Transporte
“O medo de denunciar não pode nos paralisar”, diz mulher assistida pela Patrulha Maria da Penha

PMMT
“O medo de denunciar não pode nos paralisar. Vivemos anos sendo vítimas de violência doméstica, mas chega uma hora que é preciso dar um basta nesse ciclo para podermos seguir em frente”. Esse é o depoimento de uma das 2.970 mulheres que foram acolhidas pelo Programa Patrulha Maria da Penha, da Polícia Militar de Mato Grosso, neste ano.
Marluce* vive na zona rural do município de Nossa Senhora do Livramento e foi casada com o ex-marido por mais de dez anos. Em diversas situações, passou momentos de pânico nas mãos do agressor, sofrendo violência física e psicológica.
“Na maioria das vezes, ele estava embriagado. Me tratava mal, dizia coisas horríveis e fazia eu me sentir a pior pessoa do mundo. Em outras situações, me agredia com tapas, socos e chutes. Uma das agressões quebrou meus dentes e sempre me ameaçava caso eu acionasse a polícia”, contou, relembrando os momentos de dor que passou junto do agressor.
Em um certo dia, após conversar com a filha, tomou a decisão de acionar a Polícia Militar, por meio do 180, para relatar a situação e pôr um fim às agressões. A partir da denúncia, Marluce passou a ser assistida pelo Programa Patrulha Maria da Penha e recebeu a devida atenção e acolhimento.
“Eu passei muito mal, desenvolvi crises de ansiedade só de pensar em denunciar o agressor, com medo do que ele poderia fazer comigo. Mas, depois de muita coragem e determinação, eu decidi fazer o que era certo e o melhor pra mim, para minha vida, que era denunciar. Com o tempo, fui acolhida da melhor maneira possível e reconheci que nada do que aconteceu era minha culpa”, ressaltou, sobre a importância de integrar a Patrulha Maria da Penha.
A vida de Joselma* também mudou a partir do momento em que ela reconheceu ser vítima de violência doméstica em Várzea Grande. Há três meses, ela denunciou o ex-marido, com quem foi casada por 10 anos, após perceber que vivia um relacionamento cercado por medo, insegurança e violência.
“A gente fica numa situação e se acostuma a conviver com ela. No começo, não percebemos se tratar de violência doméstica e, com o tempo, você está sendo agredida de diversas maneiras. Essa foi uma realidade que reconheci por meio da Patrulha Maria da Penha, no qual me prestaram todo apoio possível, desde orientação jurídica e ajuda psicológica para poder superar esse trauma”, contou. Ambas as vítimas possuem medidas protetivas contra os agressores.
A Patrulha Maria da Penha teve início em 2019 como objetivo encerrar ciclos de violência e resgatar a sensação de segurança e dignidade das vítimas. Dos 142 municípios, o programa está ativo em 98 cidades, por meio de 41 núcleos, dos 15 Comandos Regionais. Neste ano, 4.008 medidas protetivas foram decretadas pelo Poder Judiciário e 346 casos de descumprimento foram registrados. Além disso, 124 homens foram presos em flagrante por violência doméstica, 5.524 visitas solidárias às vítimas foram contabilizadas, e 642 autores foram visitados para trabalhos de orientação. Mato Grosso registrou um caso de feminicídio entre as mulheres assistidas pelo programa Maria da Penha.
A comandante da Patrulha Maria da Penha, do 1° Comando Regional, capitã PM, Gabrielle Narjara, destacou que o programa promove atividades de prevenção primária com a realização de palestras, orientações, blitz educativas e outras formas de acolhimento, assegurando uma rede de proteção e incentivando as vítimas a denunciar. Além disso, desde a implantação em Mato Grosso, as equipes têm se dedicado de forma incansável à proteção de vítimas de violência doméstica, garantindo o cumprimento das medidas protetivas de urgência e promovendo a sensação de segurança para essas mulheres.
“Esse número reflete não apenas a ação ostensiva da Patrulha, mas também o fortalecimento da rede de proteção, o diálogo constante com o Judiciário e Ministério Público, e a confiança das mulheres assistidas em nosso trabalho. Porque sabemos que a violência doméstica deixa marcas que vão além das visíveis. Marcas emocionais, psicológicas, silenciosas e é justamente por isso que nosso trabalho vai além da fiscalização. É um trabalho de escuta, acolhimento e proteção integrada. Entendemos que essa não é uma batalha de curto prazo, que há desafios estruturais, culturais e institucionais, mas sabemos também que cada mulher salva é uma vitória imensurável no nosso Estado”, enfatizou.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Cláudio Fernando Tinoco, destacou que o programa tem reduzido os índices de reincidência de violência entre as mulheres atendidas, e que os resultados positivos são uma soma de esforços no trabalho do policiamento ostensivo, preventivo e dos investimentos do governo no âmbito da segurança pública em Mato Grosso. Desde 2019, o Governo de Mato Grosso já investiu mais de R$ 2,3 milhões no programa Patrulha Maria da Penha, voltados para compra de viaturas e equipamentos tecnológicos e de trabalho próprios, além da reforma de locais e sedes para atendimento às vítimas.
“A atenção da primeira-dama Virginia Mendes representa um fortalecimento da rede de enfrentamento ao combate à violência contra as mulheres e vulneráveis, para que possamos potencializar as nossas ações em todo o Estado. Já possuímos a jornada extraordinária com várias operações dentro do Estado e agora de forma específica para atuação na violência contra a mulher”, pontuou coronel Fernando.
Operação Integrada Shamar 2025
As Forças de Segurança do Estado deflagrou a Operação Integrada Shamar 2025, na quinta-feira (7.8), que marca o “Dia D” da mobilização nacional de combate a violência contra mulher. A ação conta com equipes da Polícia Militar, Civil, Corpo de Bombeiros, Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), e Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
“A Operação tem como principal missão atuar de forma conjunta e integrada com todas as forças de segurança pública no enfrentamento à violência contra a mulher. Mais do que ações ostensivas e operacionais, ela foca também na prevenção, por meio de orientações e palestras que buscam conscientizar e encorajar as mulheres a romperem o ciclo de violência”, afirmou o secretário-adjunto de Integração Operacional, coronel Fernando Augustinho.
Coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), a Operação Shamar ocorre em todo o território nacional tradicionalmente no mês de agosto. A iniciativa faz referência ao aniversário da Lei Maria da Penha, que completa 19 anos de promulgação neste dia 7 e integra a campanha Agosto Lilás.
Os nomes das vítimas são fictícios, para manter a integridade das mulheres assistidas pela Patrulha Maria da Penha*
Wellyngton Souza | PMMT
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Transporte
Friboi lança serviço de entrega rápida para indústria de proteínas

Trazendo mais conveniência para a indústria de proteína, a Friboi da JBS lançou o serviço de entrega expressa para realizar a entrega de carne fresca no mesmo dia, em algumas horas, ao cliente solicitante. A novidade já registrou a entrega mais rápida desde sua criação, que foi feita em cerca de duas horas entre o pedido e a chegada. O projeto também está conectado à plataforma Friboi+.
O novo serviço contempla desde restaurantes e açougues até varejistas, incluindo o mercadinho de bairro, que agora têm a possibilidade de fazer pedidos de forma online ou diretamente para os vendedores da marca e receber a mercadoria em tempo recorde, numa combinação que envolve tecnologia de ponta e eficiência operacional.
“A entrega rápida deixou de ser um diferencial para se tornar uma expectativa do cliente moderno. O que diferencia a Friboi é a capacidade de aplicar esse conceito em um setor com desafios logísticos complexos. Ao longo de mais de sete décadas, temos evoluído constantemente em soluções logísticas que unem tradição e inovação, sempre em sintonia com as novas demandas por agilidade e eficiência no mercado”, explica Gilmar Schumacher, diretor de Logística da JBS.
Para o serviço de entrega rápida, a Friboi aplicou uma inteligencia logística que vai além de simplesmente colocar mais caminhões nas ruas para suas operações. A marca usa um software de roteirização que calcula em tempo real o melhor trajeto, levando em conta a localização dos 15 centros de distribuição da empresa e o destino da entrega.
Com a otimização das rotas, a mesma frota, com cerca de 300 caminhões em São Paulo e 120 veículos no Rio de Janeiro, consegue realizar mais de uma viagem com diversas entregas no mesmo dia. Na prática, isso significa menor consumo de combustível por tonelada transportada e potencialmente uma redução na quantidade de caminhões em circulação, já que os veículos poderão fazer mais de uma viagem por dia.
A expansão do modelo de entregas para outras capitais já está no radar da empresa e deve ocorrer ainda neste ano com a implementação progressiva nos demais centros de distribuição da Friboi.
Imagem: Divulgação
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Transporte
Operações Lei Seca prendem 11 condutores por embriaguez ao volante na madrugada deste sábado (9)

Em duas edições da Operação Lei Seca, realizadas de forma simultânea em dois trechos da Avenida Carmindo de Campos, em Cuiabá, na madrugada deste sábado (9.8), 11 condutores foram presos em flagrante por embriaguez ao volante.
De acordo o relatório do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), órgão responsável por ações da Lei Seca, foram 43 veículos removidos nas duas ações, sendo 30 carros e 13 motocicletas.
Em um dos pontos de abordagens localizado no bairro Shangri-lá, foram 36 autos de infração de trânsito confeccionados, dos quais 13 por conduzir veículo sob efeito de álcool, 10 por conduzir veículo sem registro ou não licenciado, seis por recusa ao teste de alcoolemia, três por conduzir sem Carteira Nacional de Habilitação (CNH), e quatro por infrações diversas.
Ainda neste trecho, foram 54 veículos fiscalizados e 54 condutores submetidos ao teste do bafômetro.
Já no ponto de abordagem localizado no bairro Jardim Paulista, foram 42 autos de infração de trânsito. Desses, 13 por conduzir veículo sob efeito de álcool, nove por conduzir veículo sem registro ou não licenciado, nove por recusa ao teste de alcoolemia, sete por dirigir sem CNH, e quatro por infrações diversas.
Também foram fiscalizados 51 veículos e submetidos 56 condutores ao teste de alcoolemia.
A Operação Lei Seca é realizada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), sob a coordenadoria do Gabinete de Gestão Integrada (GGI), com atuação do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar (BPMTran), Delegacia Especializada em Delitos de Trânsito (Deletran), Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Corpo de Bombeiros (CBM), Polícia Penal, Sistema Socioeducativo. A Guarda Municipal de Várzea Grande e Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) de Cuiabá integram as equipes da Sesp quando as ações ocorrem em seus municípios.
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
Transporte
Apreensão de pescado pela Dema cresce 570% nos primeiros 6 meses de 2025

A Delegacia Especializada de Meio Ambiente (Dema) tem trabalhado para garantir o cumprimento da Lei do Transporte Zero, que visa combater a pesca predatória em Mato Grosso. Somente nos seis primeiros meses de 2025, 1.114 kg de pescado foram apreendidos, o que representa 570% de aumento, se comparado ao ano inteiro de 2024, quando foram apreendidos 200 kg de peixes.
As ações de proteção da fauna mato-grossense têm ocorrido constantemente. Somente neste semestre, foram deflagradas três operações pela Dema, realizadas com base em investigações conduzidas pela especializada.
Além disso, também foram realizadas outras 10 operações em conjunto com a Secretaria do Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), que resultaram em mais de 800 kg de pescado apreendidos e R$ 116 mil em multas aplicadas em decorrência de inquéritos policiais instaurado pela Dema.
Juntas, as operações referentes à fauna resultaram na apreensão de 1.114 toneladas de pescado, instauração de 41 inquéritos policiais, 11 autos de prisão em flagrante e aplicação de multas administrativas próximas a R$ 250 mil. Além disso, foram apreendidos quatro animais silvestres da biodiversidade do Estado.
A delegada titular da Dema, Liliane Murata, destacou que, para o enfrentamento aos crimes de pesca predatória e outros contra a fauna, a unidade utiliza ferramentas de inteligência, tecnologia, capacitação constante e novos equipamentos, além de atuar de forma integrada, com apoio de órgãos parceiros, o que tem aprimorado significativamente o trabalho investigativo.
“A Delegacia Especializada do Meio Ambiente tem intensificado suas ações no combate aos crimes ambientais em todo o Estado, com destaque para o enfrentamento à pesca predatória, que tem sido alvo de operações específicas e estratégicas. Esse esforço, tanto em ações próprias quanto em trabalhos integrados, reflete o comprometimento dos nossos profissionais em proteger o meio ambiente e garantir o cumprimento da legislação”, afirmou a delegada.
Operações em repressão à pesca ilegal
Em janeiro deste ano, a Dema, com apoio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), deflagrou a Operação Malha Fina, com objetivo de reprimir práticas de pesca predatória na região de Barão de Melgaço. As ações ocorreram entre os dias 13 e 17 de janeiro.
Durante os trabalhos, um pescador profissional, de 61 anos, foi preso em flagrante e diversos materiais proibidos durante o período de defeso foram apreendidos. Além disso, foram apreendidos 83 exemplares de pescado de espécies como piau, pacupeva e aquelas restritas pela Lei do Transporte Zero (nº 12.197/2023), como dourado e piraputanga.
A pesca ilegal também foi o foco da Operação Up Punt, que cumpriu mandados de busca e apreensão em pesqueiros suspeitos de prática de pesca ilegal na região de Porto Jofre, em Poconé. O grupo criminoso investigado utilizava uma chalana e redes para captar os peixes e, depois, transportava o pescado ilegal para Cuiabá.
Em junho, a Dema deflagrou a Operação Isca Viva, com o objetivo de coibir o comércio irregular de iscas vivas na região. As investigações apontaram que criminosos estavam invadindo áreas privadas para extrair minhocas gigantes, conhecidas como “minhocuçu”, que posteriormente eram comercializadas em estabelecimentos na zona urbana de Santo Antônio do Leverger.
Foram fiscalizados seis estabelecimentos comerciais localizados tanto na Rodovia Palmiro Paes de Barros quanto na zona urbana da cidade. Cinco pessoas foram presas em flagrante, dois estabelecimentos foram autuados e embargados e a operação gerou, ainda, cinco autos de infração, que somaram R$ 22 mil em multas.
Além disso, foram apreendidos 32 kg de minhocuçu, avaliados em R$ 10 mil, dois peixes da espécie pacu, várias pacupevas, totalizando 7,271 kg, uma costela de porco-do-mato, pesando 16,553 kg, uma tarrafa branca, 200 unidades de mussum, 2 mil tuviras e 600 jejum.
Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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