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Agronegócio

Colheita do milho 2ª safra avança em Mato Grosso, mas ritmo segue abaixo da média histórica

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CNA/ Wenderson Araujo/Trilux

A colheita do milho segunda safra em Mato Grosso começou a ganhar ritmo nas últimas semanas, mas ainda apresenta atraso considerável em relação às safras anteriores. De acordo com dados divulgados pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), até o dia 20 de junho, 14,08% da área projetada para a temporada 2024/25 havia sido colhida, após avanço de 6,88 pontos percentuais em apenas uma semana.

Apesar da intensificação dos trabalhos no campo, o ritmo ainda está bem abaixo do registrado no mesmo período da safra passada (23/24), quando a colheita já alcançava 37,57%, e também inferior à média dos últimos cinco anos, de 26,76%.

O principal motivo do atraso na colheita é o plantio tardio da soja, que teve seu calendário comprometido no início da safra. Como o milho é cultivado logo após a soja, a janela ideal de semeadura do milho segunda safra acabou sendo postergada, resultando em lavouras com ciclos mais longos e, consequentemente, em um atraso no início da colheita.

Desempenho por regiões

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Entre as regiões mato-grossenses, a Médio-Norte lidera os trabalhos de campo, com 18,40% da área colhida, aproveitando melhores condições climáticas e logísticas. Já a região Sudeste do estado apresenta o maior atraso, com apenas 5,54% da área colhida, o que é comum nessa localidade, onde o cultivo costuma ocorrer mais tardiamente.

Olhares voltados para os rendimentos

Com a colheita ganhando força, agora a atenção se volta para os rendimentos nas áreas já colhidas e para o desempenho médio da safra como um todo. A expectativa é entender como as adversidades climáticas e o escalonamento do plantio impactarão na produtividade final do ciclo 2024/25.

A evolução da colheita nas próximas semanas será crucial para o planejamento logístico e comercial do milho em Mato Grosso, principal produtor do cereal no Brasil.

Fonte: CenarioMT

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

 

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Agronegócio

Preço da soja reage com alta semanal em Chicago, mas segue abaixo do valor de 2023

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Foto: Gustavo Mansur/Secom RS

O preço da soja apresentou recuperação na última semana no mercado internacional, com valorização de 1,55% no contrato corrente da Bolsa de Chicago (CME Group), encerrando o período com média de US$ 10,72 por bushel. A alta foi sustentada pela expectativa de aumento na produção de biocombustíveis nos Estados Unidos, o que pode impulsionar a demanda interna pelo esmagamento da oleaginosa.

Apesar desse avanço pontual, o cenário ainda é de desvalorização em relação ao ano passado. O preço atual está 7,96% abaixo do registrado na mesma semana de 2023, reflexo direto da oferta global elevada de soja, que tem exercido forte pressão sobre os valores da commodity no mercado internacional.

Mercado atento a clima e relações comerciais

Mesmo com os EUA em período de entressafra, quando a comercialização se reduz, as tensões comerciais com a China, principal compradora mundial da soja, seguem afetando negativamente a formação de preços. A menor previsibilidade nas compras chinesas aumenta a cautela dos investidores e reduz a força de recuperação no mercado.

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Outro ponto de atenção é o clima nas regiões produtoras norte-americanas, que permanece como fator-chave na definição do comportamento futuro dos preços. A depender das condições meteorológicas nos próximos meses, pode haver ajustes nas estimativas de produtividade e impacto direto na retomada das compras chinesas.

Perspectivas

Para os analistas, o cenário segue incerto. A demanda por biocombustíveis pode dar fôlego adicional às cotações, mas a elevada oferta mundial e o impasse geopolítico entre Washington e Pequim ainda colocam um teto para avanços mais consistentes no curto prazo. A próxima safra norte-americana e os desdobramentos diplomáticos devem guiar os rumos do mercado nas próximas semanas.

Fonte: CenarioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Maior oferta de melancia em GO e no TO segue pressionando valores

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Melancia – Fotos do Canva

Os preços da melancia graúda (>12 kg) recuaram novamente na semana passada (de 16 a 20 de junho). Segundo agentes consultados pelo Hortifrúti/Cepea, as sucessivas quedas que têm sido registradas desde o início do mês se devem ao aumento de oferta tanto em Uruana (GO) quanto no Tocantins.

Além disso, termômetros mais amenos no Sul e no Sudeste têm enfraquecido a demanda, reforçando as baixas nos valores.

Levantamento do Hortifrúti/Cepea mostra que os preços das melancias de calibres médio e miúdo em Uruana (GO) foram de R$ 0,33/kg e de R$ 0,26/kg, respectivamente, patamares que, segundo produtores, são insuficientes para cobrir os principais custos de produção. Para a melancia de maior calibre (>12kg), os preços recuaram 26%, com a média semanal a R$ 0,44/kg.

Pesquisadores do Hortifrúti/Cepea indicam que a disponibilidade da fruta deve seguir crescendo, devido ao avanço da colheita em Goiás. Assim, caso a demanda não volte a se aquecer, as cotações devem seguir enfraquecidas, pressionando ainda mais os resultados financeiros dos produtores em junho.

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Fonte: Assessoria

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Comunidade de Ubaí aposta na produção de polpas de frutas do Cerrado para ampliar renda e atender mercados institucionais

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Reprodução

 

A comunidade de Gerais Velho, em Ubaí (Norte de Minas), encontrou nas frutas do quintal uma alternativa para aumentar a renda local. A Unidade de Processamento de Polpa de Frutas do Cerrado, criada há 15 anos pela Associação Quilombola de Gerais, com 65 agricultores familiares associados, ganhou novo impulso a partir de 2023, após obter o registro no Ministério da Agricultura, o que permitiu ampliar os mercados atendidos.

Beneficiamento e origem do projeto

Originalmente, o projeto contemplava o beneficiamento de frutas e derivados do leite por meio do Projeto de Combate à Pobreza Rural (PCPR). No entanto, a produção de derivados do leite não avançou devido à baixa oferta local, enquanto as polpas de frutas já eram produzidas e comercializadas informalmente, tanto na unidade quanto nas propriedades dos agricultores.

Adequações para o selo do SIF e boas práticas de fabricação

Para comercializar os produtos em mercados institucionais, a unidade precisou se habilitar no Serviço de Inspeção Federal (SIF), do Ministério da Agricultura. Isso exigiu adaptações na infraestrutura, equipamentos e na organização interna, como alterações no Estatuto Social e a elaboração do Manual de Boas Práticas de Fabricação. Com o apoio da Emater-MG, o grupo responsável implementou esses procedimentos, garantindo a qualidade e segurança do produto.

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Novas embalagens e valorização das frutas locais

Após o registro, foi criada uma identidade visual para as polpas, comercializadas em embalagens de 500 gramas. São produzidas polpas de acerola, manga, cajá, tamarindo, jenipapo, goiaba, maracujá e umbu — frutas típicas do Cerrado e do semiárido, muito presentes nos quintais da região. Essas frutas têm boa aceitação nas escolas locais, integrando a cultura alimentar da comunidade.

Parcerias para inserção no mercado institucional

A Emater-MG, junto com a equipe local, organizou reuniões com gestores escolares para viabilizar a venda das polpas pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). Projetos foram elaborados para chamadas públicas, garantindo espaço para a comercialização nas escolas municipais e estaduais. Além das polpas, a comunidade também produz quitandas vendidas em programas governamentais.

Resultados e perspectivas para 2024 e 2025

Em 2024, foram vendidos cerca de 1.700 kg de polpas nas escolas estaduais e 500 kg nas municipais de Ubaí. As polpas, sem aditivos químicos ou açúcares, fornecem alimentos nutritivos e seguros, gerando renda para os produtores locais. O secretário municipal de Agricultura, Hélio Ferreira Veloso, destacou a intenção de ampliar a produção com a criação de um viveiro de mudas.

Para 2025, a associação segue realizando entregas às escolas estaduais de Ubaí e aguarda a chamada pública do município. Projetos de comercialização também foram desenvolvidos para escolas de Brasília de Minas, com entregas já em andamento, além da participação no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), onde o projeto está classificado em oitavo lugar no estado.

Capacitação e desafios para o crescimento

A capacitação anual do grupo que processa as polpas é coordenada pela Emater, com apoio da prefeitura e da Secretaria Municipal de Agricultura. O presidente da Associação Quilombola de Gerais, Xisto Martins Pereira, reconhece os desafios para ampliar a produção, como a necessidade de instalar placas solares para reduzir custos com energia e uma câmara fria para armazenamento das polpas. Ele ressalta a esperança e o empenho da comunidade para superar essas dificuldades e expandir o projeto.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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