Agricultura
Alface: Start na safra de inverno em SP: ritmo de plantio é mais lento
Divulgação
Como tipicamente ocorre, o consumo pelas folhosas cruas recua no inverno, fator que estimula a diminuição de área plantada de alface, na tentativa de reduzir sobras na roça. Além disso, o ciclo produtivo mais estendido também favorece diminuição de perdas. Diferente das últimas semanas, problemas fitossanitários na terra e nos pés foram relatados nesta semana (24 a 28/06), como a incidência de fusarium e míldio – típicos do período.
Além das temperaturas mais baixas, o início das férias escolares também tem ocasionado em retração da demanda pelas alfaces. Assim, a americana fechou a semana na casa de R$ 21,33/cx com 12 unidades em Ibiúna (SP), redução de 26% frente à semana anterior. Em Mogi das Cruzes (SP), a crespa caiu 4,73% e terminou em R$ 23,50/cx com 20 unidades.
Fonte: Cepea
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Plantio do arroz avança no Rio Grande do Sul
Foto: Pixabay
O Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, divulgado nesta quinta-feira (31), aponta que o plantio de arroz no Rio Grande do Sul segue em ritmo adequado na maior parte do estado. Com um planejamento estratégico e semeadura dentro do período ideal, a cultura apresenta bom potencial de desenvolvimento, especialmente onde o clima tem colaborado. Entre as práticas de manejo adotadas estão o controle de plantas daninhas e a adubação de cobertura, realizados nos momentos apropriados para garantir um crescimento vigoroso.
No entanto, nas regiões da Campanha, Sul e parte das Missões, as chuvas intensas e frequentes resultaram em atraso ou interrupção na semeadura, exigindo replantio em alguns locais. Nas áreas mais afetadas, também foram necessárias reconstruções de taipas e canais de irrigação para mitigar o impacto das enxurradas. A queda nas temperaturas após as chuvas, com registros abaixo de 10°C na fronteira com o Uruguai, pode prejudicar a germinação e o desenvolvimento inicial do arroz, aumentando o risco de falhas e dificultando as práticas de manejo.
O Instituto Rio Grandense de Arroz (IRGA) projeta que a área de cultivo de arroz para a safra atual alcance 948.356 hectares, enquanto a Emater/RS-Ascar estima uma produtividade média de 8.478 kg/ha.
Na Campanha, os temporais de 24 de outubro paralisaram o plantio, sendo necessários ajustes e possíveis replantios nas áreas mais impactadas. Em Dom Pedrito, chuvas de até 190 mm foram registradas, somando um acumulado anual que ultrapassa mil milímetros no município. Em outras áreas, como Alegrete e Maçambará, onde o clima teve menor impacto, a semeadura progrediu, atingindo 80% e 75% das áreas estimadas, respectivamente.
Na região de Pelotas, a semeadura foi retomada gradualmente após as chuvas, mas permanece abaixo do ritmo registrado em 2023. Já em Santa Maria, mais de 30% da área prevista foi plantada, com as lavouras em estágios de germinação ou desenvolvimento vegetativo. Em Cacequi, técnicas de manejo para controle de plantas invasoras foram implementadas, enquanto em Santa Rosa e Soledade, os produtores aguardam a diminuição da umidade para prosseguir com a semeadura.
Quanto à comercialização, o preço médio da saca de arroz no estado sofreu uma leve queda de 0,32% na semana, passando de R$ 116,32 para R$ 115,95.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Clima favorável impulsiona desenvolvimento da mandioca
Foto: Canva
A Emater/RS-Ascar informou, no boletim divulgado nesta quinta-feira (31), que as condições climáticas na região administrativa de Santa Rosa, Rio Grande do Sul, foram altamente favoráveis para o desenvolvimento das lavouras de mandioca, com boa radiação solar e temperaturas adequadas. As chuvas de quarta (23) e quinta-feira (24) trouxeram umidade ideal ao solo, contribuindo para o vigor das plantas e o avanço do plantio, que já atinge 98% da área projetada para essa cultura. A mandioca plantada na região apresenta um quadro saudável, com boa brotação das manivas e um desenvolvimento vegetativo considerado vigoroso.
Os agricultores da região, muitos dos quais plantam a mandioca para consumo próprio, seguem com os tratos culturais, realizando o controle de plantas invasoras de forma manual. Em São Paulo das Missões, uma Unidade de Referência com 24 variedades de mandioca está sendo monitorada, e os resultados dessa análise serão apresentados ao público em um evento previsto para o início de 2025.
Em relação ao mercado, a mandioca descascada está sendo comercializada em supermercados ao valor de R$ 6,00/kg, enquanto na feira e na venda direta ao consumidor o preço varia entre R$ 7,00 e R$ 9,00/kg.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Preço do trigo mantém alta no Brasil
Foto: Canva
Segundo a análise semanal da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema), os preços do trigo no Brasil seguem em tendência de alta, principalmente para o produto de qualidade superior. No Rio Grande do Sul, o valor médio do saco de trigo está em R$ 68, enquanto no Paraná, onde a colheita já avança para 91% da área, o preço varia entre R$ 77 e R$ 79 por saco. Um ano atrás, o trigo superior gaúcho tinha uma média de R$ 49,64 por saco, enquanto o valor no Paraná era de R$ 54. Esse salto nos preços representa uma valorização de 37% no Rio Grande do Sul e de até 47% no Paraná.
Em São Paulo, onde a colheita foi praticamente finalizada, a alta dos preços foi ainda mais acentuada devido à consolidação da quebra de safra. No Rio Grande do Sul, a colheita atingiu 29% da área até 24 de outubro, levemente abaixo da média histórica para o período, que é de 31%, conforme apontou a análise.
A expectativa da Ceema é de que a quebra da safra brasileira de trigo fique entre 20% e 25%, com uma produção final ao redor de 7,5 milhões de toneladas, abaixo das 8,1 milhões colhidas em 2023. A qualidade do grão é outro fator preocupante: grande parte da produção não atinge o padrão de PH 78 e o índice de Falling Number ideal, indicadores importantes para o mercado de trigo. Esses fatores devem levar o Brasil a aumentar as importações do cereal em 2025, com uma estimativa de 5 a 6 milhões de toneladas para suprir o mercado interno.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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