados da Secex analisados pelo Cepea.

Fonte: Assessoria

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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