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Pecuária

Úlcera gástrica em equinos: saiba como prevenir e tratar a síndrome que afeta o desempenho dos animais

Publicado

em

Reprodução/Portal do Agronegócio

 

A Síndrome da Úlcera Gástrica Equina, conhecida pela sigla EGUS (do inglês Equine Gastric Ulcer Syndrome), é uma condição comum em cavalos e potros, causada por desequilíbrios entre os agentes agressivos presentes no estômago e os mecanismos naturais de proteção da mucosa gástrica.

Como se desenvolvem as úlceras gástricas em cavalos

O estômago dos equinos é dividido em duas regiões:

  • Parte aglandular, mais suscetível a lesões por não possuir defesas próprias contra a acidez;
  • Parte glandular, que conta com mecanismos fisiológicos de proteção, mas que também pode ser afetada em condições adversas.

Diversos fatores favorecem o desenvolvimento da EGUS, como:

  • Alimentação inadequada (baixa em fibras e alta em concentrados);
  • Longos períodos de jejum;
  • Estresse por confinamento, transporte ou competições;
  • Uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs).
Sinais clínicos e diagnóstico

De acordo com a médica-veterinária Camila Senna, coordenadora técnica de equinos da Ceva Saúde Animal, os sinais da úlcera gástrica podem variar de sutis a evidentes, incluindo:

  • Redução do apetite;
  • Perda de peso;
  • Queda no desempenho atlético;
  • Bruxismo (ranger de dentes);
  • Salivação excessiva;
  • Desconforto abdominal;
  • Cólica recorrente.

Em potros, é comum observar inquietação durante a alimentação e frequência maior em se deitar após mamar.

Prevenção baseada no manejo alimentar e ambiental

A principal forma de prevenção da EGUS está no manejo adequado da dieta e do ambiente dos animais. Camila destaca que equinos são adaptados ao pastejo contínuo, o que favorece a produção de saliva e ajuda a neutralizar o ácido gástrico.

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Medidas recomendadas incluem:

  • Fornecimento de volumoso de boa qualidade (feno ou pastagem) ao longo do dia;
  • Inclusão de alfafa, que possui maior capacidade tamponante;
  • Fracionamento das refeições;
  • Redução no uso de concentrados;
  • Minimizar situações estressantes e permitir tempo para pastagem ou recreação.
Tratamento: omeprazol como principal aliado

Se a prevenção não for suficiente e o animal já apresentar lesões gástricas, o tratamento com medicamentos se faz necessário. O omeprazol é o fármaco mais indicado por ser um potente inibidor da bomba de prótons, capaz de reduzir a acidez estomacal e promover a cicatrização da mucosa.

Produtos específicos para equinos, como o Gastrozol® Pasta, garantem maior eficácia devido à absorção adequada e praticidade na administração oral. Essa formulação facilita a dosagem correta e proporciona alívio rápido dos sintomas, contribuindo para a recuperação do animal.

“O uso do omeprazol é especialmente indicado para cavalos atletas, que enfrentam fatores estressantes com frequência”, destaca a especialista.

Abordagem integrada é essencial para o sucesso

A eficácia do tratamento depende da associação entre o uso de medicamentos, ajustes na alimentação e no manejo ambiental. A supervisão de um médico-veterinário é fundamental para garantir a recuperação completa e manter a saúde digestiva dos equinos.

O bem-estar e o desempenho dos animais estão diretamente ligados a um sistema digestivo equilibrado — e isso começa com práticas preventivas, manejo adequado e acompanhamento profissional.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Pecuária

Leite/Cepea: ‘Média Brasil’ fecha junho a R$ 2,6474/litro

Publicado

em

Divulgação

 

Levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que o preço do leite captado em junho fechou a R$ 2,6474/litro na “Média Brasil”.

Agentes do mercado seguem relatando que a oferta, no momento, supera a demanda, o que tende a pressionar as cotações. O ICAP-L (Índice de Captação do Leite) subiu 3,31% de maio para junho na “Média Brasil”. Esse avanço continua sendo explicado pelos maiores investimentos dos produtores na atividade.

Pesquisas do Cepea mostram que, mesmo com a alta de 0,55% no Custo Operacional Efetivo (COE) de junho na “Média Brasil”, os insumos voltados à nutrição do rebanho apresentaram recuo de 0,37%.

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Se, de um lado, os preços no campo estão caindo por conta do aumento da oferta, de outro, a demanda por lácteos não tem crescido pari passu a ponto de sustentar as cotações. Em junho, o mercado de derivados registrou comportamentos distintos a depender do produto, com baixas para o leite em pó, alta para muçarela e estabilidade para o UHT. Os resultados evidenciam o momento delicado do setor lácteo, marcado pela dificuldade em equilibrar a oferta de matéria-prima e a demanda por derivados.

Fonte: Assessoria Cepea

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Pecuária

Seaf abre licitação para serviço de transferência de embriões bovinos voltados à agricultura familiar

Publicado

em

Assessoria Empaer

 

A Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) lançou o pregão eletrônico SRP nº 5/2025, com o objetivo de contratar uma empresa especializada em transferência de embriões bovinos, incluindo o fornecimento de embriões sexados de fêmea.

A iniciativa busca beneficiar diretamente os produtores de leite da agricultura familiar, promovendo o melhoramento genético do rebanho e fortalecendo a produção leiteira no Estado. A seleção das propostas seguirá critérios técnicos detalhados no edital, disponível no site da Seaf.

As propostas e os documentos de habilitação devem ser enviados eletronicamente, por meio do Sistema Integrado de Aquisições Governamentais (SIAG), até o dia 11 de agosto. A abertura das propostas e início da sessão pública estão marcados para 12 de agosto, às 8h (horário de Cuiabá), pelo site http://aquisicoes.seplag.mt.gov.br.

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Todas as publicações relacionadas ao certame serão divulgadas no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso.

De acordo com a veterinária da Seaf, Vânia Ângela, o programa já foi executado com sucesso em 38 municípios, com resultados significativos.

“Os criadores notam a diferença das bezerras nascidas com melhoramento genético. Todos os produtores que participaram da primeira etapa querem repetir. Para a nova fase, já temos 25 municípios interessados”, afirmou.

Os contratos são firmados via termos de cessão com prefeituras ou cooperativas dos municípios selecionados. A empresa contratada realiza a seleção das vacas receptoras, exames sanitários (brucelose, tuberculose), vacinação reprodutiva, aplicação do protocolo hormonal, a transferência de embriões e, após 60 dias, o diagnóstico de gestação com sexagem fetal. O pagamento à empresa é feito por prenhez confirmada de fêmea.

Aumento da produtividade

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No Estado, o programa de melhoramento genético do rebanho leiteiro teve início em 2020 com a transferência de embriões. De acordo com a Superintendência da Agricultura Familiar, 38 municípios aderiram à primeira etapa, e atualmente são 4.026 prenhezes. A melhoria genética tem impacto direto na produtividade.

“As novilhas de origem embrionária entram em reprodução mais cedo e produzem mais leite. Com boa alimentação, podem chegar a produzir de 20 a 30 litros por dia. Mesmo produzindo 15 litros já é excelente, considerando que a média estadual de produção é de 4,34 litros por animal”, destacou Vânia.

A médica veterinária apontou que o programa é inovador “por atender o produtor de pequena escala, o que exige atuação em diversas propriedades, com número de transferências variando entre 10 e 20 vacas por produtor, com resultados já visíveis em campo”.

Atualmente, Mato Grosso ocupa a 14ª posição no ranking nacional de produção de leite, com uma produção atual de 455,8 mil litros em 2023, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção de leite é a principal atividade econômica para a maioria das propriedades em regime familiar no Estado de Mato Grosso. Conforme o Diagnóstico da Cadeia Leiteira em Mato Grosso, da Seaf, 75,62% dos pequenos produtores de Mato Grosso têm a pecuária leiteira como sua principal fonte de renda.

Contato:

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Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (65) 3613-6251.

Vânia Neves | Seaf/Empaer

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Pecuária

Movimento de produtores valoriza pecuária sustentável

Publicado

em

Arquivo

 

 

A campanha “A Carne do Futuro é Animal”, criada por produtores de Mato Grosso, quer mudar a percepção do consumidor sobre a pecuária brasileira. A iniciativa mostra que é possível produzir carne bovina de alta qualidade, com tecnologia, bem-estar animal e sustentabilidade, sem abrir mão da rentabilidade. O objetivo é deixar claro que a verdadeira carne do futuro nasce no campo, e não em laboratórios.

Quem está à frente desse movimento é o produtor rural Luciano Resende, um dos idealizadores da campanha. Em entrevista ao Planeta Campo, ele explicou que a ação começou há cerca de três meses, com apoio de pecuaristas preocupados em melhorar a comunicação com o consumidor urbano, que muitas vezes desconhece as práticas adotadas nas fazendas brasileiras.

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Três pilares: produtividade, sustentabilidade e rentabilidade

Segundo Luciano, o movimento se baseia em três pilares fundamentais:

  • Produtividade: significa alimentar mais pessoas em uma menor área, promovendo a preservação de áreas nativas;
  • Sustentabilidade: inclui a redução da pegada de carbono, o cuidado com o solo e o uso eficiente dos recursos naturais;
  • Rentabilidade: garante a continuidade da produção e permite investimentos sociais e ambientais.

“Essa campanha é uma forma de dar transparência ao sistema de produção e ajudar o consumidor a tomar decisões mais conscientes”, explica Luciano.”

Ele também destaca que a pecuária de baixo carbono já é uma realidade no Brasil, com dados e cálculos que comprovam o balanço positivo entre emissões e sequestro de carbono.

Balanço de carbono: da emissão à mitigação

Um dos pontos centrais da campanha é a divulgação do balanço de carbono das propriedades. Luciano explica que o cálculo leva em conta não só as emissões de metano dos animais, mas também o que é capturado pelo sistema produtivo — no solo, na vegetação e até na carcaça dos animais.

A comparação que ele usa para facilitar o entendimento do público urbano é clara:

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“Com a mesma pegada de carbono de um avião de grande porte voando 8 horas por dia durante um ano, conseguimos alimentar 620 mil pessoas com carne bovina”.

Essa comunicação simples e objetiva tem sido uma estratégia eficaz para romper barreiras entre o campo e a cidade, mostrando que a produção de carne pode, sim, ser sustentável.

Comunicação direta com o consumidor

A campanha “A Carne do Futuro é Animal” está presente nas redes sociais, no perfil @carnedofuturoeanimal, além de contar com o site www.carnedofuturo.com.br, onde é possível conhecer mais sobre o movimento e se engajar.

Luciano reforça que todos os produtores preocupados com a produção responsável são bem-vindos no movimento, que busca crescer e ganhar representatividade nacional.

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“Queremos que o consumidor entenda o que está por trás de uma carne de qualidade. Que ele saiba que ali existe responsabilidade ambiental, tecnologia e gente comprometida com o futuro do planeta”, afirma o idealizador.

Pecuária com propósito

A campanha não nega os desafios, mas aposta no diálogo e na ciência como aliadas para transformar a imagem da pecuária. A meta agora é levar a mensagem ao maior número de pessoas possível, com apoio de veículos de comunicação e parceiros do setor agropecuário.

“Se você é produtor, consumidor consciente ou simplesmente ama um bom churrasco, pode nos ajudar a espalhar essa ideia”, convida Luciano.

planetacampo

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Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

 

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