Pecuária
Projeto piloto testa formas de rastreabilidade bovina

Centro Estadual de Pesquisa e Diagnóstico em Sistema de Produção e Meteorologia Aplicada (CESIMET) – Foto: Fernando Dias/Ascom Seapi
A rastreabilidade individual bovina é uma das principais frentes de modernização da defesa agropecuária no Estado do Rio Grande do Sul. Coordenada pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), a iniciativa busca garantir maior controle sanitário, transparência na cadeia produtiva e ampliação de mercados internacionais.
A rastreabiliade com identificação eletrônica de cada animal permite o acompanhamento preciso de sua origem, movimentações e destino, fortalecendo a credibilidade do sistema produtivo gaúcho.
O projeto-piloto em andamento no Centro Estadual de Pesquisa e Diagnóstico em Sistema de Produção e Meteorologia Aplicada (CESIMET), localizado em Hulha Negra, tem papel fundamental nesse processo. A unidade serve como campo experimental para testes de rastreabilidade de identificação eletrônica, desde o uso de michochips até a identificação biométrica nasal, integração de dados em tempo real e validação dos fluxos de informação entre produtores e o sistema oficial.
O secretário adjunto da Seapi, Márcio Madalena, afirma que “como já estamos trabalhando com projeto piloto de identificação individual de bovinos no estado, já estamos trabalhando na modernização do nosso Sistema de Defesa Agropecuária (SDA) e estamos em constante construção e conversa com o se
Testes de rastreabilidade com leitor de bastão em botton eletrônico Foto:Divulgação/Seapi
tor produtivo, nós podemos fazer com que o Rio Grande do Sul seja um dos estados pioneiros na implementação da rastreabilidade bovina no país”.
“A presença de técnicos capacitados, somada à estrutura de pesquisa já existente no centro e equipe dedicada da Procergs, proporciona um ambiente ideal para a consolidação da rastreabilidade como política pública robusta, segura e funcional”, destaca o diretor adjunto do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Seapi, Francisco Lopes.
Segundo Francisco, a ideia é colocar à prova o sistema de rastreabilidade que já existe e também testar os novos desenvolvimentos que estão sendo feitos, para se ter uma prévia de como o sistema está se comportando na prática. O piloto no CESIMET iniciou em outubro do ano passado e não tem prazo para terminar. “Na verdade, este piloto deve se expandir para mais propriedades do Estado, provavelmente a próxima será no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), em Eldorado do Sul. E devemos também realizar um piloto expandido com propriedades privadas ainda esse ano”, afirma o diretor adjunto.
O Plano Nacional de Identificação Individual de Bovinos e Búfalos foi lançado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em dezembro de 2024. O cronograma prevê que a partir de 2027 o rebanho deverá começar a ser identificado. O prazo final é 2032.
(POR MARIA ALICE LUSSANI)
Fernanda Toigo
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Pecuária
Preços do boi gordo e da reposição seguem firmes em junho, aponta Cepea

Arquivo
Mercado do boi mantém firmeza nos preços em junho
Segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), os preços do boi gordo, da vaca, da novilha e dos animais de reposição seguem em alta e sustentados ao longo do mês de junho.
Demanda supera oferta e animais de confinamento ganham destaque
De acordo com o Cepea, a firmeza nas cotações é resultado de uma demanda por parte dos frigoríficos que segue superior à oferta de animais prontos para abate. Além disso, a oferta atual tem incluído, com mais frequência, lotes oriundos de confinamento — que, por apresentarem melhor padrão, costumam alcançar preços mais elevados em comparação aos animais criados exclusivamente a pasto.
Carne com osso também mantém preços estáveis no atacado
No mercado atacadista de carne com osso em São Paulo, os preços também se mantêm firmes. Mesmo em um período do mês em que as vendas costumam ser mais lentas, os dados do Cepea indicam que as cotações da carne resistem à pressão, refletindo a combinação de demanda equilibrada e oferta controlada.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Pecuária
Prazo para vacinação contra brucelose em MT termina 30 de junho

O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado (Indea) avisa aos pecuaristas de Mato Grosso, que precisam ficar atentos ao prazo final de vacinação obrigatória contra a brucelose em fêmeas de bovinos e bubalinos, com idade entre 3 a 8 meses.
A data fim para a proteção vacinal é até a próxima segunda-feira (30.6), e o produtor rural que não vacinar suas bezerras fica sujeito a multa de 01 Unidade Padrão Fiscal (UPF/MT) por animal, no valor de R$ 250,83. Além disso, fica impedido de emitir Guia de Transporte de Animal (GTA).
Mato Grosso possui 32,8 milhões de bovinos e, segundo dados do Indea, aproximadamente 4,4 milhões desse total são bezerras na idade determinada para a vacinação contra a brucelose.
Após a vacinação, a data final para comprovação da vacinação é o dia 02 de agosto.
Brucelose
A brucelose é uma doença perigosa e que traz prejuízos tanto para a saúde animal e pública. Na vaca, pode causar aborto do feto e retenção de placenta depois do parto, e no touro, pode ter uma inflamação nos testículos e ficar estéril.
Nos humanos, se uma pessoa tomar leite (cru) de vaca com brucelose ela pode adoecer, e quem lida diariamente com o animal está mais exposto à doença pelo contato com secreções e restos de parto e aborto de vaca doente, que têm grande quantidade de bactéria da brucelose.
Para controlar essa doença, no Brasil, desde 2001, o criador de gado e de búfalo é obrigado a vacinar todas as fêmeas do rebanho entre três e oito meses de vida, além de abater aqueles que estão comprovadamente doentes.
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Pecuária
Brasil é reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação; Paraná orienta produtores sobre transporte animal

Divulgação
Brasil conquista status sanitário internacional de febre aftosa sem vacinação
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou que o Brasil foi oficialmente reconhecido como território livre de febre aftosa sem vacinação. A certificação foi concedida durante a 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), realizada em maio, na França.
O estado do Paraná, que já possui esse reconhecimento há quatro anos, foi diretamente beneficiado pela decisão, que facilita o comércio e o trânsito de animais no território estadual, garantindo maior segurança nas negociações e no transporte.
Novas regras facilitam o trânsito de animais no Brasil
A partir do dia 16 de junho, os animais suscetíveis à febre aftosa podem transitar livremente por todo o país, desde que apresentem a documentação sanitária comprovando a sanidade do rebanho. Anteriormente, essa circulação era restrita a estados como Acre, Rondônia, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e partes do Amazonas e Mato Grosso.
Rafael Gonçalves Dias, chefe do Departamento de Saúde Animal da Adapar, esclarece que produtores de estados como São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul — que recentemente obtiveram a certificação — não podiam transportar bovinos para o Paraná devido às diferenças nos status sanitários. Essa barreira foi eliminada com a atualização do reconhecimento nacional.
Certificação abre portas para novos mercados internacionais
Além de facilitar a logística interna, o status sanitário abre oportunidades comerciais em mercados exigentes, como Japão e Coreia do Sul, que demandam a certificação de área livre de febre aftosa sem vacinação para importar proteínas animais.
Maira Polatti Tomaz Sypniewski, chefe da Divisão de Controle da Rastreabilidade Animal da Adapar, destaca que embora o país apresente uma condição sanitária unificada, a entrada de animais no Paraná ainda requer a apresentação da Guia de Trânsito Animal e demais documentos sanitários previstos em legislação federal e estadual.
Economia significativa com redução de vacinação
Com a suspensão da vacinação obrigatória, estima-se que cerca de 244 milhões de animais deixarão de ser vacinados, gerando uma economia aproximada de R$ 500 milhões. O Paraná, maior exportador de proteína animal do país, vê nesta medida uma forma de reforçar a proteção e a qualidade sanitária em todas as etapas da cadeia produtiva.
Novos desafios na fiscalização e vigilância
Com o reconhecimento internacional, aumentam as responsabilidades dos órgãos de defesa agropecuária, que deverão implementar vigilância ativa baseada em risco, atualizar periodicamente os rebanhos e aprimorar a habilitação de frigoríficos para garantir eficiência na produção e acesso à exportação.
A criação da Adapar, em 2011, foi fundamental para o fortalecimento da fiscalização e a elevação dos padrões sanitários no Paraná, conferindo autonomia administrativa, técnica e financeira para o órgão.
Histórico da conquista sanitária no Paraná
A imunização contra a febre aftosa foi interrompida no Paraná em 2019, quando passou a adotar a Campanha de Atualização de Rebanhos, realizada anualmente nos meses de maio e junho, substituindo a vacinação semestral.
Em 2021, o estado investiu em barreiras sanitárias nas divisas ao norte, uma exigência do Mapa para garantir uma estrutura fiscalizatória robusta. A construção dessas barreiras contou com parceria entre governo estadual e setor privado.
Além disso, um inquérito epidemiológico envolvendo coleta de sangue de cerca de 10 mil animais em 330 propriedades comprovou a ausência de circulação do vírus no estado.
Paraná libera exportação de proteína suína para o Chile
O Paraná, segundo maior produtor de suínos do Brasil, recebeu autorização para exportar proteína suína ao Chile, um mercado rigoroso nas exigências sanitárias. A medida amplia oportunidades comerciais e fortalece a cadeia produtiva estadual.
Com o reconhecimento internacional de livre de febre aftosa sem vacinação, o Brasil e especialmente o Paraná ampliam o trânsito de animais no território nacional, reduzem custos com vacinação e abrem mercados internacionais exigentes. A Adapar orienta os produtores para que sigam os protocolos sanitários e destacam que a vigilância e fiscalização devem ser reforçadas para manter o status e garantir a competitividade do setor.
Fonte: Portal do Agronegócio
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
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