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Meio Ambiente

Calor extremo representa grande desafio e prejuízos para o agronegócio

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Reprodução

 

 

O calor extremo tem representado um grande desafio para o agronegócio, com maior intensidade para a avicultura brasileira, impactando a produtividade e a saúde das aves. Além do risco de mortalidade, as altas temperaturas comprometem o ganho de peso, reduzem a qualidade dos ovos, diminuem o consumo de ração e aumentam a vulnerabilidade dos animais a doenças.

Em anos anteriores, episódios de calor intenso causaram perdas significativas na criação de frangos de corte, com registros de mortalidade na Bahia e no Centro-Oeste de Minas Gerais devido ao estresse térmico.

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A importância do setor avícola para a economia é evidente. Apenas em janeiro, a exportação de carne de frango atingiu 443 mil toneladas, um recorde para o mês. No entanto, para manter a competitividade e evitar prejuízos, produtores precisam adotar medidas de mitigação contra os impactos das ondas de calor.

A ventilação adequada nos aviários é uma das principais estratégias para amenizar os efeitos das altas temperaturas, proporcionando conforto térmico e prevenindo problemas sanitários que comprometem a produtividade.

No caso da cana-de-açúcar, o impacto das altas temperaturas se reflete em um menor acúmulo de açúcares no colmo, resultando em uma queda no rendimento durante o processamento industrial. De acordo com projeções do Laboratório Nacional de Biorrenováveis, vinculado ao Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), as mudanças climáticas podem levar a uma redução de até 20% na produção nacional dessa cultura nos próximos dez anos.

Para grãos como soja e milho, o calor excessivo afeta diretamente a fecundação das flores e a formação dos grãos, comprometendo significativamente o potencial produtivo. Já na fruticultura, os efeitos das temperaturas elevadas são igualmente preocupantes, reduzindo a produtividade, dificultando o transporte, diminuindo a durabilidade pós-colheita e alterando o sabor das frutas, o que pode torná-las menos competitivas no mercado.

Além dos desafios enfrentados pelo setor agropecuário, o calor extremo tem causado impactos ambientais e sociais. O Rio Grande do Sul completou dez dias consecutivos de temperaturas elevadas, tornando-se o epicentro da onda de calor no país.

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Entre as 14 cidades mais quentes do Brasil no dia 11 de fevereiro, todas estavam localizadas no estado. A estiagem prolongada elevou o risco de incêndios, com queimadas atingindo propriedades rurais e áreas urbanas. Em Quaraí, na fronteira com o Uruguai, o fogo destruiu vastas extensões de terra, enquanto, em outras localidades, moradores precisaram agir rapidamente para evitar danos maiores.

A escassez hídrica também tem afetado comunidades do interior. Em Santa Maria, mais de 700 famílias estão recebendo abastecimento emergencial por caminhões-pipa devido ao esgotamento de poços artesianos e açudes. No setor agrícola, lavouras de soja registram perdas expressivas, que podem ser parcialmente revertidas caso a chuva retorne de forma regular nos próximos dias.

Diante desse cenário, o monitoramento climático segue essencial para a adoção de medidas preventivas e a minimização dos impactos da onda de calor extremo, prevista para durar até o dia 21 de fevereiro. Este cenário climático traz sérias apreensões e impactos para o setor, especialmente porque ele afeta diretamente o desempenho das plantas e, consequentemente, a produtividade e rentabilidade dos cultivos.

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Meio Ambiente

Serviço de Alerta Geada inicia na segunda-feira

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Geada no Paraná – Foto: Ana Tigrinho

 

O IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná — Iapar-Emater) e o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná) iniciam nesta segunda-feira (5) a 31ª edição do Alerta Geada, serviço que opera de maio a setembro com o objetivo de avisar, com antecedência, produtores rurais sobre o risco de danos causados pelo frio.

Criado originalmente para proteger cafezais recém-plantados, o Alerta Geada hoje atende diversas atividades agropecuárias — avicultura, suinocultura, horticultura e silvicultura, por exemplo — e ainda beneficia outros setores da economia, como turismo, comércio, mercado financeiro e construção civil, explica a meteorologista Ângela Costa, do IDR-Paraná.

Durante a vigência do serviço, pesquisadores divulgam diariamente boletins com informações sobre as condições do tempo e a evolução de massas de ar polar no Estado.

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CAFEZAIS — Em lavouras com 6 a 24 meses de idade, recomenda-se amontoar terra no tronco até o primeiro par de folhas ou ramos, protegendo as gemas vegetativas contra eventuais geadas. Esse procedimento deve ser feito já em maio e mantido até meados de setembro.

Para mudas com até seis meses de campo, o ideal é cobri-las totalmente com terra ou palha, sempre que houver previsão de geada. Nos viveiros, a proteção se dá com duas a três camadas de plástico ou acionamento de aquecimento. As medidas devem ser adotadas conforme os avisos de alerta e desfeitas imediatamente após o fim do risco.

OUTONO/INVERNO — Segundo Ângela Costa, a entrada de massas de ar polar no território paranaense tende a se intensificar a partir de maio, alternando dias frios com períodos de temperaturas mais amenas. São esperados veranicos, nevoeiros e geadas — condições típicas da estação —, com variação de intensidade entre as regiões. O fenômeno El Niño permanece em fase neutra.

“Os modelos climatológicos indicam que as precipitações e temperaturas devem se manter próximas à média histórica para o Estado”, afirma a meteorologista.

METODOLOGIA – O Simepar realiza diariamente a análise e o monitoramento dos fenômenos meteorológicos. “Com o apoio de modelos de previsão do tempo, a equipe do Simepar elabora prognósticos sobre a evolução de intensas massas de ar de origem polar, que favorecem a ocorrência de geadas no Paraná, com até cinco dias de antecedência”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar. Para a semana de início de funcionamento do serviço, a previsão meteorológica não indica a formação de geadas no Paraná.

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As informações podem ser obtidas nos seguintes canais:

Canal “Alerta Geada Paraná” no WhatsApp e Telegram

Aplicativo IDR Clima, disponível no Google Play e na App Store.

Disque Geada: (43) 3391-4500.

Página do IDR-Paraná (www.idrparana.pr.gov.br)

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Redes sociais do IDR-Paraná (Instagram, Facebook e LinkedIn): @idrparana.

Página do Simepar (www.simepar.br).

(Com AEN/PR)

Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Meio Ambiente

Irregularidade das chuvas impacta desenvolvimento de pastagens no Rio Grande do Sul

Publicado

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Foto: Pixabay

 

Estabelecimento das pastagens

As áreas de aveia no Rio Grande do Sul apresentam bom estabelecimento, enquanto as espécies de verão entram em declínio e são gradualmente substituídas. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (25) pela Emater/RS-Ascar, as pastagens perenes e o campo nativo ainda garantem oferta de forragem em várias regiões do estado.

Conservação de forragem e aumento na demanda por sementes

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Com a redução das chuvas, intensificam-se as práticas de conservação de forragem, como fenação e produção de pré-secado. Paralelamente, observa-se um aumento na procura por sementes de forrageiras de inverno, conforme aponta o levantamento da Emater/RS-Ascar.

Falhas no estabelecimento e desenvolvimento regional

Na região administrativa de Bagé, especialmente nos municípios de Santa Margarida do Sul e Manoel Viana, a Emater/RS-Ascar relata que a ausência prolongada de precipitações tem provocado falhas em áreas recém-semeadas. Já na região de Caxias do Sul, as pastagens anuais, como aveia e azevém, germinaram e iniciaram o crescimento, enquanto os campos nativos de altitude apresentam bom desenvolvimento e produção de forragem adequada.

Erechim enfrenta dificuldades no rebrote

Em Erechim, as pastagens cultivadas de verão estão no final do ciclo, e produtores relatam dificuldades para manter os animais em determinadas áreas. Segundo a Emater/RS-Ascar, o início do frio e a menor luminosidade têm comprometido o rebrote das forrageiras.

Condições favoráveis em Frederico Westphalen

Na região de Frederico Westphalen, o cenário é mais positivo. As chuvas recentes e as temperaturas mais amenas favoreceram o rebrote e o desenvolvimento das pastagens.

Vazio forrageiro e desafios em outras regiões

Na região de Ijuí, o vazio forrageiro de outono persiste em função do término do ciclo das forrageiras anuais de verão e da indisponibilidade de pastejo nas espécies de inverno. Em Passo Fundo, a irregularidade das chuvas reduziu a taxa de crescimento das pastagens, levando à realização de roçadas para controle de plantas invasoras. Além disso, o acesso dos animais à água tornou-se mais restrito, e o crescimento das espécies de campo nativo também começou a declinar.

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Implantação de pastagens de inverno

Na região de Pelotas, os produtores seguem implantando pastagens de inverno e adubando as áreas mais precoces. Em Porto Alegre, tanto as pastagens quanto o campo nativo continuam apresentando oferta de forragem superior à demanda dos rebanhos.

Condições satisfatórias em Santa Maria e Santa Rosa

Em Santa Maria, as condições climáticas recentes favoreceram o campo nativo e as pastagens cultivadas, que mantêm uma oferta satisfatória de forragem. Já na região de Santa Rosa, as pastagens perenes ainda oferecem forragem em quantidade adequada, embora o crescimento tenha desacelerado nas últimas semanas. O campo nativo também apresenta crescimento limitado, mas as temperaturas mais elevadas ainda garantem aporte de forragem para bovinos e ovinos.

Final de ciclo e produção de sementes em Soledade

Por fim, na região de Soledade, as pastagens de verão estão no final do ciclo, mas continuam fornecendo volumoso. O campo nativo mantém uma boa produção de sementes, especialmente da leguminosa pega-pega (Desmodium incanum), beneficiada pela umidade ideal do solo.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Meio Ambiente

Chuvas regulares favorecem milho segunda safra em Mato Grosso e Centro-Oeste, aponta boletim agrícola

Publicado

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Reprodução/CenarioMT

O monitoramento climático e agrícola realizado entre os dias 1º e 21 de abril de 2025 revelou que o regime de chuvas se manteve favorável ao desenvolvimento das culturas de milho segunda safra e algodão em Mato Grosso e no restante da região Centro-Oeste. As informações fazem parte do Boletim de Monitoramento Agrícola, uma parceria entre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e o Grupo de Monitoramento Global da Agricultura (Glam), que destaca as condições agrometeorológicas em apoio às estimativas de safra no Brasil.

No Centro-Oeste, as precipitações foram suficientes para manter elevada a umidade do solo, essencial para o bom desenvolvimento das lavouras. Em Mato Grosso, líder nacional na produção de milho e algodão, o cenário se mostrou especialmente positivo. As chuvas constantes permitiram o crescimento vigoroso das lavouras de milho segunda safra, com índices de vegetação acima da média histórica e do ciclo anterior. O algodão também se beneficiou das condições climáticas estáveis, apresentando bom vigor vegetativo e formação adequada das estruturas reprodutivas, etapa fundamental para o potencial produtivo.

No entanto, a primeira quinzena de abril foi marcada por variações no volume de chuvas em algumas áreas de Goiás e Mato Grosso do Sul. Nessas regiões, a irregularidade hídrica e as temperaturas elevadas causaram momentos pontuais de estresse para as plantas. Em Mato Grosso do Sul, a falta de precipitações mais regulares provocou uma desaceleração no crescimento do índice de vegetação, o que pode impactar parte da produtividade do milho segunda safra.

De maneira geral, o monitoramento espectral aponta que, em Mato Grosso, Goiás, Tocantins e grande parte do Mato Grosso do Sul, o milho segunda safra segue com desenvolvimento satisfatório. Mesmo com oscilações climáticas observadas em março e abril, a recuperação hídrica no final do período ajudou na manutenção da sanidade das lavouras que ainda estavam em estágio vegetativo.

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O boletim também destacou a colheita de arroz no Tocantins e em Mato Grosso. No Tocantins, mais de 60% das áreas produtoras já foram colhidas, com lavouras cultivadas em várzeas apresentando boa sanidade. Em Mato Grosso, o volume expressivo de chuvas não impediu o avanço da colheita, que já atinge mais de 70% da área semeada, mantendo a qualidade dos grãos.

Outro destaque para a região foi o bom desempenho do algodão em Goiás, onde, apesar da irregularidade das chuvas, a umidade disponível no solo tem se mantido suficiente para atender às exigências hídricas da fase de formação das maçãs. Em Mato Grosso do Sul, enquanto no Norte as lavouras continuam se desenvolvendo bem, no Sul do estado a colheita de algodão já se aproxima com a realização da desfolha.

No contexto nacional, o monitoramento agrícola apontou desafios no Nordeste e no Sul do país. No Semiárido nordestino, a restrição hídrica manteve o déficit no solo, prejudicando culturas como feijão e milho. Já no Sul, embora as chuvas tenham sido irregulares, as temperaturas mais amenas ajudaram a manter a umidade do solo, favorecendo o desenvolvimento das culturas de segunda safra.

O Boletim de Monitoramento Agrícola reforça a importância da coleta contínua de dados climáticos, observação da terra e análises de campo para orientar produtores e instituições em um país de dimensões continentais e grande diversidade de cultivos como o Brasil. Em Mato Grosso e no Centro-Oeste, a expectativa é de que as condições atuais ajudem a consolidar uma boa produtividade para o milho segunda safra e o algodão na safra 2024/2025, mesmo diante das variações climáticas registradas no início do ano.

Fonte: CenarioMT

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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