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Economia

Queda nos preços de frete marca cenário logístico de maio no agro

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Foto: Wenderson Araujo/Trilux Sistema CNA Senar

A soja praticamente colhida e o milho segunda safra com semeadura finalizada têm provocado menor movimentação nas principais rotas de escoamento de grãos, o que, aliado à oferta elevada de prestadores de serviço, resultou em queda nos preços de frete em diversas regiões do país. É o que aponta o Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quarta-feira (28).

Apesar da menor movimentação logística momentânea, o ambiente de exportações segue dinâmico. As vendas externas de soja em abril/25 atingiram 15,27 milhões de toneladas, um avanço de 4% frente a março. Os embarques ocorreram principalmente pelos portos de Santos (37,2%), Arco Norte (36,8%) e Paranaguá (14%). A origem dos grãos destinados à exportação veio, sobretudo, de Mato Grosso, Goiás, Paraná e Minas Gerais. Já o milho registrou queda nas exportações em abril (0,18 milhão de toneladas) em relação a março (0,87 milhão), embora os dados anuais mostrem crescimento: 7,1 milhões de toneladas embarcadas até abril/25, contra 6,1 milhões no mesmo período de 2024. O recuo pontual reflete os ajustes do mercado interno e os impactos da conjuntura internacional.

Nos embarques de milho, destaca-se a redistribuição dos portos utilizados. O Arco Norte escoou 25,9% do total, uma queda expressiva ante os 43,7% do ano anterior. Já Paranaguá e Rio Grande ampliaram participação, com 12,5% e 12,9%, respectivamente, superando os percentuais do exercício passado. Os principais estados exportadores do cereal foram Mato Grosso, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul.

No setor de subprodutos, as exportações de farelo de soja totalizaram 7,2 milhões de toneladas no acumulado de janeiro a abril, levemente abaixo das 7,3 milhões do mesmo intervalo de 2024. A movimentação concentrou-se nos portos de Santos (44,4%) e Paranaguá (28,9%). Já as origens se mantêm consistentes: Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás.

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O abastecimento de insumos também apresentou crescimento relevante. As importações de fertilizantes somaram 11,54 milhões de toneladas no acumulado até abril/25, uma alta de 13% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O porto de Paranaguá liderou a entrada dos insumos (3,03 milhões de toneladas), seguido pelo Arco Norte (2,52 milhões) e Santos (1,60 milhão).

Frete

A edição de maio do Boletim Logístico da Conab mostra que, na maior parte das regiões analisadas, os preços de frete apresentaram recuo. O Distrito Federal destacou-se com reduções expressivas nas rotas para Santos e Guarujá (SP) e Imbituba (SC), com quedas de até 19%. Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Bahia também registraram queda, ainda que em intensidades variadas. E Mato Grosso, os preços se mantiveram estáveis com pequenas oscilações, refletindo um cenário de baixa demanda após a colheita da soja.

Em contrapartida, estados como Minas Gerais, Paraná e Piauí apresentaram estabilidade nos valores, com variações pontuais ou mantidas. Na Bahia, embora a demanda tenha crescido, a entrada de caminhões de outras regiões pressionou os preços para baixo. Apenas algumas praças específicas conseguiram manter o patamar do mês anterior, o que reforça o atual cenário de menor movimentação de grãos e maior disponibilidade de transporte.

Fonte: Assessoria

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Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Economia

Créditos de ICMS podem virar capital de giro para produtores rurais

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Imagem: Freepik

 

Em São Paulo, a Portaria CAT 153/2011 regulamenta a utilização de créditos acumulados de ICMS por produtores rurais e agroindústrias. O mecanismo autoriza a conversão desses valores em recursos financeiros para uso imediato, sem necessidade de recorrer a financiamentos.

O crédito de ICMS é gerado em operações em que há diferença entre o imposto pago na compra de insumos e o devido na venda de produtos. No caso do setor agropecuário, isso ocorre com frequência em transações interestaduais ou isentas, quando o saldo credor se acumula no livro fiscal. Para transformar esse valor em capital de giro, o produtor deve solicitar autorização formal à Secretaria da Fazenda do Estado, por meio do sistema eletrônico e-CredRural.

O processo exige credenciamento prévio no sistema e apresentação de documentação comprobatória, incluindo notas fiscais, registros de produção e demonstrativos contábeis. A habilitação pode abranger créditos gerados mensalmente ou valores extemporâneos acumulados nos últimos cinco anos, desde que devidamente comprovados. Após análise e deferimento, o montante é liberado para transferência ou utilização autorizada, conforme as regras da portaria.

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Além de produtores rurais, estabelecimentos agroindustriais enquadrados na legislação estadual também podem requerer o benefício. A utilização correta dos créditos depende do cumprimento rigoroso dos critérios fiscais e prazos estabelecidos, sob pena de indeferimento do pedido.

COMO TER ACESSO:

O procedimento para solicitação de créditos acumulados de ICMS podem ser obtidas no portal da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo: CLIQUE AQUI.

Também é possível o atendimento presencial nas Delegacias Regionais Tributárias, mediante agendamento eletrônico.

(Com Pensar Agro)

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Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Economia

Rotas gastronômicas: preservando sabores e saberes tradicionais

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Foto: Comunicação do Sistema Faesp/Senar-SP 

 

As rotas gastronômicas de São Paulo são um convite à imersão nos saberes e sabores do interior paulista, valorizando a diversidade cultural e a riqueza produtiva das regiões rurais. Ao percorrer caminhos que unem pequenos produtores, cozinhas tradicionais, agroindústrias familiares e chefs locais, o visitante experimenta uma culinária autêntica, marcada por ingredientes frescos, receitas centenárias e técnicas passadas entre gerações ou aprendidas em cursos que valorizam a cozinha regional. Essas rotas reforçam o vínculo entre campo e mesa, promovem o turismo sustentável e fortalecem a identidade das comunidades, ao mesmo tempo em que estimulam a economia local e preservam o patrimônio alimentar paulista.Convidada a participar da 12ª Rota, Maria Dalma Silva Ramos, de Capão Bonito, reitera que os cerca de 20 cursos que fez no Senar-SP foram fundamentais para o sucesso do empreendimento, desde o projeto até a implementação e a definição do público a ser atingido. O Peabiru Portal Turístico oferece mais que um alimento de qualidade, mas o acolhimento das antigas casas de avós, com fogão a lenha e mesa farta aos finais de semana e feriados, assim como pratos a la carte e executivos diariamente, sempre tendo como foco a culinária tradicional paulista.

“Empreender na área gastronômica sempre foi um sonho. Entendemos que as pessoas precisam desse reencontro com o simples, como a comida afetiva das mães e avós. Essa é a nossa proposta e vemos a alegria dos nossos clientes ao perceber o resgate dessa tradição culinária que ele achava que estava perdida no tempo. Comida simples, saborosa e que traz boas recordações”, frisou Maria Dalma, que compra dos produtores da região os legumes, folhagens e grãos utilizados no dia a dia.

O diferencial do restaurante também passa pelo aprendizado nos cursos. Durante muitos anos, morando em uma região sem energia elétrica, ela via os pais colocarem carnes e embutidos na fumaça do fogão, o conhecido “fumeiro”, para a conservação. Com as novas técnicas, ela especializou-se em defumação e tem como carro-chefe o filé mignon suíno e o frango defumados, servidos como entrada e prato principal, respectivamente, em eventos gastronômicos que participa.

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Para a instrutora do Senar-SP Fanny Paulina Kuhnle, o programa de turismo rural é muito importante para os municípios e a população em geral, porque ele vem crescendo, valorizando esses saberes e automaticamente os sabores das regiões. Pela colonização, o estado de São Paulo é fantástico, com a diversidade na formação de seu povo.

“O saber dos portugueses, o saber dos negros, o saber do povo que aqui estava, todos eles vêm com uma tradição lá atrás. O português, principalmente, a miscigenação desse povo. O que me segura no Senar é essa vontade de estimular, de fomentar essa preservação dos nossos antepassados. e que os jovens estão perdendo através da tecnologia de alimentos, através da industrialização”, explicou Fanny.

O presidente do Sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp)/Senar, Tirso Meirelles, é um entusiasta dos projetos que incentivam o turismo e fortalecem a economia dos municípios paulistas. Em parceria com o governo estadual, por meio da Secretaria de Turismo e Viagens, a Faesp ajudou a mapear propriedades rurais que pudessem oferecer experiências únicas, colaborando na construção das rotas turísticas, ferramenta importante para o fortalecimento da cadeia agropecuária.

“O turismo rural é muito importante não apenas para o desenvolvimento dos municípios paulistas, mas também para a preservação das tradições, incluindo a gastronomia regional. São Paulo é um estado muito rico de sabores e vem se tornando cada vez mais referência, pela variedades de produtos e o resgate de receitas que remontam a séculos passados”, concluiu Tirso Meirelles.

(Com Agricultura/SP)

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Fernanda Toigo

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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Economia

Custo de produção do leite sobe 4,31% no Mato Grosso

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Foto: Pixabay

 

Segundo análise semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgada nesta segunda-feira (11), o Custo Operacional Efetivo (COE) para produzir leite em Mato Grosso subiu 4,31% no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024, alcançando R$ 1,45 por litro. O aumento foi impulsionado pelos maiores gastos com suplementação mineral, outros custos e aquisição de animais, que tiveram alta de 6,79%, 14,99% e 18,81%, respectivamente.

No mesmo período, o preço médio pago ao produtor no estado foi de R$ 2,31 por litro, resultando em uma margem positiva de R$ 0,87 por litro quando considerado apenas o COE.

Por outro lado, ao incluir depreciações e mão de obra familiar, o Custo Operacional Total (COT) atingiu R$ 2,37 por litro. “Nesse cenário, a margem do produtor não se sustenta, ficando em -R$ 0,06 por litro”, destacou o Imea.

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De acordo com a análise, a situação exige atenção, pois a viabilidade da atividade depende de margens que cubram não apenas os custos diretos, mas também investimentos de longo prazo. O instituto aponta que essa conjuntura já resulta em menor captação e produção, pressionando a rentabilidade.

Seane Lennon / Agrolink

Colaborou: Astrogildo Nunes – [email protected]

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