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Meio Ambiente

“Estamos em uma das piores situações”, diz Marina sobre Pantanal

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RETROSPECTIVA_2023 – Incêndios castigam o Pantanal. – Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

A ministra do Meio Ambiente e das Mudanças do Clima, Marina Silva, alertou, nesta segunda-feira (24), que os incêndios atuais no Pantanal são agravados pelos extremos climáticos e também por ações criminosas.

“Estamos diante de uma das piores situações já vistas no Pantanal. Toda a bacia do Paraguai está em escassez hídrica severa”, afirmou.

 

Marina Silva concedeu entrevista após segunda reunião da sala de situação de crise com outros ministros, como Simone Tebet (Planejamento) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional), além de representantes da Defesa e da Justiça. A ministra explicou que, no período entre os fenômenos do El Niño e El Niña, de estiagem na região, fez com que uma “grande quantidade de matéria orgânica em ponto de combustão” esteja propiciando incêndios que são “fora da curva” em relação a tudo que se conhece.

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Segundo ela, o Ministério do Meio Ambiente planeja, desde outubro do ano passado, ações para se antecipar às consequências do incêndio.

“Pela primeira vez, houve um plano de enfrentamento a incêndio no Pantanal. Nós fazemos política pública com base em evidência. Já sabíamos que este ano seria severo”, disse Marina Silva.

Diante disso, ela afirmou que o ministério decretou situação de emergência em relação ao fogo e à contratação de brigadistas. Pelo (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em atuação, há 175 brigadistas, 40 do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), 53 da Marinha (que são combatentes), além de bombeiros locais. “Teremos já um adicional de 50 brigadistas do Ibama e 60 que virão da Força Nacional, além da mobilização de mais brigadistas diante da necessidade”.

“Novo normal”

Marina Silva disse que a seca na região aponta para um “novo normal”, com a pior estiagem dos últimos 70 anos. “O que nós temos é um esgarçamento de um problema climático que vocês viram acontecer com chuvas no Rio Grande do Sul. Nós sabíamos que iria acontecer com seca envolvendo a Amazônia e o Pantanal. Nesse período, não há incêndio por raio. O que está acontecendo é por ação humana”, lamentou.

De acordo com a ministra, mais de 80% dos incêndios estão dentro de propriedades particulares. “Nós temos uma responsabilidade sobre as unidades de conservação federal, mas nesse momento nós estamos agindo em 20 incêndios”.

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Simone Tebet destacou que foi importante a ação do governo de Mato Grosso do Sul de decretar a emergência ambiental. “Isso nos abre a possibilidade de criar créditos extraordinários. Não vai faltar recurso ou orçamento para resolver. Agora, não há orçamento no mundo ou no Brasil que resolva o problema de consciência da população”, afirmou.

Marina Silva ainda relembrou a necessidade de aprovação pelo Congresso da Lei do Manejo Integrado do Fogo. “Infelizmente, até hoje não foi aprovado. Gostaríamos muito de que fosse aprovado nesse momento em caráter emergencial”.

Proibição do uso do fogo

Marina Silva disse que há um pacto com os governos do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, além dos governadores dos estados da Amazônia. “Os governos estaduais já decretaram a proibição definitiva do fogo [em pastagens] até o final de ano. Portanto, todos aqueles que fizerem o uso do fogo para renovação de pastagem ou para atividade qualquer que seja ela, estará cometendo um delito”, alertou.

A ministra associou que os municípios que mais desmataram têm sido vítimas dos incêndios, como é o caso de Corumbá (MS). “É o município que mais desmatou. Não por acaso, é onde há mais incêndio”.

Já a ministra Simone Tebet, do Planejamento, acrescentou que há uma atenção especial para as situações do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul. “O maior foco de incêndio nesse momento é no estado de Mato Grosso do Sul, mais de 50% no município de Corumbá”. Ela salientou a colaboração dos governos dos estados de decretar a proibição do manejo controlado de fogo até o final do ano.

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“Mesmo aqueles fogos controlados que eram permitidos no Pantanal, está terminantemente proibido por determinação dos governos estaduais”, destacou.

Fonte: Ag. Brasil

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Meio Ambiente

Outono começou e a previsão é de dias quentes e secos

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O outono no hemisfério Sul começou na manhã desta quinta-feira (20.03), às 6h01 pelo horário de Brasília, e se estenderá até 20 de junho às 23h42, segundo informações do canal Climatempo. Esta estação de transição marca a passagem do calor e umidade do verão para o clima mais seco e ameno do inverno. Embora o outono traga uma expectativa de temperaturas mais amenas, é importante ressaltar que, segundo a MetSul, as temperaturas devem permanecer acima da média em diversos estados do país.

Já de acordo com o Climatempo, o outono de 2025 será influenciado por uma neutralidade térmica no Oceano Pacífico Equatorial, ou seja, não haverá a presença dos fenômenos El Niño ou La Niña. Essa condição sugere que as temperaturas devem ficar acima da média em diversas regiões do país.

Sul: Espera-se uma redução gradual das chuvas e a chegada de massas de ar frio, especialmente a partir de maio, podendo ocasionar geadas nas áreas serranas.

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Sudeste: A transição para o clima seco ocorre de forma mais lenta, com possibilidade de chuvas ocasionais e temperaturas amenas.

Centro-Oeste: A estação seca se estabelece, com redução significativa das chuvas e aumento da amplitude térmica diária.

Nordeste: O litoral deve registrar chuvas dentro da média para a estação, enquanto o interior tende a ter precipitações abaixo do normal.

Norte: A previsão indica chuvas dentro ou um pouco abaixo da média, com exceção do Amapá e nordeste do Pará, onde as precipitações podem ser superiores ao esperado.

Para o agronegócio, essas condições climáticas exigem atenção especial. A redução das chuvas no Centro-Oeste e Sudeste pode afetar o desenvolvimento de culturas que dependem de umidade adequada, como milho safrinha e café. Por outro lado, a possibilidade de geadas no Sul requer monitoramento constante, especialmente para culturas sensíveis como hortaliças e frutas. Produtores rurais devem estar atentos às previsões meteorológicas e adotar práticas de manejo que minimizem os impactos climáticos nas lavouras e pastagens.

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Fonte: Pensar Agro

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Meio Ambiente

Outono mais ameno, mas com pouca chuva

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Outono em Curitiba. Posque do Papa. Foto: José Fernando Ogura

 

A nova estação começou às 6h01 desta quinta-feira, 20 de março, e trará transições climáticas graduais. Meteorologistas do Simepar apontam que abril, maio e junho devem registrar menor volume de chuvas, devido à influência de sistemas de alta pressão, marcados pelo ar frio e seco.

Os primeiros dias do outono serão de estabilidade no tempo, com manhãs frescas, nevoeiros e tardes quentes, além de baixa umidade em regiões como Oeste, Norte e Noroeste. A população espera temperaturas mais amenas após um verão intenso, embora mais chuvoso e com temperaturas médias inferiores às de 2024.

Como fica o clima na entrada do outono?

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Para o outono, espera-se temperatura média ligeiramente acima da média histórica, mas mais baixa que em 2024, com precipitações próximas ou abaixo do normal em quase todo o estado. O período também será marcado por noites e manhãs frias, maior amplitude térmica e possibilidade de geadas no Centro-Sul a partir de abril.

Os fenômenos El Niño/La Niña e o aquecimento das águas do Atlântico Sul podem influenciar o clima. O Oceano Pacífico equatorial deve continuar resfriando de forma fraca, enquanto o Atlântico Sul permanecerá mais quente.

(Com AEN/PR)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Meio Ambiente

Saiba como será o clima do outono e os impactos para o campo

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Foto: Pixabay

 

O outono de 2025 começa oficialmente no dia 20 de março e promete trazer temperaturas acima da média em grande parte do Brasil. Segundo as previsões meteorológicas, abril será um mês mais quente que o normal, principalmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, impactadas pelas mudanças climáticas e ondas de calor.

A transição do verão para o outono já se faz sentir com a chegada de uma frente fria no Sul do país, reduzindo temporariamente as temperaturas. No entanto, o Norte e Nordeste seguirão com tempo quente e seco, enquanto o Centro-Oeste enfrentará variações entre calor intenso e pancadas de chuva. O Sudeste também apresentará esse padrão, com períodos alternados de calor e precipitações, influenciando diretamente no conforto térmico da população e no planejamento agrícola.

Com a neutralidade climática prevista para 2025, espera-se um outono mais estável, com impactos diretos na disponibilidade hídrica e na produção agrícola. A possibilidade de um inverno mais úmido também pode contribuir para o abastecimento dos reservatórios e a recuperação de áreas afetadas pela seca prolongada.

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E PARA AGRICULTURA, VEJA AS PREVISÕES:

A chegada do outono traz desafios e oportunidades para a agricultuura. Segundo o meteorologista Gabriel Luan Rodrigues, do Portal Agrolink, a redução das chuvas beneficiará a colheita de soja e milho no Centro-Oeste, Sudeste e Sul, permitindo melhor tráfego das máquinas agrícolas. No entanto, essa mesma condição pode prejudicar o plantio de trigo, aveia e cevada, culturas que necessitam de maior umidade para um bom desenvolvimento inicial.

Outono de 2025 terá clima seco e risco de geadas, alerta meteorologista

A região Sul deve sofrer com chuvas abaixo da média, o que preocupa os produtores de grãos de inverno, pois a falta de água no solo pode comprometer a produtividade. Além disso, há risco de geadas precoces entre o fim de abril e maio, trazendo mais um fator de incerteza para os agricultores. No Sudeste, as chuvas devem ficar dentro da média, mas com solos já castigados pelo verão seco, o crescimento das culturas de inverno pode ser prejudicado.

No Centro-Oeste, o clima seco favorecerá a colheita de soja e milho, mas a segunda safra pode enfrentar dificuldades devido às altas temperaturas e chuvas irregulares. Já no Nordeste, onde a agricultura depende fortemente da irrigação, o impacto será menor, mas áreas sem sistemas eficientes de captação de água podem sofrer perdas. No Norte, a redução das chuvas pode baixar os níveis dos rios, afetando o transporte fluvial e a logística de escoamento da produção agrícola.

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AGROLINK – Aline Merladete

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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