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Pecuária

Brasil é reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação; Paraná orienta produtores sobre transporte animal

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Brasil conquista status sanitário internacional de febre aftosa sem vacinação

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou que o Brasil foi oficialmente reconhecido como território livre de febre aftosa sem vacinação. A certificação foi concedida durante a 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), realizada em maio, na França.

O estado do Paraná, que já possui esse reconhecimento há quatro anos, foi diretamente beneficiado pela decisão, que facilita o comércio e o trânsito de animais no território estadual, garantindo maior segurança nas negociações e no transporte.

Novas regras facilitam o trânsito de animais no Brasil

A partir do dia 16 de junho, os animais suscetíveis à febre aftosa podem transitar livremente por todo o país, desde que apresentem a documentação sanitária comprovando a sanidade do rebanho. Anteriormente, essa circulação era restrita a estados como Acre, Rondônia, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e partes do Amazonas e Mato Grosso.

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Rafael Gonçalves Dias, chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar, esclarece que produtores de estados como São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul — que recentemente obtiveram a certificação — não podiam transportar bovinos para o Paraná devido às diferenças nos status sanitários. Essa barreira foi eliminada com a atualização do reconhecimento nacional.

Certificação abre portas para novos mercados internacionais

Além de facilitar a logística interna, o status sanitário abre oportunidades comerciais em mercados exigentes, como Japão e Coreia do Sul, que demandam a certificação de área livre de febre aftosa sem vacinação para importar proteínas animais.

Maira Polatti Tomaz Sypniewski, chefe da Divisão de Controle da Rastreabilidade Animal da Adapar, destaca que embora o país apresente uma condição sanitária unificada, a entrada de animais no Paraná ainda requer a apresentação da Guia de Trânsito Animal e demais documentos sanitários previstos em legislação federal e estadual.

Economia significativa com redução de vacinação

Com a suspensão da vacinação obrigatória, estima-se que cerca de 244 milhões de animais deixarão de ser vacinados, gerando uma economia aproximada de R$ 500 milhões. O Paraná, maior exportador de proteína animal do país, vê nesta medida uma forma de reforçar a proteção e a qualidade sanitária em todas as etapas da cadeia produtiva.

Novos desafios na fiscalização e vigilância

Com o reconhecimento internacional, aumentam as responsabilidades dos órgãos de defesa agropecuária, que deverão implementar vigilância ativa baseada em risco, atualizar periodicamente os rebanhos e aprimorar a habilitação de frigoríficos para garantir eficiência na produção e acesso à exportação.

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A criação da Adapar, em 2011, foi fundamental para o fortalecimento da fiscalização e a elevação dos padrões sanitários no Paraná, conferindo autonomia administrativa, técnica e financeira para o órgão.

Histórico da conquista sanitária no Paraná

A imunização contra a febre aftosa foi interrompida no Paraná em 2019, quando passou a adotar a Campanha de Atualização de Rebanhos, realizada anualmente nos meses de maio e junho, substituindo a vacinação semestral.

Em 2021, o estado investiu em barreiras sanitárias nas divisas ao norte, uma exigência do Mapa para garantir uma estrutura fiscalizatória robusta. A construção dessas barreiras contou com parceria entre governo estadual e setor privado.

Além disso, um inquérito epidemiológico envolvendo coleta de sangue de cerca de 10 mil animais em 330 propriedades comprovou a ausência de circulação do vírus no estado.

Paraná libera exportação de proteína suína para o Chile

O Paraná, segundo maior produtor de suínos do Brasil, recebeu autorização para exportar proteína suína ao Chile, um mercado rigoroso nas exigências sanitárias. A medida amplia oportunidades comerciais e fortalece a cadeia produtiva estadual.

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Com o reconhecimento internacional de livre de febre aftosa sem vacinação, o Brasil e especialmente o Paraná ampliam o trânsito de animais no território nacional, reduzem custos com vacinação e abrem mercados internacionais exigentes. A Adapar orienta os produtores para que sigam os protocolos sanitários e destacam que a vigilância e fiscalização devem ser reforçadas para manter o status e garantir a competitividade do setor.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Pecuária

Brucelose em Goiás: Alerta sobre o consumo de leite não inspecionado

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A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) e a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) alertam para os perigos da brucelose, uma doença infecciosa que pode ser transmitida de animais para humanos, especialmente através do consumo de leite cru e derivados sem inspeção sanitária. Ambas as agências reforçam a necessidade de adquirir produtos lácteos apenas com selo oficial de inspeção para garantir a segurança alimentar, pois queijos e derivados sem registro sanitário podem ser fontes de contaminação, apresentando sintomas em humanos como febre prolongada, fraqueza, dores articulares e perda de apetite.

O controle da brucelose inicia no campo, com a Agrodefesa realizando o registro e monitoramento de rebanhos, oferecendo orientação técnica aos produtores e fiscalizando a vacinação obrigatória de fêmeas bovinas e bubalinas entre 3 e 8 meses de idade. A vacinação é considerada a principal barreira contra a doença, e animais positivos devem ser eliminados para proteger a saúde do rebanho, o investimento do produtor e a segurança alimentar da população.

A Agrodefesa também mantém um rigoroso processo de inspeção industrial e sanitária em laticínios, certificando estabelecimentos com selo de inspeção, verificando boas práticas de fabricação e garantindo a procedência de matéria-prima de animais sadios. Para produtos artesanais feitos com leite cru, o controle de rastreabilidade é essencial. Paulo Viana, gerente de Inspeção da Agrodefesa, enfatiza que produtos sem registro podem apresentar perigos invisíveis, e o consumidor deve sempre optar por alimentos fiscalizados.

A transmissão da brucelose para humanos pode ocorrer pelo consumo de leite cru e derivados sem inspeção, ou pelo contato direto com secreções de animais infectados. O coordenador de Zoonoses da SES-GO, Fabrício Augusto de Sousa, recomenda que a população beba apenas leite pasteurizado, consuma derivados com selo de inspeção, utilize luvas e máscaras ao lidar com animais e procure atendimento médico ao apresentar sintomas suspeitos. A doença, embora mais comum em áreas rurais, também representa um risco para consumidores em feiras e mercados informais.

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Em Goiás, a conscientização sobre a brucelose é crucial. Em 2024, foram notificados 34 casos da doença em humanos no estado, e de janeiro a setembro de 2025, já foram registrados 24 casos. A possibilidade de casos não diagnosticados reforça a importância da atenção e prevenção contínuas por parte de toda a população, tanto no campo quanto nas áreas urbanas.

Assessoria

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Mato Grosso

Escritórios Verdes JBS auxiliam produtores na regularização ambiental durante mutirão em Barra do Garças

Publicado

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foto: divulgação JBS

 

Mato Grosso, 20 de outubro de 2025 – O programa Escritórios Verdes JBS estará presente, entre os dias 21 e 23 de outubro, no Mutirão CAR Digital 2.0, promovido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), em Barra do Garças (MT). O evento será realizado no Centro Cultural Porto do Baé e tem como objetivo agilizar a regularização ambiental de propriedades rurais e esclarecer dúvidas sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR).

Durante o mutirão, técnicos da Sema estarão à disposição para atender presencialmente produtores de toda a região, com orientações e apoio na validação e desbloqueio de cadastros, além de encaminhamentos para adequação ambiental. Já os profissionais dos Escritórios Verdes estarão focados em prestar apoio aos produtores, visando a requalificação comercial, por meio da adesão ao Programa de Reinserção e Monitoramento (PREM) do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac).

Segundo Sérgio Luis Marçon, coordenador de Sustentabilidade da JBS, a presença no mutirão reforça o compromisso com o desenvolvimento sustentável e o apoio ao produtor rural. “Nosso papel é facilitar o acesso à informação e às soluções que o produtor precisa para manter sua propriedade em conformidade socioambiental, se reinserindo em um mercado que nos exige ser cada vez mais sustentável. Estar presente nesse mutirão é fortalecer essa rede de apoio e mostrar que é possível produzir e preservar ao mesmo tempo”.

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Em Mato Grosso, os Escritórios Verdes JBS já contribuíram para a regularização de mais de 4 mil propriedades rurais, oferecendo assistência técnica, ambiental e gerencial gratuita aos pecuaristas. Desde 2021, o programa presta suporte a produtores em todo o país e já atendeu gratuitamente mais de 21 mil propriedades rurais, com foco na regularização ambiental, recuperação de áreas degradadas e na promoção de práticas produtivas mais sustentáveis.

Em todo o país, o programa apoiou na recuperação de mais de 8 mil hectares de áreas de vegetação nativa, o equivalente a 11 mil campos de futebol, e na elaboração de mais de 500 projetos de regularização ambiental apenas em 2024. No estado, os Escritórios Verdes funcionam nas unidades da Friboi em Juara, Diamantino, Alta Floresta, Confresa, Pontes e Lacerda e Barra do Garças, além de terem atendimento virtual gratuito por telefone, WhatsApp e e-mail, por meio do Escritório Verde Virtual.

O mutirão realizado pela Sema conta com o apoio da Prefeitura de Barra do Garças, da Câmara de Vereadores, do Sindicato Rural, da PCI (Produzir, Conservar e Incluir) e do Instituto Mato-grossense da Carne (Imac).

Presença em MT

A JBS está presente em 12 municípios mato-grossenses: Água Boa, Alta Floresta, Araputanga, Barra do Garças, Campo Verde, Colíder, Confresa, Colíder, Juara, Pedra Preta, Pontes e Lacerda e Tangará da Serra, e é responsável pela geração de mais de 11 mil empregos diretos no estado. Com atuação destacada nas indústrias de bovinos, aves e suínos, a companhia também opera em áreas como produção de couros, transporte e agregação de valor.

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Sobre a JBS

A JBS é uma empresa global líder em alimentos, com um portfólio diversificado de produtos de alta qualidade, incluindo frango, suínos, bovinos, cordeiros, peixes e proteínas vegetais. A companhia emprega mais de 280 mil pessoas e opera em mais de 20 países, como Brasil, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália e China. No mundo todo, a JBS oferece um amplo portfólio de marcas reconhecidas pela excelência e inovação, como Friboi, Seara, Swift, Pilgrim’s Pride, Moy Park, Primo, Just Bare, entre outras, que chegam diariamente à mesa de consumidores em 180 países. A empresa também investe em negócios correlatos, como couro, biodiesel, colágeno, fertilizantes, envoltórios naturais, soluções para gestão de resíduos sólidos, reciclagem e transporte, com foco na economia circular. A JBS prioriza um programa de segurança alimentar de excelência, adotando as melhores práticas de sustentabilidade e bem-estar animal ao longo de sua cadeia de valor, com o objetivo de alimentar o mundo de forma mais sustentável. Saiba mais em jbsglobal.com.

Assessoria

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Pecuária

Demanda firme e oferta limitada sustentam alta do boi gordo em outubro, aponta Cepea

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Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT

 

O mercado do boi gordo segue em tendência de alta na maioria das praças monitoradas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, desde o início de outubro. Segundo o levantamento, mesmo com o abastecimento parcial garantido pelos contratos de confinamento, as escalas de abate estão mais curtas, o que tem elevado a procura no mercado de balcão.

Com isso, os preços permanecem firmes nas 28 regiões pesquisadas pelo Cepea. Em São Paulo, as negociações vêm ocorrendo majoritariamente entre R$ 305 e R$ 315 por arroba, chegando em alguns casos a R$ 320. O cenário reflete um ajuste entre oferta e demanda, típico do período de transição de safra, quando os estoques de animais terminados a pasto são menores.

Outro ponto destacado pelos pesquisadores é que, com os valores atuais, a diferença entre o preço da arroba do boi e o de 15 quilos de carcaça atingiu o menor patamar do ano, reforçando o movimento de firmeza nas cotações e o equilíbrio entre o mercado físico e os custos da indústria frigorífica.

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Fonte: CenarioMT

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Tendência