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Suinicultura

Período de gestação de fêmeas suínas é crítico e deve ser acompanhado de perto, segundo especialista

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Reprodução

 

 

. Mortalidade fetal e embrionária pode aumentar devido causas infecciosas e manejo deficiente

Essencial para o aumento da população de leitões, o período reprodutivo das fêmeas suínas convive com mortes embrionárias e fetais. O cuidado deve ser intenso nesse período. “As causas dessas fatalidades que comprometem o resultado econômico da atividade podem ser tanto infecciosas – causadas por agentes patogênicos – como por ocorrência genética, do próprio organismo das fêmeas ou por falta de bom manejo”, explica o zootecnista Fernando Zimmer, da Auster Nutrição Animal.

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Esse desafio torna imprescindível ter atenção às necessidades das fêmeas e acompanhá-las de perto durante todo o período gestacional, que normalmente dura de 112 a 116 dias.

“A partir dos 35 dias, há registro de mortes fetais – num momento em que os fetos já estão mais desenvolvidos e não são absorvidas pelo corpo da fêmea. Nesse cenário, temos os fetos mumificados (mortos entre 35 e 90 dias) e os natimortos, que são os fetos mortos após os 90 dias de gestação. Depois desse período, os fetos estão bem mais desenvolvidos”, detalha o especialista. Os leitões mumificados apresentam-se com aspecto de múmia e cor enegrecida, com diferentes graus de desidratação. Praticamente desenvolvidos, os natimortos se apresentam com aspecto muito próximo ao normal e são classificados como pré-parto, intra-parto e pós-parto.

Causas da mortalidade – Em todas as fases do processo reprodutivo, as mortes podem ser causadas por infecções de várias origens. Entre os principais causadores de distúrbios reprodutivos, estão circovírus suíno, parvovírus, Leptospira sp., Brucella suis e doença de Aujeszky. As causas não infecciosas estão relacionadas às falhas no sistema de produção e maternas.

Fernando Zimmer ressalta que, “de forma geral, é mais comum a mortalidade de suínos por ocorrências não infecciosas, sejam relacionadas à fêmea ou à genética, como alta prolificidade (grande número de crias na mesma gestação), ordem de parto elevada, fêmeas com maior duração de parto e leitões com baixo peso ao nascer”. Algumas mortes também são creditadas à falta de atenção do suinocultor para esse período crítico.

Falhas de manejo influenciam na gestação. Elas podem levar ao inadequado índice de escore corporal das fêmeas no momento da cobertura e involução uterina, estresse, falhas na ambiência de matrizes, insuficiente ingestão de água pelas fêmeas, partos distócicos (quando há dificuldade no nascimento natural), falhas na indução, não assistência ao parto, ingestão de micotoxinas e nutrição inadequada, entre muitos outros.

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“As perdas gestacionais proporcionam consideráveis prejuízos econômicos à suinocultura. Por isso, nesse período, é extremamente importante que o produtor adote manejo eficiente, com nutrição de qualidade, e tome medidas sanitárias para o bem-estar das fêmeas”, completa o zootecnista.

Irvin Dias

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Suinicultura

Porco Moura: sinônimo de maciez e suculência

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Foto: Projeto Porco Moura/UFPR

 

O Paraná consolidou-se como o segundo maior produtor de suínos do Brasil em 2024, com uma produção de 12,4 milhões de porcos, representando 21,5% da suinocultura nacional. Além da relevância industrial, o Estado tem se destacado na criação da raça Moura, nativa e conhecida por sua carne de qualidade, que se assemelha aos melhores cortes bovinos.

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) desempenha um papel essencial com o Projeto Porco Moura, criado em 1985, descontinuado no início dos anos 2000, e retomado em 2014, garantindo o resgate da raça e sua importância histórica. Atualmente, o Paraná concentra 74% da produção brasileira de porcos Moura, que somam cerca de 2.600 exemplares distribuídos em 21 municípios.

A raça Moura possui uma trajetória rica, com origem ligada às missões jesuíticas espanholas na América. Historicamente, sua banha foi utilizada como combustível no período anterior à industrialização. Porém, mudanças no mercado, como o foco na produção de carne e a chegada da peste suína africana, reduziram drasticamente sua presença.

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O tempo de engorda do Moura, que pode ultrapassar 300 dias, e os altos custos de produção são desafios que diferenciam essa raça dos porcos industriais. Contudo, sua carne, com marmoreio acentuado e sabor único, tem conquistado espaço em restaurantes, mercados e charcutarias gourmet.

A busca pelo selo de Indicação Geográfica (IG) pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI, desde 2018) é uma estratégia dos produtores para valorizar a raça Moura. Além disso, iniciativas legislativas e normas de biosseguridade têm sido implementadas pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) para fortalecer a produção em sistemas de campo aberto.

Em 2024, o Moura foi declarado Patrimônio Histórico, Cultural e Genético do Paraná, reforçando seu papel na identidade e economia do Estado. O futuro aponta para a criação de novos mercados e a valorização de raças não industriais, à exemplo da produção de alto valor agregado na Espanha.

(Com AEN/PR)

Fernanda Toigo

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Suinicultura

Preços do suíno vivo e da carne mostram recuperação em fevereiro

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Foto: Lucas Cardoso

 

Após registrarem queda em janeiro, os preços do suíno vivo e da carne apresentaram forte recuperação em fevereiro, atingindo um recorde nominal para o período, conforme a série histórica do Cepea iniciada em 2002. Esse aumento foi impulsionado pela baixa disponibilidade de animais para o mercado interno, especialmente aqueles com peso ideal para abate.

As exportações brasileiras de carne suína, incluindo produtos in natura e processados, recuaram levemente em janeiro, mas voltaram a crescer em fevereiro. O volume exportado e a receita alcançada registraram recordes para um mês de fevereiro, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), cuja série histórica teve início em 1997. O crescimento das exportações foi impulsionado pelos maiores embarques para mercados como Filipinas, México e Hong Kong.

No mercado interno, o poder de compra do suinocultor paulista em relação aos principais insumos, como milho e farelo de soja, melhorou em fevereiro. Esse movimento foi favorecido pela valorização do suíno vivo, pela queda nos preços do farelo de soja e pelos aumentos menos expressivos nos valores do milho.

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Já no comparativo com outras proteínas, a carne suína perdeu competitividade frente às principais concorrentes, bovina e de frango. No atacado da Grande São Paulo, tanto a carne suína quanto a de frango tiveram elevação de preços em fevereiro, mas a alta da suinocultura foi mais expressiva. Em contrapartida, a carcaça bovina apresentou desvalorização no período.

Fonte: CenarioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Preço do suíno vivo sobe em Mato Grosso com melhora na reposição

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Divulgação

 

O preço do suíno vivo pago ao produtor mato-grossense registrou valorização na primeira quinzena de fevereiro de 2025, atingindo média de R$ 7,70 por quilo, um aumento de 3,63% em relação ao mesmo período de janeiro.

A carcaça suína também apresentou alta, com avanço de 1,24% no mesmo comparativo, chegando a R$ 12,21 por quilo. Esse movimento foi impulsionado, principalmente, pela melhora na reposição entre atacado e varejo, favorecida pela entrada da massa salarial, que aqueceu o consumo.

O mercado segue atento à demanda interna e às oscilações no custo de produção, fatores que podem influenciar os preços nos próximos meses.

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Fonte: CenarioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Tendência