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Movimento contra a Moratória da Soja critica colonialismo europeu e defende soberania brasileira

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O movimento contra a Moratória da Soja, que reuniu milhares de pessoas, dentre representantes do setor produtivo e autoridades, durante o seminário “Impactos das Moratórias da Soja e da Carne nas Desigualdades Regionais”, vai encaminhar uma carta aos adidos agrícolas e embaixadas europeias, defendendo a soberania brasileira e criticando o colonialismo europeu.

O documento expressa que a sustentabilidade é a grande marca do Brasil, garantida pela Constituição Federal de 1988 e pelo Código Florestal Brasileiro, que têm regras rígidas para a preservação do meio ambiente nacional, diferentemente de outros países que decidiram manter leis mais flexíveis, ao mesmo tempo que criaram um “conceito de adicionalidade”.

A “adicionalidade”, segundo o manifesto, cria uma espécie de “licença para poluir”, pois permite que países que preservam menos que o Brasil, como os europeus, comercializem créditos de carbono gerados a partir da preservação daquilo que está além das legislações daqueles países, fazendo parecer que estão muito preocupados com a questão ambiental.

A França, por exemplo, determina que as suas reservas sejam de 4%, enquanto no bioma amazônico brasileiro, a preservação obrigatória é de 80%. Mesmo assim, o setor produtivo brasileiro convive com acordos como a Moratória da Soja, que restringe a comercialização da soja produzida em áreas convertidas legalmente após 2008 na Amazônia, respeitando o limite de 20%.

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“Dedicamos menos de 8% do nosso território para a agricultura, e preservamos mais de 66% das nossas florestas. Ainda assim somos campeões em produção de grãos e fibras, cumprindo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e incomodando países que não conseguem dar passos tão consistentes em direção à produtividade”, destaca o documento.

A carta pontua também que a matriz energética do Brasil é composta por 93% de fontes renováveis, ao contrário de nações europeias, que recorrem a fontes consideradas “sujas”. Os autores ainda criticam as promessas de indenização aos países em desenvolvimento com “cifras bilionárias, ainda que todos saibam que não passa de peça publicitária para Conferências da ONU”.

Ademais, o Brasil decidiu que a transparência seria o instrumento para evoluir na pauta ambiental, publicando as áreas que são embargadas por quaisquer atos nocivos ao meio ambiente. Por outro lado, “países europeus fornecem informações agrupadas, veladas, presando pela manutenção de uma imagem de eficiência ambiental que notadamente supera os resultados concretos obtidos”.

A carta ressalta que os países europeus não exigem “desmatamento zero” para si, mas impõe barreiras comerciais “revestidas de preocupações ambientais” para subjugar os brasileiros, por meio de empresas que ignoram a legislação ambiental e prejudicam a imagem do país, “vendendo a promessa de que apenas eles são capazes de certificar a idoneidade dos nossos produtos”.

“Nós, trabalhadores, produtores rurais, prefeitos, parlamentares municipais, estaduais e federais, representantes dos Poderes, rejeitamos a Moratória da Soja, seus Embargos Comerciais indiscriminados, e, em especial, o “Green Deal” europeu. Exigimos respeito às nossas leis e convocamos nossos representantes a assumirem a responsabilidade de defender nossa soberania, o bem-estar do povo e a Constituição como defenderiam a própria vida”, finaliza.

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LEIA A CARTA NA ÍNTEGRA

A Carta de Maio

Sustentabilidade é a nossa marca e essa foi uma decisão particular do nosso povo, expressa na Constituição Federal de 1988 e em uma lei rígida e clara sobre o direito de uso e ocupação do solo: o Código Florestal Brasileiro. Diferentemente de outras nações, que mantiveram leis mais flexíveis e que hoje, seguindo o conceito de adicionalidade que eles mesmo criaram, avançam na comercialização de créditos de carbono, uma espécie de “licença para poluir” que atende perfeitamente aos desígnios de quem não quer fazer genuinamente a diferença para o mundo, mas que se preocupa muito em parecer que está.

Conservamos porque a imensa maioria de nós, cidadãos brasileiros, entende que isso é o correto. Dedicamos menos de 8% do nosso território para a agricultura, e preservamos mais de 66% das nossas florestas. Ainda assim somos campeões em produção de grãos e fibras, cumprindo com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e incomodando países que não conseguem dar passos tão consistentes em direção à produtividade.

Investimos em energia limpa maciçamente, hoje 93% proveniente de fontes renováveis, enquanto países Europeus lutam para atingir resultados ainda muito tímidos diante da responsabilidade histórica que têm com a humanidade. Comprometem-se a indenizar países em desenvolvimento com cifras bilionárias, ainda que todos saibam que não passa de peça publicitária para Conferências da ONU. Na prática, apenas investem esforços na adoção de medidas unilaterais de restrição de comércio.

Decidimos como Nação que a transparência seria o instrumento que utilizaríamos para evoluir continuamente na pauta ambiental. Publicamos em endereços eletrônicos as áreas que são embargadas por quaisquer atos que entendemos ser nocivos ao meio ambiente, enquanto isso, países Europeus fornecem informações agrupadas, veladas, presando pela manutenção de uma imagem de eficiência na gestão ambiental que notadamente supera os resultados concretos obtidos.

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Esses mesmos países não falam em desmatamento zero para seu território, mas impõe barreiras comerciais revestidas de preocupações ambientais para subjugar nosso povo. Suas corporações ignoram nossa legislação ambiental e atuam para prejudicar nossa imagem, vendendo a promessa de que eles, e apenas eles, são capazes de certificar a idoneidade dos nossos produtos.

Diante desse comportamento colonialista e ao desprezo que demonstram à livre iniciativa e a dignidade da pessoa humana, princípios Constitucionais que fazem do Brasil uma nação livre e solidária, dizemos: Basta!

Nós, trabalhadores, produtores rurais, prefeitos, parlamentares municipais, estaduais e federais, representantes dos Poderes, rejeitamos a sua Moratória da Soja, seus Embargos Comerciais indiscriminados, em especial ao Green Deal. Exigimos respeito às nossas leis e convocamos nossos representantes a assumirem a responsabilidade de defender nossa soberania, o bem-estar do povo e a Constituição como defenderiam a própria vida.

Fonte: Assessoria

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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‘O momento do preço doméstico é ideal para negociar a soja’, diz analista

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Colheitadeiras de soja em fazenda no oeste da Bahia. Foto: Jefferson Aleffe

A semana foi encurtada e marcada por uma postura mais cautelosa no mercado de soja no Brasil. Mesmo com a valorização registrada nos contratos futuros da oleaginosa em Chicago, a queda do dólar frente ao real acabou pesando sobre os preços domésticos e esfriou o ritmo dos negócios.

Apesar do cenário global ainda pressionado pela ampla oferta sul-americana, os preços atuais, tanto em Chicago quanto no Brasil, são considerados atrativos. “O atual patamar de preço doméstico, levando em conta os fundamentos, é excelente para negociar”, avalia Rafael Silveira, analista da consultoria Safras & Mercado.

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As cotações de soja durante a semana

Entre os dias 17 e 24 de abril, a saca de 60 quilos apresentou variação negativa em diversas praças do país. Em Passo Fundo (RS), o preço caiu de R$ 132,00 para R$ 130,00. Em Rondonópolis (MT), o recuo foi ainda mais acentuado, de R$ 119,00 para R$ 116,50. Já no Porto de Paranaguá (PR), referência para exportação, a cotação passou de R$ 137,00 para R$ 134,00. Em algumas regiões, como em parte do interior gaúcho, os preços se mantiveram estáveis, ao redor de R$ 131,00.

Na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT), os contratos com vencimento em julho acumularam alta de 1,93% até a manhã desta sexta-feira (25). A valorização foi impulsionada por sinais de possível reaproximação entre China e Estados Unidos no âmbito da guerra comercial, o que reduziu a aversão ao risco nos mercados financeiros internacionais.

No entanto, no Brasil, o bom desempenho externo foi neutralizado pela queda cambial. O dólar comercial acumulou baixa de 1,93% na semana até quinta-feira (24), pressionado pelo fluxo de capital estrangeiro migrando de ativos norte-americanos para mercados emergentes. Essa movimentação acabou enfraquecendo a moeda norte-americana frente ao real, o que limitou os ganhos nos preços da soja em reais.

O que o produtor pode esperar?

Com os olhos voltados agora para o início do plantio da nova safra norte-americana, o mercado avalia o bom ritmo das lavouras nos Estados Unidos e especula o possível corte na área cultivada, fator que poderá ter efeito direto na precificação global.

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Cafeicultora do Sul de Minas transforma legado familiar e leva cafés especiais ao mercado internacional

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Ilma Rosa Franco, produtora rural. | Foto: Divulgação ASN/MG

Nas montanhas de Campestre, no Sul de Minas Gerais, Ilma Rosa Franco produtora rural fez da tradição centenária da família um exemplo de empreendedorismo rural e inovação.

À frente do Sítio Terra Nova, ela deixou o cultivo convencional e se lançou no mercado de cafés especiais, conquistando reconhecimento dentro e fora do país.

Filha da quinta geração de cafeicultores, Franco cresceu entre os pés de café plantados por seu bisavô, o espanhol Major Manoel Joaquim Garcia Rosa, ainda no século XIX. Mas foi em 2017 que a produtora decidiu mudar o rumo dos negócios e valorizar o terroir da região vulcânica mineira.

Hoje, a marca Café Rosa Franco é referência em qualidade e autenticidade.

“Eu queria mais do que apenas vender café. Meu intuito era mostrar ao mundo o valor do nosso terroir – conjunto de características naturais e humanas que influenciam a qualidade de um produto -, e da nossa dedicação”, conta a empreendedora rural.

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Cafés premiados e exportados

No sítio de 68 hectares, 33 são dedicados a variedades como Mundo Novo, Catuaí, Topázio e Paraíso. A colheita é manual e a secagem ocorre em terreiros suspensos, preservando o perfil sensorial com aroma frutado doce, às vezes floral, resultado do terroir exclusivo da região vulcânica.

O resultado apareceu em 2022, quando Ilma venceu um concurso municipal de cafés especiais, promovido pela Prefeitura de Campestre, alcançando 88,65 pontos. Hoje, das 600 sacas de café produzidas anualmente, cerca de 120 são classificadas como café especial.

A comercialização é feita de forma criteriosa: os cafés especiais são enviados para cafeterias, torrefações e eventos nacionais como o São Paulo Coffee Festival e a Semana Internacional do Café (SIC). Parte da safra também é exportada, chegando a países como Estados Unidos e Japão.

Hoje, a marca Café Rosa Franco é referência em qualidade e autenticidade. | Foto: Divulgação: ASN/MG

Parcerias e sucessão rural

Um dos diferenciais do projeto é a parceria com agricultores vizinhos. A empreendedora fornece insumos e estrutura a famílias de agricultores da região, enquanto os parceiros colaboram na colheita.

 “No fim da colheita, dividimos a produção e realizamos uma prática justa e sustentável que reforça os laços comunitários,” afirma Franco.

Pensando no futuro, a produtora prepara o neto Maurício Franco Garcia, de 18 anos, para assumir os negócios. Ao lado da avó, ele aprende, na prática, cada etapa que faz do Café Rosa Franco uma referência: desde o plantio até o manejo e a colheita dos grãos.

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Apoio técnico e novos mercados

Franco também contou com apoio técnico do Sebrae/MG para profissionalizar a gestão e investir em novas oportunidades.

“O Sebrae tem sido um grande aliado na minha trajetória como produtora de cafés especiais. Fiz vários cursos que mudaram completamente minha forma de empreender, como o Empretec, além de capacitações sobre gestão financeira e torra, que ainda estou finalizando. Cada aprendizado abriu novos horizontes e trouxe mais segurança para tomar decisões no dia a dia do sítio”, ressalta Franco.

Com sensibilidade e coragem, Ilma Rosa Franco mostra que tradição e inovação podem caminhar juntas no agronegócio, inspirando produtores a valorizar suas origens e buscar novos caminhos.

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Feriado de Tiradentes pode começar com geada; saiba onde

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Foto: Freepik

A segunda-feira (21) deve começar gelada em alguns estados do Brasil. Uma massa de ar polar é a responsável pela queda nas temperaturas, inclusive com possibilidade de geada em alguns pontos, segundo a Climatempo. Confira previsão do tempo nas cinco regiões do país:

Região Sul com frio e possibilidade de geada

Chance de geada nos pontos mais altos da Serra de SC e do RS. O tempo segue firme na maior parte dos dois estados, com previsão de chuva apenas no norte e litoral norte de SC. No PR, a entrada de ventos úmidos que sopram do mar contra a costa favorecem algumas pancadas mais localizadas. O interior do PR continua com tempo firme.

Região Sudeste

Os ventos úmidos que sopram do mar contra a costa ainda favorecem chuva no litoral de SP, em áreas do Sul do RJ e no leste e litoral do ES, dia mais úmido com muita nebulosidade e condições de chuva moderada a forte. Interior de SP, com chuva diminuindo e temperaturas voltando a subir à tarde. Chove em forma de pancadas no norte de Minas.

Região Centro-Oeste

Amanhecer com temperaturas mais amenas em áreas do sul de MS, com sol aparecendo mais e pouca nebulosidade, a chuva continua ocorrendo em forma de pancadas no leste e norte de GO e no norte e noroeste de MT. Chove com moderada a forte intensidade no norte de MS e na região de Corumbá.

Região Nordeste

O tempo continua firme no interior e sertão do Nordeste com uma segunda-feira de sol, pouca nebulosidade e umidade podendo ficar abaixo do ideal para a saúde (>60%). Chove em forma de pancadas no litoral do MA e do PI. O sol aparece durante o dia e pode chover com moderada a forte intensidade no oeste da Bahia.

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Região Norte

Dia abafado em toda a região com calor e umidade estimulando nuvens carregadas em todos os estados. Risco de temporal no interior do AM e no estado do AP. Pode chover forte em Manaus, Porto Velho e Rio Branco.

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