Conecte-se Conosco

Agricultura

Consumir feijão melhora dieta alimentar

Publicado

em

 Reprodução

Alvo de diferentes estudos, o feijão é um dos principais alimentos da dieta dos brasileiros. Em um dos mais recentes, realizado pelo Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), constatou-se que pessoas que consomem feijão de forma regular têm 14% menos chance de desenvolverem sobrepeso e 15% menos de serem obesas.

Entretanto, a lista de benefícios não para por aí. Conforme explica a nutricionista Dra. Aline Maldonado F. de Alcântara, o feijão é rico em proteínas vegetais, vitaminas e minerais, como o ferro, e contribui diretamente para a saúde digestiva, ajuda no controle do colesterol e da glicemia e promove a saciedade.“Com tantos alimentos light, diet e ultraprocessados, há quem acredite que consumir uma refeição já pronta, dentro desses parâmetros industrializados, pode ser mais leve e engordar menos que um prato de arroz e feijão, e é aí que mora o perigo”, alerta a especialista.

Segundo ela, o fast foods e os ultraprocessados são ricos em sódio e gorduras nada saudáveis, mesmo com um rótulo do bem. “Esses alimentos podem aumentar a produção de substâncias inflamatórias no nosso organismo e consequentemente acelerar o peso corporal”, completa.

 

Publicidade

 

 

 

 

 

Publicidade

 

Pessoas que consomem feijão de forma regular têm 14% menos chance de desenvolverem sobrepeso e 15% menos de serem obesas. Foto: Embrapa Meio Norte

Com o objetivo de contribuir para uma dieta saudável, a nutricionista, a pedido da Josapar, detentora das marcas Tio João, listou alguns bons motivos para aqueles que não têm o hábito de consumir o grão com tanta frequência pensarem em incluir o produto em sua alimentação.

Fonte de proteínas vegetais

Branco, vermelho, preto ou carioca, o feijão é uma grande fonte de proteína vegetal, um macronutriente indispensável, principalmente em dietas veganas ou vegetarianas. O consumo regular de proteínas está diretamente ligado à manutenção de funções importantes no organismo, como a construção de tecidos corporais (pele, cabelos, unhas, músculos, ossos e dentes) e a regulação de hormônios e enzimas. Elas também participam do sistema imunológico, atuam no sistema nervoso, transportam oxigênio e outros nutrientes.

Publicidade

Outra benefício do grão é que, com uma quantidade significativa de fibras alimentares, ele contribui para a melhora e manutenção da saúde digestiva. Tanto que a ingestão diária e adequada de fibras ajuda a prevenir a constipação, promove a regularidade intestinal e alimenta as bactérias benéficas do intestino.

O feijão carioca, por exemplo, é uma boa fonte de cobre e molibdênio, mineral responsável pelo metabolismo saudável, além de fitonutrientes, que ajudam a prevenir alguns tipos de câncer, como o de estômago.

Devido uma quantidade significativa de fibras alimentares, o feijão contribui para a melhora e manutenção da saúde digestiva. Foto: Wenderson/CNA

 

 

 

 

Publicidade

 

 

 

 

 

Publicidade

 

 

 

 

 

Publicidade

Controle do Colesterol e da Glicemia

As fibras presentes no feijão também desempenham um papel importante no controle dos níveis de colesterol e glicose no sangue. Consumir o feijão regularmente pode ajudar a reduzir o colesterol LDL (o ‘mau’ colesterol) e melhorar a sensibilidade à insulina, ajudando a prevenir picos de açúcar no sangue.

O feijão preto, por exemplo, além de ser a variedade mais rica em ferro, possui grandes concentrações de magnésio e ácido fólico, além de pequenas quantidades de ômega 3 – substância que eleva o bom colesterol (HDL) e protege o coração.

Além disso, o consumo regular de feijão é fundamental aos que seguem uma dieta equilibrada e saudável, seja para a manutenção ou perda de peso corporal. Em função de seu teor de fibras e proteínas, o alimento proporciona uma sensação de saciedade duradoura, reduzindo a fome e a vontade de ingerir alimentos pouco saudáveis, como os ricos em açúcar.

Como exemplo, o feijão branco passou a ser utilizado em dietas para emagrecimento, pois é rico em faseolamina, nutriente que dificulta a absorção do carboidrato transformado em açúcar, que seria absorvido e estocado em forma de gordura. Para essa finalidade, o ideal é que seja consumido em forma de farinha de feijão.

Publicidade

O grão é uma excelente fonte de diversos nutrientes essenciais, incluindo ferro, magnésio, potássio, folato e várias vitaminas do complexo B. Foto: Arquivo A Lavoura

Fonte de vitaminas e minerais

O feijão é uma excelente fonte de diversos nutrientes essenciais, incluindo ferro, magnésio, potássio, folato e várias vitaminas do complexo B. Esses nutrientes desempenham papéis importantes em várias funções corporais, como a produção de energia, a saúde dos ossos e a função imunológica.

Nesse sentido, o feijão vermelho apresenta ainda a vitamina K entre suas propriedades, essencial para a proteção do sistema nervoso contra os danos dos radicais livres. Seu consumo também está atrelado à redução da enxaqueca e dos cálculos renais.

Por fim, bastante versátil, o feijão pode ser utilizado em uma infinidade de pratos e combinações, desde sopas e saladas até cozidos e hambúrgueres vegetarianos. Além de todos os benefícios nutricionais de sua composição, sua capacidade de harmonizar com outros ingredientes torna o feijão um alimento valioso em toda e qualquer dieta.

Publicidade

Fonte: Assessoria de comunicação Josapar

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Mídia Rural, sua fonte confiável de informações sobre agricultura, pecuária e vida no campo. Aqui, você encontrará notícias, dicas e inovações para otimizar sua produção e preservar o meio ambiente. Conecte-se com o mundo rural e fortaleça sua

Continue Lendo
Publicidade
Clique Para Comentar

Deixe uma Resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Agricultura

Demanda sazonal pressiona mercado global de fertilizantes

Publicado

em

As vendas de ureia ao consumidor final na Índia avançam – Foto: Canva

O mercado global de fertilizantes atravessa um período de forte movimentação, marcado por picos sazonais de consumo e por estratégias governamentais voltadas à segurança de suprimento. Segundo a AMR Business Intelligence, a demanda elevada em um dos principais mercados consumidores tem alterado o ritmo de vendas, estoques e decisões de importação, ao mesmo tempo em que acordos internacionais ganham peso no planejamento de médio prazo.

As vendas de ureia ao consumidor final na Índia avançam para alcançar quase 6 milhões de toneladas em dezembro, volume que pode configurar um novo recorde mensal, impulsionado pela demanda típica da safra de inverno, conhecida como rabi. O ritmo acelerado de escoamento reduziu os estoques domésticos de 7,1 milhões para 6,3 milhões de toneladas em apenas duas semanas. Esse movimento levou a estatal NFL a antecipar uma licitação de importação para a compra de 1,5 milhão de toneladas, com encerramento previsto para 2 de janeiro. No acumulado do ano, o país, que figura como o maior importador global do insumo, já adquiriu 9,23 milhões de toneladas por meio de leilões internacionais.

Paralelamente, a política externa indiana reforça o papel estratégico dos fertilizantes. O primeiro-ministro Narendra Modi propôs dobrar o fluxo comercial bilateral com a Jordânia para US$ 5 bilhões em cinco anos, colocando o setor como um dos eixos centrais da cooperação, ao lado de energia e defesa. Em encontros de alto nível que contaram com a participação do rei Abdullah II, foram discutidos investimentos na indústria jordaniana para garantir o fornecimento estável de fosfatados à Índia. A iniciativa busca reduzir riscos de oferta em períodos de pico das safras e consolidar um corredor econômico entre o Sul da Ásia e o Oriente Médio.

AGROLINK – Leonardo Gottems

Publicidade

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Continue Lendo

Agricultura

Mercado de trigo entra em fase de ajuste no Sul

Publicado

em

importacao-de-trigo-em-2025-deve-registrar-o-maior-volume-da-historia

No Paraná, o cenário também é de paralisação – Foto: Canva

O mercado de trigo no Sul do país atravessa um período de baixa liquidez, pressão sobre preços e cautela generalizada dos agentes, após dois anos marcados por fortes oscilações. De acordo com a TF Agroeconômica, o comportamento observado em 2024 e 2025 reflete um esgotamento do ciclo de alta e a entrada em uma fase de ajuste estrutural, com efeitos distintos entre os estados produtores.

No Rio Grande do Sul, as negociações seguem praticamente suspensas, com expectativa de paralisações temporárias em moinhos para limpeza e férias coletivas. Estima-se que cerca de 1,55 milhão de toneladas da safra nova já tenham sido comercializadas, o equivalente a pouco mais de 40% da produção. Os preços do trigo para moagem giram entre R$ 1.100 e R$ 1.150 por tonelada no mercado local, enquanto no porto os valores ficam próximos de R$ 1.180 para dezembro e R$ 1.190 para janeiro. O trigo destinado à ração apresenta cotações ligeiramente superiores, e o mercado é descrito como confortável do lado da indústria, com pouca urgência de compra.

A análise dos últimos dois anos mostra que os preços no estado atingiram picos relevantes em meados de 2024 e no primeiro quadrimestre de 2025, superando R$ 1.450 por tonelada, antes de entrarem em uma trajetória de queda acentuada. No encerramento de 2025, as cotações recuaram para níveis próximos de R$ 1.030 a R$ 1.050, os menores do período. A combinação de boa oferta interna, qualidade inferior do grão, entrada concentrada da safra, concorrência do trigo importado e demanda cautelosa dos moinhos contribuiu para a perda de sustentação dos preços.

Em Santa Catarina, o mercado permanece travado, com moinhos apenas recebendo lotes já adquiridos e expectativa de parada quase total até o início do próximo ano. O estado ainda não concluiu a colheita, e há um descompasso entre vendedores, que mantêm ideias ao redor de R$ 1.200 FOB, e compradores, que se mantêm ausentes.

Publicidade

No Paraná, o cenário também é de paralisação, com preços nominais ao redor de R$ 1.250 por tonelada CIF no norte do estado. Após picos acima de R$ 1.550 em 2024 e no início de 2025, o mercado entrou em tendência baixista, encerrando o último ano na faixa de R$ 1.180 a R$ 1.200, pressionado pela oferta interna, importações competitivas e resistência dos moinhos a preços mais elevados.

AGROLINK – Leonardo Gottems

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Continue Lendo

Agricultura

Entregas de fertilizantes avançam no mercado brasileiro

Publicado

em

A produção nacional de fertilizantes intermediários também apresentou avanço – Foto: Divulgação

O mercado brasileiro de fertilizantes apresentou crescimento consistente ao longo de 2025, refletindo maior demanda do setor agropecuário e avanço no volume de entregas ao produtor. Dados divulgados pela Associação Nacional para a Difusão de Adubos (ANDA) indicam que o desempenho positivo foi observado tanto no resultado mensal quanto no acumulado do ano.

Em setembro de 2025, as entregas ao mercado somaram 5,38 milhões de toneladas, volume 11,3% superior ao registrado no mesmo mês do ano anterior. No acumulado de janeiro a setembro, o total entregue chegou a 35,86 milhões de toneladas, alta de 9,3% em comparação com igual período de 2024, quando foram contabilizadas 32,80 milhões de toneladas.

Mato Grosso manteve a liderança no consumo nacional de fertilizantes, concentrando 22,5% do total entregue no país, o equivalente a 8,08 milhões de toneladas. Na sequência apareceram Paraná, com 4,51 milhões de toneladas, São Paulo, com 3,74 milhões, Rio Grande do Sul, com 3,54 milhões, Goiás, com 3,53 milhões, Minas Gerais, com 3,22 milhões, e Bahia, com 2,43 milhões de toneladas.

A produção nacional de fertilizantes intermediários também apresentou avanço. Em setembro de 2025, o volume produzido alcançou 713 mil toneladas, crescimento de 6,3% frente ao mesmo mês de 2024. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a produção totalizou 5,57 milhões de toneladas, aumento de 6,6% em relação às 5,23 milhões de toneladas registradas no mesmo intervalo do ano anterior.

Publicidade

As importações somaram 3,91 milhões de toneladas em setembro de 2025, redução de 7,4% na comparação anual. De janeiro a setembro, porém, o volume importado atingiu 31,49 milhões de toneladas, expansão de 8,4% frente às 29,05 milhões de toneladas de 2024. O Porto de Paranaguá consolidou-se como principal porta de entrada do insumo, com oito milhões de toneladas importadas no período, o que representou 25,5% do total desembarcado nos portos brasileiros.

AGROLINK – Seane Lennon

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

Continue Lendo

Tendência