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Governo do Tocantins adere campanha nacional de coleta de DNA para encontrar pessoas desaparecidas

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Campanha nacional visa incentivar familiares de pessoas desaparecidas a doarem material genético – Foto: Hiago Muniz/Governo do Tocantins

 

 

O Governo do Tocantins aderiu a edição de 2025 da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas. A iniciativa é do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em parceria com as secretarias de Segurança Pública dos 26 estados e do Distrito Federal. O objetivo é incentivar familiares de pessoas desaparecidas a doarem material genético, que será comparado com perfis armazenados nos bancos estaduais e no Banco Nacional de Perfis Genéticos.

No Tocantins, as coletas serão realizadas em 12 cidades, desta terça-feira, 5, até o dia 15 de agosto, em Araguatins, Araguaína, Arraias, Colinas do Tocantins, Dianópolis, Guaraí, Gurupi, Natividade, Palmas, Paraíso do Tocantins, Porto Nacional e Tocantinópolis. O MJSP articulou ainda uma força-tarefa nacional para acelerar a análise de perfis genéticos que aguardam processamento. A coordenação é da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), em parceria com instituições estaduais: laboratórios de genética forense, delegacias especializadas e autoridades centrais estaduais.

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O secretário de Estado da Segurança Pública, Bruno Azevedo, destaca que a iniciativa integra os esforços da Polícia Civil para assegurar que nenhum caso de desaparecimento fique sem resposta no Tocantins. “Essa campanha nacional de coleta de dados de DNA de familiares de desaparecidos é uma medida extremamente importante, coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, que visa oferecer mais instrumentos para localizar pessoas desaparecidas em todo o país. No Tocantins, a coleta será feita no Laboratório Genético Forense e nos institutos médicos legais. Orientamos a população a apoiar essa iniciativa, para que o banco se torne mais robusto e facilite o trabalho investigativo dessas ocorrências que afetam tantas famílias”, afirma.

O diretor de Perícia Criminal, Wanderson Santana Rocha, destacou que o Tocantins possui laboratório próprio para exame de DNA, método essencial e confiável para identificar desaparecidos. O Estado está integrado ao banco nacional de perfis genéticos, o que permite o cruzamento de dados entre as unidades da federação e facilita a localização de pessoas desaparecidas em qualquer região do país.

A coordenação da campanha no Estado está sob responsabilidade do delegado Luciano Cruz. O projeto foi apresentado em coletiva de imprensa na sede da Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP/TO), na manhã desta terça-feira, 5, em Palmas. “Esta fase da campanha consiste na coleta do material genético dos familiares de pessoas desaparecidas. Além disso, nas delegacias onde há casos de desaparecimento ainda não solucionados será verificado se já houve coleta do DNA dos familiares envolvidos. Infelizmente, o desaparecimento ocorre continuamente e sempre há casos de pessoas desaparecidas por períodos prolongados. Por isso, a campanha é essencial para coletar o material genético das famílias e possibilitar a comparação dos perfis nos bancos estadual e nacional”, destaca Luciano Cruz.

A campanha chega à sua terceira edição. Em 2024, foram coletadas 1.645 amostras e identificadas 35 pessoas em todo o país.

Representando o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a coordenadora-geral de Modernização Tecnológica da Diretoria do Sistema Único de Segurança Pública (DSUSP), Beatriz Marques Figueiredo, participou da coletiva em Palmas e reforçou o papel estratégico da campanha. “Sabemos que o desaparecimento de uma pessoa é, talvez, o momento mais dramático para uma família, que fica sem respostas e sem saber o paradeiro do ente querido. E esse material que será coletado é uma ferramenta essencial para trazer certezas às famílias. Essa campanha visa conscientizar a população, especialmente os familiares de pessoas desaparecidas, sobre a importância da doação de material genético. A doação é feita apenas uma vez, mas fortalece toda a rede de bancos, permitindo o cruzamento nacional dos dados para ajudar a localizar essas pessoas”, explica.

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O chefe do Laboratório de Genética Forense, Marciley Alves Bastos, explica que o processo de coleta é indolor. “A coleta é simples e indolor, realizada com uma esponja que é inserida na parte interna da bochecha. Não é necessário nenhum preparo prévio, como jejum. O material coletado será usado exclusivamente na busca por pessoas desaparecidas, não sendo utilizado para nenhum tipo de confronto policial”, informa.

Os dados serão usados pela Delegacia Especializada de Polícia Interestadual, Capturas e Desaparecidos (Polinter) nas investigações. O delegado Douglas Carreiro afirma que o cruzamento de informações pode ajudar em eventuais identificações, uma vez que é comum que pessoas idosas ou com deficiências intelectuais não se lembrem de dados pessoais ao serem localizados. “Em muitas investigações, chegamos a um limite em que não conseguimos identificar a pessoa desaparecida. É nesse ponto que essa campanha se torna fundamental, pois permite que as famílias forneçam material genético para ser incluso nos bancos de perfis genéticos estaduais, federais e até internacionais. Isso amplia as possibilidades de cruzamento de dados e contribui significativamente para a identificação dessas pessoas”, destaca.

Para participar, é necessário que o familiar tenha um boletim de ocorrência de desaparecimento, registrado em qualquer unidade federativa, e apresente seus próprios documentos pessoais. A preferência é por parentes de descendência ou ascendência direta, como os pais ou filhos. Na ausência desses, a coleta pode ser feita com irmãos ou até por objetos de uso pessoal, como escovas de dentes ou pentes.

por João Guilherme Lobasz e Hiago Muniz/Governo do Tocantins

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Mato Grosso

Seciteci abre inscrições para cadastro de reserva e contratação de professores

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ETEC de Campo Verde é uma das que precisam de contratação de professores – Foto por: Mayke Toscano – Secom-MT

A Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci) publicou edital de processo seletivo para formação de cadastro de reserva para contratação temporária de professores da Educação Profissional e Tecnológica. Os interessados podem se inscrever a partir desta quarta-feira (13.8) até o dia 18 de agosto.

O edital 011/2025 trata de processo seletivo simplificado e prevê salários de R$ 3.068,62 a R$9.205,87, de acordo com a carga horária e titulação do profissional.

Os contratados atuarão nas Escolas Técnicas Estaduais (ETECs) de Água Boa, Campo Verde e Sorriso, além de cursos fora de sede em Colniza, Juruena e Santa Terezinha.

As inscrições para o processo seletivo serão realizadas exclusivamente pelo site da Seciteci (Acesse Aqui) até às 23h59 do dia 18. As áreas contempladas pelo edital são: Informática, Agronomia, Administração, Engenharia Mecânica, Engenharia de Produção e Engenharia de Controle e Automação.

Para participar, os interessados devem apresentar todos os documentos exigidos para comprovação de escolaridade, titulação e experiência profissional.

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A seleção será composta por avaliação curricular, de caráter classificatório e eliminatório, com pontuação baseada na formação acadêmica e na experiência docente e profissional na área de atuação.

O resultado final será publicado no dia 29 de agosto (29.8). Para mais informações, confira o edital completo e o quadro de vagas clicando aqui.

O superintendente de Educação Profissional e Tecnológica da Seciteci, Ederson Andrade, explica que o edital 011/2025 foi necessário para garantir a contratação de professores onde não foi possível através dos editais anteriores. “Estamos tentando garantir o direito dos alunos ao ensino técnico de qualidade mediante convocação de professores onde esgotamos as possibilidades de contratação através dos editais já vigentes”.

*Com supervisão de Téo Meneses.

Gabriel Vieira* | Seciteci
olaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]
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Setasc promove Encontro Técnico para Cuidadores do Serviço de Acolhimento para Adultos e Famílias

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Encontro de cuidadores sociais, no auditório da CDL, na Capital – Foto por: João Reis/Setasc-MT

 

 

Cerca de 70 cuidadores sociais dos municípios de Cuiabá, Várzea Grande e Chapada dos Guimarães participaram nesta terça-feira (12.8), do Encontro Técnico para Cuidadores do Serviço de Acolhimento para Adultos e Famílias.

Promovido pela Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Setasc), por meio da Secretaria Adjunta de Assistência Social e Políticas para as Mulheres e da Superintendência de Serviços Assistenciais, a capacitação realizada no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), na Capital, teve o objetivo de contextualizar a política de assistência social e apresentar o serviço de acolhimento para adultos e famílias, abordando seus princípios e parâmetros de funcionamento.

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A intenção, explica o secretário da Setasc, Klebson Haagsma, é orientar o cuidador social quanto às suas competências e metodologias de trabalho desenvolvidas junto às famílias e indivíduos atendidos pela rede de serviços socioassistenciais.

“Além disso, serão apresentadas as funções e atribuições a serem desempenhadas pelo cuidador, como integrantes das equipes de referência do Sistema Único de Assistência Social. Buscamos, ainda, fortalecer a capacidade técnica dos cuidadores no estabelecimento de vínculos com o público acolhido, garantindo práticas alinhadas à normativas que regulamentam o serviço”, informa o secretário da Setasc.

Durante a abertura do evento, a superintendente de Serviços Socioassistenciais, Maysa Persona, e a coordenadora de Proteção Social Especial de Alta Complexidade da Setasc, Jennifer Jeronymo, destacaram que o encontro é uma oportunidade importante para fomentar a reflexão e qualificar o trabalho dos cuidadores sociais.

“As unidades de acolhimento recebem pessoas vulneráveis, que muitas vezes têm direitos violados. Precisamos qualificar o serviço que prestamos a esse público. O Encontro Técnico será feito em etapas e posteriormente estendido a outros municípios. Hoje, participam do encontro cuidadores de Cuiabá, Várzea Grande e Chapada dos Guimarães. Agradeço a todos os gestores municipais que entenderam a importância dessa capacitação. A Secretaria de Assistência Social e Cidadania está à disposição para auxiliar a todos”, enfatiza Maysa.

Crédito: João Reis/Setasc-MT

 

 

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A assistente social do Centro Pastoral para Migrantes de Cuiabá, Aurenilce Lúcia Pinto, considera o Encontro Técnico de grande relevância para qualificar os cuidadores sociais.

“Nossa expectativa é de buscar mais informações sobre como acolher melhor o migrante e aprimorar o trabalho que desenvolvemos. No Centro Pastoral, recebemos migrantes de qualquer lugar. Alguns vêm sozinhos e outros com a família, temos recebidos muitas pessoas da América do Sul, como Venezuela, Colômbia, Chile, Equador e Cuba. Trabalhamos direto com migrantes e é muito importante aprimorar o acolhimento e a abordagem que fazemos”, salienta.

Crédito: João Reis/Setasc-MT

 

 

Para Michele Metello, assistente social da Casa de Acolhimento para Mulheres Vítimas de Violência de Várzea Grande, mostrar o que é a política de assistência social e sensibilizar sobre o papel do cuidador e a importância do trabalho que eles realizam é fundamental.

“Recebemos um público variado e nossa atuação é pautada na legislação. Percebo que, algumas vezes, há dificuldades em acolher as mulheres vítimas de violência sem julgamentos, por desconhecimento das políticas sociais, do que é a Secretaria de Assistência Social, do que é a proteção básica e a proteção especial. O cuidador precisa entender o seu papel e os objetivos por trás das políticas públicas para qualificar o atendimento prestado aos assistidos”, pontua Michele.

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Crédito: João Reis/Setasc-MT

 

 

Programação

O encontro prosseguiu pela manhã, com a Mesa Temática 1: Contextualizando o cuidador social na Política de Assistência Social, com as assistentes sociais da Setasc e palestrantes Fernanda Borges e Thaily Miranda. Apresentação da Política de Assistência Social, do conceito e da importância do serviço de acolhimento para adultos e famílias no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), com foco no trabalho social essencial ao serviço foram os temas abordados.

Na sequência, foi realizada a Mesa Temática 2: O Conceito de Cuidado e o Papel do Cuidador no Serviço de Acolhimento para Adultos e Famílias, com as servidoras da Setasc, Fernanda Bueno (psicóloga), e Andressa do Nascimento (assistente social). Entre os assuntos discutidos estão o significado do “acolher” na perspectiva do SUAS e do Papel do Cuidador (conforme a Resolução CNAS Nº 09, de 15 de Abril de 2014).

Na parte da tarde, foi realizada a Mesa Temática 3: Acolhendo a Diversidade, com o presidente do Grupo Estadual de Combate aos Crimes de Homofobia (GECCH), Ten. Cel. Da PM, Ricardo Bueno de Jesus. A proposta da mesa temática foi promover a reflexão sobre o acolhimento da população LGBTQIAPN+ nas unidades de acolhimento para adultos e famílias, considerando os desafios, potencialidades e responsabilidades éticas dos cuidadores no trato com a diversidade de orientações afetivo-sexuais e identidades de gênero.

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A programação contou, também, pela manhã e tarde, com debates orientados sobre os assuntos discutidos nas mesas temáticas.

Solange Wollenhaupt | Setasc-MT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Mato Grosso

Programa de Inclusão Rural da Seaf e atuação da Empaer recebe mais de 5 mil inscrições

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Assessoria

 

A Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf-MT), com atuação da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer-MT), recebeu 5.992 inscrições de projetos para acesso a até R$ 6 mil por família por meio do Fundo de Apoio à Agricultura Familiar (Fundaaf), na modalidade Inclusão Rural. A iniciativa contempla indígenas, quilombolas, assentados da reforma agrária, agricultores familiares e artesãos. As inscrições encerraram na quinta-feira (7.8).

Agora as 5.292 propostas que cumpriram os requisitos iniciais seguirão para análise do Comitê Técnico, que avaliará o enquadramento nos critérios do edital. Em seguida, os projetos serão submetidos ao Conselho de Administração do Fundaaf, presidido pela secretária da Seaf, Andreia Fujioka, responsável por deliberar e supervisionar a execução do programa.

Para a secretária, o número expressivo de inscrições revela a força da agricultura familiar em Mato Grosso e a eficácia da atuação integrada entre os órgãos estaduais.

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“Este resultado reflete o compromisso do Governo do Estado com as comunidades rurais e tradicionais, e mostra que, quando unimos esforços, conseguimos ampliar oportunidades e transformar vidas no campo”, destacou Andreia Fujioka.

Segundo a coordenadora de Acesso ao Crédito da Seaf, Jorcelina Scam, a operacionalização dos recursos será feita pela Agência de Crédito do Empreendedor (Desenvolve MT), que emitirá cartões para cada beneficiário.

“Os cartões serão enviados aos escritórios da Empaer, responsáveis pela entrega aos produtores. Cada família terá 60 dias para realizar as compras previstas no projeto e apresentar as notas fiscais à Empaer”, explicou.

O edital, lançado em 8 de agosto, prevê R$ 21,4 milhões em investimentos e pode alcançar até 3.566 famílias em todo o estado, com recursos em parcela única, 100% subsidiados e não reembolsáveis. Os valores poderão ser utilizados na compra de insumos, equipamentos, serviços, infraestrutura, tecnologias ou ações que agreguem valor à produção familiar.

O presidente da Empaer, Suelme Fernandes, reforça que o trabalho da Seaf e Empaer é essencial para garantir a efetividade da política pública.

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“A Empaer está presente em todos os cantos do Estado, garantindo que até as comunidades mais distantes sejam atendidas. Este é um esforço coletivo que coloca o interesse público acima de qualquer disputa e fortalece a agricultura familiar”, frisou.

As inscrições foram destinadas a pessoas físicas com cadastro no CadÚnico Rural, renda per capita de até meio salário mínimo, priorizando comunidades tradicionais, jovens, mulheres e idosos. Os projetos foram elaborados com apoio dos extensionistas da Empaer, que atuaram em força-tarefa nos municípios para garantir a capilaridade da ação.

O recurso é repassado pelo Governo de Mato Grosso por meio da Seaf e visa promover a inclusão produtiva e o desenvolvimento sustentável das comunidades rurais em situação de vulnerabilidade.

Andréa Haddad | Seaf/Empaer

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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