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Ciclo do Crescimento apresenta estratégias para negócios dos produtores

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O seminário, realizado dentro da programação da Nacional Hereford e Braford em Bagé (RS), atraiu um grande público interessado nas palestras apresentadas – Foto: Divulgação

 

A manhã desta quinta-feira, de junho, na Nacional Hereford e Braford, foi marcada por um seminário com o debate de diversos temas de interesse do produtor no auditório da Associação e Sindicato Rural de Bagé (RS). Organizado pela Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), o Ciclo do Crescimento trouxe especialistas para apresentar cenários e tendências de assuntos aos criadores.

A primeira palestra da manhã foi feita pelo CEO do Grupo Affectum Agro, Ricardo Paz Gonçalves, que apresentou o tema “Rally da Reforma Tributária – O que muda para o produtor rural”. O especialista abordou os pontos que vão impactar o produtor na reforma que vem sendo discutida no Congresso Nacional. Para Gonçalves, a necessidade de mobilização no setor rural é urgente. “Estamos acompanhando atentamente as mudanças em curso no Congresso Nacional e a angústia cresce ao ver como isso impactará diretamente os produtores rurais. É essencial que nos mobilizemos em massa para garantir que nossos interesses sejam representados nesse momento crítico de regulamentação”, observou.

Para o CEO da Affectum Agro, a aprovação dessas novas regras terá um impacto profundo e duradouro sobre o setor, afetando as vidas dos produtores e contribuindo para a sustentabilidade do Estado. “Esta é uma janela de oportunidade única e é vital que a aproveitemos para nos organizar e adotar medidas necessárias antes que as novas regras entrem em vigor. Se não agirmos agora, os custos e ônus para nos adaptarmos às mudanças futuras serão muito maiores. Temos um prazo de um a dois anos para nos prepararmos adequadamente. Portanto, é fundamental que direcionemos nossos representantes para defender nossos interesses no Congresso, garantindo que as novas regulamentações reflitam as necessidades e realidades do setor rural”, destacou.

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Dando continuidade aos assuntos debatidos pela manhã, o tema “A genética como propulsora de lucratividade e ferramenta de escala no negócio pecuário” foi apresentado pelo proprietário e gestor na Fazenda Esperança, Raphael Houayek. O criador acredita firmemente na genética como um propulsor de lucratividade na pecuária. “Em nossa propriedade implementamos esse conceito e nos dedicamos a levar essa informação para outros produtores, democratizando tanto a genética quanto nosso conhecimento. Acreditamos que é possível dar escala ao negócio pecuário através da genética”, salientou.

Houayek reforçou que o termo “escala” é amplamente utilizado por empresários que tratam o negócio com seriedade. “Consideramos essencial trazer essa mentalidade para dentro da porteira. Além dos escritórios de gestão e controle, precisamos de estratégias eficazes. É crucial pensar no negócio de forma holística para que ele cresça e se adapte às exigências atuais do mercado. Nosso objetivo é transformar a percepção dos produtores, mostrando que a aplicação de estratégias empresariais na gestão da pecuária pode levar a um crescimento significativo e sustentável”, frisou.

A terceira palestra do Ciclo do Crescimento foi realizada pelo médico veterinário Jacques Leston, inspetor Técnico da ABHB, e gestor de Pecuária na Agropecuária Dom Vitor. Ele abordou o assunto “Raça Hereford como ferramenta de incremento de produtividade e agregação de valor”. Explicou que, no cenário mundial, a raça destaca-se por suas qualidades excepcionais. No Brasil, os rebanhos mais significativos estão no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná. Além dessas regiões, a raça tem sido amplamente utilizada em cruzamentos no Brasil Central e no Norte. “Mas por que essa disseminação tão ampla? A raça oferece uma série de benefícios e características que incrementam o negócio pecuário. Entre essas qualidades, destacam-se a performance, fertilidade, precocidade, longevidade, rusticidade, eficiência de conversão, alto peso, rendimento de carcaça, qualidade de carne e docilidade”, exemplificou.

Leston avaliou que, entre todas essas qualidades, a performance, docilidade e eficiência de conversão são especialmente notáveis. “A qualidade da carne é uma característica excepcional inerente às raças de origem britânica. No entanto, a eficiência na conversão de pasto em carne faz desta raça uma escolha imbatível. A docilidade também é uma característica muito importante e desejada nos sistemas pecuários modernos, sendo altamente transmissível”, pontuou.

Finalizando o Ciclo do Crescimento, o médico veterinário e agropecuarista Bruno Bangel, proprietário da Bangel Expertise Pecuária, falou sobre o tema “Biotecnologia da reprodução e o potencial para o melhoramento do rebanho”. Disse que a preocupação com o negócio do produtor rural vai além das técnicas de criação. A chave é encontrar maneiras de aumentar a lucratividade e diversificar as fontes de renda dentro das fazendas. Um dos aspectos que tem ganhado cada vez mais importância é a questão comercial: ajudar o produtor a vender seus produtos de maneira mais eficaz e a acessar mercados diferenciados”, colocou.

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Bangel explanou que a cria é a base da pecuária, suprindo todos os elos da cadeia produtiva. “O objetivo é produzir terneiros pesados, padronizados e bem nutridos. Esses são os animais que o mercado demanda: terneiros com bom acabamento, em excelente estado sanitário e com um padrão de qualidade elevado em todas as raças. A produção desses terneiros de alta qualidade começa com a técnica de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), aplicada em primíparas, ou seja, vacas que estão no seu primeiro ciclo de reprodução. Esses terneiros são criados em campo nativo, o que garante a rusticidade e adaptabilidade dos animais, características valorizadas pelo mercado”, explicou.

Nos intervalos das palestras também foram apresentados Pitchs de Negócios das empresas parceiras da Nacional.

Texto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Comissão de Café da CNA se reuniu na sede da Faesp para debater a modernização da marca Cafés do Brasil

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A Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu, na sexta-feira (7), para estudar um projeto para revitalizar e modernizar a marca Cafés do Brasil no mercado nacional e internacional. O encontro aconteceu na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), com participação da consultoria Design Bridge and Partners, conhecida por sua expertise em estratégias de marca e design inovador.

Participaram do encontro: Fabrício Teixeira Andrade, presidente da Comissão Nacional do Café da CNA, Thiago Orletti, vice-presidente, Ademar Pereira, segundo vice-presidente da Comissão da CNA e também coordenador adjunto da Comissão Técnica de Cafeicultura da Faesp, e Raquel Miranda, assessora técnica da CNA. Pela consultoria: Raquel Sztejnberg, head de estratégia da Design Bridge and Partners no Brasil e Daniel Balaguer, consultor de branding.

O presidente da Comissão Nacional do Café da CNA, Fabrício Teixeira Andrade, explica a importância desse encontro. “No momento nós estamos no processo de apuração, em que os principais agentes da cadeia produtiva no café no Brasil estão sendo entrevistados para que todos os valores, todos os pontos de diferenciação que queremos comunicar como Cafés do Brasil sejam contemplados. Esperamos que, ao final do processo, tenhamos uma marca que não apenas agregue valor ao café brasileiro, mas também promova o sentimento de pertencimento entre todos os elos da cadeia. Com uma comunicação mais consistente, expandindo o reconhecimento da marca pelos consumidores”, afirmou.

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O projeto é conduzido pelo Conselho Deliberativo da Política do Café (CDPC), composto de órgãos do setor público e do setor privado; Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); Conselho Nacional do Café (CNC) representando as Cooperativas; Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), representando os exportadores; Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC); e Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (ABICS).

Para Tirso Meirelles, presidente do Sistema Faesp/Senar-SP, o encontro se traduz pela importância que o café tem na economia brasileira e seu papel histórico. “Valorizar os cafés do Brasil é valorizar a história das famílias produtoras e do legado passado de geração em geração, dessa que é uma das culturas agrícolas mais admiradas e mais reconhecidamente brasileiras que é o café. A Faesp apoia eventos como esse e está de portas abertas para dar ao café o protagonismo que ele merece.”

Mario Luiz Teixeira

Colaborou: Astrogildo Nunes [email protected]

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Embrião de égua grande campeã da Expointer é comercializado por R$ 105 mil

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Foto: Divulgação

 

Realizado na noite desta terça-feira, 11 de fevereiro, o leilão Marconi e Convidados, da Cabanha Marconi, de Santa Maria (RS), abriu a temporada de vendas da Trajano Silva Remates com um resultado excelente, como avaliam os organizadores. Na comercialização de 23 lotes de exemplares de Cavalos Crioulos, o remate, que teve liquidez e agilidade, com média de R$ 40,77 mil na venda dos lotes.

O leiloeiro e diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva, ressaltou a diferenciação da genética da Marconi, que tem como base a Santa Edwiges, que também realizará em breve seu leilão, que fechou com médias de R$ 51,33 mil em seus lotes. “Foi uma surpresa agradável. Tivemos poucas vendas interestaduais, as compras foram realizadas basicamente pelos gaúchos. E o leilão transcorreu num ambiente maravilhoso. Iniciamos com o pé direito e surpresos com a média e o excelente resultado”, destacou.

Entre os destaques da noite de vendas esteve a venda de um embrião da égua Marconi Índia, grande campeã e melhor exemplar da raça na Expointer, pelo valor de R$ 105 mil. O remate foi transmitido pelo canal da Trajano Silva Remates no YouTube e teve retransmissão pelo Lance Rural, em parceria fechada pelo escritório com a plataforma para a transmissão dos leilões do ano da leiloeira.

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Texto: Nestor Tipa Júnior/AgroEffective

Colaborou: Astrogildo Nunes [email protected]

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Novas taxações de Trump e relatório do USDA elevam tensão no agro

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Assessoria

 

A política comercial dos Estados Unidos segue trazendo apreensão aos mercados globais. O presidente Donald Trump, em seu segundo mandato, continua anunciando novas taxações e revisões tarifárias que afetam diretamente o comércio agrícola mundial.

Esse cenário de incerteza se soma às mais recentes projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgadas em 11 de fevereiro de 2025, que apontam cortes na produção e nos estoques globais de soja e milho.

No relatório de fevereiro do World Agricultural Supply and Demand Estimates (WASDE), divulgado nesta terça-feira (11.02), a estimativa de produção mundial de soja foi reduzida para 420,76 milhões de toneladas, ante os 424,26 milhões estimados em janeiro. Os estoques finais globais também sofreram queda, passando para 124,34 milhões de toneladas. No caso do milho, a produção global foi revisada para 1,212 bilhão de toneladas, com os estoques finais ajustados para 290,31 milhões de toneladas, ambos abaixo das previsões anteriores.

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Para o Brasil, a projeção de produção de soja foi mantida em 169 milhões de toneladas, mas os estoques finais foram reduzidos para 31,52 milhões de toneladas, frente aos 32,52 milhões estimados no mês anterior. As exportações seguem projetadas em 105,5 milhões de toneladas. Nos Estados Unidos, a produção permaneceu em 118,84 milhões de toneladas, com estoques finais de 10,34 milhões de toneladas.

A Argentina foi um dos países mais impactados pelas revisões do USDA, com um corte significativo na produção de soja, agora estimada em 49 milhões de toneladas, ante os 52 milhões previstos em janeiro. Os estoques finais do país também foram reduzidos de 28,95 para 25,95 milhões de toneladas. Já a China manteve sua produção em 20,65 milhões de toneladas, com importações projetadas em 109 milhões de toneladas e estoques finais ajustados para 45,96 milhões.

No mercado de milho, o USDA revisou para baixo a estimativa da safra brasileira, agora prevista em 126 milhões de toneladas, contra os 127 milhões projetados no mês anterior. Os estoques finais foram reduzidos para 2,84 milhões de toneladas, enquanto as exportações foram ajustadas para 46 milhões de toneladas. Nos Estados Unidos, a produção foi mantida em 377,63 milhões de toneladas, com produtividade de 187,56 sacas por hectare. Os estoques finais ficaram em 39,12 milhões de toneladas, enquanto o consumo para etanol permaneceu em 139,71 milhões de toneladas.

A Argentina também registrou uma redução na produção de milho, passando de 51 para 50 milhões de toneladas, com estoques finais de 2,79 milhões e exportações projetadas em 36 milhões de toneladas. A Ucrânia, por sua vez, manteve a estimativa de produção em 26,5 milhões de toneladas, mas suas exportações foram revisadas para 22 milhões, ante os 23 milhões previstos anteriormente.

Com um ambiente internacional instável e novas incertezas comerciais, o setor agropecuário segue atento às movimentações políticas e econômicas que podem impactar o fluxo global de commodities. O Brasil, como um dos principais exportadores agrícolas, precisa continuar investindo em competitividade e buscando novas oportunidades de mercado para minimizar os riscos impostos por esse cenário volátil.

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Sobre a taxação de 25% sobre a importação de aço e alumínio a partir de março, o governo brasileiro considerou um blefe do presidente Donald Trump, para forçar melhores condições comerciais para este ou mesmo para outro setor.

Como havia prometido, na segunda (10.02) o presidente americano assinou uma ordem para acabar com isenções, cotas para grandes fornecedores (como o Brasil) e elevar para 25% a tarifa de importação. A iniciativa está sendo encarada pela equipe de Lula como a abertura de uma mesa de negociação para algo que seja de interesse dos Estados Unidos —para, ao final das conversas, retomar as condições anteriores no comércio bilateral de aço e alumínio. “Por todos os lados é um ganha-ganha para os Estados Unidos. É o ‘America First’”, diz um integrante do governo, se referindo ao slogan de campanha de Trump, no qual ele defendia colocar os Estados Unidos “em primeiro lugar”.

Fonte: Pensar Agro

Colaborou: Astrogildo Nunes [email protected]

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