Mato Grosso
Melhoramento genético do gado avança com instalação de Câmara Setorial

Foto: Luciano Campbell/ALMT
A instalação da Câmara Setorial Temática (CST) da Genética dos Zebuínos pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso representa um avanço estratégico para a pecuária do estado. Criada para discutir e fomentar o melhoramento genético do rebanho, a CST tem prazo de 180 dias para apresentar um relatório com diretrizes para fortalecer a produção.
O relator da Comissão e presidente da Associação dos Nelores de Mato Grosso, Alexandre El Hage, destacou que reuniões serão realizadas para definir os temas prioritários que serão levados ao governador Mauro Mendes. A próxima reunião da CST está agendada para o dia 31 de março, quando serão debatidas as principais demandas do setor.
Atualmente, Mato Grosso conta com quase 35 milhões de cabeças de gado, o que equivale a aproximadamente 10 animais por habitante do estado. Segundo Alexandre El Hage, isso coloca Mato Grosso como referência na pecuária nacional e entre os maiores produtores de carne do mundo.
“Temos o maior rebanho do Brasil. Se Mato Grosso fosse um país, estaríamos entre os 10 maiores exportadores de carne do mundo. Mas ainda temos que avançar na genética e na qualidade da pastagem para manter o homem no campo e tornar a pecuária cada vez mais competitiva”, afirmou El Hage.
O estado também se destaca na exportação de carne, com habilitação para os principais mercados internacionais, como Egito, China e Hong Kong. “Mato Grosso está muito bem posicionado, com qualidade e volume. Nossa produção sustenta o mercado nacional quando há escassez em outras regiões do Brasil”, pontuou.
O presidente da CST, José Esteves de Lacerda Filho, destacou a importância da inovação para pequenos e médios pecuaristas. Segundo ele, 81% dos produtores do estado possuem menos de 300 cabeças de gado, enquanto apenas 5% têm mais de mil.
“O melhoramento genético precisa chegar a todos. Precisamos de mais tecnologia, manejo adequado, linhas de crédito acessíveis e apoio técnico para que pequenos e médios pecuaristas também avancem. Com isso, melhoramos a produção, reduzimos o tempo para o abate e diminuímos a pressão pelo desmatamento”, explicou Lacerda.
Ele também defendeu o fortalecimento da Empaer (Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural) como ferramenta essencial para levar conhecimento ao campo. “A Empaer tem um corpo técnico muito qualificado e precisa ser fortalecida. Não adianta termos estudos avançados e não aplicarmos essa tecnologia na prática para o produtor”, ressaltou.
Para o representante da Acrimat, Olímpio Brito, a criação da CST permitirá impulsionar ainda mais a raça Nelore, que representa 90% do rebanho mato-grossense, seja puro ou anelorado.
“Com a comissão, vamos fortalecer o melhoramento genético da raça Nelore, mas isso também beneficiará outras raças por osmose. Queremos que Mato Grosso seja reconhecido não apenas pelo maior rebanho, mas pela melhor carne do Brasil e do mundo, agregando valor e diferenciando nossa produção da simples commoditie”, afirmou Brito.
O deputado e primeiro secretário da ALMT, Dr. João (MDB), autor do requerimento da CST da genética dos zebuínos, os integrantes têm o objetivo de discutir e promover o desenvolvimento de tecnologias e práticas de melhoramento genético para a raça zebuína, com isso, encontrar meios de aprimorar a qualidade do rebanho e aumentar a competitividade entre os produtores.
“O que discutimos aqui é que somos os maiores, mas temos que ser os melhores produtores, temos que ser o protagonista em nível nacional, principalmente, dos zebuínos. É uma raça maravilhosa, uma raça nelore que é extremamente produtiva. Por isso, o melhoramento genético é importante para todos os grandes, médios e pequenos produtores”, finalizou o Dr. João.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Mato Grosso
Entidades destacam desafios e potencial da safra durante abertura nacional da colheita do milho em Sorriso

Assessoria
Representantes do agro mato-grossense estiveram reunidos nesta quarta-feira (18) na Abertura Nacional da Colheita do Milho 2ª Safra, realizada na Fazenda Dois Irmãos, do Grupo ABF, em Sorriso (MT). O evento, que simboliza o início oficial da colheita no país, reuniu produtores rurais, lideranças do setor, especialistas, representantes de entidades, da classe política e do setor público para debater as perspectivas da safra 2025 e os entraves enfrentados pela cadeia produtiva do cereal.
O Sistema Famato participou da cerimônia com a presença do vice-presidente Ilson Redivo e do diretor de Relações Institucionais, Ronaldo Vinha, que acompanharam de perto os painéis técnicos que trataram de temas como desafios regulatórios, etanol de milho e os cenários agrícolas para 2025/26. Para Redivo, eventos como esse são fundamentais para conectar o campo às discussões que impactam diretamente o produtor. “Esses encontros trazem temas relevantes para a produção do cereal e ajudam a fortalecer a cadeia produtiva em Mato Grosso, estado líder na produção de milho no país”, comentou.
Ronaldo Vinha também ressaltou o papel do produtor rural como protagonista dos bons resultados. “Tudo leva a crer que a safra será positiva, e isso é reflexo direto do esforço dos produtores. A Famato faz questão de estar presente em momentos que levam informação e inovação ao campo”, afirmou.
Já a Aprosoja MT, entidade coorganizadora do evento, teve participação por meio de seu presidente, Lucas Costa Beber, que integrou o painel “Desafios Regulatórios da Produção”, ao lado do vice-governador Otaviano Pivetta, do senador Marcos Rogério, da deputada federal Coronel Fernanda, do deputado estadual Xuxu Dal Molin, do presidente da Abramilho Paulo Bertolini e do conselheiro da Aprosoja, Glauber Silveira, que mediou o debate.
Lucas Costa Beber destacou que, embora a safra atual não deva ser recorde em área plantada, a produtividade deve ser uma das maiores da história do estado. No entanto, demonstrou preocupação com a rentabilidade do produtor. “Temos muitos agricultores desanimados diante dos baixos preços do milho e da alta nos custos de produção, como os fertilizantes nitrogenados. A expectativa com o Plano Safra é grande, mas existe o temor de juros ainda mais altos”, alertou.
O dirigente da Aprosoja também pontuou os obstáculos regulatórios e financeiros enfrentados pelos produtores. “Falamos de carga tributária elevada, da moratória da soja, das novas regras ambientais e da tributação sobre instrumentos de crédito como LCAs e CRAs. Está cada vez mais difícil acessar financiamento, ao mesmo tempo em que vivemos uma desvalorização das commodities”, ressaltou Beber.
O senador Marcos Rogério complementou a discussão chamando atenção para a necessidade de o Brasil defender melhor sua imagem no exterior. “Somos vítimas de narrativas que nos atacam lá fora. Nenhum país tem uma legislação ambiental tão rigorosa quanto a nossa. Precisamos valorizar isso”, disse.
Fonte: CenarioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Mato Grosso
Defesa Civil apresenta estrutura a cinco estados; “vamos levar a expertise de MT na gestão de desastres”, afirma coronel do ES

A Defesa Civil de Mato Grosso apresentou, nesta quarta-feira (18.6), sua estrutura para representantes das Defesas Civis do Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, São Paulo e Maranhão. A reunião ocorreu na sede da instituição, no Palácio Paiaguás, em Cuiabá.
Os gestores conheceram a sala de situação da Defesa Civil, onde os agentes estaduais fazem o monitoramento das condições climáticas e das áreas do estado, e a atuação da instituição estadual no apoio aos municípios para mapeamento de áreas de risco e elaboração de planos de contingência.
“Viemos conhecer as soluções tecnológicas e procedimentais e a forma de gerenciar desastres e vimos muitas boas práticas. Queremos fazer uma cooperação para aproveitar a expertise que está sendo desenvolvida aqui no Estado para que possamos empregar no Espírito Santo. Temos muitas lições e queremos seguir o caminho de Mato Grosso”, afirmou o coronel BM Benício Ferrari Júnior, coordenador Estadual de Defesa Civil do Espírito Santo.
A Defesa Civil de Mato Grosso apresentou, nesta quarta-feira (18.6), sua estrutura para representantes das Defesas Civis do Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo, São Paulo e Maranhão. A reunião ocorreu na sede da instituição, no Palácio Paiaguás, em Cuiabá.
Os gestores conheceram a sala de situação da Defesa Civil, onde os agentes estaduais fazem o monitoramento das condições climáticas e das áreas do estado, e a atuação da instituição estadual no apoio aos municípios para mapeamento de áreas de risco e elaboração de planos de contingência.
“Viemos conhecer as soluções tecnológicas e procedimentais e a forma de gerenciar desastres e vimos muitas boas práticas. Queremos fazer uma cooperação para aproveitar a expertise que está sendo desenvolvida aqui no Estado para que possamos empregar no Espírito Santo. Temos muitas lições e queremos seguir o caminho de Mato Grosso”, afirmou o coronel BM Benício Ferrari Júnior, coordenador Estadual de Defesa Civil do Espírito Santo.
“Foi uma reunião muito proveitosa. Tivemos a oportunidade de conhecer a realidade de Mato Grosso, as ações que foram feitas, e nos chamou a atenção a estrutura que foi montada, com apoio de aeronave, pessoal, a integração entre os órgãos, enfim, a gente vê que o sistema funciona e o quanto isso é importante para reduzir os desastres e os danos causados”, destacou o coronel BM Fernando Raimundo Schunig, coordenador Estadual de Defesa Civil do Paraná.
Além da apresentação da estrutura mato-grossense, também foi apresentado um protótipo da ferramenta Geodados, que será utilizada em Mato Grosso para a gestão de riscos, compilando dados de diversos órgãos em uma única plataforma.
O encontro também possibilitou a troca de experiências entre os estados participantes.
“Foi um prazer poder conhecer a Secretaria de Defesa Civil de Mato Grosso e ter esse espaço para troca de informações. A gente sai com sensação de dever cumprido e várias informações a agregar no nosso sistema de defesa civil no Maranhão”, afirmou o coronel BM Sandro Amorim, coordenador Estadual de Defesa Civil do Maranhão.
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Mato Grosso
Artesanato mato-grossense movimenta mais de R$ 215 mil na FIT Pantanal 2025

A participação do Programa do Artesanato de Mato Grosso na FIT Pantanal 2025 superou expectativas e consolidou a feira como uma das principais vitrines para a produção artesanal do estado. Ao todo, foram movimentados R$ 215.031,83 em vendas, valor que representa um aumento de cerca de 7,5% em relação à edição anterior.
Com 100 estandes e a presença de representantes de 25 municípios, a feira reafirmou o papel do artesanato como instrumento de geração de renda, preservação cultural e fortalecimento da economia criativa. Para além dos números, a FIT foi também espaço de visibilidade e troca de experiências entre artesãos de diferentes regiões de Mato Grosso.
Um dos destaques em vendas foi a artesã Adelita Sarkis Fleiria, de Guiratinga. Suas mandalas e arranjos decorativos feitos com sementes do cerrado chamaram a atenção do público e foram os itens mais procurados, evidenciando o interesse crescente pela biodiversidade regional aplicada ao design artesanal.
Já o artesão mais longevo da feira foi o senhor Antônio Pessoa da Silva, de Cuiabá, com 86 anos. Com décadas de dedicação ao ofício, ele comercializou cintos, carteiras e bolsas de couro bovino, sendo exemplo da força do saber tradicional e da longevidade produtiva no setor.
“A participação na FIT Pantanal 2025 reafirma o compromisso do Programa do Artesanato de Mato Grosso com a valorização, o apoio aos artesãos e a promoção de ações que gerem visibilidade, renda e a possibilidade de inserção dos artesãos em novos mercados. Diante do sucesso alcançado em 2025, A expectativa é de que, em 2026, o evento conte com ainda mais municípios participantes, maior volume de comercialização e uma programação ainda mais rica, reforçando o papel do artesanato como expressão de identidade, sustentabilidade e geração de oportunidades”, comentou Carolinne Luz, da Coordenação do Artesanato da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec).
Além da comercialização direta, a feira proporcionou um espaço de formação de redes, troca de saberes e abertura para novos mercados. A adesão de mais de 25 municípios nesta edição reforça o envolvimento das gestões locais no incentivo ao artesanato como estratégia de desenvolvimento sustentável.
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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