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Agronegócio

Nova cultivar de arroz promete reduzir preços e fortalecer indústria em MT

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A nova variedade deve aumentar a oferta local, reduzindo custos com frete e o preço ao consumidor

 

A cadeia produtiva do arroz em Mato Grosso deve ganhar novo impulso com o lançamento da cultivar BRS A503, voltada para o cultivo em áreas de terras altas com irrigação por pivô central. Desenvolvida pela Embrapa, a nova variedade foi celebrada por representantes do setor industrial, produtores e pesquisadores.

Entre os que prestigiaram o lançamento, realizado no estado de Goiás, esteve o diretor do Sindicato das Indústrias de Arroz de Mato Grosso (Sindarroz MT) e da Federação das Indústrias do Estado (Fiemt), Lázaro Modesto. “É uma cultivar criada para irrigação, com grande potencial para as áreas de pivô em regiões como Primavera do Leste, Sorriso, Nova Mutum e Sinop”, afirmou.

Modesto destacou ainda o papel da nova variedade na correção e melhoria do solo. “O arroz combate nematoides e fixa nitrogênio, o que o torna excelente para rotação com culturas como soja e milho”, disse. Segundo ele, o grão se encaixa bem na demanda industrial e do consumidor final, por se tratar de um produto premium com alta qualidade.

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O arroz é parte fundamental da alimentação do brasileiro. Sua qualidade, no entanto, começa muito antes de chegar à mesa. Para Mábio Lacerda, pesquisador da Embrapa, a BRS A503 representa um avanço. “Ela se destaca pela massa dos grãos, com aparência vívida, rendimento médio de 67% de grãos inteiros e excelente cocção logo após a colheita”, explicou em vídeo institucional divulgado pela Embrapa.

Com comprimento de 7,08 mm e largura de 1,96 mm, a BRS A503 enquadra-se na categoria de arroz longo-fino, o tipo mais valorizado no mercado nacional. Segundo Lacerda, além da alta produtividade e resistência ao acamamento, a cultivar apresenta ótima sanidade contra doenças do arroz, reforçando a segurança para o produtor.

A expectativa é que a nova variedade contribua para aumentar a oferta local, reduzindo custos com frete e, por consequência, o preço ao consumidor.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projeta que Mato Grosso terá uma produção de arroz de474 mil toneladasna safra 2024/2025. Esse número representa um salto significativo em relação à safra anterior, que registrou 337,6 mil toneladas, indicando um crescimento de 40,4% no estado.

O aumento é explicado principalmente pela ampliação da área plantada, que passou para 133,6 mil hectares — alta de 39,3% em comparação com a temporada passada.

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Essa é a terceira cultivar da Embrapa voltada ao Cerrado. Antes dela, foram lançadas as BRS A502 e BRS A504CL. Todas têm como foco adaptar o cultivo ao clima e solo da região, promovendo uma retomada sustentável da orizicultura no Centro-Oeste.

Além de industriais, o evento de lançamento reuniu sementeiros e produtores, reforçando o engajamento de toda a cadeia. “Foi casa cheia. Isso mostra o interesse crescente pela cultura do arroz como alternativa viável e lucrativa para as áreas irrigadas do Cerrado. É um avanço muito importante para nossa indústria.”, concluiu Modesto.

Fonte: Assessoria/Eduardo Cardoso

Colaborou:  Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Safra de grãos 2024/25 é estimada em 345,2 milhões de toneladas com recorde na produção de milho e soja

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Foto: Aprosoja

 

Com produtividades recordes milho e soja contribuem para o bom resultado esperado, que juntos representam aproximadamente 43,4 milhões de toneladas, sendo em torno de 21,5 milhões de toneladas o crescimento do milho e cerca de 21,9 milhões de toneladas o incremento da soja. No caso do cereal a expectativa é de uma colheita total de aproximadamente 137 milhões de toneladas, a maior já registrada na série histórica da Companhia.

Apenas na segunda safra do grão, são esperadas 109,6 milhões de toneladas. A colheita da segunda safra de milho já alcança 83,7% da área cultivada, como aponta o Progresso de Safra, aproximando-se da média dos últimos anos, que foi de 84,3%. Em Mato Grosso, principal estado produtor do cereal, a colheita se encaminha para a finalização com uma produção estimada de 53,55 milhões de toneladas, o que representa 49% da produção total do milho segunda safra no país.

A soja tem produção estimada nesta temporada em 169,7 milhões de toneladas, 14,8% superior à da safra de 2023/24. Os investimentos dos produtores na cultura, a partir da disponibilização de crédito via Plano Safra, aliado às boas condições climáticas na maioria das regiões produtoras, justificam a produção recorde da oleaginosa no país. A Conab também estima uma boa produção para o arroz, com uma colheita de 12,3 milhões de toneladas, que corresponde a um aumento de cerca de 1,7 milhão de toneladas em relação à safra anterior. Esse crescimento é resultado da expansão de 8,8% na área semeada e das condições climáticas favoráveis, especialmente no Rio Grande do Sul, principal estado produtor.

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Para o algodão, outra importante cultura de segunda safra, a previsão é de um novo recorde na produção, com 3,9 milhões de toneladas da pluma. A boa produtividade média das lavouras e o ganho de 7,3% na área semeada da cultura influenciam no crescimento de 6,3% na atual safra da fibra. A colheita segue em ritmo mais lento que a média dos últimos 5 anos, atingindo 39% da área. As chuvas e o frio fora de época nos meses de junho e julho, retardaram o processo de maturação, alterando o ciclo de desenvolvimento da cultura. A expectativa é que ao longo do mês de agosto os produtores compensem o ritmo convergindo o percentual a ser colhido convergindo, em setembro, para os índices das médias históricas para o período.
Já para o feijão, a estimativa da Conab é de uma queda na produção de 3,5% em relação ao ciclo anterior, chegando em 3,1 milhões de toneladas somadas as 3 safras do grão. No segundo ciclo da leguminosa, as condições climáticas desfavoráveis registradas no Paraná, um dos principais estados produtores, afetaram a qualidade do grão, bem como o rendimento das lavouras. Para a terceira safra de feijão também é esperada uma redução na colheita.

Dentre as culturas de inverno, destaque para o trigo. Mesmo com uma previsão de queda de 16,7% na área semeada, estimada em 2,55 milhões de hectares, a Conab espera uma produção próxima à estabilidade, podendo chegar a 7,81 milhões de toneladas. As condições climáticas, até agora, são melhores que a ocorrida na safra anterior, o que justifica a um volume colhido semelhante ao registrado em 2024.

Mercado – Neste 11º levantamento, a Conab atualiza as projeções do quadro de suprimentos da safra 2024/25 para o milho. Diante da projeção de maior disponibilidade de milho no mercado nacional na segunda safra e dos prováveis redirecionamentos de demanda internacional para o milho sul-americano, haja vista os atuais embates tarifários entre os Estados Unidos e importantes importadores do grão, é esperado um incremento nas exportações brasileiras. Atualmente as vendas ao mercado externo estão estimadas em 40 milhões de toneladas frente às 38,5 milhões de toneladas exportadas no ciclo 2023/24. O consumo interno também tende a ser maior que no último ciclo, com estimativa de ultrapassar as 90 milhões de toneladas. Ainda assim, a produção recorde do cereal possibilita a recomposição do estoque de passagem do cereal, previsto em 10,3 milhões de toneladas.

(Com Conab)

Fernanda Toigo

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Safra de grãos 2024/25 é estimada em 345,2 milhões de toneladas com recorde na produção de milho e soja

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Foto: Assessoria

 

A produção brasileira de grãos na safra 2024/25 está estimada em 345,2 milhões de toneladas, configurando-se como novo recorde na série histórica da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), superando a safra 2022/23 quando foram colhidas 320,91 milhões de toneladas. Se comparado com o volume obtido na safra passada, o resultado representa uma alta de 47,7 milhões de toneladas. Os dados estão no 11º Levantamento da Safra de Grãos divulgado nesta quinta-feira (14) pela Companhia. Esse aumento é influenciado tanto pela maior área cultivada no país, com uma alta de 2,5% sendo estimadas em 81,9 milhões de hectares, como, principalmente, pela recuperação da produtividade média nacional das lavouras, saindo e 3.722 quilos por hectare em 2023/23 para 4.214 quilos por hectare na atual temporada.

Com produtividades recordes milho e soja contribuem para o bom resultado esperado, que juntos representam aproximadamente 43,4 milhões de toneladas, sendo em torno de 21,5 milhões de toneladas o crescimento do milho e cerca de 21,9 milhões de toneladas o incremento da soja. No caso do cereal a expectativa é de uma colheita total de aproximadamente 137 milhões de toneladas, a maior já registrada na série histórica da Companhia. Apenas na segunda safra do grão, são esperadas 109,6 milhões de toneladas. A colheita da segunda safra de milho já alcança 83,7% da área cultivada, como aponta o Progresso de Safra, aproximando-se da média dos últimos anos, que foi de 84,3%. Em Mato Grosso, principal estado produtor do cereal, a colheita se encaminha para a finalização com uma produção estimada de 53,55 milhões de toneladas, o que representa 49% da produção total do milho segunda safra no país.

A soja tem produção estimada nesta temporada em 169,7 milhões de toneladas, 14,8% superior à da safra de 2023/24. Os investimentos dos produtores na cultura, a partir da disponibilização de crédito via Plano Safra, aliado às boas condições climáticas na maioria das regiões produtoras, justificam a produção recorde da oleaginosa no país. A Conab também estima uma boa produção para o arroz, com uma colheita de 12,3 milhões de toneladas, que corresponde a um aumento de cerca de 1,7 milhão de toneladas em relação à safra anterior. Esse crescimento é resultado da expansão de 8,8% na área semeada e das condições climáticas favoráveis, especialmente no Rio Grande do Sul, principal estado produtor.

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Para o algodão, outra importante cultura de segunda safra, a previsão é de um novo recorde na produção, com 3,9 milhões de toneladas da pluma. A boa produtividade média das lavouras e o ganho de 7,3% na área semeada da cultura influenciam no crescimento de 6,3% na atual safra da fibra. A colheita segue em ritmo mais lento que a média dos últimos 5 anos, atingindo 39% da área. As chuvas e o frio fora de época nos meses de junho e julho, retardaram o processo de maturação, alterando o ciclo de desenvolvimento da cultura. A expectativa é que ao longo do mês de agosto os produtores compensem o ritmo convergindo o percentual a ser colhido convergindo, em setembro, para os índices das médias históricas para o período.

Já para o feijão, a estimativa da Conab é de uma queda na produção de 3,5% em relação ao ciclo anterior, chegando em 3,1 milhões de toneladas somadas as 3 safras do grão. No segundo ciclo da leguminosa, as condições climáticas desfavoráveis registradas no Paraná, um dos principais estados produtores, afetaram a qualidade do grão, bem como o rendimento das lavouras. Para a terceira safra de feijão também é esperada uma redução na colheita.

Dentre as culturas de inverno, destaque para o trigo. Mesmo com uma previsão de queda de 16,7% na área semeada, estimada em 2,55 milhões de hectares, a Conab espera uma produção próxima à estabilidade, podendo chegar a 7,81 milhões de toneladas. As condições climáticas, até agora, são melhores que a ocorrida na safra anterior, o que justifica a um volume colhido semelhante ao registrado em 2024.

Mercado – Neste 11º levantamento, a Conab atualiza as projeções do quadro de suprimentos da safra 2024/25 para o milho. Diante da projeção de maior disponibilidade de milho no mercado nacional na segunda safra e dos prováveis redirecionamentos de demanda internacional para o milho sul-americano, haja vista os atuais embates tarifários entre os Estados Unidos e importantes importadores do grão, é esperado um incremento nas exportações brasileiras. Atualmente as vendas ao mercado externo estão estimadas em 40 milhões de toneladas frente às 38,5 milhões de toneladas exportadas no ciclo 2023/24. O consumo interno também tende a ser maior que no último ciclo, com estimativa de ultrapassar as 90 milhões de toneladas. Ainda assim, a produção recorde do cereal possibilita a recomposição do estoque de passagem do cereal, previsto em 10,3 milhões de toneladas.

Outras informações sobre o cultivo e as condições de mercado sobre as principais culturas cultivadas no país podem ser encontradas no 11º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, publicado no site da Conab.

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Assessoria Conab/AguaBoaNews

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Agronegócio

Piscicultura avança em Goiás e reforça papel estratégico no agronegócio

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Divulgação/Portal do Agronegócio

 

Produção de tilápia bate recorde no Brasil

A piscicultura brasileira vive um momento de forte expansão. Em 2024, a produção nacional de tilápia cresceu 14,36% em comparação com o ano anterior, atingindo o recorde de 662.230 toneladas, segundo o Anuário Peixe BR 2025. A espécie, que já representa 68,36% de todo o peixe cultivado no país, consolidou-se como uma das proteínas animais mais consumidas pelo brasileiro.

O presidente da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), Francisco Medeiros, avalia o cenário como positivo, mas destaca que a instabilidade nos preços ao produtor ao longo do ano exige um esforço conjunto de todos os elos da cadeia produtiva. “É necessário garantir resultados econômicos sustentáveis, da genética à indústria”, pontua.

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Goiás acompanha tendência de crescimento

Goiás vem acompanhando o bom momento do setor. Em 2024, a produção de peixes cultivados no estado atingiu 30.730 toneladas, número superior ao de 2023 (29.850 t) e próximo ao de 2022 (30.500 t), indicando recuperação e estabilidade.

A tilápia também lidera a produção goiana, com 23.200 toneladas, seguida por peixes nativos (7.300 t) e outras espécies como carpa, truta e panga. Entre os principais polos produtores estão os municípios de Niquelândia, Inaciolândia, Quirinópolis, Gouvelândia e Luziânia.

Condições favoráveis e desafios em Goiás

De acordo com Paulo Roberto Silveira Filho, presidente da Comissão de Aquicultura da Faeg (Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás), o estado possui características naturais e econômicas que favorecem o desenvolvimento da piscicultura. “Nossa localização estratégica próxima ao Distrito Federal, o clima propício e a forte produção de grãos formam uma base sólida para o setor”, afirma.

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Ele destaca ainda que, em 2024, a queda nos preços do milho e do farelo de soja contribuiu para reduzir os custos da atividade. No entanto, Silveira Filho alerta para obstáculos que ainda limitam o avanço, como a falta de isonomia tributária entre estados do Centro-Oeste e as constantes mudanças na legislação, que geram insegurança jurídica, especialmente para pequenos e médios produtores.

Cenário internacional favorece expansão

O otimismo no setor se estende para além das fronteiras nacionais. O Brasil já é referência mundial na produção de tilápia. Em 2024, a produção global da espécie está estimada em cerca de 7 milhões de toneladas. Para 2025, a previsão é de um crescimento adicional de até 5%, elevando a oferta mundial para 7,3 milhões de toneladas, segundo a FAO e outras entidades do setor.

Nesse contexto, Goiás tem a oportunidade de ampliar sua atuação no mercado interno e também conquistar espaço no cenário internacional, desde que invista em infraestrutura, políticas públicas e valorização dos produtores locais.

Senar Goiás impulsiona profissionalização da piscicultura

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Um dos principais aliados dos piscicultores goianos tem sido o Senar Goiás. Por meio do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), a entidade oferece suporte técnico contínuo aos produtores de todo o estado. Nesta semana, técnicos de campo participaram de um encontro para alinhamento de estratégias e troca de experiências.

Segundo Dirceu Borges, superintendente do Senar Goiás, a atuação técnica tem gerado resultados expressivos. “A atualização constante de técnicas de manejo tem contribuído para a profissionalização da atividade e o aumento da produtividade. A piscicultura deixou de ser apenas uma atividade de subsistência e passou a ocupar um lugar estratégico no agronegócio goiano”, conclui.

Fonte: Portal do Agronegócio

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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