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Agricultura

Encurtamento das escalas de abate mantém mercado do boi gordo aquecido

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Foto: Ministério da Agricultura

O mercado físico do boi gordo abriu a semana novamente em alta, com negócios acima da referência média. Os frigoríficos, em especial os de menor porte, ainda se depararam com encurtamento de suas escalas de abate.

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A demanda permanece aquecida, com exportações representativas em 2025, da mesma maneira que a demanda interna está no auge.

O ambiente de negócios sugere a continuidade do movimento de alta no curto prazo, apontou o analista da consultoria Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

Confira as cotações do boi gordo:

  • Em São Paulo (SP), a referência média para a arroba do boi ficou em R$ 323,83 (a prazo)
  • Em Goiás (GO), a indicação média foi de R$ 314,64 para a arroba do boi gordo
  • Em Minas Gerais (MG), a arroba teve preço médio de R$ 309,41
  • Em Mato Grosso do Sul (MS), a arroba foi indicada em R$ 331,02
  • Em Mato Grosso (MT), a arroba ficou indicada em R$ 305,07

Atacado

O mercado atacadista abriu a semana apresentando firmeza em seus preços. Prevalece a perspectiva de alta no curto prazo, considerando o auge do consumo no mercado doméstico durante o último bimestre, com a incidência do décimo terceiro salário, a criação de postos temporários de emprego e as confraternizações de final de ano proporcionando esse ambiente favorável, apontou Iglesias.

  • Quarto dianteiro segue no patamar de R$ 18,50 por quilo
  • Ponta de agulha ainda é cotada a R$ 17,50 por quilo
  • Quarto traseiro ainda é cotado a R$ 25,00, por quilo

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,42%, sendo negociado a R$ 5,3574 para venda e a R$ 5,3554 para compra.

Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3450 e a máxima de R$ 5,3830.

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Agricultura

Queda no preço do arroz força produtores a diminuir plantio

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Foto: Paulo Lanzetta

Custo de produção supera o valor de venda e desanima produtores gaúchos, que já semearam cerca de 40% da área prevista para a safra. Entidades alertam para risco de queda ainda maior no plantio.

Os baixos preços do arroz têm pressionado os produtores do Rio Grande do Sul, principal estado produtor do país, a reduzir a área plantada na nova safra. De acordo com o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), cerca de 40% da área já foi semeada, mas a projeção total é de 920 mil hectares, uma queda estimada em 5% em relação à safra anterior.

Em algumas regiões, porém, a retração pode ser ainda mais acentuada, chegando a 20%, segundo técnicos e lideranças do setor. Os motivos variam entre a baixa rentabilidade, o endividamento, as dificuldades de acesso a crédito e os altos custos de produção.

“Como sou arrendatário, é difícil reduzir área, porque depende de parceria com outras pessoas. Mas o cenário preocupa muito, principalmente pela falta de perspectiva e pelos preços internacionais baixos”, afirma o produtor Gilberto Raguzzoni.

Custo alto e preço baixo travam a rentabilidade

O preço da saca de arroz, atualmente em torno de R$ 58, está abaixo do preço mínimo de R$ 63 definido pelo governo federal. O custo médio de produção por saca, segundo os produtores, chega a R$ 90, o que significa prejuízo mesmo em safras produtivas.

“Hoje o produtor enfrenta muita dificuldade na implantação da lavoura por falta de recursos e preços muito baixos. A renda caiu pela metade em relação ao ano passado”, diz Edinho Fontoura, presidente da Associação de Agricultores de Dom Pedrito.

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O estoque elevado de arroz no mercado interno e a dificuldade nas exportações também têm contribuído para a queda dos preços. Além disso, a entrada de cerca de 2 milhões de toneladas de arroz importado do Mercosul aumenta a pressão sobre o produto nacional.

Plantio segue, mas com menor tecnologia

Mesmo com as dificuldades, o plantio avança em ritmo acelerado para aproveitar as condições climáticas favoráveis. Alguns produtores, no entanto, estão optando por usar menos tecnologia nas lavouras, reduzindo investimentos em insumos e maquinário.

Expectativa é de nova redução

As entidades do setor orientam que o produtor ajuste a área ao cenário de mercado. A expectativa é de que o levantamento oficial da safra confirme uma redução mais expressiva da área plantada quando os dados forem consolidados pelo Irga.

“O momento é difícil e tudo indica que a área vai diminuir ainda mais. Só teremos a dimensão exata no fim da safra, com os levantamentos do instituto”, disse Alessandro da Cruz, coordenador regional do Irga.

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Agricultura

Especialista critica Plano Clima por responsabilizar o agro por emissões ilegais

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Foto: divulgação/Agência Gov

O Plano Clima, tema central da COP30, tem gerado debates entre especialistas ao atribuir ao setor agropecuário as emissões provenientes do desmatamento ilegal.

De acordo com o pesquisador da FGV, Leonardo Munhoz, o plano considera as emissões brasileiras do desmatamento, mesmo as ilegais, como pertencentes ao setor do agro.

“Do ponto de vista regulatório, isso traz inseguranças, porque pressupõe que emissões de um crime ambiental, são de um setor econômico formal da economia brasileira e isso já começa a apresentar ruídos”, afirma.

Munhoz destaca ainda o papel do Código Florestal, a legislação que define as áreas de preservação em propriedades rurais, e que poderia ser usada como argumento de sustentabilidade nas negociações da COP30.

De acordo com Munhoz, o Brasil é o único país do mundo que possui uma lei que estabelece limites e restrições para áreas dentro das propriedades rurais. Quando respeitada, essa legislação obriga o agricultor a preservar o meio ambiente e reduzir as emissões de gases de efeito estufa de forma natural. Essa particularidade precisa ser valorizada nas discussões sobre políticas climáticas e compromissos internacionais do país.

O especialista alerta que o método atual de cálculo de emissões enfraquece o potencial do país em projetos de mercado voluntário de carbono, dificultando a certificação de áreas legais como elegíveis. “A COP abre portas para usar a agropecuária sustentável como solução de mitigação e adaptação climática, mas o Plano Clima pode limitar essa estratégia”, conclui.

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Agricultura

Colheita de citros avança com preços estáveis

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Foto: Seane Lennon

O Informativo Conjuntural divulgado na quinta-feira (30) pela Emater/RS-Ascar indica avanço na colheita de citros em diferentes regiões do Rio Grande do Sul, com destaque para o encerramento da safra de laranja tipo umbigo em Cotiporã e a conclusão da colheita de bergamota Montenegrina em grande parte do Estado.

Em Cotiporã, as laranjas estão sendo mantidas em câmaras frias à espera de melhores cotações. Segundo o boletim, “os preços permanecem em R$ 0,60 por quilo para a indústria e R$ 1,20 por quilo para mesa”. A Montenegrina está cotada a R$ 40,00 por caixa de 22 quilos. Em Caxias do Sul, a colheita de bergamota e laranja continua com alta oferta. O preço da bergamota Montenegrina recuou de R$ 3,17 para R$ 2,88 por quilo, e parte da produção de laranja tem sido direcionada à indústria de sucos devido à dificuldade de comercialização.

Na região de Lajeado, os pomares apresentam boa sanidade, com tratamentos fitossanitários voltados ao controle de pinta-preta e poda das variedades Pareci, Montenegrina e Murcott. A Emater/RS-Ascar registrou relatos pontuais de mosca-branca (Aleurothrixus floccosus), associada à ocorrência de fumagina em áreas sem controle preventivo. Os citricultores relataram produtividade elevada e qualidade satisfatória, embora com preços médios inferiores aos da safra anterior.

Em Montenegro, a caixa de 25 quilos de bergamota sem haste é vendida a R$ 110,00 para outros estados e R$ 100,00 no mercado interno. Já a caixa da Montenegrina é comercializada entre R$ 50,00 e R$ 65,00, conforme o município. A laranja Valência segue com comercialização lenta, variando de R$ 11,00 a R$ 15,00 por caixa de 25 quilos para a indústria e de R$ 25,00 a R$ 35,00 para o consumo in natura.

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O boletim destaca ainda a aprovação de legislação específica em Arvorezinha para o combate ao greening (Candidatus liberibacter), que regulamenta a venda de mudas de citros e murta, espécie hospedeira do vetor da doença. Em Erechim, a colheita foi interrompida devido à floração, “considerada uma das melhores dos últimos anos”, segundo a Emater/RS-Ascar. Os preços da laranja variam de R$ 650,00 a R$ 800,00 por tonelada, dependendo do destino.

Em Frederico Westphalen, os pomares estão em fase de fixação de frutos, com produtividade esperada de 40 toneladas por hectare para laranja, 20 t/ha para bergamota e 28 t/ha para lima ácida Tahiti. Em Passo Fundo, o preço pago ao produtor de laranja varia de R$ 0,80 a R$ 0,90 por quilo. Nas regiões de Santa Rosa e Soledade, a colheita foi concluída, com registros pontuais de pragas e o início do pegamento de frutos para a próxima safra.

AGROLINK – Seane Lennon

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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