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Agronegócio

Fruta exótica atrai produtores rurais em Minas Gerais

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Foto: Wikimedia Commons

 

A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) está conduzindo estudos no sul do estado para avaliar o potencial de cultivo da fisális, uma fruta ainda pouco conhecida no Brasil, mas que tem despertado interesse por suas características nutricionais e versatilidade culinária.

Conhecida por seu fruto pequeno envolto em um cálice de folhas finas (capulho), a fisális tem despertado interesse tanto para consumo in natura quanto para uso em diversas preparações culinárias, como sucos, molhos e geleias.

A fisális, pertencente ao grupo de Plantas Alimentícias não Convencionais (PANC), demonstra adaptabilidade a diferentes climas, podendo ser cultivada em regiões temperadas, quentes e subtropicais.

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“As plantas se adaptam a temperaturas entre 15º e 25ºC e toleram geadas leves, mas temperaturas noturnas abaixo de 10ºC são problemáticas. O calor entre 27º e 30ºC não afeta a produção”, explica Emerson Gonçalves, pesquisador da Epamig.

O estudo visa determinar as melhores práticas para o cultivo da fruta, incluindo a época ideal de plantio, que pode variar dependendo das condições climáticas da região. “Para regiões onde ocorrem períodos de inverno rigoroso com risco de geadas recomenda-se o plantio em outubro ou novembro”, orientou Gonçalves.

Além disso, a pesquisa alerta para a importância de evitar o plantio em áreas anteriormente ocupadas por outras solanáceas, como batata, tomate e berinjela.

Outro cuidado importante é com a sustentação da planta, que pode atingir até 2 metros de altura e necessita de tutoramento para não tombar.

Produção agrícola

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Rica em vitaminas A e C, fósforo, ferro e fibras, a fisális apresenta-se como uma alternativa promissora para pequenos e médios produtores, devido ao rápido retorno econômico e crescente demanda do mercado.

O rápido desenvolvimento da planta atraiu a atenção de Anie Gomez Nagamine, produtora do Abraço da Floresta, em Dom Viçoso, no Sul de Minas. “Iniciei a produção de pequenos frutos em outubro de 2021, motivada pelo rápido retorno econômico. Em apenas quatro meses após o estabelecimento do pomar, já comecei a colher. A área onde cultivo é pequena, muito fria e está a uma altitude elevada, começando a 1650 metros, o que não é ideal para muitas culturas”, relata.

A produção, que inclui amora e mirtilo, é vendida tanto in natura quanto congelada. “Forneço para quitandas, redes de mercados, restaurantes e, principalmente, confeitarias. Trabalho em parceria com uma associação (venda solidária) e outro agricultor. Sozinha, seria muito mais desafiador”, comenta.

Anie já nota uma mudança no interesse pela fisális. “O mercado para fisális é desafiador. No entanto, há uma crescente demanda por parte de consumidores que buscam alimentos saudáveis. A fruta é muito valorizada na alta culinária para geleias, molhos como chutney, adorno de pratos e saladas especiais, e como confeito para doces e bolos. O suco de fisális é incrivelmente saboroso e saudável”, conclui.

Gabriel Azevedo

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Exportações de carne suína batem recorde para abril e geram R$ 1,73 bilhão

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Foto: Agência Brasil

As exportações brasileiras de carne suína renderam R$ 1,73 bilhão em abril, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) analisados pelo Cepea. Trata-se da segunda maior receita da série histórica da Secex, iniciada em 1997. No total, foram embarcadas 127,8 mil toneladas de produtos suinícolas — entre carnes in natura e processadas —, número que representa um crescimento de 11,4% em relação a março e 14,5% frente ao mesmo mês do ano passado.

Em receita, o desempenho foi 9,3% superior ao registrado em março e 40% acima do valor obtido em abril de 2024. O volume exportado é recorde para um mês de abril e o terceiro maior considerando toda a série da Secex, o que reforça o avanço expressivo do setor no mercado externo.

Segundo os pesquisadores do Cepea, o bom momento das exportações contrasta com o cenário interno, onde o mercado opera de forma mais comedida. A oferta de suínos vivos está equilibrada com a demanda em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Centro de Pesquisas. Embora a procura pela carne esteja firme, não houve o aquecimento típico esperado para o início do mês, o que tem mantido os preços relativamente estáveis no mercado doméstico.

Esse equilíbrio interno, somado à performance excepcional nas vendas externas, coloca o Brasil em posição estratégica no comércio internacional de proteína suína, impulsionando a cadeia produtiva e fortalecendo a economia agroexportadora do país.

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Fonte: CenarioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Custo em alta e avanço do greening ameaçam a viabilidade da produção de laranja em 2025/26

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Divulgação

Os custos de produção da laranja seguem em forte escalada e representam um alerta para a sustentabilidade econômica da citricultura paulista. É o que aponta estudo realizado pela equipe da revista Hortifruti Brasil, publicação do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, que estima um aumento médio de 15% a 16% nos custos de produção por hectare na safra 2025/26 em relação à anterior (2024/25).

Os modelos analisados pelo Cepea refletem dois perfis produtivos em polos importantes do estado de São Paulo. No Projeto 1, situado na região centro-sul, com sistema de sequeiro e adensamento moderado, o custo total calculado pelo Cepea pode alcançar R$ 42.700 por hectare na safra 2025/26. Já no Projeto 2, modelo irrigado e de alto adensamento no norte paulista, o custo pode ultrapassar os R$ 54.000 por hectare na safra 2025/26.

Segundo pesquisadores do Cepea, entre os principais vilões do orçamento citrícola estão colheita e frete (que chegam a representar até 30% dos custos) e a intensificação dos tratamentos fitossanitários contra o HLB (greening), que amplia os gastos com defensivos.

O cenário exige ainda mais atenção dos produtores quanto à viabilidade da cultura. Apesar da estimativa inicial de produção apontar para uma recuperação da safra – com possível colheita de 314,6 milhões de caixas, segundo o Fundecitrus –, o aumento dos custos reduz a margem do produtor, especialmente se os preços recuarem, após os recordes registrados em 2024.

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“A recomendação é clara: cada produtor precisa calcular seu próprio custo de produção, considerando o potencial produtivo do pomar e os riscos climáticos e sanitários da região”, alertam os autores do estudo, Renato Ribeiro e Margarete Boteon, da equipe Citros/Cepea.

Fonte: Assessoria

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Safra de feijão supera ciclo anterior no Paraná

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Foto: Canva

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmou, por meio do 8º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, divulgado nesta quinta-feira (15), que a colheita do feijão no Paraná foi encerrada ainda em fevereiro e superou os resultados do ciclo anterior.

Segundo o levantamento, a produção registrou um rendimento médio superior ao da safra 2023/24, mesmo com ajustes em relação aos dados do mês anterior. A melhora no desempenho foi atribuída ao clima mais favorável ao longo do ciclo atual, o que contribuiu tanto para o incremento da produtividade quanto para a ampliação da área plantada.

A Conab também destacou que “a qualidade do produto colhido obteve resultados satisfatórios”, o que reforça o bom desempenho da cultura no estado.

AGROLINK – Seane Lennon

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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