Café
Preços do café permanecem altos e favorecem poder de compra dos cafeicultores

Reprodução
Os preços do café no Brasil continuam em patamares elevados, mesmo com a colheita da safra 2024/25 se aproximando do fim. Esse cenário tem proporcionado uma vantagem significativa para os cafeicultores em relação à compra de insumos, como adubos, de acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
No Espírito Santo, principal estado produtor de café robusta, a relação de troca entre café e ureia tornou-se bastante favorável para os produtores. Em julho deste ano, foi possível adquirir uma tonelada de ureia com a venda de apenas 2,05 sacas de café robusta do tipo 6. Para efeito de comparação, no mesmo mês do ano passado, eram necessárias 4,45 sacas para realizar a mesma compra. Este aumento no poder de compra representa uma significativa redução nos custos de produção para os cafeicultores, que têm aproveitado os bons preços para investir em melhores práticas agrícolas.
O cenário não é diferente para os produtores de café arábica. Na região do Cerrado Mineiro, uma das mais importantes para a produção de arábica no Brasil, foram necessárias apenas 2,1 sacas do café tipo 6 para adquirir uma tonelada de ureia em julho deste ano. Em 2023, esse número era de 3 sacas, evidenciando uma melhora na relação de troca. Este ganho reflete diretamente no planejamento financeiro das propriedades, possibilitando que os agricultores ampliem seus investimentos em tecnologia e fertilizantes, buscando aumentar a produtividade e a qualidade dos grãos.
Especialistas atribuem os altos preços do café no mercado interno a uma série de fatores, incluindo a demanda internacional robusta e as condições climáticas adversas que impactaram as safras de outros grandes produtores mundiais. O Brasil, como maior produtor e exportador de café do mundo, tem se beneficiado dessa dinâmica de mercado, garantindo aos seus cafeicultores um cenário econômico mais favorável.
À medida que a safra 2024/25 se consolida, as expectativas permanecem otimistas. Os cafeicultores brasileiros esperam que os preços elevados continuem a proporcionar vantagens econômicas, permitindo uma gestão mais eficiente dos custos de produção e a capacidade de reinvestir nas lavouras. Com o mercado global atento às movimentações do setor, o café brasileiro segue como protagonista, tanto em termos de volume quanto de qualidade, reforçando sua posição de liderança no cenário internacional.
Fonte: CenárioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Café
Cafés adulterados revelam falhas na cadeia produtiva; robótica surge como solução para garantir pureza do grão

Divulgação
Descoberta de cafés adulterados gera alerta no mercado brasileiro
Recentes casos de cafés vendidos com impurezas — como cascas, palhas e fungos perigosos — reacenderam o debate sobre rastreabilidade e segurança alimentar na principal bebida do país. A Anvisa chegou a retirar marcas adulteradas das prateleiras, reforçando a necessidade de controle mais rigoroso na cadeia produtiva.
Robótica e visão computacional: uma solução promissora
Diego Lawrens Bock, engenheiro mecatrônico e gerente da Bock Robotics, destaca que muitas das impurezas poderiam ser eliminadas já na lavoura ou nos centros de beneficiamento com o uso de tecnologias avançadas. Segundo ele, “a aplicação sistemática de visão computacional e inteligência robótica nas etapas de seleção, triagem e inspeção dos grãos é fundamental para garantir qualidade”.
Experiência da indústria automotiva a serviço do agronegócio
Com vasta experiência em automação para montadoras como Volkswagen, Ford e GM, Bock vê potencial para transferir esse know-how para cadeias agrícolas, especialmente no café especial. Robôs equipados com sensores ópticos e sistemas de visão identificam rapidamente defeitos imperceptíveis ao olho humano, como grãos mofados ou contaminados.
Tecnologia para garantir pureza e elevar padrões
Na prática, robôs com câmeras industriais e algoritmos inteligentes realizam análises em tempo real durante o processamento do café, classificando e separando os grãos com precisão cirúrgica. Essa tecnologia aumenta a segurança do consumidor, melhora a consistência dos lotes e fortalece a imagem dos produtores no mercado internacional.
Benefícios para cooperativas e torrefações
Além de elevar a qualidade, a automação traz ganhos em eficiência e sustentabilidade. Menores perdas, redução de retrabalho e rastreabilidade completa da cadeia são vantagens importantes. Sistemas automatizados podem realizar inspeções finais com base em sensores laser e inteligência artificial, tornando o combate à fraude muito mais eficaz.
Urgência em adotar padrões tecnológicos
Diante do recente escândalo e da perda de confiança do consumidor, Diego Bock reforça a necessidade de o setor cafeeiro implementar um controle de qualidade preventivo, automatizado e baseado em tecnologia. “Robótica não é exclusividade da indústria automotiva de luxo; é uma ferramenta essencial para a saúde pública e a economia agrícola”, conclui.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Café
Polinização por abelhas eleva produtividade do café em área experimental da Empaer

A produção de café na agricultura familiar de Mato Grosso pode ganhar um novo impulso com a aplicação de técnicas de polinização por abelhas. A iniciativa foi apresentada durante o Dia de Campo – Cadeias de Valor da Agricultura Familiar, realizado no Centro Regional de Pesquisa e Transferência de Tecnologias (CRPTT) da Empresa Mato-grossense de Pesquisa e Extensão Rural (Empaer), em Tangará da Serra quarta-feira (11.6).
O projeto, desenvolvido pela Empaer em parceria com a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), aposta no uso estratégico de abelhas nativas e exóticas para aumentar a produtividade e melhorar a qualidade dos grãos nos cafezais. A proposta integra ciência, sustentabilidade e valorização da agricultura familiar.
Segundo João Bosco, pesquisador da Empaer e coordenador do experimento, a tecnologia tem demonstrado resultados animadores: “Nós estamos com esse projeto em parceria com a Unemat, para que a gente possa trazer para os produtores um aumento de produtividade com qualidade. É uma cultura de boa renda para o produtor de pequena escala. O preço está interessante, os chineses aprenderam agora a tomar café e são consumidores em potencial, com isso o preço aumentou. Nós conhecemos produtores que conciliaram a polinização e chegaram a produzir 130 sacas de café em apenas um hectare.”
A professora Daniele Starktonon, bióloga e docente do curso de Agronomia e do Mestrado em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola da Unemat, destaca que a pesquisa une conservação ambiental e incremento na produção agrícola.
“A questão da polinização é muito interessante, tanto pelo lado da produção quanto da conservação das abelhas, especialmente em Mato Grosso, onde temos uma elevada diversidade de espécies nativas. Com essa parceria da Empaer, estamos investigando a importância da apicultura migratória, em que os produtores podem deslocar os enxames em suas propriedades durante a florada. Pensamos que isso possa ser uma solução para o aumento da produtividade do café para os pequenos produtores”, explicou.
Entre os participantes do projeto está a mestranda Daniela Padilha, de 31 anos, que veio do Pará para estudar na Unemat. “Achei muito interessante essa pesquisa sobre polinização no café, tendo em vista que o Estado está se destacando na produção, inclusive em propriedades menores. E a polinização por abelhas tem uma importância significativa na qualidade da produção nos cafezais, além de ser sustentável”, afirmou.
A iniciativa do Dia de Campo é do Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci) e Fundação de Amparo à Pesquisa de Mato Grosso (Fapemat) Fundação, em parceria com a Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seapa), Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), e Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac).
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Café
Indicador do café robusta cai com força em abril

Reprodução
Depois de atingir patamar recorde real no primeiro trimestre, o Indicador CEPEA/ESALQ do café robusta tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo recuou com certa força em abril. Considerando-se a média mensal, a baixa foi de 15,5% (ou de 310,70 Reais/saca) em relação a março, passando para R$ 1.692,32/saca de 60 kg.
Pesquisadores do Cepea indicam que, apesar da oferta ainda limitada, a retração pode estar atrelada à proximidade da colheita da nova safra no estado capixaba e também em Rondônia. Além disso, em abril, o mercado também foi influenciado por fortes oscilações externas, que, por sua vez, decorreram de fatores como a imposição de tarifas pelos Estados Unidos e condições do clima nas principais regiões produtoras do Brasil.
No Espírito Santo, ainda que de forma pontual, a colheita do robusta já foi iniciada e deve ganhar ritmo nos próximos dias. Até o final de abril, levantamento do Cepea mostra que cerca de 5% da produção esperada no estado capixaba havia sido colhida.
Chuvas registradas no fim de abril ajudaram a melhorar as condições das lavouras mais tardias e podem favorecer o desenvolvimento final desses talhões.
Fonte: Assessoria Cepea
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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