Agricultura
CNA discute impactos do tarifaço na cadeia de frutas

Foto: Wenderson Araujo
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu, uma reunião extraordinária da Comissão Nacional de Fruticultura para discutir impactos das tarifas anunciadas pelo governo americano às exportações brasileiras de frutas e as estratégias para mitigação dos efeitos para o setor.
Na abertura do encontro, o diretor técnico adjunto da CNA, Maciel Silva, falou sobre como as tarifas podem impactar as cadeias produtivas.
“Temos ações em andamento, como a defesa do agro brasileiro em relação a Seção 301 da Lei de Comércio de 1974. Também estamos realizando o mapeamento, com a ajuda das Federações, dos impactos da taxação nas principais frutas e demais produtos exportados pelo Brasil para o mercado americano, com o intuito de subsidiar as interações com a iniciativa privada via as Câmaras de Comércio”.
Para a presidente da Comissão, Lígia Carvalho, a reunião foi fundamental para alinhar posicionamentos, ouvir contribuições de representantes do setor e definir um plano de ação conjunto que permita defender os interesses dos produtores brasileiros. “O diálogo constante entre o setor, as entidades representativas e o poder público é essencial para superar desafios como este e assegurar o fortalecimento da fruticultura nacional”.
Em seguida, a assessora técnica da CNA Letícia Barony fez uma apresentação sobre as principais frutas exportadas pelo Brasil aos Estados Unidos em 2024 e os Estados que deverão ser mais impactados pela medida do governo Trump. A manga e a uva representaram, juntas cerca de 40% de todas as frutas vendidas para os EUA.
Segundo os dados da Comex Stat, o Estado mais afetado será a Bahia, que exporta 83% da manga brasileira, seguido de Pernambuco com a uva (77%), Espírito Santo com o mamão (99%) e Ceará, que exporta 54% da melancia e 78% do melão brasileiro.
Em relação ao cacau e seus produtos, Bahia foi responsável por 74% do total embarcado para o país norte-americano, São Paulo 14% e Minas Gerais 4%.
O assessor de Relações Internacionais da CNA Pedro Rodrigues fez um panorama da política tarifária americana e a escalada no cenário internacional. Pedro enfatizou a importância de se ter uma análise de impactos nas regiões para construir a defesa do setor.
Por CNA
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
CNA responde acusações de práticas desleais no comércio feitas pelos Estados Unidos

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) protocolou, nesta sexta-feira (15), respostas técnicas ao processo que o governo dos Estados Unidos abriu contra o que chamam de “práticas desleais” de comércio que seriam praticadas pelo Brasil.
A investigação dos Estados Unidos tem como base a Seção 301 da Lei de Comércio que permite, ao Poder Executivo norte-americano, apurar práticas comerciais que possam ser consideradas “desleais ou discriminatórias”. A lei também permite a aplicação de sanções, de forma unilateral, caso sejam comprovadas irregularidades.
Os Estados Unidos apontaram seis eixos temáticos na investigação aberta contra o Brasil:
- Comércio Digital e Pagamentos Eletrônicos;
- Tarifas Preferenciais;
- Práticas Anticorrupção;
- Propriedade Intelectual;
- Acesso ao Mercado de Etanol;
- Desmatamento Ilegal.
Legalidade dos eixos
Na defesa enviada pela CNA foram apresentados fundamentos legais que buscam demonstrar a conformidade e legalidade das políticas e práticas adotadas pelo país relativas a três eixos apontados pelos norte-americanos: “Tarifas Preferenciais”, “Acesso ao Mercado de Etanol” e “Desmatamento ilegal”.
A diretora de Relações Internacionais da CNA, Sueme Mori, afirmou que o agronegócio brasileiro está intrinsicamente ligado ao mercado internacional, seja comprando insumos ou vendendo sua produção. “O Brasil se tornou um grande exportador agrícola porque somos altamente produtivos e competitivos”. Atualmente, os Estados Unidos são o terceiro principal destino das exportações agropecuárias do Brasil.
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“A CNA, que representa mais de cinco milhões de produtores rurais brasileiros, tem confiança de que a investigação americana comprovará o compromisso, não só do agro, mas de toda a economia brasileira, em um comércio internacional justo, transparente e baseado em regras claras”, afirmou Sueme.
A manifestação da CNA foi submetida ao Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês). Em setembro, a Confederação pretende participar presencialmente da audiência pública sobre a investigação.
Resposta da CNA às acusações
Abaixo está o resumo das alegações que constam na resposta da CNA enviada ao governo de Donald Trump para cada um dos três eixos:
“Tarifas Preferenciais”
- O Brasil concede tratamento tarifário preferencial de forma limitada, com base em acordos compatíveis com o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT) e com a Cláusula de Habilitação da Organização Mundial do Comércio (OMC), como os celebrados com México e Índia;
- Esses acordos com tratamento tarifário preferencial representam apenas 1,9% das importações brasileiras e não discriminam ou prejudicam as exportações americanas;
- Em comparação, os EUA possuem acordos de livre comércio abrangentes em vigor com 20 países;
- Portanto, não há tratamento discriminatório contra os EUA e a rede atual de acordos preferenciais do Brasil é limitada e não prejudica as relações comerciais bilaterais com o país.
Acesso ao Mercado de Etanol
- Entre 2010 e 2017 houve isenção tarifária para o etanol dos EUA; posteriormente, adotou-se a tarifa de Nação Mais Favorecida (NMF) de 18%, inferior à aplicada aos países do Mercosul, que permanecem com tarifa de 20%;
- A política tarifária é transparente, não discriminatória e em conformidade com a OMC;
- O programa RenovaBio é aberto a produtores estrangeiros que atendam aos critérios técnicos e ambientais;
- Alegações de favorecimento à Índia e México não se sustentam diante dos volumes exportados.
- A CNA defende a cooperação bilateral com os EUA na transição energética, especialmente em bioenergia e combustíveis sustentáveis, reconhecendo a relevância desses produtos para a descarbonização global.
Desmatamento ilegal
- O Brasil possui legislação ambiental robusta e avançada, como o Código Florestal e a Lei de Crimes Ambientais, além de sistemas de monitoramento;
- O Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas (PPCD) e políticas semelhantes resultaram em reduções no desmatamento;
- Ferramentas como o Cadastro Ambiental Rural (CAR) garantem rastreabilidade e conformidade da produção agropecuária;
- O controle da exploração de madeira é feito via Sistema Nacional de Controle da Origem dos Produtos Florestais (Sinaflor) e via Documento de Origem Florestal (DOF+), com rastreabilidade obrigatória e certificações reconhecidas.
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Agricultura
Preços da soja continuam impactados por relatório do USDA; veja cotações

O mercado brasileiro de soja encerrou a semana com negócios moderados. De acordo com o analista da Safras & Mercado Rafael Silveira, esse movimento foi influenciado por feriados locais em algumas regiões e por preços variando de estáveis a mais baixos nos portos.
“As ofertas foram escassas, sem grandes oportunidades no spot. No interior, a indústria apresentou bids mais fracos, mas o produtor resistiu e manteve indicações firmes”, detalha.
Apesar da retração desta sexta-feira (15), a semana foi positiva em termos de negócios, com volumes expressivos vendidos após a disparada em Chicago, impulsionada pelo último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)“, detalha.
Preços médios da saca de soja
- Passo Fundo (RS): subiu de R$ 134 para R$ 135
- Santa Rosa (RS): foi de R$ 135 para R$ 136
- Porto de Rio Grande (RS): recuou de R$ 142,50 para R$ 142
- Cascavel (PR): permaneceu em R$ 135
- Porto de Paranaguá (PR): aumentou de R$ 140 para R$ 141
- Rondonópolis (MT): avançou de R$ 125 para R$ 126
- Dourados (MS): subiu de R$ 124,50 para R$ 126
- Rio Verde (GO): cresceu de R$ 124 para R$ 127
Bolsa de Chicago
Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira com bons ganhos, consolidando uma semana de recuperação consistente. Segundo Silveira, um movimento de cobertura de vendas pré final de semana assegurou a elevação.
"Os agentes evitam passar o período mal posicionados. As atenções se voltam para o clima, com as lavouras entrando em uma fase crítica para a definição do potencial produtivo", destacou.
Nesta semana, o relatório de agosto do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) surpreendeu o mercado ao apontar projeção de safra abaixo do esperado. As expectativas se voltam agora para a tradicional crop tour da Pro Farmer, que será realizada durante a próxima semana.
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A Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (NOPA) indicou que o processamento de soja nos Estados Unidos em julho ficou em 195,7 milhões de bushels.
O mercado apostava em número de 191,6 milhões de bushels processados. Em julho do ano passado, o esmagamento havia ficado em 182,9 milhões. No mês passado, o número foi de 185,3 milhões.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em setembro fecharam com alta de 14,75 centavos de dólar, ou 1,46%, a US$ 10,22 1/4 por bushel. A posição novembro teve cotação de US$ 10,42 1/2 por bushel, com alta de 14,00 centavos ou 1,36%.
Nos subprodutos, a posição setembro do farelo fechou com baixa de US$ 0,90, ou 0,31%, a US$ 283,40 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em setembro fecharam a 53,18 centavos de dólar, com ganho de 1,190 centavo ou 2,28%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,33%, sendo negociado a R$ 5,3988 para venda e a R$ 5,3968 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,3844 e a máxima de R$ 5,4144. Na semana, a moeda teve desvalorização de 0,68%.
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Agricultura
Da fazenda para a HQ: o projeto que mostra a inovação do agronegócio a crianças

Pecuaristas, o agronegócio está cada vez mais presente na vida de todos, mas o desconhecimento sobre a origem dos alimentos e a dinâmica do campo ainda é grande, especialmente entre as novas gerações. Pensando em aproximar as crianças do universo rural de forma divertida e educativa, a Sementes Oeste Paulista (SOESP) lançou um projeto inovador: uma história em quadrinhos (HQ) que conecta o campo e a cidade, desmistificando o setor.Assista ao vídeo abaixo e confira os detalhes desta iniciativa.
Nesta entrevista no programa Giro do Boi, Andrea Franco, coordenadora de marketing da SOESP, falou sobre a iniciativa que usa personagens infantis para educar e inspirar crianças sobre a importância da agricultura e da pecuária.
O projeto “Agro em quadrinhos” mostra a transformação do setor, valorizando a inovação, a responsabilidade e a sustentabilidade.
Uma história que conecta o campo e a cidade
O projeto educativo da SOESP, que atua no mercado de sementes para pastagens desde 1985, nasceu da observação de que muitas crianças da cidade desconhecem a origem dos alimentos e pensam que o campo ainda vive sem tecnologia.
Para mudar essa percepção, a HQ apresenta a história de Nina, uma menina da cidade que vai passar as férias na fazenda do primo Dudu. A narrativa busca gerar curiosidade nas crianças e boas conversas com os pais sobre o agronegócio.
A primeira edição já foi distribuída em feiras e eventos, e teve uma tiragem inicial de 12 mil exemplares. O sucesso da iniciativa, com as crianças “adorando”, motivou a equipe a planejar novas edições com temas importantes e modernos.
- 2ª edição: Abordará o uso da água, cobertura do solo com palhada e bem-estar animal.
- 3ª edição: Em desenvolvimento, tratará da tecnologia no campo e do uso da inteligência artificial.
Formato lúdico e mensagem moderna
A escolha das histórias em quadrinhos como formato de comunicação se deu por ser uma linguagem lúdica, educativa e acessível, capaz de encantar e atrair as crianças de forma eficaz.
A ideia é não apenas ensinar, mas também mostrar o lado moderno, responsável e sustentável do agronegócio brasileiro, desconstruindo a imagem de que o campo é atrasado ou que vive à margem da inovação.
A SOESP, com sua sede em Presidente Prudente, no estado de São Paulo, atua no mercado de sementes para pecuária e agricultura de baixo carbono. Suas tecnologias, como a Soesp Advanced, já estão presentes em mais de 20 países.
O projeto “Agro em quadrinhos” é uma extensão do seu compromisso em incentivar a produção conciliada à preservação, mostrando que o campo é um espaço de inovação e de vital importância na vida das pessoas, fornecendo alimento para o mundo.
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