Agricultura
Setor sucroenergético – ‘Conexão Cana’ foca no cenário tecnológico da cultura

Divulgação
São Paulo (SP) – Especialistas na cultura da cana-de-açúcar e na produção de açúcar, etanol e energia se reúnem na paulista São Pedro, no próximo dia 21, no evento técnico Conexão Cana 2025. O encontro da consultoria AgroCiência terá entre os destaques a companhia Sipcam Nichino, que distribui no país um amplo portfólio para controle de pragas, doenças, plantas invasoras e também para a bioestimulação dos canaviais.
Durante o Conexão Cana, a Sipcam Nichino estará presente com objetivo de esclarecer a relação entre técnicas de bioestimulação, aumento de produtividade e longevidade de canaviais. A companhia foi pioneira no país no lançamento de uma plataforma de bioestimulantes, formada pelas soluções Abyss®, Blackjak®, Nutex® Premium e Stilo® Verde.
Segundo o engenheiro agrônomo da companhia, Ian Lucas Rocha, especialista de desenvolvimento de mercado, atualmente de 30% a 40% da cana plantada no país já recebem aplicações desses insumos, formulados à base de ácidos húmicos e fúlvicos. “Bioestimulantes podem aumentar a produtividade em torno de dez a vinte toneladas de cana por hectare, se utilizados corretamente”, ele diz.
Conforme Rocha, produtos como Abyss® e Blackjak® transferem benefícios à chamada ‘rizosfera’, o ambiente próximo ao sistema radicular da cana-de-açúcar. “Potencializam a absorção de nutrientes, a sinergia com microrganismos benéficos de solo e têm efeito direto no vigor do enraizamento. Com mais raiz, a cana se desenvolve com qualidade superior”, continua Rocha.
De acordo com o agrônomo, as soluções Abyss®, Blackjak®, Nutex® Premium e Stilo® Verde combatem estresse hídrico, fomentam melhor desenvolvimento vegetativo da cana-de-açúcar e potencializam a longevidade de canaviais.
“A cana compreende uma cultura sujeita a impactos desfavoráveis vindos do trânsito intenso de maquinário, da compactação do solo e de ataques de pragas como nematoides, cigarrinha, cupins e ‘Sphenophorus’”, aponta Rocha. “Em contrapartida, responde bem aos bioestimulantes em todos os ambientes de produção”, ele complementa.
Herbicidas e qualidade de formulações
Na área de controle de plantas daninhas, a companhia destaca no Conexão Cana sua solução Leale®. De acordo com Ian Rocha, trata-se de um herbicida seletivo cuja formulação foi testada e aprovada pelos principais institutos de pesquisas e consultoria do Brasil. “Viabiliza o controle satisfatório de invasoras em pré ou pós-emergência, sendo seletivo à cana-de-açúcar”, reforça o agrônomo.
“Mais do que nunca, precisamos falar sobre a qualidade da formulação de herbicidas como um fator decisivo para diferenciar esses produtos no mercado”, prossegue Ian Rocha. A formulação de Leale®, ele explica, desenvolvida no Brasil e comercializada há mais de dez anos, agrega eficácia no controle de invasoras e otimiza o preparo da aplicação. “Não causa ‘injúrias’ na cultura ou problemas na mistura de tanque”, ele conclui.
Criada em 1979, a Sipcam Nichino resulta da união entre a italiana Sipcam, fundada em 1946, especialista em agroquímicos pós-patentes e a japonesa Nihon Nohyaku (Nichino). A Nichino tornou-se a primeira companhia de agroquímicos do Japão, em 1928, e desde sua chegada ao mercado atua centrada na inovação e no desenvolvimento de novas moléculas para proteção de cultivos.
Fernanda Campos
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Demanda sazonal pressiona mercado global de fertilizantes

As vendas de ureia ao consumidor final na Índia avançam – Foto: Canva
O mercado global de fertilizantes atravessa um período de forte movimentação, marcado por picos sazonais de consumo e por estratégias governamentais voltadas à segurança de suprimento. Segundo a AMR Business Intelligence, a demanda elevada em um dos principais mercados consumidores tem alterado o ritmo de vendas, estoques e decisões de importação, ao mesmo tempo em que acordos internacionais ganham peso no planejamento de médio prazo.
As vendas de ureia ao consumidor final na Índia avançam para alcançar quase 6 milhões de toneladas em dezembro, volume que pode configurar um novo recorde mensal, impulsionado pela demanda típica da safra de inverno, conhecida como rabi. O ritmo acelerado de escoamento reduziu os estoques domésticos de 7,1 milhões para 6,3 milhões de toneladas em apenas duas semanas. Esse movimento levou a estatal NFL a antecipar uma licitação de importação para a compra de 1,5 milhão de toneladas, com encerramento previsto para 2 de janeiro. No acumulado do ano, o país, que figura como o maior importador global do insumo, já adquiriu 9,23 milhões de toneladas por meio de leilões internacionais.
Paralelamente, a política externa indiana reforça o papel estratégico dos fertilizantes. O primeiro-ministro Narendra Modi propôs dobrar o fluxo comercial bilateral com a Jordânia para US$ 5 bilhões em cinco anos, colocando o setor como um dos eixos centrais da cooperação, ao lado de energia e defesa. Em encontros de alto nível que contaram com a participação do rei Abdullah II, foram discutidos investimentos na indústria jordaniana para garantir o fornecimento estável de fosfatados à Índia. A iniciativa busca reduzir riscos de oferta em períodos de pico das safras e consolidar um corredor econômico entre o Sul da Ásia e o Oriente Médio.
AGROLINK – Leonardo Gottems
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Mercado de trigo entra em fase de ajuste no Sul

No Paraná, o cenário também é de paralisação – Foto: Canva
O mercado de trigo no Sul do país atravessa um período de baixa liquidez, pressão sobre preços e cautela generalizada dos agentes, após dois anos marcados por fortes oscilações. De acordo com a TF Agroeconômica, o comportamento observado em 2024 e 2025 reflete um esgotamento do ciclo de alta e a entrada em uma fase de ajuste estrutural, com efeitos distintos entre os estados produtores.
No Rio Grande do Sul, as negociações seguem praticamente suspensas, com expectativa de paralisações temporárias em moinhos para limpeza e férias coletivas. Estima-se que cerca de 1,55 milhão de toneladas da safra nova já tenham sido comercializadas, o equivalente a pouco mais de 40% da produção. Os preços do trigo para moagem giram entre R$ 1.100 e R$ 1.150 por tonelada no mercado local, enquanto no porto os valores ficam próximos de R$ 1.180 para dezembro e R$ 1.190 para janeiro. O trigo destinado à ração apresenta cotações ligeiramente superiores, e o mercado é descrito como confortável do lado da indústria, com pouca urgência de compra.
A análise dos últimos dois anos mostra que os preços no estado atingiram picos relevantes em meados de 2024 e no primeiro quadrimestre de 2025, superando R$ 1.450 por tonelada, antes de entrarem em uma trajetória de queda acentuada. No encerramento de 2025, as cotações recuaram para níveis próximos de R$ 1.030 a R$ 1.050, os menores do período. A combinação de boa oferta interna, qualidade inferior do grão, entrada concentrada da safra, concorrência do trigo importado e demanda cautelosa dos moinhos contribuiu para a perda de sustentação dos preços.
Em Santa Catarina, o mercado permanece travado, com moinhos apenas recebendo lotes já adquiridos e expectativa de parada quase total até o início do próximo ano. O estado ainda não concluiu a colheita, e há um descompasso entre vendedores, que mantêm ideias ao redor de R$ 1.200 FOB, e compradores, que se mantêm ausentes.
No Paraná, o cenário também é de paralisação, com preços nominais ao redor de R$ 1.250 por tonelada CIF no norte do estado. Após picos acima de R$ 1.550 em 2024 e no início de 2025, o mercado entrou em tendência baixista, encerrando o último ano na faixa de R$ 1.180 a R$ 1.200, pressionado pela oferta interna, importações competitivas e resistência dos moinhos a preços mais elevados.
AGROLINK – Leonardo Gottems
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Entregas de fertilizantes avançam no mercado brasileiro

A produção nacional de fertilizantes intermediários também apresentou avanço – Foto: Divulgação
O mercado brasileiro de fertilizantes apresentou crescimento consistente ao longo de 2025, refletindo maior demanda do setor agropecuário e avanço no volume de entregas ao produtor. Dados divulgados pela Associação Nacional para a Difusão de Adubos (ANDA) indicam que o desempenho positivo foi observado tanto no resultado mensal quanto no acumulado do ano.
Em setembro de 2025, as entregas ao mercado somaram 5,38 milhões de toneladas, volume 11,3% superior ao registrado no mesmo mês do ano anterior. No acumulado de janeiro a setembro, o total entregue chegou a 35,86 milhões de toneladas, alta de 9,3% em comparação com igual período de 2024, quando foram contabilizadas 32,80 milhões de toneladas.
Mato Grosso manteve a liderança no consumo nacional de fertilizantes, concentrando 22,5% do total entregue no país, o equivalente a 8,08 milhões de toneladas. Na sequência apareceram Paraná, com 4,51 milhões de toneladas, São Paulo, com 3,74 milhões, Rio Grande do Sul, com 3,54 milhões, Goiás, com 3,53 milhões, Minas Gerais, com 3,22 milhões, e Bahia, com 2,43 milhões de toneladas.
A produção nacional de fertilizantes intermediários também apresentou avanço. Em setembro de 2025, o volume produzido alcançou 713 mil toneladas, crescimento de 6,3% frente ao mesmo mês de 2024. No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a produção totalizou 5,57 milhões de toneladas, aumento de 6,6% em relação às 5,23 milhões de toneladas registradas no mesmo intervalo do ano anterior.
As importações somaram 3,91 milhões de toneladas em setembro de 2025, redução de 7,4% na comparação anual. De janeiro a setembro, porém, o volume importado atingiu 31,49 milhões de toneladas, expansão de 8,4% frente às 29,05 milhões de toneladas de 2024. O Porto de Paranaguá consolidou-se como principal porta de entrada do insumo, com oito milhões de toneladas importadas no período, o que representou 25,5% do total desembarcado nos portos brasileiros.
AGROLINK – Seane Lennon
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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