Economia
Ibraoliva vai a Espanha reforçar pedido de filiação em Conselho Mundial de Olivicultura

Foto: Ibraoliva/Divulgação
O Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) foi convidado para participar da 64ª reunião do Conselho Consultivo do Comitê Oleícola Internacional (COI) na terça-feira, 13 de maio, em Úbeda, na Espanha. O encontro terá o aval do Ministério da Agricultura. O COI é uma organização intergovernamental que promove o azeite e as azeitonas de mesa, contribuindo para o desenvolvimento sustentável e responsável da olivicultura e do setor. O Comitê visa ainda promover o azeite de oliva e definir normas de qualidade, além de fiscalizar a autenticidade que envolve 95% da produção mundial.
O presidente do Ibraoliva, Renato Fernandes, informa que o objetivo da participação no evento será mostrar a intenção de o Brasil ocupar uma cadeira no órgão e poder assim contribuir para o desenvolvimento da olivicultura nacional. “Embora a nossa participação se dê apenas como ouvintes, nossa presença demonstra o compromisso do Ibraoliva com o setor e a importância de estar representado nas atividades oficiais da entidade”, explica.
Fernandes ressalta ainda que a viagem também será uma oportunidade para estreitar laços e fortalecer relações com outros países e instituições do setor. “Estamos confiantes de que essa participação contribuirá para o futuro da olivicultura brasileira e para o crescimento do Instituto Brasileiro de Olivicultura”, destaca.
O dirigente agradeceu a intermediação do Ministério da Agricultura e a disposição do órgão governamental em apoiar os produtores brasileiros. “A filiação do Brasil ao Conselho Oleícola Internacional é um passo importante para o avanço e crescimento da olivicultura no Brasil, uma cultura ainda em desenvolvimento no país. E a prova que o Ministério da Agricultura tem feito um importante trabalho no nosso setor, é o fato do Brasil ter sido convidado para participar do evento neste espaço privilegiado no X Salón Internacional del Aceite de Oliva (Síaove)”, conclui.
Texto: Artur Chagas/AgroEffective
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Economia
O futuro da soja: excesso de produção mundial pressiona preços e exige novas estratégias

Foto: CenárioMT
“A agricultura brasileira não tem um problema econômico, mas sim financeiro. O produtor tem margens apertadas e ainda enfrenta algo que chamo de ‘um segundo arrendamento’ nas propriedades.” A análise foi feita por André Debastiani, sócio-diretor da Agroconsult, durante a abertura do 25º Encontro Técnico de Soja, realizado pela Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT), em Cuiabá. O evento segue até 15 de maio e reúne profissionais da área técnica, empresários, produtores e pesquisadores do setor. Com mediação da jornalista Kellen Severo, a abertura contou ainda com a participação dos empresários e produtores rurais Odílio Balbinotti Filho e Marcelo Vendrame, respectivamente, o ex e o atual presidente do Conselho Curador da Fundação Mato Grosso.
André Debastiani deu destaque à atual pressão sobre os preços da soja no mercado internacional, que tem entre os principais motivos o excesso de produção do grão. “Estamos acumulando estoque ano após ano e isso gera pressão em termos de preços internacionais. É como o fundamento funciona, oferta e demanda. Quando a gente olha para o preço da soja em Chicago, vemos pelo menos dois dólares por bushel a menos em relação ao ano passado.”
O especialista reforçou ainda que o preço final recebido pelo produtor depende não apenas do mercado internacional, mas também de fatores como o câmbio, os prêmios de exportação e o custo logístico. “Já vivemos momentos em que era mais fácil obter margens. Agora, com preços deprimidos, é fundamental aumentar a eficiência das propriedades, produzindo mais”, explicou Debastiani.
Outro ponto importante da discussão foi o peso das taxas de juros nas operações agrícolas. “Se o produtor já tem margens apertadas e ainda enfrenta algo que chamo de ‘um segundo arrendamento’ dentro das propriedades, fica bem mais difícil. Em muitos casos, os juros equivalem a mais de 10 sacas por hectare. É uma realidade que exige cuidado na hora de fazer as contas, sendo necessário calcular qual a margem para pagar o serviço da dívida, lembrando que será uma dívida carregada por vários anos”, alertou Debastiani.
Diante do cenário exposto, o agricultor Odílio Balbinotti Filho reforçou a necessidade de buscar as máximas produtividades das cultivares existentes, que oferecem um enorme potencial produtivo para o setor da soja brasileira. “Há muitos casos de talhões produzindo acima de 100 sacas por hectare. Se estamos produzindo cerca de 66, em média, é porque estamos perdendo produção, deixando de produzir o que os materiais podem atingir. Os resultados mostram que o potencial existe.”
Ainda com atenção à produtividade, Marcelo Vendrame, atual presidente do Conselho Curador da Fundação Mato Grosso, ressaltou a importância do uso correto das técnicas agrícolas nas propriedades. “Temos que olhar para a produtividade, focar em produzir bem e nos preocupar com gente. Corremos o risco de perder de quatro a cinco sacas por hectare por técnicas aplicadas de forma errada no campo. Com isso, cada fazenda precisa de uma estratégia ajustada à sua realidade e, nesse ponto, a Fundação tem capacidade para oferecer suporte técnico para as equipes, com conhecimento estratégico para a mão de obra.”
China x EUA: e as oportunidades para o Brasil
No debate geopolítico, Debastiani também comentou os desdobramentos da tensão comercial entre China e Estados Unidos. “Uma guerra comercial entre os dois países, embora negativa para a economia global, pode gerar oportunidades para a soja brasileira. Problemas no comércio entre esses dois grandes players abrem espaço para colocarmos mais produtos no mercado internacional. Mesmo que haja acordo futuro, o atual cenário tem favorecido o Brasil.”
O painel trouxe visões sobre macrotendências para o futuro da soja. Debastiani destacou os primeiros investimentos em pesquisa voltados à produção de biocombustíveis 100% à base de óleos vegetais, ainda com custos altos, mas considerados um caminho para o desenvolvimento de soluções mais viáveis.
Vendrame apontou a adaptação de tecnologias e o uso de inteligência artificial no campo como parte da evolução necessária da agricultura. Também defendeu mais investimentos em irrigação, aproveitando a disponibilidade hídrica do Brasil.
Balbinotti reforçou o papel estratégico da agroindústria para o futuro do setor em Mato Grosso. “Com o uso de insumos de alta performance e inteligência artificial já presente nas empresas, o Brasil tem capacidade de conquistar novos mercados. A agroindustrialização vai nos levar a outro patamar. Mato Grosso tem potencial para ser o celeiro mundial não só em produção de commodities, mas também em valor agregado, com etanol, DDG e outros produtos industrializados.”
Programação do Encontro Técnico de Soja segue até o dia 15 de maio
No formato híbrido, com participantes de forma presencial e também virtual, o evento tem mais de 420 participantes e é voltado à apresentação dos resultados de pesquisa e soluções técnicas aplicadas à produção de soja.
O diretor-presidente da Fundação MT, Romão Viana, destacou que o Encontro Técnico de Soja é resultado do trabalho de mais de 160 colaboradores da empresa. “A contribuição é uma parceria com os produtores rurais, ombro a ombro. Chegamos a 25 edições de um encontro que foi uma boa semente plantada e hoje dá frutos. Nosso time de pesquisadores está trazendo informações acumuladas ao longo dos anos, com respostas aos desafios da agricultura e orientações para os próximos 25 anos. Todo o conteúdo é produzido com imparcialidade e credibilidade”, finalizou Viana.
Fonte: Crop AgroComunicação / Assessoria de Imprensa Fundação MT
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Economia
Aprosoja MT participa do 3º Congresso da Abramilho com estande institucional e painel ao lado de adidos internacionais

Assessoria
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) marca presença no 3º Congresso da Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho), evento que reúne os principais nomes do agronegócio brasileiro e autoridades do setor para discutir os rumos do milho e da produção agrícola nacional.
Com um estande exclusivo, a Aprosoja MT apresenta aos visitantes os principais projetos e ações da entidade, reforçando seu compromisso em apoiar o produtor rural mato-grossense com informação e sustentabilidade.
Durante o evento, o presidente da Aprosoja Mato Grosso, Lucas Costa Beber, participou como convidado do painel “Sustentabilidade e os desafios da geopolítica atual”, ao lado de importantes representantes do setor internacional. O debate contou com a presença dos adidos agrícolas brasileiros Glauco Bertoldo (União Europeia), Ana Lúcia Viana (Estados Unidos), Luiz Claudio Caruso (Singapura), além de Márcio Santos (CEO da Bayer Brasil) e do próprio Lucas Costa Beber pela Aprosoja MT.
No painel, o presidente da entidade destacou a relevância da inserção do Brasil no mercado internacional, a necessidade de aproveitamento das oportunidades que o cenário global oferece aos produtores brasileiros e ainda ressaltou a importância da responsabilidade fiscal no país para garantir a competitividade do setor agrícola.
“Aproveitamos que a classe política esteve aqui para cobrar do nosso governo também a responsabilidade fiscal para ter o controle, a redução da taxa Selic e dos juros, principalmente o acesso a crédito agrícola custeado pelo Plano Safra. Temos que ter a visão que se abre agora, uma grande oportunidade diante desse tarifaço do Trump e essa guerra internacional. O Brasil é quem mais pode aumentar a oferta de alimentos”, destacou.
Um dos temas abordados foi a lei antidesmatamento europeia, que, segundo o adido Glauco Bertoldo, deve entrar em vigor até o final deste ano. “Temos algumas incertezas, uma delas é a revisão das commodities e ecossistemas e temos algumas informações que não serão mexidos esses dois pontos. Por isso, minha impressão é que essa lei entra em vigor até final do ano. Pensando nisso, o que temos adotado é uma defesa muito forte tecnicamente do que realmente fazemos e produzimos no Brasil e um ponto importante é a nossa participação nos fóruns técnicos, porque conseguimos explicar bem os processos sustentáveis da nossa produção brasileira. Isso tem que ser feito, porque a imagem do Brasil foi muito errada aqui na União Europeia em relação a produção agrícola”, disse Bertoldo.
Na oportunidade, os adidos dos Estados Unidos e de Singapura apresentaram um panorama geral sobre o cenário atual da produção agrícola em seus respectivos países. Eles também destacaram como as decisões internacionais, incluindo políticas comerciais, regulamentações ambientais e barreiras tarifárias, influenciam diretamente a dinâmica do mercado global, afetando preços, oferta, demanda e a competitividade dos produtos agrícolas no cenário internacional.
O presidente da Aprosoja MT também reforçou a importância pela conclusão da Ferrogrão, destacando que se trata de uma obra viável, estratégica e sustentável, fundamental para melhorar a logística do escoamento da produção agrícola do estado e reduzir significativamente os custos e as emissões de carbono no transporte de grãos até os portos de exportação.
“Quando nós vemos o presidente Macron vir aqui ao Brasil para falar mal da Ferrogrão, é sinal de que ela realmente é muito boa e que vai deixar o produtor mato-grossense, e o brasileiro também, mais competitivo. Mato Grosso, que é um estado com o mesmo tamanho territorial da França e da Alemanha juntos, tem mais de 70 mil quilômetros de ferrovia, enquanto nós em MT operamos hoje com menos de 400 km. É mais do que necessária a conclusão da Ferrogrão para essa saída. E, preocupado também com a sustentabilidade, que é um tema deste painel, a Ferrogrão deve deixar de emitir 3,4 milhões de toneladas de carbono por ano, ou seja, é totalmente sustentável e viável”, pontuou.
A Aprosoja MT, em seu estande no evento, apresentou cartilhas sobre os principais projetos da entidade e esclareceu dúvidas dos participantes a respeito de suas ações e iniciativas. O presidente da Aprosoja MT também enfatizou que eventos como o Congresso da Abramilho são fundamentais para dar voz ao setor e fortalecer a representatividade dos produtores rurais.
“É um fator que todos os que representam a cadeia da produção agrícola aqui do país estarão presentes junto com a classe política, na qual nós podemos dar a direção, a visão através do nosso posicionamento de entidade para buscar melhores políticas que fomentem ainda mais a produção e, claro, com sustentabilidade econômica para nossos produtores”, finalizou Lucas Costa Beber.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
Economia
Brasil exporta US$ 15 bilhões em abril e registra recordes em produtos menos tradicionais da pauta exportadora

Foto: Divulgação
Em abril de 2025, o Brasil exportou US$ 15,03 bilhões em produtos do agronegócio. O resultado representa um crescimento de 0,4% na comparação com o mesmo mês do ano passado e reflete a combinação entre preços internacionais mais altos e leve retração no volume embarcado.
Na prática, o desempenho do mês foi impulsionado pela valorização de produtos como café e celulose, enquanto a soja em grãos, principal item da pauta, teve forte volume exportado, mas ainda sentiu a pressão dos preços internacionais em queda. Foram 15,27 milhões de toneladas embarcadas, o segundo maior volume da série histórica para abril. Ainda assim, a receita ficou em US$ 5,9 bilhões, influenciada pela queda de 9,7% no preço médio da tonelada. Mesmo com o recuo da soja em valor, outros produtos se destacaram, como o café verde, que alcançou US$ 1,25 bilhão, maior valor já registrado para o mês, graças à valorização do grão no mercado internacional.
A China manteve-se como principal destino do agro brasileiro, com US$ 5,5 bilhões em compras em abril. Mais de 75% desse valor foi gerado pelas exportações de soja em grãos. A União Europeia aparece na sequência, com US$ 2,2 bilhões, mantendo crescimento estável e ampliando as compras de itens com maior valor agregado, como café solúvel, óleo essencial de laranja e carne de frango.
Além dos produtos tradicionais da pauta exportadora, alguns itens alcançaram o melhor desempenho da série histórica, resultado direto da estratégia de diversificação de mercados adotada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). É o caso do óleo de milho, que atingiu US$ 55,3 milhões em exportações, maior valor já registrado. A madeira compensada (ou contraplacada) teve o maior volume embarcado em abril: 145,5 mil toneladas. Já as miudezas de carne bovina, exportada para mercados na Ásia e recentemente habilitada para o Marrocos, somou 21,3 mil toneladas. Outro destaque foi o sebo bovino, com 35,6 mil toneladas exportadas, e os bovinos vivos destinados principalmente à reprodução, que registraram valor recorde de US$ 61,8 milhões e têm como principal destino a Turquia, o que evidencia o alto valor genético do gado brasileiro. Esses dados mostram que o Brasil vem ganhando espaço não apenas em volume, mas em produtos com maior valor agregado e potencial de diferenciação nos mercados internacionais.
O Mapa, por meio da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais, tem atuado para fortalecer a presença internacional do agro brasileiro com foco em três frentes: ampliação de mercados, diversificação de produtos e promoção comercial. Os resultados de abril refletem esse esforço conjunto entre Mapa, MRE e setor produtivo para consolidar o Brasil como fornecedor confiável de alimentos para o mundo.
Fonte: Assessoria
Colaborou: Astrogildo Nunes – astrogildonunes56@gmail.com
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