Agricultura
Estado e entidades discutem ações para monitoramento da nova vespa-da-madeira
FOTO: Francisco Santana
O Grupo de Trabalho de Defesa Florestal (GT- Deflo) reuniu-se na quarta-feira (29), na sede da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), em Curitiba, para elaborar estratégias no monitoramento e prevenção do ataque da nova vespa-da-madeira (Sirex obesus), registrada em 2023 em plantações de pinus no Sudeste do País.
Até o momento, apenas os estados de São Paulo e Minas Gerais têm registros da praga, que tem causado muitos danos em plantios de pinus resinados. Por isso, o grupo está trabalhando na elaboração de um plano de ação para orientar produtores, compradores de madeira, empresas e entidades que atuam no setor e estabelecer estratégias para monitorar a dispersão da vespa para os plantios de pinus da região Sul.
Coordenado pela Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, o GT – Deflo reúne instituições do governo, institutos de pesquisa, universidades e associações do setor florestal. Inclui especialistas da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater (IDR-Paraná), da Embrapa Florestas, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), e Ocepar.
Para este encontro também foram convidadas a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR) e Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor). Também serão desenvolvidas ações em conjunto com a Associação dos Resinadores do Brasil (Aresb) e o Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais (Funcema).
“Vamos coordenar ações como a comunicação direcionada em diferentes estados, para orientar o setor sobre como monitorar e combater a praga, além de pesquisas, cursos, mapeamento das áreas mais adequadas para instalação de armadilhas, entre outras estratégias. Tudo isso acontecerá com apoio do Sistema Estadual de Agricultura”, explica o diretor do Departamento de Florestas Plantadas (Deflop) da Seab, Breno Menezes de Campos.
O coordenador do programa de Prevenção e Controle de Pragas em Cultivos Agrícolas e Florestais da Adapar, Marcílio Martins Araújo, falou sobre a necessidade do mapeamento das áreas prioritárias, que fazem divisa com o estado de São Paulo, e a intensificação das orientações no transporte agropecuário. “Vamos identificar os horários e dias de maior fluxo nos postos de fiscalização e os fiscais de defesa agropecuária poderão divulgar orientações sobre a praga”, disse.
O Paraná é destaque nacional em produtos florestais. Esse setor representa aproximadamente 5% do Valor Bruto da Produção Agropecuária do Estado, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral).
O QUE É – A Embrapa Florestas tem monitorado a nova vespa-da-madeira desde o ano passado, em conjunto com pesquisadores de outras instituições. Também já foi realizada uma assembleia do Funcema (Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais) em abril deste ano para tratar do assunto.
A pesquisadora e entomologista da Embrapa, Susete do Rocio Chiarello Penteado, explica que a espécie Sirex obesus é diferente da Sirex noctilio, popularmente conhecidas como vespa-da-madeira, oriunda da Ásia, Europa e Norte da África, que circula no Brasil desde a década de 1980. A Sirex obesus foi identificada no país pela primeira vez em 2023, e é oriunda da América do Norte.
Embora não cause problemas na sua região de origem, no Brasil a nova vespa tem atacado espécies de pinus tropicais, e principalmente em áreas de resinagem, causando a morte das árvores. Há áreas no país com aproximadamente 60% de ataque. “Quando recebemos o inseto na Embrapa, pela coloração da asa, já pudemos constatar que era uma outra espécie, do mesmo gênero da vespa-da-madeira que já ocorria nos plantios de pinus, mas que parece ter uma biologia e comportamento diferentes”.
De acordo com ela, os pesquisadores já estão desenvolvendo estudos para verificar se a nova espécie pode ser combatida com o uso do Nematec, que é produzido pela Embrapa Florestas e formulado com o nematoide Deladenus siricidicola, principal inimigo natural da vespa-da-madeira.
Redação Sou Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Receita Federal faz alerta sobre golpes envolvendo Pix
Reprodução
Uma fake news divulgada nas redes sociais nos primeiros dias de 2025 levou criminosos a criarem um novo golpe, utilizando o nome da Receita Federal para aplicar fraudes. A fake news com objetivos políticos dava conta que o governo inicia taxar o pix a partir de janeiro.
Os criminosos se aproveitaram da mentira e criaram o golpe da taxa do pix. Nesta sexta-feira (10.01), a Receita emitiu um alerta para conscientizar os contribuintes sobre essas práticas criminosas, que aproveitam a desinformação para prejudicar pessoas.
O agronegócio, setor que vem adotando de forma crescente ferramentas digitais como o Pix para facilitar transações, também pode ser afetado por esse tipo de golpe. Muitos produtores rurais utilizam o Pix para realizar pagamentos de insumos, transporte de mercadorias e até negociações internacionais. A disseminação de fake news sobre supostas taxas ou bloqueios pode gerar insegurança e até prejudicar a dinâmica de negócios no campo.
Além disso, criminosos podem usar a desinformação para enganar produtores menos familiarizados com tecnologia, intensificando os riscos de fraudes. Por isso, é essencial que o setor agropecuário esteja atento às orientações da Receita Federal e busque sempre verificar a autenticidade das informações em fontes confiáveis.
No agronegócio, o uso responsável de ferramentas digitais é crucial para garantir a eficiência nas operações financeiras. Proteger-se contra fraudes e desinformação ajuda a manter o setor forte, seguro e competitivo, especialmente em um momento em que o Brasil consolida sua posição de liderança no mercado internacional de produtos agrícolas e pecuários.
As mensagens falsas têm sido divulgadas por meio de aplicativos como WhatsApp e Telegram, utilizando indevidamente o nome e o logotipo da Receita Federal. As mensagens informam a cobrança de supostas taxas sobre transações via Pix acima de R$ 5 mil, alegando que o Cadastro de Pessoa Física (CPF) dos contribuintes pode ser bloqueado caso a suposta taxa não seja paga.
Os golpistas utilizam falsos documentos que imitam o padrão visual da Receita Federal, incluindo boletos fraudulentos. O objetivo é enganar os contribuintes e obter informações pessoais e financeiras para aplicações indevidas.
A Receita Federal deixou claro que não existe qualquer tributação sobre o Pix e que tal prática é inconstitucional. Segundo o órgão, “não existe tributação sobre o Pix, e nunca vai existir, até porque a Constituição não autoriza imposto sobre movimentação financeira”.
A Receita também ressaltou que as novas regras em vigor desde 1º de janeiro apenas atualizam o sistema de acompanhamento de movimentações financeiras para incluir meios de pagamento como Pix e carteiras digitais, mas isso não implica na criação de novos impostos.
Orientações para evitar golpes
Para auxiliar os contribuintes a se protegerem, a Receita Federal forneceu uma lista de recomendações:
- Desconfie de mensagens suspeitas: Não forneça informações pessoais ou financeiras em resposta a e-mails ou mensagens de origem desconhecida.
- Evite clicar em links desconhecidos: Links suspeitos podem direcionar para sites fraudulentos ou instalar programas prejudiciais nos dispositivos.
- Não abra arquivos anexos: Anexos em mensagens fraudulentas geralmente contêm programas que podem roubar informações ou causar danos ao computador.
- Verifique a autenticidade: A Receita Federal utiliza exclusivamente o Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (Portal e-CAC) e o site oficial como canais seguros de comunicação.
A Receita Federal reforçou a necessidade de combater a disseminação de fake news. O compartilhamento de informações falsas facilita a ação de criminosos e prejudica toda a sociedade. Por isso, é fundamental verificar a fonte das informações antes de repassá-las, consultar os canais oficiais do Fisco e questionar textos sensacionalistas ou com promessas milagrosas.
Ao dialogar sobre o tema com parentes e amigos, é possível evitar que outras pessoas sejam vítimas de golpes. A Receita Federal segue comprometida em informar a população e garantir a segurança dos contribuintes frente às práticas fraudulentas.
Fonte: Pensar Agro
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Plataforma e-campo da Embrapa oferece curso gratuito de tecnologia e produção de sementes e mudas
Francisco Carlos Krzyzanowski – Foto: Assessoria
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por meio da plataforma e-campo , disponibiliza de forma gratuita um curso gratuito de tecnologia e produção de sementes e mudas. A capacitação de 60 horas de conteúdo, tem como objetivo difundir conhecimentos, novidades e inovações sobre a tecnologia de sementes e mudas.
Após a conclusão do curso, o aluno terá absorvido conhecimento sobre aspectos relacionados à Formação e Produção de Sementes, detalhes sobre aspectos da Secagem, Beneficiamento e Armazenamento de Sementes ortodoxas e também das sementes recalcitrantes e intermediárias. O conteúdo programático também abordará os fatores que afetam a germinação e dormência de sementes, passando pelo entendimento sobre testes de qualidade fisiológica de sementes e controle da qualidade de sementes durante toda a cadeia produtiva, e por fim o aluno será apresentado a alguns aspectos da produção de mudas.
O curso contará em seu corpo de instrutores, com os pesquisadores em tecnologia de sementes da Embrapa Soja de Londrina, Dr. José de Barros França Neto e o PhD Francisco Carlos Krzyzanowski (foto).
Para se inscrever de forma gratuita acesse o link abaixo:
https://ava.sede.embrapa.br/enrol/index.php?id=212
Cairo Lustoza
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Aprosoja Mato Grosso abre inscrições para visita técnica no CTECNO Araguaia
Foto: Assessoria
As inscrições para a visita técnica do Centro Tecnológico (CTECNO) Araguaia, da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), estão abertas. O evento ocorre no dia 29 de janeiro, em Nova Nazaré, e promete trazer atualizações importantes para os produtores de soja da região, abordando temas como: dinâmica da água na lavoura e estratégias de manejo e conservação do solo; construção de um programa de herbicidas eficiente; e, desafios e estratégias de plantio em solo siltoso.
No ano passado, a entidade implantou um projeto hidrológico para manejo de enxurrada e escoamento superficial. Este projeto molda a área experimental e a torna pioneira nessa temática. De acordo com o vice-presidente sul e coordenador da comissão de Defesa Agrícola da Aprosoja MT, Fernando Ferri, o projeto foi necessário devido à baixa penetração de água nas áreas com alto teor de silte.
“A primeira camada rochosa é muito rasa nessas áreas, então ali exige uma atenção maior do produtor, porque a água não desce para o lençol freático. Então, um bom manejo é necessário para reter ou conter essa água, para que não cause erosões, sendo benéfico ao meio ambiente e para o produtor não ter perda de fertilidade, matéria orgânica, palhada e todo aquele investimento que ele fez no solo”, explica Ferri.
O CTECNO Araguaia é o único centro de pesquisa independente com foco em solos siltosos. As áreas com alto teor de silte representam mais de três milhões de hectares de áreas agricultáveis e careciam de informações técnicas e científicas.
“Por ver esse gargalo dos produtores entrarem onde não há nenhuma pesquisa científica, a gente desenvolveu o CTECNO Araguaia justamente para trazer as soluções para o produtor aprender a fazer o manejo da melhor forma, trazendo mais rentabilidade”, completa o coordenador da comissão de Defesa Agrícola, Fernando Ferri.
O solo da região é composto por 30 a 44% de silte, o que torna a prática da agricultura bastante desafiadora. Em solos assim caracterizados, são curtos os momentos de umidade ideal para realizar operações mecanizadas. Outra problemática comum e importante em solos com alto teor de silte é o selamento superficial, que dificulta e atrasa o processo de emergência de plântulas, em especial a soja.
“Foi diante dessa problemática que elaboramos três ensaios de plantabilidade da soja. Nestes ensaios estamos avaliando a resposta da cultura da soja a diferentes profundidades de semeadura, com presença e ausência de palha, e ao uso de diferentes bandas cobridoras de semente. A partir disso discutiremos as melhores técnicas de plantio em solos com alto teor de silte. Além disso, no dia da visita técnica-soja nós vamos compreender como é a dinâmica da água na lavoura, quais os potenciais perdas de solo e fertilizantes; e, quais estratégias de manejo e conservação do solo são apropriadas para diferentes situações”, aponta a pesquisadora do CTECNO Araguaia, Isley Bicalho.
Durante o evento, os participantes ainda poderão acompanhar o desenvolvimento de 36 variedades de soja semeadas em duas épocas, uma no final de outubro e outra em meados de novembro.
Com a presença de pesquisadores e especialistas, o evento promete ser uma oportunidade única para os produtores debaterem os desafios e as soluções para a agricultura em áreas de solos rasos e com alto teor de silte. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas clicando aqui.
Vitória Kehl Araujo
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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