Agricultura
Queda nos preços do milho reflete avanço da colheita e aumento da oferta

Divulgação
Os preços do milho estão em queda na maioria das regiões monitoradas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Essa tendência de baixa é atribuída principalmente ao ritmo mais adiantado da colheita da segunda safra deste ano, que tem aumentado a oferta do cereal em importantes praças produtoras, como Paraná e Mato Grosso.
Pesquisadores do Cepea observam que muitos produtores estão mostrando maior flexibilidade nas negociações de novos lotes de milho. No entanto, os compradores estão limitando suas aquisições, priorizando o recebimento do milho que já foi adquirido antecipadamente. Essa postura cautelosa por parte dos demandantes contribui para a pressão negativa sobre os preços do cereal.
Além do aumento da oferta interna, a disponibilidade global de milho nesta temporada está elevada, devido às maiores produções nos Estados Unidos e na Argentina. Esse cenário de oferta abundante em nível global adiciona mais pressão aos preços internos do milho no Brasil.
Impacto do Dólar
Apesar da valorização do dólar, que geralmente poderia conter quedas nos preços ao aumentar a competitividade das exportações, os recuos no mercado spot não foram evitados. No entanto, o avanço da moeda norte-americana pode elevar a paridade de exportação e potencialmente permitir aumentos nas cotações internas no futuro.
A combinação de uma colheita adiantada, oferta interna e global elevada e a cautela dos demandantes cria um cenário de pressão para os preços do milho. No entanto, a valorização do dólar é um fator que pode trazer alguma sustentação aos preços no longo prazo, especialmente se as exportações brasileiras se beneficiarem dessa condição cambial.
O mercado de milho no Brasil enfrenta um momento de baixa nos preços, reflexo do avanço da colheita e da oferta abundante tanto interna quanto globalmente. A flexibilidade dos produtores nas negociações e a demanda limitada por parte dos compradores adicionam mais pressão ao cenário de queda. No entanto, a valorização do dólar pode representar uma oportunidade para recuperação das cotações, à medida que eleva a paridade de exportação e melhora a competitividade do milho brasileiro no mercado internacional.
Fonte: CenárioMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Agricultura
Brasil começará a exportar bovinos e bubalinos a país africano

As autoridades sanitárias do Togo, nação da África Ocidental, concederam autorização para exportação de bovinos e bubalinos vivos do Brasil.
Em 2024, o país, que conta com uma população de 9,5 milhões, importou US$ 173 milhões em produtos agropecuários brasileiros, com destaque para produtos do complexo sucroalcooleiro, carnes e pescados.
Para o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a nova abertura fortalece as relações comerciais bilaterais e amplia a possibilidade de inserção de produtos brasileiros na África Ocidental.
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O Porto de Lomé, na capital do país, está entre os 100 maiores do mundo em volume de contêineres e opera como um “hub” logístico na região.
Desde 2023, o agronegócio brasileiro já soma 437 aberturas de mercado, em 72 destinos.
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Agricultura
PIB catarinense cresce 5,4% impulsionado por produção de suínos e aves

O Produto Interno Bruto (PIB) de Santa Catarina cresceu 5,4% nos 12 meses encerrados em junho, em relação ao mesmo período do ano anterior, conforme estimativas da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan). No primeiro semestre de 2025, a economia do estado avançou 6,1%.
Um dos motores desse crescimento é a pecuária, que mantém desempenho positivo com aumento na produção de carne de frango e carne suína, marcando o sétimo ano consecutivo de evolução.
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Na suinocultura, o estado se mantém como líder nacional, respondendo por 29,1% dos abates e por 29,5% do peso total das carcaças produzidas.
Na avicultura, o estado também registra avanço consistente, consolidando-se como o segundo maior produtor do país, com participação de 13,4% do plantel nacional.
Líder na produção nacional de suínos
O Brasil, quarto maior produtor mundial de carne suína, registrou em 2024 crescimento de 1,1% na produção, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Dados da Síntese Anual da Agricultura de Santa Catarina de 2024 mostram que a produção estadual alcançou 1,57 milhão de toneladas de carcaça no ano passado. Apesar da leve retração de 0,2% frente a 2023, Santa Catarina manteve a liderança nacional no setor.
Segundo a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), foram produzidos 17,97 milhões de suínos em 2024, alta de 0,1% em relação ao ano anterior. Esse resultado dá sequência a uma trajetória de crescimento que se mantém de forma ininterrupta desde 2013 e representa o maior montante de abates da história do estado.
Protagonismo nas exportações
Além da relevância no mercado interno, o estado segue como protagonista nas exportações. Em 2024, Santa Catarina embarcou 719,4 mil toneladas de carne suína, crescimento de 9,3% em volume em relação a 2023.
As receitas chegaram a US$ 1,70 bilhão, avanço de 7,9% sobre o ano anterior, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
O desempenho foi marcado por uma mudança no perfil dos destinos. As Filipinas assumiram a liderança das compras, ultrapassando a China após seis anos de hegemonia. O mercado filipino cresceu 48,2% em volume e 39% em valor, enquanto a participação chinesa perdeu força após ter representado mais de dois terços das exportações catarinenses no auge da Peste Suína Africana.
Conforme o último Boletim Agropecuário, publicado pela Epagri/Cepa, os números de 2025 reforçam a trajetória positiva. De janeiro a julho, Santa Catarina exportou 433,5 mil toneladas de carne suína, com receitas de US$ 1,07 bilhão, altas de 7,3% e 16,2% frente ao mesmo período de 2024.
O estado respondeu por 51,5% do volume e 52,1% do valor das exportações brasileiras no período. Esses valores representam o melhor resultado da série histórica para os sete primeiros meses do ano.
Segundo o analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa, Alexandre Giehl, a produção catarinense de suínos cresceu 1,2% entre julho de 2024 e junho de 2025. Esse resultado consolida um ciclo de expansão contínua iniciado em 2013.
“A suinocultura é hoje a principal atividade econômica do meio rural catarinense, respondendo por mais de 21% do valor da produção agropecuária do Estado, o que reforça sua relevância para a economia catarinense de forma geral”, ressalta.
Avicultura impulsiona PIB e exportações
O setor avícola brasileiro vem consolidando seu crescimento nos últimos anos, reforçando a posição do país como principal player global da proteína. Dados do IBGE mostram que, em 2024, o Brasil produziu 13,6 milhões de toneladas de carne de frango, crescimento de 2,4% frente ao ano anterior.
Os dados da Cidasc mostram que o estado abateu 886,7 milhões de frangos no ano passado, crescimento de 1,8% em relação ao ano anterior. No comparativo entre julho de 2024 e junho de 2025 com os 12 meses anteriores, período considerado no cálculo de PIB da Seplan, a produção catarinense cresceu 1,9%.
No mercado externo, o estado manteve-se como segundo maior exportador do país, responsável por 22,6% das receitas nacionais no ano passado. As exportações cresceram 5,7% em volume e 0,2% em valor, em relação a 2023, garantindo recorde histórico em receitas e o terceiro maior volume já registrado. O principal destino foi o Japão, com 12,4% de participação.
Em 2025, Santa Catarina manteve o bom desempenho nas exportações de carne de frango. Até julho, o estado embarcou 668,2 mil toneladas, que renderam US$ 1,37 bilhão, altas de 0,3% em volume e 7,3% em valor na comparação com o mesmo período de 2024, segundo a Epagri/Cepa.
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Agricultura
Comissão da Agricultura da Câmara aprova Estatuto do produtor rural

A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (17) o projeto de lei 4.588/2021, que define o Estatuto do Produtor Rural.
O projeto prevê concessão de assistência técnica e jurídica gratuita, proteção do patrimônio, revisão de contratos e fundo de crédito para pequenos agricultores. O texto segue agora para análise das Comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), em caráter conclusivo.
A proposta prevê ainda medidas como criação de ouvidorias e comissões de defesa econômica, estímulo a meios alternativos de resolução de conflitos e facilitação logística para o escoamento da produção.
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“O texto assegura o direito de revisão de cláusulas contratuais para reequilíbrio econômico-financeiro e cria um Fundo Garantidor de Risco de Crédito voltado a micro e pequenos agricultores”, disse a relatora deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT).
O projeto define pequeno produtor aqueles com faturamento anual bruto de até R$ 4,8 milhões, em linha com o Simples Nacional.
O parecer também permite denúncias ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em casos de abuso contratual ou concentração de mercado e corrige o indexador inflacionário para o IPCA. O texto também isenta cooperativas de produção da obrigatoriedade de classificação de produtos agropecuários.
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